Metodologia do Trabalho Científico

ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO
METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO
21 Edição Revista e Ampliada
1 Reimpressão
CE-CORTEZ
EDITORA
Impresso no Brasil – abril de 2000 NIETODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFIGO
Antonio Joaquim Severino NIETODOLOGIA DO TRABALI-10 CIENTÍFICO
Antonio
Joaquim Severino Capa: Cesar Landucei Preparação de originais: Agnaldo
A. Oliveira Revisão: Carmem Teresa da Costa Composição. Dany Editora
Ltda. Coordenação Editorial: Danilo A. Q. Morales Nenhuma parte desta
obra pode ser reproduzida ou duplicada sem autorização expressa do autor
e do editor. O Antonio Joaquim Severino Direitos para esta edição CORTEZ
EDITORA Rua Bartira, 317 – Perdizes Tel.: (0–11) 864-0111 Fax: (0–11)
864-4290 05009-000 – São Paulo-SP – E-mail: cortez@cortezeditora.com.br
SUMARIO
Prefácio à 21′ edição ………………………………… 11
Prefácio …………………………………………… 15
Introdução
Capítulo I. A ORGANIZAÇÃO DA VIDA DE ESTUDOS NA UNIVERSIDADE
1. Os instrumentos de trabalho
2. A exploração dos instrumentos de trabalho
3. A disciplina do estudo
Conclusão Capítulo II. A DOCUMENTAÇÃO COMO MÉTODO DE, ESTUDO
PESSOAL
1. A prática da documentação
2. A documentação temática
3. A documentação bibliográfica
4. A documentação geral
5. Documentação em folhas de diversos tamanhos 6. Vocabulário
técnico-língüístico
Capítulo III DIRETRIZES PARA A LEITURA, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE
TEXTOS
1. Delimitação da unidade de leitura
2. A análise textual 3. A análise temática
4. A análise interpretativa
5. A problematização
6. A síntese pessoal
Conclusão
Capítulo IV DIrETRIZES PARA A REALIZAÇÃO DE UM SEMINÁRIO 63
1. Objetivos
2. O texto-roteiro didático
2.1. Material a ser apresentado previamente pelo coordenador
2.2. Material a ser apresentado no dia da realização do seminário
3. O texto-roteiro interpretativo
4. O texto-roteiro de questões
5. Orientação para a preparação do seminário
6. Esquema geral de desenvolvimento do seminário
Conclusão
Capítulo V DIRETRIZES PARA A ELABORAÇÃO DE UMA MONOGRAFIA
CIENTÍFICA
……………………… 73 1. As etapas da elaboração
1.1. Determinação do tema-problema-tese do’trabalho
1.2. Levantamento da bibliografia
1.3. Leitura e documentação
1.3.1. O plano provisório do trabalho
1.3.2. A leitura de documentação
1.3.3. A documentação
1.4. A construção lógica do trabalho
1.5. A redação do texto
1.6. A construção do parágrafo
6
1.7. Conclusão
2. Aspectos técnicos da redação
2.1. A apresentação gráfica geral do trabalho
2.2. A forma gráfica do texto
2.2.1. Textos datilografados
2.2.2. Textos digitados
2.3. As citações
2.4. As notas de rodapé
2.5. Referências no corpo do texto
2.6. A técnica bibliográfica
2.6.1. Observações referentes à indicação do autor
2.6.2. Observações quanto ao título dos escritos
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
2.6.3. Observações quanto à edição do documento
2.6.4. Observações quanto ao local de publicação 2.6.5. Observações
quanto à editora ……………… 123
2.6.6. Observações quanto à data
2.6.7. Observações quanto à indicação do número de páginas
2.6.8. Observações gerais sobre alguns casos especiais
2.6.9. Referenciação bibliográfica de documentos registrados em fontes
eletrônicas
3. Formas de trabalhos científicos
3.1. Trabalho científico e monografia
3.2. Os trabalhos didáticos 3.3. O resumo de textos 3.4. A resenha
bibliográfica
Capítulo VI
A INTERNET COMO FONTE DE PESQUISA
1. A pesquisa científica na Internet
2. O correio eletrônico ……………………………….. 139
Capítulo VII
OBSERVAÇÕES METODOLÓGICAS REFERENTES AOS TRABALHOS DE
PÓS-GRADUAÇÃO
……………… 143
7
1. Qualidade e formas dos trabalhos exigidos nos cursos de
pós-graduação
1.1. Características qualitativas 1.2. Ciência, pesquisa e
pós-graduação
1.3. A tese de doutorado
1.4. A dissertação de mestrado
1.5. O ensaio teórico
1.6. Caráter monográfico e coerência do texto
2. O processo de orientação
3. O projeto de pesquisa
3.1. Quanto ao título do projeto
3.2. Determinação e delimitação do tema e do problema da pesquisa
3.3. A formulação das hipóteses
3.4. Explicitação do quadro teórico
3.5. Indicação dos procedimentos metodológicos e técnicos 3.6.
Estabelecimento do cronograma de pesquisa
3.7. Indicação da bibliografia
4. Observações técnicas específicas
5. Outras exigências acadêmicas
5.1. Resumos técnicos de trabalhos científicos
5.2. Os relatórios técnicos de pesquisa
5.3. O memorial
6. Atividades científicas extra-acadêmicas .
7. As exigências éticas da pesquisa
Capítulo VIII
OS PRÉ-REQUISITOS LÓGICOS DO TRABALHO CIENTÍFICO
I. A demonstração
2. O raciocínio
2.1. A formação dos conceitos
2.2. A formação dos juízos
2.3. A elaboração dos raciocínios
3. Processos lógicos de estudo
CONCLUSÃO
8 ANEXO
Revistas, dicionários especializados, bibliografias e
metodologia de pesquisa
1. As revistas científicas brasileiras …………………… 198
2. Dicionários especializados …………………………. 245 3. As
bibliografias especializadas …………………….. 256 4. A
metodologia da pesquisa nas diversas áreas científicas . 258
BIBLIOGRAFIA COMENTADA ………………………. 262 ÍNDICE DE
ASSUNTOS ………………….. ……….. 273 OBRAS DO AUTOR
……………………………….. 279
9 PREFÁCIO A 21 EDIÇAO
Vem a público, neste emblemático limiar de uma nova era, esta edição do
Metodologia do Trabalho Científico, livro já conhecido de tantos colegas
professores e estudantes universitários, em todo o território nacional.
Ao completar seus 25 anos, este manual vem recebendo uma crescente
acolhida por parte da comunidade acadêmica, o que, certamente, aumenta
minha responsabilidade como autor, no sentido de atender continuamente
às demandas do público que o prestigia, procedendo às necessárias
revisoes e atualizações de seu conteúdo. Para comemorar este
significativo aniversário, e por reconhecer a constante mudança de todos
os aspectos envolvidos nos processos de ensino e de aprendizagem, bem
como a historícidade do próprio conhecimento e buscando sempre aprimorar
a qualidade dos subsídios didáticos deste instrumento de trabalho, preo
cupo-me sempre, apesar das restrições de tempo, em mantê-lo o mais
atualizado possível. É por isso que estou procedendo a algumas
alterações no texto da presente edição, em decorrência de novas demandas
e de avaliações permanentes que faço desta minha proposta.
Sem dúvida, a entrada em cena das novas tecnologias informáticas é um
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
dos fatos mais marcantes para a vida acadêmica e cultural dos últimos
anos, uma vez que a disponibilidade para professores e estudantes desses
poderosos recursos computacionais ganha cada vez mais uma abrangente
universalízação. Indiscutíveis são as implicações desse aporte
tecnológico para nossas tarefas do cotidiano universitário e para nossa
lide diuturna com os compromissos científicos e culturais. Tal situação
e as novas possibilidades para a vida acadêmica não poderiam estar
ausentes de um texto de orientação didático-científica como este. Assim
sendo, nesta edição estão sendo introduzidos elementos metodológicos e
11 técnicos para o melhor aproveitamento desses recursos, visando
assim fornecer, aos que ainda dela necessitarem, uma introdução bem
direta e prática ao manuseio da novaferramenta. Tais subsídios
estãoformulados sob uma incisiva preocupação didática, expressando a
maneira mais simples a ser adotada por um usuário comum: se, de um lado,
tal modo de proceder não explora a infinidade de recursos que os
microcomputadores pessoais podem nos fornecer, de outro, em
contrapartida, permite ao novo usuário aproveitar ao máximo essa
poderosa ferramenta para suas tarefas regulares. Após dominar as
capacidades rotineiras do trabalho pelo computador, o usuário pode ir
desenvolvendo, aos poucos, os demais recursos do seu micro, no sentido
de potencializar e aprimorar o seu desempenho. Não se pretende
apresentar aqui – pois nem seria o caso – uma introdução à informática,
mas apenas algumas diretrizes bem práticas para orientar o seu uso no
âmbito das atividades acadêmicas e científicas. Nesta primeira
abordagem, a contribuição básica do microcomputador será destacada em
duasfrentes: num primeiro momento, como ferramenta de digítação dos
textos, meio atualmente mais utilizado por professores e alunos, que tem
agilízado em muito sua produção escrita; num segundo momento, será
ressaltada a incomparável contribuição à pesquisa trazida pela Rede
Internet, víabilizando o acesso direto e rápido a um número incalculável
de fontes documentais, bem como possibilitando o contato dos estudiosos
entre si. Foram então introduzidas nesta edição diretrizes bem práticas
para se usar o computador como ferramenta de elaboração dos textos, de
intercâmbio entre pesquisadores e de busca de fontes. Por outro lado,
estou eliminando, a partir desta edição, a listagem das editoras, com as
respectivas informações, endereços e linhas de publicação. A avaliação
mostrou que tal tipo de informação não se revelou muito útil para
estudantes e professores. Também tem-se verificado uma impossibilidade
real acompanhar o intenso processo de surgimento e de desaparecimento
das editoras no país, o que impede manter bem atualizada e completa essa
relação. Isso vem sendo conseguido pela Câmara Brasileira do Livro, que
coloca à disposição do público catálogos continuamente atualízados e
muito mais completos das editoras brasileiras. Ademais, a própria Internet
viabiliza atalhos mais eficazes para a identificação e localização de
informações editoriais, permitindo a utilização direta de variados bancos de
dados. Foram feitas outras revisões no conjunto das diretrizes apresentadas
pelo livro, incluindo um maior cuidado em
aproximar minhas orientações
12 referentes às técnicas bibliográficas, daquelas fornecidas pela
ABNT, com vistas a reforçar uma saudável padronização das normas de
referenciação. Foram incluídas ainda diretrizes para a elaboração de
resumos técnicos. Estas alterações, destinadas a manter atualizadas as
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
diretrizes téc- nico-metodológicas do livro, não afetam, no entanto, a
sua preocupação central. Com efeito, a significação essencial deste
texto é a de ser um subsídio para o estudante tornar seu aprendizado num
criterioso processo de construção do conhecimento, o que só pode ocorrer
se ele conseguir aprender apoiando-se constantemente numa atividade de
pesquisa, pra- tícando uma postura investígativa. Só se aprende, ciência
praticando a ciência; só se pratica a ciência praticando a pesquisa, e
só se pratica a pesquisa trabalhando o conhecimento a partir das fontes
apropriadas a cada tipo de objeto. Construir o objeto do conhecimento é
apreendê-lo em suas próprias fontes, em sua particularidade: não é
contemplá-lo ou intuí-lo em sua essência, nem representá-lo
abstratamente; ou melhor, a sua representação abstrata não é um ponto de
partida, é um ponto de chegada, é o resultado de uma construção feita
com os dados e elementosfornecídos pelafonte na qual o objeto se realiza
concretamente. Todas as diretrizes aqui apresentadas, desde as mais
técnicas e operacíonais, visam apenas subsidiar o aluno a instaurar sua
postura de pesquisador, postura investigativa que o leve a buscar as
fontes para a construção do conhecimento e assim realizar sua
aprendizagem. Elas estão a serviço da função epistêmica, ou seja, só têm
sentido se forem boas ferramentas para o exercício do conhecimento bem
construido. Por outro lado, é preciso ver ainda que o conhecimento só se
legitima como mediação para o homem bem conduzir sua existência.
Cabe-lhe o compromisso de evidenciar a intencionalidade de nossa existência,
para orientá-la rumo a uma qualidade de vida que esteja à altura
de nossa dignidade de pessoas humanas. É por isso que se diz que seu
compromisso é com a construção da cidadania, entendida esta hoje como a
única forma decente de sermos plenamente humanos. São Paulo, 2000 d.C. O
Autor
13
PREFÁCIO
A grande aceitação que este livro teve por parte de professores e
estudantes universitários tem reforçado a expectativa, que alimentei
desde seu lançamento, de que ele desempenharia satisfatoriamente o papel
de ser um instrumento adequado de apoio ao trabalho dídátíco-cieijtlfico
na universidade. Afunção que lhe atribuíra era a de introduzir os
estudantes a hábitos de estudo científico que lhes possibilitassem o
desenvolvimento de uma vida intelectual disciplinada e sistematizada.
Trata-se de fornecer aos estudantes, através destas diretrizes metodológicas,
instrumentos para que desenvolvam a contento, com eficiência
e competência, a sua aprendizagem. Estes instrumentos, no âmbito do
trabalho universitário, são de três ordens: técnicos, lógicos e
conceituaís. Os estudantes devem dominar certas técnicas de estudo que
lhes permitam disciplinar seu trabalho intelectual, garantindo-lhes
maior produtividade. Evidentemente, tais técnicas mecanicamente
aplicadas podem não levar a nada, mas, por outro lado, um pensamento sem
apoio em processos bem determinados pode não passar de uma superficial
ilusão; por isso, o domínio das técnicas deve ser conseguido e
vivenciado sob um rigoroso controle da lógica. De fato, a aprendizagem
universitária pode ser resumida num único objetivo: aprender a pensar.
E, mais do que nunca, essa tarefa continua príorítdria para a educação
escolar brasileira e aqui seu fracasso é um paradoxo inaceitável. Neste
livro o objetivo lógico tem prioridade sobre o objetivo técnico, pois é
ele que informa todas as técnicas apresentadas como modelos
instrumentais. Mas a aprendizagem necessita ainda de recursos
conceituaís, ou seja, o estudante,universitário deve adquirir, tanto na
área de sua especialidade como nas áreas afins, um acervo de conceitos
fundamentais e de informações precisas, tanto
15 do ponto de vista teórico como do ponto de vista histórico, que
sirvam de contexto para o desenvolvimento de seu pensamento e de suas
pesquisas. Esses conhecimentos contextuais, nas áreas específicas, nas
áreas afins e em termos de uma cultura geral bem ampla, são condições
imprescindíveis para o saber e devem ser adquiridos a qualquer preço,
mesmo através de um esforço suplementar na superação de carências
oriundas da formação acadêmica. Na oportunidade deste lançamento, faz-se
necessária uma retomada da discussão, com professores e estudantes, da
significação deste tipo de instrumental didático, no âmbito do processo
educacional brasileiro. Este conjunto de diretrizes metodológicas,
apresentadas assim de maneira intencionalmente prática, tem uma
finalidade propedêutica, visando sis- tematízar e organizar a vida de
estudos e do trabalho intelectual mediante uma preparação para a
adequada manipulação de instrumentos para esse trabalho. O meu empenho e
preocupação com estes aspectos didáticos do ensino superior brasileiro e
a tentativa de contribuir para a superação de suas deficiências não
traduzem a crença de que a inadequação dos procedimentos
didático-científicos seja o cerne da problemática educacional em nosso
país. A educação brasileira enfrenta problemas e desafios muito mais
relevantes.
Com efeito, surge inicialmente a própria questão da competência,
entendida como domínio dos conteúdos, dos métodos, das técnicas das
várias ciências, enfim, o domínio das habilidades específicas de cada
área de formação e de cada forma de saber e de cultura. Este é o
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
objetivo mais explicitado da aprendizagem universitária. E é uma
exigência plenamente justificável do ensino superior, não havendo como
compactuar com a mediocridade, com o superficialismo, em matéria de
ensino e aprendizagem. Continuam sendo metas a serem encaradas com
seriedade, no âmbito da tarefa educacional brasileira, a qualificação do
ensino, o rigor da aprendizagem, a iniciação à pesquisa e a superação de
todas as falhas decorrentes da falta de rigor científico no processo de
ensino superior. O esforço pedagógico da universidade não pode deixar de
lado, em nenhum momento, esta preocupação e as decorrentes tarefas. Por
isso, fica claro, deste ponto de vista, que o objetivo é aprender, é
obter conhecimentos, é dominar produtos da ciência e, até mesmo,
dominando seus métodos, criar ciência. A educação brasileira é ainda
muito falha na efetivação deste objetivo, concentrando-se nisso um
problema muito mais grave do que o representado pela inadequação dos
hábitos de estudo.
16
Além desta esfera de problemas, afigura-se uma outra, igualmente de
extrema gravidade. A educação universitária tem um outro objetivo, tão
relevante quanto o da formação científica: é o objetivo da formação
política da juventude. Com efeito cabe a ela desenvolver a formação
política, mediante uma conscíentização crítica dos aspectos políticos,
econômicos e sociais da realidade histórica em que ela se encontra
ínserida. A educação superior brasileira enfrenta esta
questãofundamental: formar politicamente uma juventude pela criação de
uma nova consciência social capaz de mobilizá-la não só para uma atuação
concreta e uma participação política no processo histórico real mas
também para um compromisso mais radical de se construir um novo modelo
de civilização humana para o Brasil. Por isso, à preocupação com as
questões didáticas precede a preocupação com o significado político da
educação e com o que se deve investir na formação política da juventude.
A conscientízação dos universitários brasileiros deste aspecto político
da educação é questão de grande monta e tarefa inadíável da vivência
universitária. E grave compromisso dos educadores atuais, por mais
desafiante que pareça ser tal objetivo. Cabe à educação brasileira, de
modo particular à educação universitária, denunciar as alianças espúrias
que ela tem feito com interesses duvidosos bem como tentar definir, para
a sociedade brasileira, novos caminhos e novas alianças, mais lúcidas e,
possivelmente, mais eficazes. É extremamente relevante que o estudante
universitário se torne capaz de entender-se como membro de uma sociedade
concreta e bem determinada, envolvida num processo histórico, e que ele
faz parte de uma coletividade que dá significado a sua existência
individual. Mas há ainda uma questão mais profunda, embora de mais
dificil apreensão, a se colocar com referência à educação universitária
brasileira: diz respeito ao próprio significado desta educação no âmbito
do projeto existencial que se deve dar à comunidade brasileira, na busca
de seu destino e de sua civilização. Trata-se de um equacionamento
propria- mente filosófico, ou seja, trata-se de explicitar qual o
sentido possível de existência do homem brasileiro como pessoa situada
na sua comunidade de tais contornos e em tal momento histórico. O
desafio mais radical que se impõe à educação brasileira é o
questionamento do próprio significado do projeto civilizatório do
Brasil. Afinal, este país vive uma crise total de civilização e todo
esforço para a articulação de um projeto político e social para a
população brasileira pressupõe a discussão de questões básicas
relacionadas com a dignidade humana, com a liberdade, com a igualdade,
com o valor da existência comunitária, com as pers- pectivas de um
destino comum. Não mais uma reflexão apriorística e 17 abstrata: embora
tendo como horizonte um projeto que possa até ser utópico, esta
discussão se dará com base na retomada das mediações histórico-sociais
nas quais se tece a nossa própria realidade humana. O projeto
educacional é assim, necessariamente, um projeto político e pressupõe
necessariamente um projeto antropológico. É por isso que não bastará à
universidade dar capacítação científica e formação política, se ela não
inserir estas dimensões numa dimensão mais ampla que é a da construção
do próprio sentido da existência histórica da nação. Em termos muito
mais concretos, isto significa que à educação cabe, em última análise, a
construção da identidade autêntica do homem brasileiro. Ora, diante de
questões desta monta, aspectos didáticos do ensino perdem muito da sua
relevância. Mas é neste contexto que se deve equacionar o lugar da
metodología como propedêutica didática. Além de não haver nenhuma
incompatibilidade entre estas tarefas, a metodologia é um instrumental
extremamente útil e seguro para a gestação de uma postura amadurecida
frente aos problemas científicos, políticos e filosóficos que nossa
educação universitária enfrenta. Entendo que não é possível aos
estudantes adquirirem sua competência científica, técnica ou profissional,
sem disciplinada vida de estudos; e sem esta competência, não se
concebe a compreensão do sentido político da própria formação nem a
significação antropológica da educação, Tudo isto pressupõe grande
amadurecimento que não se consegue por osmose, nem por meditação
existencial ou por meios espontaneístas; pelo contrário, será uma
dolorosa conquista, fruto de cansativo e persistente trabalho. E, muitas
vezes, a crítica apressada à ínstrumentação metodológica e didática, em
nome da prioridade dos objetivos educacionais, pode esconder ingênua ou
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
maquia- velicamente uma intenção cruel: a de negar aos dominados o
acesso aos instrumentos e recursos para sua libertação. Por isso, a
propedêutica didática tem, também ela, uma significação eminentemente
política. O Autor São Paulo, fevereiro de 1985
18
INTRODUÇÃO
Este livro objetiva apresentar àqueles que se iniciam à vida científica
universitária alguns subsídios para as várias tarefas com que se
defrontarão durante o desenvolvimento de seu trabalho intelectual.
Trata-se, pois, de uma iniciação metodológica ao trabalho intelectual a
ser desencadeado desde o limiar da freqüentação universitária. São
apresentadas normas bastante práticas para o estudo, visando torná-lo
cientificamente organizado, o que garan- tirá, sem dúvida, resultados
compensadores. São instrumentos operacionais, sejam eles técnicos ou
lógicos, mediante os quais os estudantes podem conseguir maior
aprofundamento na ciência, nas artes ou na filosofia, o que, afinal, é o
objetivointrínseco do ensino e da aprendizagem universitária. Trabalho
científico foi tomado, neste texto, em dois sentidos. De modo geral,
chamou-se trabalho científico ‘o conjunto de processos de estudo, de
pesquisa e de reflexão que caracterizam a vida intelectual do
universitário”; de modo restrito e mais técnico, trabalho científico foi
considerado, especialmente no quinto capitulo, a própria “monografia
científica, texto que relata disser- tivamente os resultados de uma
pesquisa numa determinada área Este livro não trata, pois, da
investigação científica entendida como pesquisa experimental, de
laboratório ou de campo: não é um texto de Metodologia da Pesquisa
Científica e muito menos um texto de Lógica da Ciência. Por certo,
alguns elementos técnicos ou lógicos são também usados nesses domínios,
mas intencional- mente os objetivos deste texto se limitam à esfera do
trabalho 19 científico enquanto conjunto de atividades intelectuais
realizadas como exigências do curso superior, apresentando diretrizes
para a criação de hábitos de estudo que sustentem validarnente as
posturas que constituem o trabalho científico. Nesse sentido e com esse
espírito, o primeiro capítulo apresenta algumas orientações que visam
fornecer ao estudante uma visão global de como deve organizar sua vida
de estudos na universidade. Trata da organização do próprio trabalho de
maneira bem disci- plinada para que dele se possa tirar maior proveito.
Sugerido o instrumental geral que deverá ser usado como base do
trabalho, chama-se a atenção para a necessidade e a importância da
utilização de revistas, biblíografias e dicionários especializados para
o estudo científico. O capítulo termina com um esquema das formas mais
dinâmicas de se acompanhar o processo didático aula-estudo pessoal.
O proveito a se tirar do estudo deve ter sua continuidade garantida
pela prática da documentação, técnica privilegiada de manipulação
inteligente do instrumental de trabalho. A leitura da documentação tem
finalidade mais restrita: visa tão-somente extrair de determinado texto
apenas elementos relevantes para a elaboração de algum trabalho de
pesquisa ou o estudo de assuntos prede- terminados, como aqueles
expostos em aula. De qualquer maneira, a leitura de documentação é
sempre guiada por alguns temas diretores bem definído . O segundo
capítulo trata da leitura de documentação em vista do estudo em geral;
para o caso da elaboração de uma monografia, a técnica da documentação
será retomada no quinto capítulo, quando se tratará da terceira etapa da
elaboração do trabalho científico. O aprofundamento do estudo científico
pressupõe ainda outra forma de leitura: a leitura analítica, objeto do
terceiro capítulo. Trata-se da abordagem para a análise e interpretação
de textos. Apresenta-se então um modelo para o estudo mais rigoroso de
um texto, em que se fornecem subsídios técnicos e lógicos para tornar
mais acessível a apreensão do próprio conteúdo dos textos. A leitura,
cientificamente conduzida, é instrumento fundamental para a aprendizagem
no ensino superior, uma vez que todas as demais atividades, inclusive as
aulas, a pressupõem. O texto é entendido como portador de uma mensagem
codificada e transmitida pelo
20 autor ao leitor. A leitura é uma atividade de decodificação desta
mensagem. Tal trabalho é feito pela leitura analítica.
A leitura analítica aborda o texto visando a sua compreensão
exaustiva, a apreensão da mensagem como um todo. Deve ser feita, pois,
quando se tem em vista a tomada de conhecimento de todo o conteúdo do
texto. Serve, portanto, para o estudo pessoal, para a preparação de
seminários, para a elaboração de relatórios, de roteiros de estudo, de
resenhas e de resumos. Enquanto a leitura de documentação é seletiva, a
leitura analítica é globalizante, utilizando-se da análise apenas para
chegar à síntese. No quarto capítulo são apresentadas algumas sugestões
para a preparação, elaboração e execução do seminário, entendido, neste
texto, como método de estudo em grupo e atividade de classe específica
aos cursos universitários. Nesse sentido, o seminário pressupõe e
desenvolve tanto a leitura analítica como a leitura de documentação,
alimentando também a reflexão e criando contextos e problemas sobre os
quais versarão futuras pesquisas do universitário.
De fato, a pesquisa e a reflexão são os objetivos finais da vida
científica universitária: se isso se concretiza quase que só na
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
pós-graduação.. não se pode perder de vista que a graduação deve ser
irrefutavelmente e apesar de todos os fatos em contrário, uma rigorosa
iniciação à pesquisa e à reflexão. Por isso, o quinto capítulo trata
detalhadamente da elaboração da monografia científica.
Estas diretrizes devem presidir, desde já, a elaboração dos trabalhos
didáticos para o aproveitamento escolar. É uma questão de criar hábitos
seguros e, quanto a isso, não se deve transigir. Ao universitário cabe
adquirir disciplina rigorosa para a expressão codificada de seu
pensamento, qualquer que seja sua área de estudo.
Para garantir ao aluno uma primeira iniciação, ao manuseio dos
recursos eletrônicos na busca de dados para seus trabalhos de pesquisa,
serão apresentadas algumas diretrizes quanto ao acesso à Internet e aos
demais equipamentos da informática e da multimidia, inclusive orientação
para o registro documental dos dados aí colhidos.
Os trabalhos exigidos nos cursos de pós-graduação mereceram referência
especial no sexto capítulo, porque, além de seguirem as exigências comum
a todas as formas de trabalhos científicos, 21 devem seguir mais algumas
que lhes são específicas, tanto do ponto de vista técnico como do ponto
de vista da profundidade e do rigor científico que os caracterizam. Toda
atividade desenvolvida no contexto da vida de estudos universitários
deve fundar-se numa disciplina lógica rigorosa. Por isso, este livro se
encerra com o sétimo capítulo abordando alguns aspectos lógicos do
pensamento humano que atuam como forma lógica subjacente ao discurso
lingüística. Foram tomados para esta ex- posição apenas alguns elementos
de lógica que são realmente utilizados quando pela prática cotidiana do
trabalho intelectual. Não se encontram neste texto todas as
estruturações sistemáticas tanto da lógica formal clássica quanto da
moderna lógica simbólica, estruturações que, dado seu rigor e
profundidade, não se prestam à iniciação didática aos estudos
superiores, exigindo já toda uma preparação mais prática ao raciocínio
humano. Uma bibliografia final comentada foi acrescentada para que os
leitores possam tomar conhecimento de outras obras congêneres que, de
vários pontos de vista, trazem diversificada contribuição ao trabalho
didático-científico. Dado o seu caráter instrumental, este livro deve
ser paulati- namente abordado, em função das progressivas solicitações e
continuamente retomado até que se adquira, com as várias normas, a
familiaridade indispensável para que sua aplicação se torne espontânea,
eficaz e agradável. 22
Capítulo 1
A ORGANIZAÇÁO DA VIDA DE ESTUDOS NA UNIVERSIDADE
Ao dar início a essa nova etapa de sua formação escolar, a etapa do
ensino superior, o estudante dar-se-á conta de que se continuidade de
encontra diante de exigências específicas para a sua vida de estudos.
Novas posturas diante de novas tarefas ser-lhe-ão logo solicitadas. Daí
a necessidade de assumir prontamente essa nova situação e de tomar
medidas apropriadas para enfrentá-la. É claro que o processo
peclagógico-didático continua, assim como a aprendizagem que dele
decorre. No conjunto, porém, as suas posturas de estudo devem mudar
radicalmente, embora explorando tudo o que de correto aprendeu em seus
estudos anteriores. Em primeiro lugar, é preciso que o estudante se
conscientize de que doravante o resultado do processo depende
fundamentalmente dele mesmo. Seja pelo seu próprio desenvolvimento
psíquico e intelectual, seja pela própria natureza do processo
educacional desse nível, as condições de aprendizagem transformam-se no
sentido de exigir do estudante maior autonomia na efetivação da
aprendizagem, maior independência em relação aos subsídios da estrutura
do ensino e dos recursos institucionais que ainda continuam sendo
oferecidos. O aprofundamento da vida científica passa a exigir do
estudante uma postura de auto-atividade didática que será, sem dúvida,
crítica e rigorosa. Todo o conjunto de 23 recursos que está na base do
ensino superior não pode ir além de sua função de fornecer instrumentos
para uma atividade criadora.
Em segundo lugar, convencido da especificidade dessa situação, deve o
estudante empenhar-se num projeto de trabalho altamente individualizado,
apoiado no domínio e na manipulação de uma série de instrumentos que
devem estar contínua e permanentemente ao alcance de suas mãos. É com o
auxilio desses instrumentos que o estudante se organiza na sua vida de
estudo e disciplina sua vida científica. Este material didático e
científico serve de base para o estudo pessoal e para a complementação
dos elementos adquiridos no decurso do processo coletivo de aprendizagem
em sala de aula. Dado o novo estilo de trabalho a ser inaugurado pela
vida universitária, a assimilação de conteúdos já não pode ser feita de
maneira passiva e mecânica como costuma ocorrer, muitas vezes, nos
ciclos anteriores. já não basta a presença física às aulas e o
cumprimento forçado de tarefas mecânicas: é preciso dispor de um
material de trabalho específico à sua área e explorá-lo adequadamente.
1. OS INSTRUMENTOS DE TRABALHO
A formação universitária acarreta quase sempre atividades práticas, de
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
laboratório ou de campo, culminando no fornecimento de algumas
habilidades profissionais próprias de cada área. Na- turalmente, as
várias áreas exigem, umas mais, outras menos, essa prática profissional.
Contudo, antes de ai chegar, faz-se necessário um embasamento teórico
pelo qual responde, fundamentalmente, o ensino superior. Essa
fundamentação teórica das ciências, das artes e das técnicas é
justificativa essencial desse nível de ensino. E é por aí que se inicia
a tarefa de aprendizagem na universidade. A assimilação desses elementos
é feita através do ensino em classe propriamente dito, nas aulas, mas é
garantida pelo estudo pessoal de cada estudante. E é por isso que
precisa ele dispor dos devidos instrumentos de trabalho que, em nosso
meio, são fundamentalmente bibliográficos.
Ao dar início a sua vida universitária, o estudante precisa começar a
formar sua biblioteca pessoal, adquirindo paulatinamente,
24 mas de maneira bem sistemática, os livros fundamentais para o
desenvolvimento de seu estudo. Essa biblioteca deve ser especializada e
qualificada. As obras de referência geral, os textos clássicos
esgotados, são encontrados nas bibliotecas das universidades, das várias
faculdades ou de outras instituições. E, no momento oportuno, essas
bibliotecas devem ser devidamente exploradas pelo estudante. O estudante
precisa munir-se de textos básicos para o estudo de sua área específica,
tais como um dicionário, um texto introdutório, um texto de história,
algum possível tratado mais amplo, algumas revistas especializadas,
todas obras específicas à sua área de estudo e a áreas afins.
Posteriormente, à medida que o curso for avançando, deve adquirir os
textos monográficos e especializados referentes à matéria.
Esses textos básicos aqui assinalados têm por finalidade única criar
um contexto, um quadro teórico geral a partir do qual se pode
desenvolver a aprendizagem, assim como a maturação do próprio
pensamento. Esses textos exercem, portanto, papel meramente
propedêutico, situando-se numa etapa provisória de iniciação. Não se
trata de maneira alguma de restringir o estudo aos manuais ou, pior
ainda, às apostilas. Eles se fazem necessários, contudo, nesse momento
de iniciação, sobretudo para complementar as exposições dos professores
em classe, para servir de base de comparação com algum texto porventura
utilizado pelos professores, enfim, para fornecer o primeiro
instrumental de trabalho nas várias áreas, o vocabulário básico, os
elementos, do código das várias disciplinas. Esses textos desempenham,
pois, o papel de fontes de consultas das primeiras categorias a partir
das quais se desenvolverão os vários discursos científicos.
Naturalmente, à medida do avanço e do aprofundamento do estudo, serão
progressivamente substituídos pelos textos especializados, pelos estudos
monográficos resultantes das pesquisas elaboradas pelos vários
especialistas com os quais o estudante deverá conviver por muito tempo.
Numa fase mais avançada de seus estudos, e sobretudo durante sua vida
profissional, esses textos formarão a biblioteca do estudante, lançando
as linhas mestras do seu pensamento científico organicamente
estruturado. Nesse momento, os textos introdutórios só serão utilizados
para cobrir eventuais lacunas do processo sequencial de aprendizagem.
Frise-se, porém, que, na universidade, não se pode passar o tempo todo
estudando apenas textos genéricos, comentários e introduções, embora,
pelo menos
25 nas atuais condições, iniciar o curso superior única e
exclusivamente com textos especializados, sem nenhuma propedêutica
teórica, seja um empreendimento de resultados pouco convincentes. Embora
essa concepção de muitos professores universitários decorra do esforço
para criar maior rigor científico, tal prática não se recomenda como
norma geral. Seus resultados históricos são, em algum casos, brilhantes,
mas foram obtidos com sacrifício de muitas potencia- lidades que se
perderam neste salve-se-quem-puder que acaba agravando a situação de
discriminação e de seleção de nosso ensino superior. O universitário
deve poder passar por um encaminhamento lógico que o inicie ao pensar,
por mais que o professor não goste de executar essa tarefa. Ao professor
não basta ser um grande especialista: é preciso dar-se conta de que é
também um Professor e mestre, conseqüentemente, um educador inserido
numa situação histórico-cultural de um país que não pode desconhecer.
Isto não quer dizer que o professor sabe tudo: mas que deve saber,
pelo menos, conduzir os alunos a descobrirem as vias de aprendizagem. O
uso inteligente desses textos auxiliares não pre- judicará, em hipótese
alguma, a qualificação do ensino. A esta altura das considerações sobre
os instrumentos de trabalho de que o estudante universitário deve
munir-se, é preciso dar ênfase às revistas, as grandes ausentes do
dia-a-dia do trabalho acadêmico em nosso meio universitário. A
assinatura de periódicos especializados é hábito elementar para qualquer
estudante exigente. Tais revistas mantêm atualizada a informação sobre
as pesquisas que se realizam nas várias áreas do saber, assim como sobre
a bibliografia referente às mesmas. Em algumas áreas, acompanham essas
revistas repertórios bibliográficos, outro indispensável instru- mento
do trabalho científico. A função da revista enquadra-se na vida
intelectual do estudante enquanto lhe permite acompanhar o
desenvolvimento de sua ciência e das ciências afins. Com efeito, ao
fazer o curso superior, o estudante é levado a tomar conhecimento de
todas as aquisições da ciência de sua especialidade, obtidas durante
toda sua formação. Esse acervo cultural acumulado, porém, continua
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
desenvolvendo-se dinamicamente. Por isso, além de assimilar essas
aquisições, deve passar a seguir sua solução, que estaria a cargo dessas
publicações periódicas. O mínimo que uma revista fornece são informações
bibliográficas preciosas, além de resenhas e de outros dados sobre a
vida científica e cultural.
26 Deve ser igualmente estimulada entre os universitários, de maneira
incisiva, a participação em acontecimentos extra-escolares, tais como
simpósios, congressos, encontros, semanas etc. É impossível indicar
neste livro todos os textos básicos importantes para as várias
disciplinas. Em geral, os professores já fazem constar da sua
programação essa bibliografia. Apesar de haver a mesma dificuldade a
respeito das revistas, são assinalados, em anexo, alguns periódicos
brasileiros, pertinentes a algumas áreas de nosso ensino superior, sem
pretensão alguma de esgotar a informação a esse respeito, para os
estudantes deles tomarem conhecimento e, eventualmente, passarem a
assinar alguns que possam mais diretamente lhes interessar.
Quando se fala aqui desses instrumentos teóricos especializados,
livros ou revistas, considerados como base para o estudo e pesquisa dos
fatos e categorias fundamentais do saber atual, não se quer fazer
apologia da hiperespecialização, hermética e isolada. Pelo contrário, a
interdisciplinaridade é um pressuposto básico de toda formação teórica.
As disciplinas não se isolam no contexto teórico: se o curso do aluno
define o núcleo central de sua especialização, é de se notar que sua
formação exigirá igualmente abertura de complementação para áreas afins
com o objetivo de ampliar o referencial teórico. Por isso é importante
familiarizar-se com o material relativo a essas disciplinas afins.
Assim, não só textos básicos, mas também revistas de áreas
complementares à da sua especialização, devem, paulatina
e’sistematicamente, ser adquiridos, na medida do possível.
Assim serão indicados em anexos, no final deste livro, alguns
instrumentos de trabalho acessíveis ao estudante brasileiro. Ênfase
especial será dada às revistas cujo uso mais sistemático e intensivo
precisa ser instaurado no meio universitário. Também já existem no
Brasil alguns repertórios bibliográficos de boa qualidade, mas, em
geral, pouco conhecidos e utilizados. O mesmo se diga dos dicionários
especializados, que, embora sejam traduções, na sua grande maioria são
instrumentos de grande utilidade para o estudante universitário.
Dentre os instrumentos para o trabalho científico disponíveis
atualmente, cabe dar especial destaque aos recursos eletrônicos gerados
pela tecnologia informacional. De modo especial, cabe referir à rede
mundial de computadores, a Internet, e aos muitos
27 recursos comunicacionais da multimídia, como os disquetes e
CD-ROMS. Também sobre o uso desses recursos se falará adiante,
subsidiando o estudante para utilizá-los adequadamente. (p. 1.25)
2. A EXPLORAÇÃO DOS INSTRUMENTOS DE TRABALHO
Esse material didático científico deve ser considerado e tratado pelo
estudante como base para seu estudo pessoal, que complementará os dados
adquiridos através das atividades de classe. Uma vez documentada a
matéria abordada em aula, devem ser igualmente documentados os elementos
complementares a essa matéria e que são levantados mediante a pesquisa
feita sobre este material de base. É que muitos esclarecimentos só se
encontram através desses estudos pessoais extraclasse. As técnicas e a
prática da documentação são expostas no próximo capítulo.
A documentação como prática do trabalho científico é a maneira mais
adequada e sistemática de “”tomar apontamentos”.
As informações colhidas nas aulas expositivas, nos debates em grupo,
nos seminários e conferências são assinaladas, num primeiro momento, de
maneira precária e provisória, nos cadernos de anotações. Ao retomar, em
casa, as anotações, o estudante submetê-las-á a um processo de correção,
de complementação e de triagem após o qual serão transcritas nas fichas
de documentação. Com efeito, ao tomar notas durante uma exposição,
muitas idéias acabam ficando truncadas: é preciso reconstruí-las. O
contexto ajudará tanto mais que o que importa reter não é o texto da
exposição do professor, mas as idéias principais.
Cabe lembrar que para tomar notas de uma aula, de uma palestra, de um
debate, não é preciso gravar a exposição nem taquigrafar o discurso
feito, palavra por palavra. Não há, nesses casos, necessidade de
registrar o texto integral da fala, pois tal tarefa, além de difícil
tecnicamente, atrapalha a concentração do ouvinte para pensar no que vem
sendo dito. O que melhor se faz é ir registrando palavras ou expressões
que traduzam conteúdos conceituais, geralmente categorias substantivas
—– 1. Cf. p. 35. 2. C£ p. 43-5.
28 ou verbais. Portanto, vai-se registrando uma sequencia de
categorias, sem a estruturação lógico-redacional explícita da frase. Não
é preciso preocupar-se com a falta do texto completo nem com a ausencia
de muitos dos detalhes da exposição do professor ou do palestrante. E
preferível e mais eficiente concen- trar-se nas idéias fundamentais,
procurando expressá-las mediante algumas categorias básicas e investir
na compreensão, na apreensão das idéias do orador.
Ao ir registrando essas categorias, deve-se separá-las por barra
transversal /. Ao retomar, em momento posterior, esses apontamentos, o
ouvinte que esteve atento conseguirá recompor a síntese relevante do
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
discurso, bem em cima do eixo essencial da reflexão.
Tratando-se de dados objetivos ou de conceitos precisos que ficaram
incompletos, é hora de recorrer aos instrumentos pessoais de pesquisa,
às obras básicas de referência. Procura-se assim recompor o texto,
complementando-o com esclarecimentos pertinentes que vão ajudar a
compreender melhor as informações prestadas. Recuperadas as informações,
os elementos fundamentais, aqueles que merecem ser assimilados, são
passados para as fichas de documentação, sintetizados pessoalmente pelo
aluno.
Observe-se que ao proceder assim o aluno está trabalhando de maneira
inteligente e racional, realizando simultaneamente todas as dimensões da
aprendizagem. Em nenhum momento está preocupando-se com o “decorar”, com
o “memorizar’.-. Está tão-somente pensando nas idéias que está
manipulando. Está pensando à medida que se esforça para construir o
sentido dos conceitos ou das idéias em jogo. Está ainda pesquisando,
comparando, informando-se. Através desse conjunto de atividades que
envolve com o pensamento, facilitando as tarefas física e psíquicas do
estudo, o aluno adquire maior familiaridade com o assunto por mais
difícil e estranho que possa parecer à primeira vista. Ademais não é
preciso esperar que domine já dessa feita todo o conteúdo e seus
desdobramentos. O próprio desenvolvimento do curso e esse sistema de
documentação irão lhe proporcionar outras oportunidades para a retomada
desses temas que, nas sucessivas apresentações, já estarão cada vez mais
familiares.
A orientação para a revisão da matéria vista em aula pode ser
adaptada às outras situações criadas para o estudante no caso
29 da participação do trabalho em grupo da preparação do seminário e
da elaboração do trabalho de pesquisa. Nessas situações, o procedimento
básico de estudo é o mesmo, apesar das diferenças de objetivo. O
estudante analisa o material proposto fazendo as devidas anotações sob
forma de documentação.”
3. A DISCIPLINA DO ESTUDO
Apesar da aparente rigidez desta proposta de metodologia de estudo, ela
é, sem dúvida, a mais eficiente. Pressupõe um mínimo de organização da
vida de estudos, mas, em compensação, torna-se sempre mais produtiva. Em
virtude de os universitários brasileiros, na sua grande maioria,
disporem de pouco tempo para seus cursos e exercerem funções
profissionais concomitantes ao curso superior, exige-se deles
organização sistemática do pouco tempo disponível para o estudo em casa,
indispensável para um aproveitamento mais inteligente do seu curso de
graduação, com um mínimo de capacitação qualitativa para as etapas
posteriores tanto numa eventual seqüência de seus estudos, como na
continuidade de suas atividades profissionais definidas e oficializadas
pelo seu curso.
Não se trata de estabelecer uma minuciosa divisão do horário de
estudo: o essencial é aproveitar sistematicamente o tempo disponível,
com uma ordenação de prioridades. Também não vem ao caso discutir as
condições de ordem física e psíquica que sejam melhores para o estudo,
muito dependentes das características pessoais de cada um, sendo difícil
estabelecer normas gerais que acabam caindo numa tipologia artificial.
Feito o levantamento do tempo disponível, predetermina-se um horário
para o estudo em casa. E uma vez estabelecido o horário, é necessário
começar sem muitos rodeios e cumpri-lo rigorosamente, mantendo um ritmo
de estudo. Vencida a fase de aquecimento e seguindo as diretrizes
apresentadas para a exploração do material ‘neste e nos próximos
capítulos, a produção do trabalho torna-se eficiente, fluente e até
mesmo agradável.
——– 3. Cf. p. 32-3. 4. Cf. p. 63. 5. Cf. p. 73. 6. Cf. p. 37
ss.
30 AULA Parficipação – Retomada e esclarecimentos de pontos da
unidade anterior. – Exploração de segmentos programados. – Discussão e
debates. – Determinação de novas tarefas. AULA Parficipação – Exposição
de segmentos da matéria. – Discussão ou debate – o de temas a partir ,
de textos com sínteses. – Determinação de novas tarefas. ESTUDO EM CASA
Revisão Preparação Reorganização da Releitura e reestudo matéria exposta
da documentação ou debatida em da aula anterior. classe mediante Contato
prévio com nova unidade programada: DOCUMENTAÇÃO roteiro, textos,
questionários. Aprofundamento de estudo mediante exploração de
instrumentos complementares. Elaboração de tarefas específicas:
fichamentos, exercícios, relatórios ete. 1 1 1 RECURSO AOS INSTRUMENTOS
COMPLEMENTARES
——
Tais diretrizes são aplicáveis igualmente ao estudo em grupo. Uma vez
reunidos no horário combinado, os elementos do grupo devem desencadear o
trabalho sem maiores rodeios, definindo-se as várias tarefas, as várias
etapas a serem vencidas e as várias formas de procedimento.
Quando o período de estudo ultrapassar duas horas, faz-se regra geral
um intervalo de meia hora para alteração do ritmo de trabalho. Esse
intervalo também precisa ser seguido à risca. Recomenda-se distribuir um
tempo de estudo para os vários dias da semana, com objetivo de revisar a
matéria ou preparar aulas das várias disciplinas nos períodos
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
imediatamente mais próximos às suas aulas. Caso haja necessidade de um
período maior de concentração, a distribuição do tempo para as várias
matérias levará em conta a carga de trabalho de cada uma e o grau de
dificuldade das mesmas.
CONCLUSAO
Para acompanhar o desenvolvimento do seu curso, o aluno deve preparar e
rever aulas. O cronograma de estudo possibilita ao aluno maior proveito
da aula, seja ela expositiva, um debate ou um seminário. Tratando-se de
aula expositiva, até a tomada de apontamentos torna-se mais fácil, dada
a familiaridade com a matéria que está sendo exposta; conseqüentemente,
há melhores condições de selecionar o que é essencial e que deve ser
anotado, evitando-se a sensação de ‘estar perdido” no meio de
informações aparentemente dispersas. Tratando-se de seminários ou
debates, mais necessária se faz ainda a preparação prévia do que se
falará
ulteriormente. A revisão da aula situa-se como a primeira etapa de
personalização da matéria estudada. É o momento em que se retomam os
apontamentos feitos apressadamente durante a aula e se dá acabamento aos
informes, recorrendo-se aos instrumentos complementares
— 7. Cf. 69-70.
32 de pesquisa, após uma triagem dos elementos que passarão
definitivamente para as fichas de documentação. Não há necessidade,
neste momento, de decorar os apontamentos: basta transcrevê-los,
pensando detidamente sobre as idéias em causa e buscando uma compreensão
exata dos conteúdos anotados. Rever essas fichas como preparação da aula
seguinte é medida inteligente para o paulatino domínio de seu conteúdo.
33
Capítulo II
A DOCUMENTAÇÁO COMO METODO DE ESTUDO PESSOAL
O estudo e a aprendizagem, em qualquer área do conhecimento, são
plenamente eficazes somente quando criam condições para uma contínua e
progressiva assimilação pessoal dos conteúdos estudados. A assimilação,
por sua vez, precisa ser qualitativa e inteligentemente seletiva, dada a
complexidade e a enorme diversidade das várias áreas do saber atual.
Daí a grande dificuldade encontrada pelos estudantes, cada dia mais
confrontados com uma cultura que não cessa de complexificar-se e se
utilizar de acanhados métodos de estudo que não acompanham, no mesmo
ritmo, a evolução global da cultura e da ciência. Alguns acreditam que é
possível encontrar na própria tecnologia os recursos que possibilitem
superar tais dificuldades da aprendizagem. Os recursos milagrosos da
tecnologia, no entanto, estão ainda para ser criados e testados; os
métodos acadêmicos tradicionais, baseados na assimilação, passiva, já
não fornecem nenhum resultado eficaz.
O estudante tem de se convencer de que sua aprendizagem é uma tarefa
eminentemente pessoal; tem de se transformar num estudioso que encontra
no ensino escolar não um ponto de chegada, mas um limiar a partir do
qual constitui toda uma atividade de estudo e de pesquisa lhe
proporciona instrumentos de trabalho criativo em sua área. É inútil
retorquir que isto já é óbvio para
35 qualquer estudante. De fato, nunca se agregou tanto como hoje a
importância da criatividade nos vários momentos da vida escolar.
Mas o fato é que os hábitos correspondentes não foram instaurados e,
na prática de ensino, os resultados continuam insatisfatórios.
1. A PRÁTICA DA DOCUMENTAÇÃO
As considerações que seguem visam tão-somente sugerir formas concretas
para o estudo pessoal, sem se preocupar em delinear uma teoria e uma
técnica muito sofisticada de documentação.
Ressaltar a importância da técnica da documentação como forma de
estudo (talvez já conhecida e praticada por muitos, mas nem sempre com a
devida correção) é o único objetivo aqui visado.
O saber constitui-se pela capacidade de reflexão no interior de
determinada área do conhecimento. A reflexão, no entanto, exige o
domínio de uma série de informações. O ato de filosofar, por exemplo,
reclama um pensar por conta própria que é atingido mediante o pensamento
de outras pessoas. A formação filosófica pressupõe, dialética e não
mecanicamente, a informação filosófica.
Do mesmo modo alguém se torna grande poeta ou escritor e, como tal,
altera com seu gênio sua língua e sua cultura. Antes, porém, de aí
chegar será influenciado por essa cultura e se comunicará através da
língua que aprendeu submissamente. Afinal, o homem é um serculturalmente
situado.
Assim sendo, a posse de informação completa de sua área de
especialização é razoável nas áreas afins, assim como certa cultura
geral é uma exigência para qualquer estudante universitário, cujos
objetivos signifiquem algo mais que um diploma. Essa informação só se
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
pode adquirir através da documentação realizada criteriosamente. O
didatismo tem criado uma série de vícios que se arraigaram na vida
escolar dos estudantes desde a escola primária, esterilizando os
resultados do ensino. Não traz resultados positivos para o estudo ouvir
aulas, por mais brilhantes que sejam, nem adianta ler livros clássicos e
———- 1. Há muitos textos sobre documentação; entre
eles, consultar Deleio V. SALOMON, Como fazer uma monografia, p. 103-28;
e a orientação de Ângelo D. SALVADOR, Métodos e técnicas da pesquisa
bibliográfica, p. 64-112, que apresenta outro modelo de documentação.
36
célebres. Isso só tem algum valor à medida que se traduzir em
documentação pessoal, ou seja, à medida que esses elementos puderem
estar à disposição do estudante, a qualquer momento de sua vida
intelectual.
A prática da documentação pessoal deve, pois, tornar-se uma constante
na vida do estudante: é preciso convencer-se de sua necessidade e
utilidade, colocá-la como integrante do processo de estudo e criar um
conjunto de técnicas para organizá-la.
A documentação de tudo o que for julgado importante e útil em função
dos estudos e do trabalho profissional deve ser feita em fichas. Tomar
notas em cadernos é um hábito desaconselhável devido à sua pouca
funcionalidade.
De um ponto de vista técnico e enquanto método pessoal de estudo,
pode-se falar em três formas de documentação: a documentação temática, a
documentação bibliográfica e a documentação geral.
2. A DOCUMENTAÇÃO TEMÁTICA
A documentação temática visa coletar elementos relevantes para o estudo
em geral ou para a realização de um trabalho em particular, sempre
dentro de determinada área. Na documentação temática, esses elementos
são determinados em função da própria estrutura do conteúdo da área
estudada ou do trabalho em realização.
Tal documentação é feita, portanto, seguindo-se um plano sistemático,
constituído pelos temas e subtemas da área ou do trabalho em questão. A
esses temas e subtemas correspondem os títulos e subtítulos que
encabeçam as fichas, e formam um conjunto geral de fichas ou fichário.
Os elementos a serem transcritos nas fichas de documentação temática
não são tirados apenas das leituras particulares, mas também das aulas,
das conferências e dos seminários. As idéias pessoais importantes para
qualquer projeto futuro também devem ser transcritas nas fichas, para
não se perderem com o passar do tempo.
——— 2. Deicio V. SALOMON, Como fazer uma monografia, p.
107.
37
Quando se transcreve na ficha uma citação literal, essa citação virá
entre aspas, terminando com a indicação abreviada da fonte; quando a
transcrição contiver apenas uma síntese das idéias da passagem citada,
dispensam-se as aspas, mantendo-se a indicação da fonte; quando são
transcritas idéias pessoais, não é necessário usar nem aspas nem
indicações de fonte, nem sinais indicativos, pois a ausência de qualquer
referência revela que são idéias elaboradas pelo próprio autor.
O fichário é constituído primeiramente pelas fichas de documentação
temática. Baseia-se nos conceitos fundamentais que estruturam
determinada área de saber. Cada estudante pode formar seu fichário de
documentação temática relacionado ao curso que está seguindo, a partir
da estrutura curricular do mesmo. Nesse caso cada disciplina
corresponderia a um setor do fichário e suas partes essenciais
determinariam os títulos das fichas, enquanto os conceitos e elementos
fundamentais dessas partes corresponderiam aos subtítulos das fichas.
Concretamente, no que diz respeito às aulas, os estudantes, ao
reverem seus apontamentos de classe, nos cadernos de rascunho, passariam
os tópicos mais importantes para as fichas, sistematizando as idéias a
serem retidas. Também assim deveriam ser estudadas as “apostilas’ –
enquanto durarem: far-se-ia uma documentação temática dos principais
conceitos da matéria em pauta.
Mesmo procedimento a ser adotado em relação aos livros Cujo conteúdo
tem interesse direto ou complementar para o curso. Igualmente, todas as
leituras complementares devem traduzir-se em documentação, assim como
todas as demais atividades esco lares.
3. A DOCUMENTAÇÃO BIBLIOGRÁFICA
E por isso que a documentação temática se completa pela documentação
bibliográfica: as fichas de documentação bibliográfica organizam-se de
acordo com um critério de natureza temática.
3. Deleio V. SALOMON, Como fazer uma monografias, p. 116-21, apresenta
alguns modelos de fichários de documentação. 4. Modelo de ficha de
documentamo temática à p. 43.
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
38
Assim, o livro é fichado, tendo em vista a área geral e específica
dentro da qual se situa.
O fichário de documentação bibliográfica constitui um acervo de
informações sobre livros, artigos e demais trabalhos que existem sobre
determinados assuntos, dentro de uma área do saber. Sistematicamente
feito, proporciona ao estudante rica informação para seus estudos.
A documentação bibliográfica deve ser realizada paulatinamente, à
medida que o estudante toma contato com os livros ou com os informes
sobre os mesmos. Assim, todo livro que cair em suas mãos será
imediatamente fichado. Igualmente, todos os informes sobre algum livro
pertinente à sua área possibilitam a abertura de uma ficha. Os informes
sobre os livros são encontrados principalmente nas revistas
especializadas, nas resenhas, nos catálogos etc.
As informações transcritas na ficha de documentação bibliográfica são
compostas em níveis cada vez mais aprofundados. Primeiramente,
apresenta-se uma visão de conjunto, um apanhado amplo, o que pode ser
feito após um primeiro e superficial contato com o livro, lendo-se
apenas o sumário, as orelhas, o prefácio e a introdução. Depois,
mediante leituras mais aprofundadas, são feitos apontamentos mais
rigorosos. A melhor informação para esse tipo de ficha seria aquela que
sintetizasse a própria análise temática do texto.
Observe-se que os diversos níveis não precisam ser feitos de uma só
vez. À medida que os contatos com os textos forem repetindo-se e
aprofundando-se, em cada oportunidade serão lançados novos elementos.
Tal documentação pode ser feita também a respeito de artigos,
resenhas, capítulos isolados etc. As várias informações devem ser
seguidas pela indicação, entre parênteses, das páginas a que se referem.
Do ponto de vista técnico, colocar-se-á no alto, à esquerda, a citação
bibliográfica’ completa do texto fichado; no alto, à direita, ficarão o
título e os eventuais subtítulos.
——- 6. Esta citação deve ser feita de acordo com a técnica
bibliográfica, como é apresentado às p. 113 ss. deste livro. 7. Modelo
de ficha de documentação bibliográfica à p. 44.
39
Não há um tamanho padronizado para essas fichas de documentação, ficando
a critério de cada um o seu formato. Tanto mais que agora elas podem ser
agitadas em micro, formando documentos/arquivos, diretórios e pastas.
Quando precisar de cópia, o estudante as imprime em folhas comuns
tamanho A4 ou Letter.
4. A DOCUMENTAÇÃO GERAL
A documentação geral é aquela que organiza e guarda documentos úteis
retirados de fontes perecíveis. Trata-se de passar para pastas,
sistematicamente organizadas, documentos cuja conservação seja julgada
importante. Assim, recortes de jornais, xerox de revistas, apostilas
etc. são fontes que nem sempre são encontradas disponíveis fora da época
de sua publicação.
Tais documentos são arquivados sob títulos classificatórios de seu
conteúdo, formando um conjunto de textos relacionados com a área de
interesse do estudante. Quando, eventualmente, vierem a ser estudados em
função de algum trabalho, esses documentos podem servir de base para a
documentação temática ou mesmo bibliográfica, em se tratando de um texto
de maior valor científico.
É sob a forma de documentação geral que os estudantes deveriam
guardar, de maneira sistemática e organizada, as apostilas, os
textos-roteiros dos seminários, os trabalhos didáticos, os textos de
conferências etc.
Para esse tipo de documentação são utilizadas as folhas tamanho
ofício, sobre as quais são colados os recortes, deixanclo-se margens
suficientes para os títulos e demais referências bibliográficas, como o
nome do jornal ou revista de onde foram tirados, a data e a página.
5. DOCUMENTAÇÃO EM FOLHAS DE DIVERSOS TAMANHOS
Embora a documentação temática e bibliográfica utilize as fichas de
cartolina acima citadas, podem ser usadas igualmente
40
as folhas comuns de papel sulfite, de diversos tamanhos, ou ainda
asfolhas pautadas, feitas para classificadores escolares (“monobloco”).
Embora dificulte a manipulação, a grande vantagem desse tipo de ficha é
permitir a substituição do fichário tipo caixa por pastas-arquivos,
classificadores, que facilitam o transporte. Há ainda a vantagem de
facilitar o trabalho de datilografia, quando se prefere fazer a
documentação à máquina. A opção entre os vários tipos de fichas fica a
critério do aluno, que levará em conta sua maior adaptação a esses
vários modelos.
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
Adotando-se as folhas, deve-se proceder de acordo com o mesmo
esquema: no alto, à direita, uma chamada geral, com um título mais amplo
que indique o terna principal, seguido, logo abaixo, por uma chamada
secundária, com um título mais específico que indique o subtema
abordado, a perspectiva, o enfoque sob o qual o tema é tratado ou o
critério sob o qual o assunto está sendo documentado.
O universitário pode seguir como estrutura geral de seu fichário a
própria estrutura curricular de seu curso. Para cada disciplina, abrirá
uma pasta, um classificador. Cada seção será determinada pelos vários
tópicos principais da referida disciplina e cada ficha trará,
sistematicamente, o tema e o subtema das várias unidades que estão sendo
anotados e documentados e que devem ser estudados. O procedimento
técnico de anotação é o mesmo utilizado para o outro tipo de ficha.
Ressalve-se, contudo, que neste caso o verso da folha não deve ser
utilizado.
Igualmente é possível fazer o mesmo tipo de fichário bíbliográfico. A
classificação dos livros pode acompanhar também a estruturação
curricular do seu curso.
Todo este trabalho de documentação deve ser feito à medida que o
estudante desenvolve seus estudos. Como se viu no primeiro capítulo, ao
fazer a revisão da aula anterior, os elementos selecionados
entre o material visto em classe são transcritos para as fichas. O
mesmo será feito com eventuais elementos colhidos de pesquisas
complementares ou paralelas referentes aos temas estudados.
Proceder-se-á igualmente com os livros: começando com os indicados pelo
próprio curso e com aqueles assinalados como bibliografia complementar.
Para os demais livros de interesse para seus estudos, inclusive
informações colhidas de informes de revistas, repertórios, catálogos,
ele abrirá uma ficha de documentação bibliografica,
41 que não só fornecerá informação sobre a existência de textos
interessantes, como também aguardará a oportunidade de um estudo mais
aprofundado do mesmo, ocasião em que os resultados do estudo serão
progressivamente transcritos numa ficha.
Tratando-se de autores cujo pensamento é relevante para o estudo da
área de especialização, deve-se abrir igualmente uma ficha de
documentação bibliográfica só para o autor.” Nessa ficha são anotados
progressivamente, à medida que se tornarem disponíveis, os dados
biobibliográficos do autor, bem como os pontos mais importantes de seu
pensamento.
6. VOCABULÁRIO TÉCNICO-LINGÜÍSTICO
No contexto da documentação temática, recomenda-se que os estudantes
elaborem igualmente um glossário dos principais conceitos e categorias
que devem necessariamente dominar para levar avante seus estudos em
geral, assim como suas pesquisas em particular. Assim, o seu fichário de
documentação temática conteria um vocabulário técnico-lingüístíco, com
um conjunto personalizado de termos cuja compreensão é necessária tanto
para a leitura como para a redação. Nestas fichas, esses termos são
sistematicamente transcritos e explicitados.
———– 8. k:f. modelo à p. 45.
42
EPISTEMOLOGIA
Conceítuação
Segundo Laiande, trata-se de uma filosofia das ciências, mas de modo
especial, enquanto “é essencialmente o estudo crítico dos princípios,
das hipóteses e dos resultados das diversas ciências, destinado a
determinar sua origem lógica (não psicologica),
seu valor e seu alcance objetivo”. Para Laiande, ela se distingue,
portanto, da teoria do conhecimento, da qual serve, contudo, como
introdução e auxiliar indispensável.
LALANDE, Voc. Tecn., 293
“Por Epistemologia, no sentido bem amplo do termo, podemos considerar o
estudo metódico e reflexivo do saber, de sua organização, de sua
formação, de seu desenvolvimento, de seu funcionamento e de seus
produtos intelectuais.”
JAPIASSU, Intr., 16
Japiassu distingue três tipos de Epistemologia:
1. a Epistemologia global ou geral que trata do saber globalmente
considerado, com a virtualidade e os problemas do conjunto de sua
organização, quer sejam especulativos, quer científicos;
2. a Epístemología particular que trata de levar em consideração um
campo particular do saber, quer seja especulativo, quer científico;
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
3. a Epistemologia específica que trata de levar em conta uma disciplina
intelectualmente constituída em unidade bem definida do saber e de
estudá-la de modo próximo, detalhado e técnico, mostrando sua
organização, seu ftmcionamento e as possíveis relações que ela mantém
com as demais disciplinas.
Ficha de Documentação Temátíca
43 JAPIASSU, Hilton F. EPISTEMOLOGIA O mito da neutralidade científica
Rio, Imago, 1975 (Série Logoteca), 188 p.
Resenhas: Reflexão 1 (2): 163-168. abr. 1976. Revista Brasileira de
Filosofia 26 (102): 252-253. jun. 1976.
O texto visa fornecer alguns elementos e instrumentos introdutórios a
uma reflexão aprofundada e crítica sobre certos problemas
epistemológicos (p. 15) e trata da questão da objetividade científica,
dos pressupostos ideológicos da ciência, do caráter praxiológico das
ciências humanas, dos fundamentos epistemológicos
do cientificismo, da ética do conhecimento objetivo, do problema da
cientificidade da epistemologia e do papel do educador da inteligência.
Embora se trate de capítulos autônomos, todos se inscrevem dentro de
uma problemática fundamental. a das relações entre a ciência objetiva e
alguns de seus pressupostos.
O primeiro capítulo, ‘Objetividade científica e pressupostos
axiológicos” (p. 17-47), coloca o problema da objetividade da ciência e
levanta os principais pressupostos axiológicos que subjazem ao processo
de constituição e de desenvolvimento das ciências humanas.
No segundo capítulo, “Ciências humanas e praxiologia” (p. 49-70), é
abordado o caráter intervencionista destas ciências: elas, nas suas
condições concretas de realização, apresentam-se como técnicas de
intervenção na realidade, participando ao mesmo tempo do descritivo e do
normativo.
No terceiro capítulo, “Fundamentos epistemológicos do cientificismo”
(p. 71-96), o autor busca elucidar os fundamentos epistemológicos
responsáveis pela atitude cientificista e mostra como o método
experimental, racional e objetivo, apresentando-se como o único
instrumento particular da razão, assumiu um papel imperialista, a ponto
de identificar-se com a própria razao.
44
Ficha de Documentação Biográfica
JAPIASSU Hilton Ferreira Japiassu 1934 Licenciou-se em Filosofia pela
PUC do Rio de janeiro, em 1969; formou-se em Teologia, pelo Studium
Cenerale Santo Tomás de Aquino, de São Paulo. Fez o mestrado em
Filosofia, na área de Epistemologia, na Université des Seiences
Sociales, de Crenoble, na França, em 1970; nessa mesma Universidade,
douto rou-se em Filosofia, em 1973. Fez pós-doutorado em Strasbourg, no
período 84/85, também na área de Epistemologia. Atualmente é docente de
Epistemologia e de História das Ciências e de Filosofia da Ciência, nos
cursos de pós-graduação em Filosofia, da Universidade Federal do Rio de
janeiro.
Desenvolve suas pesquisas nas áreas de epistemologia, investigando as
relações entre ciência e sociedade, o sentido da interdisciplinaridade e
o estatuto epistemológico das Ciências Humanas em geral, e da Psicologia
em particular.
Além da tradução de vários textos filosóficos e da publicação de
muitos artigos, Japiassu já lançou os seguintes livros: Introdução ao
pensamento epistemológico, 1975; O mito da neutralidade científica,
1975; Interdísciplinaridade e patologia do saber, 1976; Para ler
Bachelard, 1976; Nascimento e morte das ciências humanas, 1978;
Introdução à epistemologia da Psicologia, 1978; A Psicologia dos
psicólogos, 1979; Questões epístemológicas, 1981; A pedagogia da
incerteza, 1983; A revolução científica moderna, 1985; As paixões da
ciência, 1991; Francis Bacon: o profeta da ciência moderna, 1995.
45
Capítulo III
DIRETRIZES PARA A LEITURA, ANALISE E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
1. Os maiores obstáculos do estudo e da aprendizagem, em ciência e em
filosofia, estão diretamente relacionados com a correspondente
dificuldade que o estudante encontra na exata compreensão dos textos
teóricos. Habituados à abordagem de textos literários, os estudantes, ao
se defrontarem com textos científicos oü filosóficos, encontram
dificuldades logo julgadas insuperáveis e que reforçam uma atitude de
desânimo e de desencanto, geralmente acompanhada de um juízo de valor
depreciativo em relação ao pensamento teórico.
Em verdade, os textos de ciência e de filosofia apresentam obstáculos
específicos, mas nem por isso insuperáveis. É claro que não se pode
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
contar com os mesmos recursos disponíveis no estudo de textos
literários, cuja leitura revela uma sequencia de raciocínios e o enredo
é apresentado dentro de quadros referenciais fornecidos pela imaginação,
onde se compreende o desenvolvimento da ação descrita e percebe-se logo
o encadeamento da história. Por isso, a leitura está sempre situada,
tornando-se possível entender, sem maiores problemas, a mensagem
transmitida pelo autor.
No caso de textos de pesquisa positiva, acompanha-se o raciocínio já
mais rigoroso seguindo a apresentação dos dados objetivos sobre os quais
tais textos estão fundados. Os dados e
47 fatos levantados pela pesquisa e organizados conforme
técnicas específicas às várias ciências permitem ao leitor, devidamente
iniciado, acompanhar o encadeamento lógico destes fatos. Diante de
exposições teóricas, como em geral são as encontradas em textos
filosóficos e em textos científicos relativos a pesquisas teóricas, em
que o raciocínio é quase sempre dedutivo, a imaginação e a experiência
objetiva não são de muita valia.
Nestes casos, conta-se tão-somente com as possibilidades da razão
reflexiva, o que exige muita disciplina intelectual para que a mensagem
possa ser compreendida com o devido proveito e para que a leitura se
torne menos insípida. Na realidade, mesmo em se tratando de assuntos
abstratos, para o leitor em condições de ‘seguir o fio da meada” a
leitura torna-se fácil, agradável e, sobretudo, proveitosa. Por isso é
preciso criar condições de abordagem e de inteligibilidade do texto,
aplicando alguns recursos que, apesar de não substituírem a capacidade
de intuição do leitor na apreensão da forma lógica dos raciocínios em
jogo, ajudam muito na análise e interpretação dos textos.
2. Antes de abordar as diretrizes para a leitura e análise de textos,
recomenda-se atentar para a função dos mesmos em termos de uma teoria
geral da comunicação, estabelecendo-se assim algumas justificativas
psicológicas e epistemológicas fundamentais para a adoção destas normas
metodológicas e técnicas, tanto para a leitura como para a redação de
textos.
Embora sem aprofundar a questão do significado e função do texto
neste nível, que ultrapassaria os objetivos deste trabalho, serão
apresentadas aqui algumas considerações para encaminhar a compreensão
dos vários momentos do trabalho científico.
Pode-se partir da consideração de que a comunicação se dá quando da
transmissão de uma mensagem entre um emissor e um receptor. O emissor
transmite uma mensagem que é captada pelo receptor. Este é o esquema
geral apresentado pela teoria da comunicação.
—————- 1. Essas considerações são válidas também para a
elaboração da monografia científica, entendida como um trabalho de
codificação de uma mensagem. Cf. especialmente p. 73-85 e 183-94. 2. Cf.
DANCE, F. E. (org.). Teoria da comunicação humana. São Paulo, Cultrix,
1973.
48
Para fins didáticos, pode-se desdobrar este esquema, o que fornecerá
mais elementos para a compreensão da origem e finalidade de um texto.
Com efeito, considera-se o emissor como uma consciência que transmite
uma mensagem para outra consciência que é o receptor. Portanto, a
mensagem será elaborada por uma consciência e será igualmente assimilada
por outra consciência. Deve ser, antes de mais nada, pensada e depois
transmitida. Para ser transmitida, porém, deve ser antes mediatizada, já
que a comunicação entre as consciências não pode ser feita diretamente;
ela pressupõe sempre a mediatização de sinais simbólicos. Tal é, com
efeito, a função da linguagem.
Assim sendo, o texto-linguagem significa, antes de tudo, o meio
intermediário pelo qual duas consciências se comunicam. Ele é o código
que cifra a mensagem.
Ao escrever um texto, portanto, o autor (o emissor) codifica sua
mensagem que, por sua vez, já tinha sido pensada, concebida e o leitor
(o receptor), ao ler um texto, decodifica a mensagem do autor, para
então pensá-la, assimilá-la e personalizá-la, compreendendo-a: assim se
completa a comunicação.
Em todas as fases desse processo, o homem, dada sua condição
existencial de empiricidade e liberdade, sofre uma série de
interferências
pessoais,e culturais que põem em risco a objetividade da comunicação. E
por isso que se fazem necessárias certas precauções que garantam maior
grau de objetividade na interpretação dessa comunicação.
Tal a justificação fundamental para a formulação de diretrizes para o
trabalho científico em geral e para a leitura e composição de textos em
particular. O processo de realização do trabalho científico pode ser
visualizado no seguinte fluxograma: 3. As diretrizes metodológicas que
são apresentadas a seguir têm apenas objetivos práticos. Este capítulo
visa fornecer elementos para uma melhor abordagem de textos de natureza
teórica, possibilitando uma leitura mais rica e mais proveitosa.
Frise-se ainda
———- 3. O pensamento é um processo de ordem cpistemológica
muito complexo. Outros pormenores são apresentados no cap. VIII, às p.
183-94.
49 que tais recursos metodológicos não podem prescindir de certa
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
preparação geral relativa à área em que o texto se situa e ao domínio da
língua em que é escrito.
1. DELIMITAÇÃO DA UNIDADE DE LEITURA
A primeira medida a ser tomada pelo leitor é o estabelecimento de uma
unidade de leitura. Unidade é um setor do texto que forma uma totalidade
de sentido. Assim, pode-se considerar um capítulo, uma seção ou qualquer
outra subdivisão. Toma-se uma parte que forme certa unidade de sentido
para que se possa trabalhar sobre ela. Dessa maneira, determinam-se os
limites no interior dos quais se processará a disciplina do trabalho de
leitura e estudo em busca da compreensão da mensagem.
De acordo com esta orientação, a leitura de um texto, quando feita
para fins de estudo, deve ser feita por etapas, ou seja, apenas
terminada a análise de uma unidade é que se passará à seguinte.
Terminado o processo, o leitor se verá em condições de refazer o
raciocínio global do livro, reduzindo a uma forma sintética.
A extensão da unidade será determinada proporcionalmente à
acessibilidade do texto, a ser definida por sua natureza, assim como
pela familiaridade do leitor com o assunto tratado.
O estudo da unidade deve ser feito de maneira contínua, evitando-se
intervalos de tempo muito grandes entre as várias etapas da análise.
2. A ANÁLISE TEXTUAL
A análise textual: primeira abordagem do texto com vistas à preparação
da leitura.
Determinada a unidade de leitura, o estudante-leitor deve proceder a uma
série de atividades ainda preparatórias para a análise aprofundada do
texto.
Procede-se inicialmente a uma leitura seguida e completa da unidade
do texto em estudo. Trata-se de uma leitura atenta mas ainda corrida,
sem buscar esgotar toda a compreensão do texto. A finalidade da primeira
leitura é uma tomada de contato com
51 toda a unidade, buscando-se uma visão panorâmica, uma visão de
conjunto do raciocínio do autor. Além disso, o contato geral permite ao
leitor sentir o estilo e método do texto.
Durante o primeiro contato deverá ainda o leitor fazer o levantamento
de todos aqueles elementos básicos para a devida compreensão do texto.
Isso quer dizer que é preciso assinalar todos os pontos passíveis de
dúvida e que exijam esclarecimentos que condicionam a compreensão da
mensagem do autor.
O primeiro esclarecimento a ser buscado são os dados a respeito do
autor do texto. Uma pesquisa atenta sobre a vida, a obra e o pensamento
do autor da unidade fornecerá elementos úteis para uma elucidação das
idéias expostas na unidade. Observe-se, porém, que esses esclarecimentos
devem ser assumidos com certa reserva, a fim de que as interpretações
dos comentadores não venham prejudicar a compreensão objetiva das idéias
expostas na unidade estudada.
Deve-se assinalar, a seguir, o vocabulário: trata-se de fazer um
levantamento dos conceitos e dos termos que sejam fundamentais para a
compreensão do texto ou que sejam desconhecidos do leitor. Em toda
unidade de leitura há sempre alguns conceitos básicos que dão sentido à
mensagem e, muitas vezes, seu significado não é muito claro ao leitor
numa primeira abordagem. É preciso eliminar todas as ambigüidades desses
conceitos para que se possa entender univocamente o que se está lendo.
Por outro lado, o texto pode fazer referências afatos históricos, a
outros autores e’especialmente a outras doutrinas, cujo sentido no texto
é pressuposto pelo autor mas nem sempre conhecido do leitor.
Todos esses elementos devem ser, durante a primeira abordagem,
transcritos para uma folha à parte. Percorrida a unidade e levantados
todos os elementos carentes de maiores esclarecimentos, interrompe-se a
leitura do texto e procede-se a uma pesquisa prévia no sentido de se
buscar esses informes.
Esses esclarecimentos são encontrados em: dicionários, textos de
história, manuais didáticos ou monografias especializadas, enfim, em
obras de referência das várias especialidades. Pode-se também recorrer a
outros estudiosos e especialistas da área.
1 Note-se que a busca de esclarecimentos tem tríplice vantagem: em
primeiro lugar, diversificando as atividades no estudo, torna-o
52 menos monótono e cansativo; em segundo lugar, propicia uma série
de informações e conhecimentos que passariam despercebidos numa leitura
assistemática; em terceiro lugar, tornando o texto mais claro, sua
leitura ficará mais agradável e muito mais enriquecedora. A análise
textual pode ser encerrada com uma esquematização do texto cuja
finalidade é apresentar uma visão de conjunto da unidade. O esquema
organiza a estrutura redacional do texto que serve de suporte material
ao raciocínio.
Muitos confundem essa esquematização com o resumo do texto. De fato,
a apresenta ão das idéias mais relevantes do texto não deixa de ser uma
síntese material da unidade, mas ainda não realiza todas as exigências
para um resumo lógico do pensamento expresso no texto, que é atingido
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
pela análise temática, como se verá no item seguinte.
A utilidade do esquema está no fato de permitir uma visualização
global do texto. A melhor maneira de se proceder é dividir inicialmente
a unidade nos três momentos redacionais: introdução, desenvolvimento e
conclusão. Toda unidade completa comporta necessariamente esses três
momentos. Depois são feitas as divisões exigidas pela própria redação,
no interior de cada uma dessas etapas.
Tratando-se de unidades maiores, retiradas de livros ou revistas,
cada subdivisão é referida ao número da página em que se situa;
tratando-se de textos não paginados, deve-se rvumerar previamente os
parágrafos para que se possa fazer as devidas referências.
3. A ANÁLISE TEMÁTICA
De posse dos instrumentos de expressão usados pelo autor, do sentido
ufflvoco de todos os conceitos e conhecedor de todas as referências e
alusões utilizadas por ele, o leitor passará, numa segunda abordagem, à
etapa da compreensão da mensagem global veiculada na unidade.
A análise temática procura ouvir o autor, apreender, sem intervir
nele, o conteúdo de sua mensagem. Praticamente, trata-se
53 de fazer ao texto uma série de perguntas cujas respostas fornecem
o conteúdo da mensagem.
Em primeiro lugar busca-se saber do que fala o texto. A resposta a
esta questão revela o tema ou assunto da unidade. Embora aparentemente
simples de ser resolvida, essa questão ilude muitas vezes. Nem sempre o
título da unidade dá uma idéia fiel do tema. Às vezes apenas o insinua
por associação ou analogia; outras vezes não tem nada que ver com o
tema. Em geral, o tema tem determinada estrutura: o autor está falando
não de um objeto, de um fato determinado, mas de relações variadas entre
vários elementos; além dessa possível estruturação, é preciso captar a
perspectiva de abordagem do autor: tal perspectiva define o âmbito
dentro do qual o tema é tratado, restringindo-o a limites determinados.
Avançando um pouco mais na tentativa da apreensão da mensagem do
autor, capta-se a problematização do tema, porque não se pode falar
coisa alguma a respeito de um tema se ele não se apresentar como um
problema para aquele que discorre sobre ele. A apreensão da
problemática, que por assim dizer “provocou’ o autor, é condição básica
para se entender devidamente um texto, sobretudo em se tratando de
textos filosóficos.
Pergunta-se, pois, ao texto em estudo: como o assunto está
problematizado? Qual dificuldade deve ser resolvida? Qual o problema a
ser solucionado? A formulação do problema nem sempre é clara e precisa
no texto, em geral é implícita, cabendo ao leitor explicitá-la.
Captada a problemática, a terceira questão surge espontaneamente: o
que o autor fala sobre o tema, ou seja, como responde à dificuldade, ao
problema levantado? Que posição assume, que idéia defende, o que quer
demonstrar? A resposta a esta questão revela a idéia central,
proposíçãofundamental ou tese: trata-se sempre da idéia mestra, da idéia
principal defendida pelo autor naquela unidade. Em geral, nos textos
logicamente estruturados, cada unidade tem sempre uma única idéia
central, todas as demais idéias estão vinculadas a ela ou são apenas
paralelas ou complementares. Daí a percepção de que ela representa o
núcleo essencial da mensagem do autor e a sua apreensão torna o texto
inteligível.
Normalmente, a tese deveria ter formulação expressa na introdução da
unidade, mas isto não ocorre sempre, estando, às vezes, difusa no corpo
da unidade.
54 Na explicitação da tese sempre deve ser usada uma proposição, uma
oração, um juízo completo e nunca apenas uma expressão, como ocorre no
caso do tema.
A idéia central pode ser considerada inicialmente como uma hipótese
geral da unidade, pois que é justamente essa idéia que cabe à unidade
demonstrar mediante o raciocínio. Por isso, a quarta questão a se
responder é: como o autor demonstra sua tese, como comprova sua posição
básica? Qual foi o seu raciocínio, a sua argumentação?
É através do raciocínio que o autor expõe, passo a passo, seu
pensamento e transmite sua mensagem. O raciocinio, a argumentação, é o
conjunto de idéias e proposições logicamente encadeadas, mediante as
quais o autor demonstra sua posição ou tese. Estabelecer o raciocínio de
uma unidade de leitura é o mesmo que reconstituir o processo lógico,
segundo o qual o texto deve ter sido estruturado.- com efeito, o
raciocínio é a estrutura lógica do texto.
A esta altura, o que o autor quis dizer de essencial já foi
apreendido. Ocorre, contudo, que os autores geralmente tocam em outros
temas paralelos ao tema central, assumindo outras posições secundárias
no decorrer da unidade. Essas idéias são como que intercaladas e não são
indispensáveis ao raciocínio, tanto que poderiam ser até eliminadas sem
truncar a sequencia lógica do texto. Associadas às idéias secundárias,
de conteúdo próprio e independente, complementam o pensamento do autor:
são subtemas e subteses.
Para levantar tais idéias, basta ler o texto perguntando se a
dificuldade ainda é questão de outros assuntos.
Note-se que é esta análise temática que serve de base para o resumo
ou síntese de um texto. Quando se pede o resumo de um texto, o que se
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
tem em vista é a síntese das idéias do raciocínio e não a mera redução
dos parágrafos. Daí poder o resumo ser escrito com outras palavras,
desde que as idéias sejam as mesmas do texto.
É também esta análise que fornece as condições para se construir
tecnicamente um roteiro de leitura como, por exemplo, o resumo
orientador para seminários e estudo dirigido.
55
Finalmente, é com base na análise temática que se pode construir o
organograma lógico de uma unidade: a representação geometrizada de um
raciocínio.
4. A ANÁLISE INTERPRETATIVA
A análise interpretativa é a terceira abordagem do texto com vistas à
sua interpretação, mediante a situação das idéias do autor. A partir dá
compreensão objetiva da mensagem comunicada pelo texto, o que se tem em
vista é a síntese das idéias do raciocínio e a compreensão profunda do
texto não traria grandes benefícios. Interpretar, em sentido restrito, é
tomar uma posição própria a respeito das idéias enunciadas, é superar a
estrita mensagem do texto, é ler nas entrelinhas, é forçar o autor a um
diálogo, é explorar toda a fecundidade das idéias expostas, é cotejá-las
com outras, enfim, é dialogar com o autor. Bem se vê que esta última
etapa da leitura analítica é a mais difícil e delicada, uma vez que os
riscos de interferência da subjetividade do leitor são maiores, além de
pressupor outros instrumentos culturais e formação específica.
A primeira etapa de interpretação consiste em situar o pensamento
desenvolvido na unidade na esfera mais ampla do pensamento geral do
autor, e em verificar como as idéias expostas na unidade se relacionam
com as posições gerais do pensamento teórico do autor, tal como é
conhecido por outras fontes. A seguir, o pensamento apresentado na
unidade permite situar o autor no contexto mais amplo da cultura
filosófica em geral, situá-lo por suas posições aí assumidas, nas várias
orientações filosóficas existentes, mostrando-se o sentido de sua
própria perspectiva e destacando-se tanto os pontos comuns como os
originais.
Nas duas primeiras etapas, busca-se ao mesmo tempo o relacionamento
lógico-estático das idéias do autor no conjunto da cultura daquela área,
assim como o relacionamento lógico-dinâmico de suas idéias com as
posições de outros autores que eventualmente o influenciaram ou que
foram por ele influenciados. Em ambos os casos, trata-se de uma
abordagem genérica. Depois disso, já de um ponto de vista estrutural,
busca-se uma compreensão interpretativa do pensamento exposto e
explicitam-se
56 os pressupostos que o texto implica. Tais pressupostos são idéias
nem sempre claramente expressas no texto, são princípios que justificam,
muitas vezes, a posição assumida pelo autor, tomando-a mais coerente
dentro de uma estrutura rigorosa.
Em outro momento, estabelece-se uma aproximação e uma associação das
idéias expostas no texto com outras idéias semelhantes que eventualmente
tenham recebido outra abordagem, independentemente de qualquer tipo de
influência. Faz-se uma comparação com idéias temáticas afins, sugeridas
pelos vários enfoques e colocações do autor. Uma leitura é tanto mais
fecunda quanto mais sugere temas para a reflexão do leitor.
O próximo passo da interpretação é a crítica. Não se trata aqui do
trabalho metodológico da crítica externa e interna, adotado na pesquisa
científica. O que se visa, durante a leitura analítica, é a formulação
de um juízo crítico, de uma tomada de posição, enfim, de uma avaliação
cujos critérios devem ser delimitados pela própria natureza do texto
lido. Tal avaliação tem duas perspectivas: de um lado, o texto pode ser
julgado levando-se em conta sua coerência interna; de outro lado, pode
ser julgado levando-se em conta sua originalidade, alcance, validade e a
contribuição que dá à discussão do problema.
Do primeiro ponto de vista, busca-se determinar até que ponto o autor
conseguiu atingir, de modo lógico, os objetivos que se propusera
alcançar; pergunta-se até que ponto o raciocínio foi eficaz na
demonstração da tese proposta e até que ponto a conclusão a que chegou
está realmente fundada ‘numa argumentação sólida e sem falhas, coerente
com as suas premissas e com várias etapas percorridas.
A partir do segundo ponto de vista, formula-se um juizo crítico sobre
o raciocínio em questão: até que ponto o autor consegue uma colocação
original, própria, pessoal, superando a pura retomada de textos de
outros autores, até que ponto o tratamento dispensado por ele ao tema é
profundo e não superficial e meramente erudito; trata-se de se saber
ainda qual o alcance, ou seja, a relevância e a contribuição específica
do texto para o estudo do tema abordado.
Resta aludir aqui a uma possível crítica pessoal às posições
defendidas no texto. Porque exige maturidade intelectual, essa é a fase
mais delicada da interpretação de um texto; é viável desde o momento em
que a vivência pessoal do problema tenha alcançado
57 níveis que permitam o debate da questão tratada. Observa-se ainda
que o objetivo último da formação filosófica é o amadurecimento da
reflexão pessoal para o tratamento autônomo dessas questões. A atividade
filosófica começa no momento em que se explica a própria experiência.
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
Para alcançar tal objetivo esbarra-se na abordagem dos textos deixados
pelos autores. E por isso que a leitura analítica metodologicamente
realizada é instrumento adequado e eficaz para o amadurecimento
intelectual do estudante.
5. A PROBLEMATIZAÇÃO
A problematização é a quarta abordagem da unidade com vistas ao
levantamento dos problemas para a discussão, sobretudo quando o estudo é
feito em grupo. Retoma-se todo o texto, tendo em vista o levantamento de
problemas relevantes para a reflexão pessoal e principalmente para a
discussão em grupo. Os problemas podem situar-se no nível das três
abordagens anteriores; desde problemas textuais, os mais objetivos e
concretos, até os mais difíceis problemas de interpretação, todos
constituem elementos válidos para a reflexão individual ou em grupo. O
debate e a reflexão são essenciais à própria atividade filosófica e
científica.
Cumpre observar a distinção a ser feita entre a tarefa de
determinação do problema da unidade, segunda etapa da análise temática,
e a problematízação geral do texto, última etapa da análise de textos
científicos. No primeiro caso, o que se pede é o desvelamento da
situação de conflito que provocou o autor para a busca de uma solução.
No presente momento, problematização é tomada em sentido amplo e visa
levantar, para a discussão e a reflexão, as questões explícitas ou
implícitas no texto.
6. A SÍNTESE PESSOAL
A discussão da problemática levantada pelo texto, bem como a reflexão a
que ele conduz, devem levar o leitor a uma fase de elaboração pessoal ou
de síntese. Trata-se de uma etapa ligada antes à construção lógica de
uma redação do que à leitura como tal. De qualquer modo, a leitura
bem-feita deve possibilitar ao
58 estudioso progredir no desenvolvimento das idéias do autor, bem
como daqueles elementos relacionados com elas. Ademais, o trabalho de
síntese pessoal é sempre exigido no contexto das atividades didáticas,
quer como tarefa específica, quer como parte de relatórios ou de
roteiros de seminários. Significa também valioso exercício de raciocínio
– garantia de amadurecimento intelectual. Como a problematização, esta
etapa se apóia na retomada de pontos abordados em todas as etapas
anteriores.
CONCLUSAO
A leitura analítica desenvolve no estudante-leitor uma série de posturas
lógicas que constituem a via mais adequada para sua própria formação,
tanto na sua area específica de estudo quanto na sua formação filosófica
em geral.
Com o objetivo de fornecer uma representação global da leitura
analítica, assim como permitir uma recapitulação de todo o processo, sao
apresentados a seguir um esquema pormenorizado com suas várias
atividades e um fluxograma com suas principais etapas.
ESQUEMA
Recapitulando: a leitura analítica é um método de estudo que tem como
objetivos:
1. favorecer a compreensão global do significado do texto;
2. treinar para a compreensão e interpretação crítica dos textos;
3. auxiliar no desenvolvimento do raciocínio lógico,-,
4. fornecer instrumentos para o trabalho intelectual desenvolvido nos
seminários, no estudo dirigido, no estudo pessoal e em grupos, na
confecção de resumos, resenhas, relatórios etc.
Seus processos básicos são os seguintes:
1. Análíse textual: preparação do texto; trabalhar sobre unidades
delimitadas (um capítulo, uma seção, uma parte etc., sempre um trecho
com um pensamento completo); fazer uma leitura rápida e atenta da
unidade para se adquirir uma visão de conjunto da mesma; levantar
esciarecimentos
59 relativos ao autor, ao vocabulário específico, aos fatos,
doutrinas e autores citados, que sejam importantes para a compreensão da
mensagem; esquematizar o texto, evidenciando sua estrutura redacional.
2. Análise temática: compreensão do texto; determinar o
tema-problema, a idéia central e as idéias secundárias da unidade;
refazer a linha de raciocínio do autor, ou seja, reconstruir o processo
lógico do pensamento do autor; evidenciar a estrutura lógica do texto,
esquematizando a seqüência das idéias.
3. Análise interpretativa: interpretação do texto; situar o texto no
contexto da vida e da obra do autor, assim como no contexto da cultura
de sua especialidade, tanto do ponto de vista histórico como do ponto de
vista teórico; explicitar os pressupostos filosóficos do autor que
justifiquem suas posturas teóricas; aproximar e associar idéias do autor
expressas na unidade com outras idéias relacionadas à mesma temática;
exercer uma atitude crítica diante das posições do autor em termos de:
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
a) coerência interna da argumentação;
b) validade dos argumentos empregados;
c) originalidade do tratamento dado ao problema;
d) profundidade de análise ao tema;
e) alcance de suas conclusões e conseqüências; apreciação e juízo
pessoal das idéias defendidas.
4. Problematização: discussão do texto; levantar e debater questões
explícitas ou implicitadas no texto; debater questões afins sugeridas
pelo leitor.
——— 4. A leitura analítica é também fonte essencial da
documentação, conforme foi visto às p. 36 ss. Cada uma das etapas
fornece elementos que, de acordo com as necessidades de cada um, podem
ser transcritos para a ficha de documentação. 60
5. Síntese pessoal: reelaboração pessoal da mensagem; desenvolver a
mensagem mediante retomada pessoal do texto e raciocínio personalizado;
elaborar um novo texto, com redação própria, com discussão e reflexão
pessoais.
Preparação do texto
Visão de conjunto
Busca de esclarecimento
ANALISE textual
Vocabulário
Doutrinas
Fatos
Autores Esquematização do texto
Compreensão da mensagem do autor
Tema
Problema
ANÁLISE TEMÁ Tese
Raciocínio
Idéias secundárias
Interpretação da mensagem do autor
Situação filosófica e influências
ANÁLISE
INTERPRETATIVA Pressupostos
Associação de idéias
Crítica
Levantamento e discussões de problemas relacionados com a mensagem do
autor
Reelaboração da mensagem com basena reflexão pessoal
SINTESE
61
Capítulo IV DIRETRIZES PARA A REALIZAÇÃO DE UM SEMINÁRIO
1. OBJETIVOS
O objetivo último de um seminário é levar todos os participantes a uma
reflexão aprofundada de determinado problema, a partir de textos e em
equipe. O seminário é considerado aqui como um método de estudo e
atividade didática específica de cursos universitários.
Para alcançar esse objetivo último, o seminário deve levar todos os
participantes:
A um contato íntimo com o texto básico, criando condições para uma
análise rigorosa e radical do mesmo.
À compreensão da mensagem central do texto, de seu conteúdo temático.
À interpretação desse conteúdo, ou seja, a uma compreensão da
mensagem de uma perspectiva de situação de julgamento e de crítica da
mensagem.
À discussão da problemática presente explícita ou implicitamente no
texto.
———- 1. Outros sentidos do “seninário” são encontrados em
Imídeo G. NERICI, Metodologia do ensino supehor, p. 166-73.
63 participantes sua posição diante do mesmo quando da preparação da
leitura.
Situação da unidade estudada no texto de onde é tirada, na obra do
autor, assim como no pensamento geral do autor e no contexto histórico
cultural em que o autor estudado se encontrava.
O responsável pelo seminário recorre à análise textual’ e à análise
interpretativa.1 A compreensão do pensamento geral do autor favorece a
compreensão do texto estudado.
Elaboração dos principais conceitos, idéias e doutrinas que tenham
relevância no texto. Trata-se de uma tarefa de documentação feita quando
da análise textual e realizada de acordo com a técnica da documentação.
Note-se que a pesquisa é feita sobre outras fontes que não o texto
básico e o texto complementar do seminario, uma vez que esses
esclarecimentos visam tornar a compreensão do texto acessível. Se o
conceito já se encontra suficientemente esclarecido no texto, é
desnecessário redefini-lo, exceto se isto representa maior explicitação.
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
Roteiro de leitura com síntese dos momentos lógicos essenciais do
texto. Essa etapa é feita de acordo com a análise temática e compõe-se
fundamentalmente da exposição sintetizada do raciocínio do autor.
Note-se que a exposição será resumida, mais indicativa do que
explicitativa: não substitui a leitura do texto básico, mas, antes,
exige-a. A finalidade do roteiro é permitir a comparação das várias
compreensões pelos diferentes participantes.
A problematização que levanta questões importantes para a discussão
das idéias veiculadas pelo texto. Observe-se que não é suficiente
formular perguntas lacónicas: e preciso criar contextos
problematizadores que provoquem o raciocinio argumentativo dos
participantes.”
Orientação bibliográfica: o texto-roteiro fornece finalmente uma
bibliografia especializada sobre o assunto. Não indica apenas uma lista
de livros relacionados com o tema; acrescenta informações
——– 5. Cf. P. 51-3. 6. Cf. p. 56-8. 7. C£ p. 51-3. 8. Cf. p.
35-45. 9. Cf. p. 53-5. 10. Sobre a noção de problema, cf. p. 184.
65 sobre o conteúdo dos mesmos, sobretudo aquelas passagens
relacionadas com o tema da unidade. Na bibliografia comentada não
aparecem o texto básico e o texto complementar eventualmente definidos
para o seminário e que sejam de leitura obrigatória. Assinalam-se textos
específicos consultados pelo responsável durante sua pesquisa para a
preparação do seminário. Também não constam dessa bibliografia as obras
de referência geral, como enciclopédias, dicionários, tratados etc., nem
mesmo aquelas obras de referência da área dentro da qual se situa o
texto. Essa bibliografia visa dar orientação aos demais participantes,
caso lhes interesse aprofundar o estudo do tema.
2.2. Material a ser apresentado no dia da realização do seminário
O coordenador apresenta ao grupo um texto com suas reflexões pessoais
sobre o tema que estudou de maneira aprofundada. Tais reflexões versam
sobre os principais problemas sentidos pelo coordenador e
conseqüentemente se relacionam com a problemática previamente
encaminhada ao grupo.
3. O TEXTO-ROTEIRO INTERPRETATIVO
Para grupos adiantados existe outra forma de texto-roteiro para um
seminário. A forma anterior permite a execução de todas as etapas de
abordagem e tratamento de um texto, para uma exploração exaustiva.
Contudo, tal forma exige a realização de muitas tarefas técnicas de
pesquisa e de elaboração que podem despender muito tempo que poderia ser
destinado à reflexão. Devido a esse seu caráter abrangente, tal forma de
roteiro é recomendada para os estudantes que se iniciam na análise de
textos, desde que sejam exigidas as várias etapas numa seqüência
crescente.
Na realidade, qualquer que seja a forma do texto-roteiro adotada, os
objetivos do seminário continuam os mesmos e, por isso, as etapas do
roteiro didático porventura não mais utilizadas ficam pressupostas,
devendo ser cumpridas num trabalho prévio de preparação, caso ainda se
façam necessárias.
66
Pode-se elaborar igualmente o que se chama aqui texto-roteiro
interpretatívo, como forma alternativa para condução do seminário.
Basicamente, o responsável pelo seminário elabora outro texto, referente
à temática do texto básico ou a determinada problemática prefixada, no
qual os momentos da análise textual, da análise temática, da análise
interpretativa e da problematização se fundem num novo discurso
personalizado. O autor do novo texto expoe, globalmente, no
desenvolvimento de seu raciocínio, sua compreensão da mensagem,
precisando os conceitos, apresentando sua interpretação, levantando suas
críticas, formulando os problemas que encontrou na sua leitura básica e
nas suas pesquisas complementares. De maneira explícita, o responsável
pelo seminário dedica-se à elaboração de um texto-roteiro no qual
desenvolveu intencionalmente uma reflexão que, quanto mais pessoal for,
maior contribuição dará ao grupo.
Quando não se parte de um texto básico, mas de determinado tema, sem
especificação de bibliografia, o responsável constrói seu discurso
compondo um texto portador dos problemas que quer ver discutidos pelo
grupo que participará do seminário. Este tipo de texto-roteiro tem
potencialidade para alimentar um seminário, mas o seminário para ser
fecundo exige preparação dos participantes para o encontro de classe.
Daí a necessidade, nos quadros do desenvolvimento de um curso, de que os
demais participantes também leiam, analisem e aprofundem o texto básico
ou os escritos que componham a bibliografia para a abordagem da
problemática do seminário. Não havendo tal preparação, o encontro corre
o risco de ser transformado em aula expositiva e perder muito de suas
virtualidades geradoras de discussões. Os participantes devem vir
literalmente municiados de compreensão e interpretação do texto básico
ou de posiçoes definidas acerca do problema para que possam
confrontar-se com o expositor do seminário, que será, então, questionado
pelo grupo.
O seninário assim conduzido acarreta limitações também na sua
definição: reserva-se um tempo determinado para que o responsável
apresente sua reflexão, para que exponha sua comunicação, passando-se em
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
seguida aos debates.
Mesmo que se entregue com antecedência esse texto-roteiro, a
exposição sintética de introdução é prevista. A exposição dos pontos de
vista do coordenador não será uma leitura lacônica,
67 mas a apresentação de um raciocínio demonstrativo é acompanhada
pelos demais participantes que estão, a esta altura, em condições de
intervir numa discussão aprofundada de todas as posições que surgirem.
Teoricamente, todos os participantes já fizeram leituras e pesquisas
referentes ao tema como preparação para o seminário. Geralmente nos
simpósios que adotam este esquema de seminário, mas partem tão-somente
de problemas e não de textos, ocorre uma variação nesta questão de
distribuição de roteiro. São escalados previamente alguns debatedores
que recebem o texto com antecedência e são chamados a se pronunciar
formalmente a respeito dos problemas. Embora isso não seja necessário em
turmas pequenas com certa homogeneidade de formação, este esquema pode
ser aplicado mesmo para fins didáticos. Dessa forma se desenvolve
durante o seminário o debate.
Além da discussão dos problemas propriamente ditos, das questões
levantadas ou implicadas pelo texto, referentes ao conteúdo, os
participantes comentam o roteiro e a exposição do coordenador quanto a
sua capacidade em apreender a idéia central, em explicitar os aspectos
essenciais, quanto à capacidade de síntese, de raciocínio lógico, de
clareza, quanto à capacidade de distanciamento do texto, de fornecer
exemplos, de levantar problemas, de assumir posições pessoais, de
aprofundar as questões.
4. O TEXTO-ROTEIRO DE QUESTÕES
Há ainda outro tipo de roteiro, de grandes possibilidades, para se
conduzir o seminário. Trata-se de um desdobramento do roteiro didático.
Neste caso, pressupõem-se determinação e leitura de um texto básico
comum para todos os participantes. Cabe então ao responsável entregar
aos demais, com certa antecedência, um conjunto de questões, de
problemas devidamente formulados.
Não se trata de uma relação de perguntas lacónicas, mas da criação de
questões formadas num contexto de problematização em que é posta uma
dificuldade que exigirá pesquisa e reflexão para que as mesmas sejam
corretamente respondidas e debatidas.
Para fins didáticos, o responsável pelo seminário exige que os
participantes tragam por escrito suas abordagens e tratamentos das
questões, devendo todos ter a oportunidade, dentro da dinâmica
68 69 do seminário, de expor seus pontos de vista. Essa dinâmica tem
igualmente várias formas de encaminhamento enquanto trabalho em grupo,
em classe.
5. ORIENTAÇÃO PARA A PREPARAÇÃO DO SEMINÁRIO
O texto-roteiro possibilita a participação no seminário. Com efeito,
como o seminário é um trabalho essencialmente coletivo, de equipe,
pressupõe empenho de todos e não apenas do coordenador responsável pelo
encaminhamento dos trabalhos no dia do seminário. Assim sendo, todos os
participantes fazem um estudo do texto para poder exercer efetiva
participação nos debates do seminário. Cabe aos participantes comparar
sua compreensão e interpretação do texto com a compreensão e
interpretação do coordenador; levantar problemas temáticos e
interpretativos para a discussão geral; exigir esclarecimentos e
explicações do coordenador e dos demais participantes a respeito das
respectivas tomadas de posição. O seminário não se reduz a uma aula
expositiva apresentada por um colega e comentada pelo professor: é um
círculo de debates para o qual todos devem estar suficientemente
equipados. Por isso, exige-se que todos os participantes estudem o texto
com o rigor devido.
A preparação é feita da seguinte maneira: em primeiro lugar faz-se
leitura da documentação do texto básico e do texto complementar; em
seguida, faz-se leitura analítica do texto básico; depois faz-se leitura
de documentação do texto-roteiro do seminário. Essas três abordagens são
feitas de modo que se complementem mutuamente.
Dos textos complementares eventualmente usados para a preparação,
textos escolhidos livremente pelos participantes, faz-se documentação
temática ou bibliográfica.” Igualmente, abrem-se fichas de documentação
bibliográfica das obras comentadas na bibliografia do texto-roteiro. Das
conclusões elaboradas pelo grupo durante as discussões, faz-se
documentação temática, com anotações pessoais.”
———– 11. Cf. p. 37-40. 12. Cf. p. 37-8.
69
6. ESQUEMA GERAL DE DESENVOLVIMENTO DO SEMINÁRIO
6.1. Introdução pelo professor.
6.2. Apresentação pelo coordenador:
6.2.1. das tarefas’a serem cumpridas no dia, das orientações para o
procedimento a ser adotado pelos participantes durante a realização do
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
seminário e do cronograma das atividades em classe;
6.2.2. de uma breve introdução para localização do tema do seminário no
desenvolvimento da temática geral dos seminários anteriores;
6.2.3. de esclarecimentos relacionados com o texto-roteiro,
eventualmente
reclamados pelos participantes. Nesse momento, faz-se igualmente uma
revisão de leitura para que não haja muitas dúvidas quanto à compreensão
do texto.
6.3. Execução coordenada pelo responsável das várias atividades
executadas pelos participantes, conforme dinâmica definida pelo modelo
de seminário escolhido pelo coordenador.
6.4. Apresentação introdutória à discussão geral da reflexão pessoal,
pelo coordenador.
6.5. Síntese final de responsabilidade do professor.
CONCLUSÃO
Tais diretrizes referem-se a seminários realizados com fins didáticos
dentro da programação de um curso. Nesse caso, abordam-se temas com
encadeamento lógico. Em tais seminários, o professor atua apenas como
supervisor e observador dos trabalhos; no cronograma deve ser previsto
um intervalo, desde que o período do seminário ultrapasse duas horas;
cabe ainda ao coordenador entregar ao professor observações de avaliação
da participação dos vários elementos componentes do grupo.
Quanto ao modo prático de realização do seminário, adota-se qualquer
das técnicas do trabalho em grupo, sendo mais comuns as seguintes: 70
a) exposição introdutória, discussão em pequenos grupos; discussão em
pequenos grupos, discussão em plenário, síntese de conclusão;
b) exposição introdutória, discussão em pequenos grupos, discussão do
grupo coordenador observada pelo grupo observador dos participantes,
síntese de conclusão;
c) exposição introdutória, discussão em grupos formados
horizontalmente,
discussão em grupos formados verticalmente, síntese de conclusão;
d) exposição introdutória, revisão de leitura em plenário, discussão
da problemática também em plenário, síntese de conclusão.
Finalmente, cumpre acrescentar uma observação. Embora se tenha feito
constante referência, ao se falar do seminário, à leitura de trechos, de
passagens de unidade, das obras dos autores, é necessário que o
estudante se empenhe na leitura da obra dos autores em sua totalidade.
Leitura que pode ser feita por etapas, como sugere este capítulo, mas
que deve desdobrar-se sempre mais no conjunto da obra dos autores
estudados. Por outro lado, frise-se a exigência de se ler o próprio
autor na fonte original ou em tradução confiável.
71
Capítulo V
DIRETRIZES PARA A ELABORAÇÃO DE UMA MONOGRAFIA CIENTÍFICA
Este capítulo visa tecer considerações sobre as exigências metodológicas
da elaboração do trabalho científico e apresentar diretrizes para sua
composição. Como as considerações e diretrizes são bastante práticas e
gerais, aplicam-se a todo trabalho de natureza teórica, científica ou
filosófica que deva ser elaborado de acordo com as diretrizes impostas à
monografia científica. Na área do pensamento e da expressão filosófica e
científica, certas exigências de organização prévia e de metodologia de
execução se impõem. Já não se pode conceber, a não ser depois de
amadurecido o raciocínio, a elaboração de um trabalho científico ao
sabor da inspiração intuitiva e espontânea, sem obediência a um plano e
aplicação de um método.
No caso da formação universitária, essas exigências garantem bom
êxito na aprendizagem e proporcionam tirocínio necessário para o
amadurecimento intelectual. Ao lado, pois, da iniciação teórica e
histórica à filosofia e à ciência, há a iniciação metodológica à sua
criação e expressão.
A preparação metódica e planejada de um trabalho científico supõe uma
seqüência de momentos, compreendendo as seguintes etapas:
1. determinação do tema-problema do trabalho;
2. levantamento da bibliografia referente a esse tema;
73
3. leitura e documentação dessa bibliografia após seleção;
4. construção lógica do trabalho;
5. redação do texto.
1. AS ETAPAS DA ELABORAÇÃO
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
1.1. Determinação do Tema-problema-tese do Trabalho
Nesta primeira etapa, escolhe-se e deterinina-se o assunto sobre o
qual versará o trabalho. Ainda quando o tema é proposto pelo professor,
cabe ao aluno delimitar, com precisão, () tema indicado, ou seja, é
preciso distingui-lo de temas afins, tendo presente o domínio sobre o
qual vai trabalhar. Durante o estudo do tema delimitado pode ocorrer
alguma alteração desta primeira delimitação, mas, ainda que isto seja
freqüente, é necessário que o aluno inicie seu trabalho de posse de um
tema bem definido.
Mais do que o objeto em si do trabalho, é importante a perspectiva
sobre a qual é tratado. Assim, uma coisa é escrever sobre a liberdade em
geral, outra sobre a liberdade psicológica, outra sobre a liberdade
política. O conteúdo do objeto do estudo pode ser o mesmo, mas as
perspectivas sob as quais se faz esse estudo é o que determina o
desenvolvimento do trabalho. Outras vezes o tema deve ser colocado numa
estrutura de relações, pois o objeto é estudado em relação a outro,
importando mais essa relação do que os seus termos.
Finalmente, tratando-se de trabalhos acadêmicos, com finalidades
didáticas e propedêuticas, o tema escolhido ou delimitado deve deixar
margem para a pesquisa positiva, bibliográfica ou de campo, com a
necessária aprendizagem desses métodos de pesquisa, não sendo, portanto,
o trabalho uma pura criação mental do aluno. Por isso, escolhe-se um
tema já abordado por outros, anteriormente, embora de outras
perspectivas, para que haja obras a respeito dele, podendo o aluno
pesquisar e consultar documentação para a realização do seu trabalho.
Por outro lado, a visão clara do tema do trabalho, do assunto a ser
tratado, a partir de determinada perspectiva, deve completar-se com sua
colocação em termos de problema. O raciocínio – parte essencial de um
trabalho – não se desencadeia quando não se estabelece devidamente um
problema. Em outras palavras, o tema
74 deve ser problematizado. Toda argumentação, todo raciocínio
desenvolvido num trabalho logicamente construido é uma demonstração que
visa solucionar determinado problema. A gênese dessa problemática
dar-se-á pela reflexão surgida por ocasião das leituras, dos debates,
das experiências, da aprendizagem, enfim da vivência intelectual no meio
do estudo universitário e no ambiente científico e cultural.
Portanto, antes da elaboração do trabalho, é preciso ter idéia clara
do problema a ser resolvido, da dúvida a ser superada. Exige-se
consciência da problemática específica relacionada com o tema abordado
de determinada perspectiva, cuja natureza especificará o tipo e o método
de pesquisa e de reflexão a serem utilizados no decorrer do trabalho.
A colocação clara do problema desencadeia a formulação da hipótese
geral a ser comprovada no decorrer do raciocínio. Quando o autor se
define afinal por uma solução que pretende demonstrar no curso do
trabalho, pode-se então falar de tese ou de idéia central de seu
trabalho. O trabalho tem por objetivo último transmitir uma mensagem,
comunicar o resultado final de uma pesquisa e de uma reflexão. Por isso
deve demonstrar uma única idéia, comprovar uma única hipótese, defender
uma única tese, assumindo uma posição única relacionada com o problema
específico levantado pela consideração do tema. Assim, a decisão, a
opção por determinada posição, é posterior à discussão de possíveis
alternativas.
De qualquer modo, exige-se uma idéia daquilo que se-pretende dizer a
respeito do assunto escolhido e que se apresenta como uma tomada de
posição sobre o tema-problema. Este adquire então a forma lógica de
tese, de idéia central, ou seja, de proposição portadora da mensagem
principal do trabalho que deverá ser demonstrada logicamente através do
raciocínio. Todo discurso científico pretende demonstrar uma posição a
respeito do tema problematizado.
Ainda no âmbito dos trabalhos didáticos, o tema, o problema e a tese
devem ser determinados a partir de um texto. Neste caso, a etapa de
delimitação temática é feita a partir de uma leitura analítica do mesmo.
Nos casos de dissertação de mestrado e de tese de doutorado, esta
etapa nasce da experiência intelectual, leitura, discussão e reflexão.
75
A determinação do tema, do problema e da tese deve anunciar e
garantir, senão na formulação técnica, pelo menos quanto ao significado,
o caráter monográfico do trabalho. Isto quer dizer que a abordagem
própria do trabalho científico deve ser a mais monográfica possível,
atendo-se ao aspecto delimitado do tema a ser tratado. Tal exigência de
maior restrição temática é tanto maior quanto mais científico for o tipo
de trabalho a que se vise. Nas teses de doutorado e nas dissertações de
mestrado ela será maior do que nos trabalhos didáticos, os quais, nem
por isso, devem deixar de buscar a delimitação de sua temática.
Distinguein-se três fases no amadurecimento de um trabalho: há o
momento da invenção, da intuição, da descoberta, da formulação de
hipóteses, fase eminentemente lógica em que o pensamento é provocador, o
espírito é atuante; logo após parte-se para a pesquisa positiva, seja
experimental, seja de campo ou bibliográfica. Nesta etapa, o espírito é
posto diante dos fatos, de outras idéias; há a oportunidade de cotejar
as primeiras intuições com as intuições alheias ou com os fatos
objetivos. Do confronto nasce uma posição amadurecida. Abandonam-se
algumas idéias, acrescentam-se outras novas, reformulam-se outras. Isto
quer dizer que a primeira formulação não é necessariamente definitiva:
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
inicialmente, do ponto de vista lógico, será tão-somente provisória.
já na terceira etapa, ou seja, no momento em que, amadurecida uma
posiçao, se parte para a composição do trabalho, então é preciso estar
de posse de uma formulação definitiva, que poderá confirmar a primeira
ou modificá-la.
Nas presentes diretrizes, estas fases não estão sendo consideradas
distintamente, uma vez que são concomitantes nas várias etapas do
trabalho científico, considerado de um ponto de vista da técnica de sua
elaboração.
1.2. Levantamento da Bibliografia
Estabelecido e delimitado o tema do trabalho e formulados o problema e a
hipótese, o próximo passo é o levantamento com a documentação existente
sobre o assunto. já uma fase heurística, ciência, técnica e arte da
pesquisa de documentos. Desencadeia-se uma série de procedimentos para a
localização e busca metódica dos documentos que possam interessar ao
tema discutido.
76
Tais documentos se definem pela natureza dos temas estudados e pelas
áreas em que os trabalhos se situam. Tratando-se de trabalhos no âmbito
da reflexão teórica, tais documentos são basicamente textos: livros,
artigos etc.
A bibliografia como técnica tem por objetivo a descrição e a
classificação dos livros e documentos similares, segundo critérios, tais
como autor, gênero literário, conteúdo temático, data etc. Dessa técnica
resultam repertórios, boletins, catálogos bibliográficos. E é a eles que
se deve recorrer quando se visa elaborar a bibliografia especial
referente ao tema do trabalho. Fala-se de bibliografia especial porque a
escolha das obras deve ser criteriosa, retendo apenas aquelas que
interessem especificamente ao assunto tratado.
Os repertórios, os boletins e os catálogos são obras especializadas
no levantamento das publicações, indistintamente de todas as áreas ou
restritas a áreas determinadas. Assim, existem repertórios de filosofia
que só assinalam obras referentes à filosofia. O mesmo acontece com as
demais áreas do saber.
Os estudiosos encontram também nas grandes enciclopédias, nos
dicionários especializados, nas monografias, nos tratados, nos textos
didáticos, nas revistas’ informações bibliográficas para trabalhos de
cunho científico nas respectivas áreas. Outra fonte para o levantamento
bibliográfico são os fichários das bibliotecas. Tais fichários catalogam
livros, seja pelo critério de autor, seja pelo critério de assunto. No
primeiro caso, através do nome de um autor identifica-se, pela ordem
alfabética, as respectivas fichas;já no fichário por assuntos, as obras
são classificadas de acordo com números-códigos estabelecidos por
sistemas universais de classificação temática.
Neste caso, identifica-se o número sob o qual o assunto é classificado,
para o que se deve consultar o índice de assuntos que se encontra num
pequeno arquivo junto aos fichários gerais
——– 1. Cf. p. 257-59. 2. Cf. p. 197-257. 3. Os principais
sistemas de classificação são a CDD e a CDU: a Classificação Decimal de
Dewey e a Classificação Decimal Universal. Esta última é baseada na
primeira, aperfeiçoando-a em alguns pontos. Ainbas dividem o campo do
saber humano em dez áreas, subdivididas, por sua vez, em dez subárcas
que se subdividem sucessivamente. Estas subdivisões são indicadas por
números arábicos dentro das várias seções. Assim a Filosofia recebeu o
número 100, a Psicologia, considerada subárca da Filosofia, o conjunto
150; a Lógica, 160. A Sociologia, 300, a Educação, 370, a História 900,
a História do Brasil, 981, a Conjuração Mineira é classificada sob n’
981.03. Cf. Heloisa de Almeida PRADO. Organize sua biblioteca, 2. ed,
São Paulo, Polígono, 1971, p. 129 ss.
77
em seguida, procuram-se no fichário na ante-sala das bibliotecas e, de
assuntos as respectivas fichas, pela ordem numérica. As informações
colhidas pela heurística devem ser transcritas primeiramente nas fichas
bibliográficas.’ Na face dessas fichas são transcritos os dados
referentes ao documento em si, conforme as técnicas bibliográficas, A
seguir, assinalam-se com grande proveito os códigos das bibliotecas onde
se encontra o documento, as resenhas do documento e eventualmente alguma
rápida apreciação.
Como essas fichas são a base de qualquer trabalho científico, todo
estudioso deveria formar um fichário na sua especialidade, o que lhe
seria de extrema utilidade no momento de qualquer pesquisa.5
Todos esses dados constantes de catálogos e das demais fontes
bibliográficas já estão integrando, nos dias de hoje, os CD-ROMS, bem
como os bancos de dados da Internet. Esses CDs podem ser acessados em
microcomputadores, graças aos programas de multimídia. Os bancos de
dados da Internet com fontes bibliográficas são acessáveis graças aos
programas de busca. Tal pesquisa facilita e enriquece enormemente o
trabalho de levantamento dessas fontes documentais.
1.3. Leitura e Documentação
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
Terminado o levantamento bibliográfico, é chegado o momento de iniciar o
trabalho da pesquisa propriamente dita, o momento da leitura e da
documentação.
1.3.1. O PLANO PROVISÓRIO DO TRABALHO
Antes de começar a leitura, o aluno elabora um roteiro de seu trabalho.
Trata-se de uma primeira estruturação do trabalho, baseada em grandes
idéias oriundas dos vários aspectos que podem ter um problema referente
ao assunto estudado. São essas idéias que nortearão a leitura e a
pesquisa que se iniciam. Essa etapa é fundamental, pois que sem uma
idéia-diretriz na mente a leitura e a documentação não serão
suficientemente fecundas. Antes, pois,
———— 4. Cf. p. 44. 5. Cf. p. 35
78
de começar a ler a bibliografia, tenham-se presentes na mente as
grandes linhas que serão as colunas mestras do trabalho. Essas idéias
são percebidas intuitivamente pelo aluno ou são frutos da sugestão do
próprio problema levantado pela tese ou ainda de alguma insinuação de
estudos anteriores. Essas idéias exercem o papel de chamariz, são elas
que mostram nos textos lidos aqueles elementos que devem ser retidos
para futuro aproveitamento na composição do trabalho.
Esse roteiro provisório será reformulado no decorrer do trabalho.
Novas idéias surgirão, exigidas pelas primeiras, outras perderão o
valor. O plano definitivo só será estabelecido no final da pesquisa
positiva.
1.3.2. A LEITURA DE DOCUMENTAÇÃO
De posse de um roteiro de idéias, parte-se para a análise dos documentos
em busca dos elementos que se revelem importantes para o trabalho.
A primeira medida, no entanto, é operar uma triagem em todo o
material recolhido durante a elaboração da bibliografia.
Nem tudo será necessariamente lido, pois nem tudo interessará
devidamente ao tema a ser estudado. Os documentos que se revelarem pouco
pertinentes ao tema serão deixados de lado. Para presidir a essa
triagem, utilizem-se as resenhas, que permitem avaliar a utilidade do
documento em questão. Na falta delas, além da opinião de especialistas,
o melhor caminho é tomar contato direto com a obra, lendo seu sumário, o
prefácio, a introdução, as ‘orelhas”, assim como algumas passagens do
seu texto, até o momento em que se possa ter dela uma opinião.
Uma vez definidos os documentos a serem pesquisados, procede-se à
leitura combinando o critério de atualidade com o critério da
generalidade para o estabelecimento da ordem de leitura. Inicia-se pelos
textos mais recentes, e mais gerais, indo para os mais antigos e mais
particulares. As obras recentes geralmente retomam as contribuições
significativas do passado, dispensando assim uma volta a textos
superados. Observar, contudo, que obras clássicas dificilmente perdem
seu valor de atualidade.
já na questão da generalidade, atentar para as condições de quem está
fazendo o trabalho, levando em conta o nível em que se encontra, a
dificuldade do tema, a familiaridade do autor com o
79
assunto e com a área em que é tratado. Feitas essas ressalvas, a ordem
lógica é partir das obras gerais-enciclopédias, dicionários, tratados
etc., chegando às monografias especialízadas e aos artigos de revista,
muito importantes devido a sua atualidade.
A essa altura dá-se início à leitura. Note-se, contudo, que já não se
trata de uma leitura analítica desses documentos em vista da
reconstituição do processo do raciocínio do autor. Mesmo quando a
leitura integral do texto se fizer necessária, ela será feita tendo em
vista o aproveitamento direto apenas daqueles elementos que sirvam para
articular as idéias do novo raciocínio que se desenvolve. Os elementos a
serem recolhidos visam reforçar, apoiar e justificar as idéias pessoais
formuladas pelo autor do trabalho. Esses elementos retirados das várias
fontes dão às várias afirmações do autor, além do material sobre o qual
se trabalha, a garantia de maior objetividade fundada no testemunho e na
verificação de outros pensadores.
1.3.3. A DOCUMENTAÇÃO
À medida que se procede à leitura e que elementos importantes vao
surgindo, faz-se a documentação. Trata-se de tomar nota de todos os
elementos que serão utilizados na elaboração do trabalho científico.
Quando se fala aqui de documentação, refere-se à tomada de
apontamentos durante a leitura de consulta e pesquisa. Esses
apontamentos servem de matéria-prima para o trabalho e funcionam como um
primeiro estágio de rascunho. É desaconselhável tomar notas em cadernos,
de maneira seqüencial, assim como também não é prático assinalar no
próprio texto as passagens importantes que eventualmente serão
aproveitadas através de citações na redação final do trabalho. Essa
técnica, se tiver alguma utilidade, só a terá para a leitura analítica.
Os elementos julgados válidos devem ser transcritos nas fichas de
documentação.6 Mas o quê exatamente e como se deve transcrever na ficha
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
de documentação? Passa-se para a ficha alguma passagem completa do texto
que se lê, caso em que se deve transcrever ao pé da letra, colocando-se
tudo entre aspas e citando a fonte; em outros casos faz-se apenas a
síntese das idéias em questão; nesta
———- 6. Cf. 35
80
hipótese, as aspas são dispensadas, mas mantém-se a citação da fonte.
Conforme o hábito pessoal, a transcrição nas fichas será feita
interrompendo-se a leitura (o que é mais aconselhável) ou, então,
primeiramente será feita uma leitura completa do texto pesquisado,
assinalando-se levemente as passagens importantes, transcrevendo-as a
seguir.
As fichas de documentação contêm, além do corpo da citação e
referências indicadores da fonte, um título e um subtítulo que permitem
identificá-las e classificá-las. Esses títulos, colocados no alto à
direita, são definidos pelas idéias diretrizes do roteiro provisório.
Igualmente, quando surge uma idéia nova, um aspecto até então
despercebido, lança-se um novo título nas fichas de documentação e o
material passa a fazer parte do plano de trabalho.
A técnica da documentação em fichas tem, do ponto de vista didático,
no contexto universitário brasileiro, a vantagem de permitir eficiência
no trabalho em equipe, garantindo a participação complementar de todos
os membros do grupo. Com efeito, parte-se de um roteiro comum e os
integrantes da equipe pesquisam isoladamente, cada um lendo e
documentando textos diferentes.
No fim das pesquisas, as fichas de fontes diferentes são agrupadas
conforme os temas definidos pelos títulos e subtítulos, faltando apenas
a construção posterior do trabalho. As fichas são redistribuídas de
acordo com os vários momentos do trabalho, cabendo a cada participante
da equipe compor uma parte do trabalho.
Durante a pesquisa, ou em outras circunstâncias da vivência
intelectual, o leitor sempre pode ter idéias próprias sobre algum dos
tópicos que está discutindo. As fichas de documentação servem também
para registrar essas idéias que, se não forem logo gravadas, acabam
perdendo-se. Enfim, nesta fase do trabalho, tudo o que interessar ao
mesmo deverá ser transposto para as fichas que formarão o acervo do
material com o qual se trabalhará na construção final do novo texto.
1.4. A Construção Lógica do Trabalho
Construção lógica ou síntese é a coordenação inteligente das idéias
conforme as exigências racionais da sistematização própria
81
do trabalho. Pode acontecer que, devido a desdobramentos ocorridos
durante a pesquisa, se faça necessária uma reforrnulação do roteiro
provisório para o estabelecimento do plano definitivo.
A ordem lógica do pensamento de quem escreve pode não coincidir com a
ordem de descoberta e de intuição do autor. Isto é normal, já que o
pensamento expresso não pode perder de vista a finalidade que tem de
comunicar ao leitor essas descobertas. Por isso, o que interessa antes
de tudo é a inteligibilidade do texto.
A construção lógica do trabalho é o arranjo encadeado dos raciocínios
utilizados para a demonstração da hipótese formulada no início.
Naturalmente, esses raciocínios, em trabalhos que comportem elementos de
pesquisa positiva de bibliografia, como na maioria dos trabalhos
acadêmicos, são formados a partir dos dados colhidos nas fontes
consultadas e a partir das idéias descobertas pela reflexão do autor.
Todo trabalho científico, seja ele uma tese, um texto didático, um
artigo ou uma simples resenha deve constituir uma totalidade de
inteligibilidade, estruturalmente orgânica, deve formar uma unidade com
sentido intrínseco e autônomo para o leitor que não participou de sua
elaboração, que internamente as partes se concatenem logicamente.
Concretamente, isto quer dizer que as partes do trabalho, seus
capítulos e, no interior deles, os arágrafos devem ter uma seqüência
lógica rigorosa determinada pela estrutura do discurso. Não basta que as
proposições tenham sentido em si mesmas: é necessário que o sentido
esteja logicamente inserido no contexto do discurso e da redação.
Do ponto de vista da estrutura formal, o trabalho tem três partes
fundamentais: a introdução, o desenvolvimento e a conclusão. É dentro
desta estrutura que se desenvolverá o raciocínio demonstrativo
do discurso em questão.
A introdução, quando for o caso, levanta o estado da questão,
mostrando o que já foi escrito a respeito do tema e assinalando a
relevância e o interesse do trabalho. Em todos os casos, manifesta as
intenções do autor e os objetivos do trabalho, enunciando seu tema, seu
problema, sua tese e os procedimentos que serão adotados para o
desenvolvimento do raciocínio. Encerra-se com uma justificação
82
do plano do trabalho. Lendo a introdução, o leitor deve sentir-se
esclarecido a respeito do teor da problematização do tema do trabalho,
assim como a respeito da natureza do raciocínio a ser desenvolvido.
Evitem-se intermináveis retrospectos históricos, a apresentação
precipitada dos resultados, os discursos grandiloqüentes. Deve ser
sintética e versar única e exclusivamente sobre a temática intrínseca do
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
trabalho. Note-se que é a última parte do trabalho a ser escrita.
O desenvolvimento corresponde ao corpo do trabalho e será estruturado
conforme as necessidades do plano definitivo da obra. As subdivisões dos
tópicos do plano lógico, os itens, seções, capítulos etc. surgem da
exigência da logicidade e da necessidade de clareza e não de um critério
puramente espacial. Não basta enumerar simetricamente os vários itens: é
preciso que haja subtítulos portadores de sentido. Em trabalhos
científicos, todos os títulos de capítulos ou de outros itens devem ser
temáticos e expressivos, ou seja, devem dar a idéia exata do conteúdo do
setor que intitulam.
A fase de fundamentação lógica do tema deve ser exposta e provada; a
reconstrução racional tem por objetivo explicar, discutir e demonstrar.’
Explicar é tornar evidente o que estava implícito, obscuro ou complexo;
é descrever, classificar e definir. Discutir é comparar as várias
posições que se entrechocam dialeticamente. Demonstrar é aplicar a
argumentação apropriada à natureza do trabalho. É partir de verdades
garantidas para novas verdades.
A conclusão é a síntese para a qual caminha o trabalho. Será breve e
visará recapitular sinteticamente os resultados da pesquisa elaborada
até então. Se o trabalho visar resolver uma tese-problema e se, para
tal, o autor desenvolver uma ou várias hipóteses, através do raciocínio,
a conclusão aparecerá como um balanço do empreendimento. O autor
manifestará seu ponto de vista sobre os resultados obtidos, sobre o
alcance dos mesmos.
Quando o trabalho é essencialmente analítico e comporta uma pesquisa
positiva sobre o pensamento de outros autores, esta conclusão pode ser
fundamentalmente crítica. Quando, porém, a
———- 7. Deleio V. SALOMON, Como fazer uma monografia, p.
273 ss. Cf. também p. 183-94 do presente trabalho.
83
crítica é mais desenvolvida, entrará no corpo do trabalho como um
capítulo.
1.5. A Redação do Texto
A fase de redação consiste na expressão literária do raciocínio
desenvolvido no trabalho. Guiando-se pelas exigências próprias da
construção lógica, o autor redige o texto, confrontando as fichas de
documentação, criando o texto redacional em que vão inserir-se. Uma vez
de posse do encadeamento lógico do pensamento, esse trabalho é apenas
uma questão de comunicação literária. Recomenda-se que a montagem do
trabalho seja feita através de uma primeira redação de rascunho.
Terminada a primeira composição, sua leitura completa permitirá uma
revisão adequada do todo e a correção de possíveis falhas lógicas ou
redacionais. Apesar da clareza e eficiência que o método de fichas
possibilita para a redação do trabalho, muitos aspectos desnecessários
acabam sobrando no mesmo e só depois de uma leitura atenta podem ser
eliminados. Em trabalhos científicos, impõe-se um estilo sóbrio e
preciso, importando mais a clareza do que qualquer outra característica
estilística. A terminologia técnica só será usada quando necessária ou
em trabalhos especializados, nível em que já se tornou terminologia
básica. De qualquer modo, é preciso que o leitor entenda o raciocínio e
as idéias do autor sem ser impedido por uma linguagem hermética ou
esotérica. Igualmente evitem-se a pomposidade pretensiosa, o verbalismo
vazio, as fórmulas feitas e a linguagem sentimental. O estilo do texto
será determinado pela natureza do raciocínio específico às várias áreas
do saber em que se situa o trabalho.
1.6. A Construção do Parágrafo
De um ponto de vista da redação do texto, é importante ressaltar a
questão da construção do parágrafo. O parágrafo é uma parte do texto que
tem por finalidade expressar as etapas
84
do raciocínio. Por isso, a seqüência dos parágrafos, o seu tamanho e a
sua complexidade dependem da própria natureza do raciocínio
desenvolvido. Duas tendências são incorretas: ou o excesso de parágrafos
– praticamente cada frase é tida como um novo parágrafo – ou a ausência
de parágrafos. Como a paragrafação representa, ao nível do texto, as
articulações do raciocínio percebe-se então a insegurança de quem assim
escreve. Neste caso, é como se as idéias e as proposições a elas
correspondentes tivesse as mesmas funções, a mesma relevância no
desenvolvimento do discurso e como se este não tivesse articulações. A
mudança de parágrafo toda vez que se avança na seqüência do raciocínio
marca o fim de uma etapa e o começo de outra. A estrutura do parágrafo
reproduz a estrutura do próprio trabalho; constitui-se de uma
introdução, de um corpo e de uma conclusão. Na introdução, anuncia-se o
que se pretende dizer; no corpo, desenvolve-se a idéia anunciada; na
conclusão, resume-se ou sintetiza-se o que se conseguiu.
Dependendo da natureza do texto e do raciocínio que lhe é subjacente,
o parágrafo representa a exposição de um raciocínio comum, ou seja,
comporta premissas e conclusão. Portanto, a articulação de um texto em
parágrafos está intimamente vinculada à estrutura lógica do raciocínio
desenvolvido. E por isso mesmo que, na maioria das vezes, esses
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
parágrafos são iniciados com conjunções que indicam as várias formas de
se passar de uma etapa lógica à outra.
1.7. Conclusão
A redação do trabalho exige o domínio prático de todo um instrumental
técnico que deve ser utilizado devidamente. Como em outros setores da
metodologia, aqui também há muitas divergências nas orientações. As
diretrizes que seguem pretendem ser as mais práticas possíveis e visam
atingir os trabalhos didáticos mais comuns à vida universitária. São
normas gerais que, no caso de trabalhos específicos, como as
dissertações de mestrado e as teses de doutoramento, precisam ser
complementadas com as exigências que lhes são específicas.
85
2. ASPECTOS TECNICOS DA REDAÇAO
2.1. A Apresentação Gráfica Geral do Trabalho Do ponto de vista da
apresentação geral, um trabalho científico contém as seguintes partes:
Capa
Página de rosto
Sumário
Lista de tabelas e figuras
Núcleo do trabalho: – Introdução – Desenvolvimento –
Conclusão
Apêndices e anexos
Bibliografia Capa final ou quarta etapa
A capa inicial contém apenas três elementos: no alto da página, o nome
do autor na ordem normal com letras maiúsculas; no centro da página, o
título do trabalho, grifado; embaixo, a cidade e o ano. Tudo o mais é
desnecessário pelo menos em se tratando de não comporta nenhum elemento.
A página de rosto tem, no alto, o nome completo do autor, eventualmente
com rápida alusão à sua qualificação profissional; no meio, o título
completo do trabalho; mais abaixo, à direita, será dada uma explanação
referente à natureza do trabalho, seu objetivo acadêmico e à instituição
a que se destina; embaixo, cidade e ano. Exemplo: 86
Modelo de página de rosto
PEDRO SILVEIRA DOS SANTOS
A VISÃO ESTRUTURALISTA DA HISTÓRIA
Trabalho de aproveitamento do curso de Metodologia do Programa de
Filosofia da Educação da Universidade Católica de São Paulo.
São Paulo 1984
87
O sumário esquematiza as principais divisões do trabalho: partes,
seções, capítulos etc., exatamente como aparecem no corpo do trabalho,
indicando ainda a página em que cada divisão inicia. Indica ainda o
prefácio, as listas, tabelas e bibliografia. Vem logo depois da página
de rosto. Caso constem do trabalho tabelas, figuras ou ilustrações, são
elaboradas as respectivas listas que se situam com a respectiva
paginação, logo após o sumário. Na seqüência vem o núcleo do trabalho: a
introdução, o desenvolvimento e ‘a conclusão. As várias divisões em
partes, seções e capítulos estruturam-se, no corpo do trabalho, de
acordo com as necessidades do raciocínio e da redação.’ Apêndice e
anexos só se acrescentam quando exigidos pela natureza do trabalho; os
apêndices geralmente constituem desen- volvimentos autônomos elaborados
pelo próprio autor, para com- plementar o próprio raciocínio, sem
prejudicar a unidade do núcleo do trabalho; já os anexos são documentos,
nem sempre do próprio autor, que servem de complemento ao trabalho e
fundamentam sua pesquisa. A bibliografiafinal é apresentada segundo a
ordem alfabética dos autores, podendo ainda os títulos ser numerados.
Caso comporte subdivisões internas, no interior de cada uma destas
divisões, segue-se ainda a ordem alfabética. Em alguns casos, por
exemplo, quando se assinala a obra de um autor, usa-se o critério
cronológico de publicação. Quando devem ser assinaladas sucessivamente
várias obras de um mesmo autor, segue-se a ordem alfabética dos títulos
dessas obras ou então, se for o caso, a ordem cronológica da publicação;
em ambos os casos, substitui-se o nome do autor por um traço; caso se
queira citar a mesma obra em edições diferentes, substitui-se não só o
nome do autor, mas também todos os demais elementos que não sofreram
modificação: Ex.: JAPIASSU, nlton Ferreira. Introdução ao pensamento
epis- temológico. Rio de Janeiro, Francisco Alves, 1975. 8. Cf. p.
69-80. 2. ed. . 1976. 200 P.
88
2.2. A Forma Gráfica do Texto
2.2. 1. TExTos DATiLocRAFADos
Os trabalhos são datilografados em folhas de papel sulfite, tamanho
Letter ou A4, de um lado só, respeitando-se as seguintes margens:
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
margem superior: 3 em.
margem inferior: 2 em.
margem esquerda: 3 em.
margem direita: 2 em.
As páginas são numeradas a partir da página de rosto, sendo o número
colocado no alto da página, no meio ou de preferência à direita (no
canto direito superior), sempre a 2 em da borda da folha e da primeira
linha do texto.
Os trabalhos são datilografados dentro dos limites acima
estabelecidos, com espaço dois, exigindo-se especial cuidado com a
margem direita, de maneira que fique também reta no sentido vertical do
texto.
Caso se queira colocar notas no pé da página, elas devem ficar
separadas do texto por um traço que avança até 1/3 da página, traço este
que fica distante 1 em da última linha e da primeira nota.
As notas de rodapé ficam com a mesma margem à esquerda e à direita do
texto, apenas o número de chamadas adentra-se 1 em. Além disso, são
datilografadas em espaço simples.
Os parágrafos iniciam-se a oito espaços para dentro em relação à
margem esquerda.
Os capítulos devem sempre ser iniciados numa nova pagina mesmo que
sobre espaço suficiente na página que termina o capítulo anterior,
situando-se os títulos, em maiúsculas, a 8 em do limite superior,
centrados na folha, sendo numerados em algarismos romanos: Capítulo 1.
Os subtítulos e subdivisões são escritos de forma homogênea que os
realcem devidamente; os espaços que os separam dos textos são maiores e
proporcionais; são também numerados conforme a técnica dos números
pontuados: 2.1, 2.1.1 etc. Não precisam iniciar-se em nova página.
89
Usando o Editor de Textos Word 97 com o Windows 95
Assim, para a elaboração de um texto, o micro usa um equipamento
técnico-niecânico que funciona e opera comandado por dois tipos de
programas: um sistema operacional,1 no caso o mais conhecido entre nós é
o Windows, e um programa editor de textos, no caso o mais conhecido é o
Word, que já se encontra na versão 2000. O sistema operacional Windows
aparece em várias versões ainda em uso em nossos micros: Windows 3.l.,
Windows 95 e Windows 98, mais sofisticada. Do mesmo modo, também existem
várias versões do programa Word, sendo a mais usada, no momento, a
versão 97, embora já esteja sendo lançada a versão 2000. O programa
usado nestas orientações é o da versão Word 97, que funciona tanto com
as versões do ambiente Windows 95
90
quanto com as posteriores. Este é um dos editores de textos mais
utilizados atualmente. É de se registrar a velocidade com que são
mudados esses programas e as muitas inovações técnico-operacionais que
os novos sistemas vão trazendo. Ademais, existem vários sistemas
alternativos ” embora haja sempre uma certa analogia funcional de base
entre eles. Por causa disso, o usuário deve adequar-se às peculiaridades
do sistema de que dispõe, familiarizando-se com ele. Em qualquer caso,
precisará contar com alguma iniciação para lidar com seu computador, até
porque as presentes diretrizes foram elaboradas por um usuário comum,
aplicando-se à simples elaboração do texto, sem nenhuma pretensão de dar
conta de uma iniciação técnica ao uso do computador e de explorar todos
os valiosos recursos que esta tecnologia aporta.
Ligado o micro, entra em ação o sistema operacional e ao término de
alguns segundos aparecerá no monitor uma tela de fundo colorido com uma
série de ícones indicando os programas disponíveis. Trata-se da tela do
sistema operacional, no caso, a do Windows 95. Para a edição de textos,
o ícone em pauta é o Microsoft Word, representado pela letra W
maiúscula. Clica-se duas vezes nesse ícone, e o Windows o abrirá, sob o
título geral de W Microsoft Word, colocado na faixa superior, seguido da
designação ‘Documento”, com um número de série. Neste espaço ficará
sempre registrado no nome do Arquivo, ou seja, o nome dado ao texto, ao
trabalho, que estará sendo digitado. A tela do Word pode ser aberta
igualmente pela seqüência regular dos comandos, sem utilização de ícones
de atalho que nem sempre estão visíveis na tela. Neste caso, basta ir
clicando e selecionando: Inícíar / Programas / Microsoft Word, clicando
uma vez neste último.
Na segunda faixa da tela aparece a Barra de Menus de operações
gerais, disponíveis no programa Word. São elas: Arquivo, Editar, Exibir,
Inserir, Formatar, Ferramentas, Tabela, janela, Ajuda. Cada uma dessas
operações contém uma série de tarefas que detalham a operação maior.
Assim, por exemplo, clicando-se em Formatar, aparecerão na vertical as
operações que podem ser executadas: a escolha da fonte, a construção do
parágrafo, a definição de marcações, a inserção de bordas e
sombreamento, a inserção de colunas, de tabulação etc. Mostrada na
página 135 deste livro.
91
Em todas as operações, são numerosos os recursos disponíveis, porém nem
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
todos são regularmente usados nos trabalhos mais simples que se fazem na
academia. Como esta não é uma iniciação à informática, mas apenas a
apresentação de dicas ao usuário que precisa digitar um texto, serão
apresentadas apenas aquelas operações mais comuns. Lembre-se o usuário
de que a cada comando o sistema apresentará outra janela na qual constam
outros comandos que devem ser acionados para que a tarefa seja
executada.
Na terceira e quarta faixas encontram-se as barras de ferramentas – a
padrão e a de formatação com alguns ícones de atalho para a organização
e formatação do texto a ser digitado.
Em seguida, na faixa superior da janela e na sua lateral esquerda,
encontram-se réguas que facilitam a mensuração da ocupação da página que
estará sendo digitada; na lateral direita, numa faixa vertical aberta e
fechada por pequenas setas, pode-se rolar a página para baixo ou para
cima. já na faixa inferior há igualmente uma barra de movimentação para
os lados, bem como campos informativos do andamento da digitação: a
página em que se encontra o texto, a seção, tamanho da mancha, a linha,
a cortina.
Figura 1
Tela inicial do programa editor de texto Word 97
92
Abrindo a área para a digítação
Ao abrir o programa Word para dar início à digitação do texto, o usuário
tem diante de si, na tela do monitor, o espaço para escrever, a chamada
“janela”, emoldurada pelas barras e colunas anteriormente mencionadas.
Na faixa superior, estará sendo exibido o nome dado ao
arquivo/documento que está sendo digitado, sempre com a extensão “doc”.
Este nome substitui a expressão original padrão “documento 1″,
‘documento 2’ etc. que vão aparecendo cada vez que se abre a janela para
um novo texto. O nome é dado ao documento assim que ele for ‘salvo” pela
primeira vez, mediante sua gravação no disco rígido ou em disquete.
Configurando a página
A primeira iniciativa do digitador do texto é a de configurar a
página. Para tanto, na Barra de Menus, deve clicar em Arquivo,
selecionando o comando Configurar página. Clicando neste comando,
surgirá uma caixa onde consta uma guia para se determinar as margens
(fig. 2) e outra o tamanho do papel (fig. 3). O Word traz um
margeamento-padrão, estabelecendo as margens superior, inferior, direita
e esquerda. Caso queira mudar este margeamento, basta o usuário aumentar
ou diminuir os tamanhos mexendo nas setinhas que constam dos respectivos
campos. Recomenda-se, no entanto, por razões estéticas, as seguintes
margens: superior: 2,5 em inferior: 2,5 em esquerda: 3 em direita: 2 em
Os outros campos desta caixa nao precisam ser alterados. Nos campos, do
lado inferior direito da caixa de configuração, onde consta ‘A partir da
margem’, manter as medidas-padrão trazidas pelo Word: 1,25 em.
93
Figura 2 Caixa de configuração da página: margens Em seguida, abre-se,
na mesma caixa, a guia “Tamanho do papel’ e escolhe-se, no campo
indicado, o tamanho do papel que se utilizará (fig. 3).,Os tamanhos mais
usados são o A4 e o Letter. Pode-se adaptar a configuração para outros
tamanhos, bastando para isso escolher as medidas correspondentes, nos
campos das medidas. Sugere-se usar o tamanho A4, que atende muito bem às
características de um texto discursivo. Suas medidas são 21 x 29,7 cm.
94
Ainda na guia ‘Tamanho do papel”, no campo ‘Orientação’, define-se a
disposição da mancha do texto na página: Retrato, se ela ficar na
posição vertical da folha de papel; Paisagem, se ficar na posição
horizontal.
Feitas as definições preferidas, basta clicar OK. Obviamente, deve
ser o mesmo o tamanho do papel que se encontra na bandeja da impressora.
Quando for imprimir o texto, aberta a caixa de impressão, no botão
‘Propriedades’, é preciso configurar a impressora para esse tamanho de
papel (ef. fig. 13, p. 105).
Em seguida, o próximo passo é “formatar” o texto. Para tanto, clica-se
no comando Formatar da Barra de Menus; aí será escolhida a fonte e
configurados os parágrafos. Primeiro, clica-se no item Fonte: na caixa
surgida, escolhe-se a fonte que se quer (sendo as mais usadas o Times
New Roman e o Arial), o seu estilo (normal, negrito, itálico), o tamanho
da fonte (em geral prefere-se o tamanho 12), a cor da escrita e
quaisquer outras características, tais como sublinhado, maiúscula,
tachado etc. (fig. 4). tamanho do papel
95 Figura 4 Caixa da fonte Portanto: Formatar Fonte: Arial 12,
normal, preta. Em seguida, clica-se no item Parágrafo. Aparecerá a caixa
mostrada na fig. 5. Na caixa que aparece pode-se determinar os “Recuos e
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
espaçamento” da mancha do texto que se escreve. Um primeiro parâmetro é
o ‘Alinhamento’: ou seja, nas opções apresentadas, pode-se definir o
alinhamento do texto só do lado esquerdo, ou só do lado direito, dos
dois lados Uustíficado), ou centralizando-se o texto. O recomendado para
os trabalhos acadêmicos é o justificado.
96 Figura 5 Ka do parágrafo
Depois vem o item ‘Recuo’, de fato, as determinações do parágrafo
propriamente dito. Estabelece-se o recuo da mancha to à direita como à
esquerda, recuo que será definido para ri daquele já estabelecido pela
margem. Num segundo campo, o recuo ‘Especial’, pode-se definir se a
primeira linha de cada ágrafo não tem nenhum recuo, ficando junto à
margem, ou se avançará para dentro da mancha (primeira linha) ou se
serão lernais linhas do parágrafo que avançarão, enquanto a primeira ia
permanece junto à margem (neste caso, opte-se por deslocamento).
Na seqüência, definem-se os espaçamentos: o Antes e o Depois
referem-se ao espaçamento especial para separar os parágrafos, quanto
Entre linhas indica a distância entre as linhas do mesmo parágrafo.
Para os trabalhos acadêmicos, sugere-se como melhor formatação:
Alínhamento: justificado
Recuos: esquerdo e direito: 0
especial: 1 linha
Espaçamentos: antes: 6 pts.
depois: 0 pt.
entre linhas: 1,5
Os demais campos podem ser ignorados. Ao final, clicar OK. A página está
configurada e o texto será composto de acordo com as especificações.
A digitação
Definidos estes parâmetros, pode-se dar início à digitação do texto, que
irá então sendo automaticamente formatado de acordo com dados
fornecidos. Para alterar uma palavra, uma frase, um parágrafo, uma seção
do texto, de modo que tenha uma configuração diferenciada, deve-se
selecionar a parte que se pretende modificar, arrastanclo o cursor com o
botão esquerdo do mouse pressionado sobre a área desejada. Uma vez
marcada a área, basta soltar o botão do mouse e clicar no ícone das
barras de ferramenta ou no comando dos menus correspondentes à operação
que levará à modificação.
Para mover o texto de cima para baixo, para avançar ou recuar,
pode-se usar tanto os botões com setinhas da barra de movimentação da
lateral direita, ou então o botão móvel que corre dentro dessa barra,
puxando-o com o botão esquerdo do mouse, apertado, ou ainda comandando
as teclas de setas que se encontram em dois setores do lado direito do
teclado. Também pode-se usar as teclas Page Up e Page Down. Para mudar o
cursor de lugar, ao longo do texto, usam-se as teclas de setas ou então
o próprio mouse. Neste caso, quando a barrinha indicativa do movimento
do mouse estiver no lugar desejado, é só clicar o botão esquerdo que o
cursor se transferirá para lá, marcando o ponto em que terá efeito a
operação que estiver sendo acionada.
98
A numeração das páginas
Para que o texto tenha suas páginas numeradas, recorre-se ao menu
Inserir. Escolhe-se o item Número de páginas. Há três campos na caixa
(fig. 6). O primeiro, “Posição”, permite definir se o número será
grafado no cabeçalho ou no rodapé; o segundo, Alinhamento”, permite
indicar se o número será grafado do lado direito, do lado esquerdo, no
centro, ou sempre do lado interno ou externo da página. Finalmente, caso
não queira que a numeração seja exibida na primeira página, basta
assinalar no terceiro campo, clicando a caixinha com a pergunta. Nos
trabalhos acadêmicos, o modelo mais seguido é: Posição: cabeçalho, parte
superior da página, com alinhamento à direita e sem exibição de número
na primeira página.
Figma 6 Caixa para numeração das páginas
Quando se quiser mudar de página, antes de ela estar preenchida
integralmente, como, por exemplo, no caso de se iniciar um
99
novo capítulo, usa-se o mesmo menu Inserir, clicando o item Quebra: na
caixa que aparece (fig. 7), basta clicar no ponto “Quebra de Página” e
dar OK. Ocorrerá mudança de página no ponto em que se encontrar o
cursor.
Figura 7 Caixa para quebra de paginação
É no menu Inserir que se encontram também os comandos para a introdução
das notas de rodapé, bem como de cabeçalhos, com datas e outras
referências (fig. 8). Para os trabalhos acadêmicos, interessam
particularmente as notas, que poderão aparecer no rodapé de cada página
ou então no final do texto. Para tanto, basta colocar o cursor no ponto
em que se deve inserir o número de chamada, clicar em Notas e escolher o
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
tipo de numeração. Dado o OK, o número de chamada é automaticamente
inserido onde se encontra, no texto, o cursor, o qual é levado, em
seguida, diretamente para o ponto escolhido, onde se redige então o teor
da nota. Ao mandar fechar, o cursor volta ao seu ponto normal, para se
continuar digitando o texto.
100
Cada vez que for necessário inserir novas notas, procede-se da mesma
maneira e os números irão se adequando automaticamente,
o que permite voltar atrás para retirar ou incluir notas.
De preferência, as notas devem situar-se mesmo nos rodapés e não no
final do capítulo ou do texto. Relembre-se de que a tendência atual é
reservar essas notas para comentários, esclarecimentos, traduções etc.,
as referências bibliográficas sendo inseridas no corpo do texto,
conforme assinalado nas p. 112-13.
Figura 8 Caixa para inserção de notas de, roáapé e cabeçalhos
Alguns atalhos e outras orientações
Os micros pessoais podem ser ajustados para facilitar o manuseio de
todos os comandos referidos. Assim, a tela pode ter uma configwação
personalizada, com barras com ícones de vários comandos, de modo a se
dispor de um atalho sem precisar passar pelo menu, bastando-se então
apenas clicar no referido ícone, que corresponde aos diversos comandos.
Para cada item de cada menu existe um ícone que pode ser transportado
para a barra de
101
ferramentas, logo abaixo da Barra de Menus. Esses ícones se encontram
disponíveis em Ferramentas personalizar comandos- basta então clicar com
o mouse no item escolhido e, mantendo apertado o botão esquerdo do
mouse, arrastar o ícone para um espaço da barra de ferramentas (fig. 9).
Figura 9 Caixa de ícones de comandos
Para modificar partes do texto que se está digitando – por exemplo, quer
se mudar o tamanho ou o estilo da fonte, o espaçamento entre as linhas
-, basta “selecionar” a parte a ser alterada. Selecionar é marear com um
destaque, criando um fundo para dar destaque ao texto, e aplicar a ela
um comando a partir de um ícone ou de um item do menu. Para selecionar
parte do texto (pode ser um caractere, uma palavra, uma frase, um
parágrafo, um capítulo), basta apertar o botão esquerdo do mouse e ir
arrastando o cursor sobre a parte que se quer selecionar. O texto vai
sendo marcado e assim ficará até que se dê um toque com a setinha do
mouse. Quando se precisa selecionar todo o texto já redigido, basta
clicar, no menu
102
Editar, o item Selecionar tudo. Todo o texto digitado será destacado, e
em seguida deve-se dar o comando que se pretende. Terminada a operação,
clica-se no texto marcado com a setinha do mouse e o texto voltará à
situação normal (fig. 10).
Quando se está produzindo um trabalho no micro, a última operação
realizada pode sempre ser desfeita. Para tanto, ir ao menu Editar,
selecionar Desfazer operação. Quando se quer mudar de lugar uma parte de
texto, ou mesmo inserir partes de outros arquivos, já digitados, no
corpo do texto, basta selecionar a parte em questão, ir ao menu Editar,
selecionar Recortar e, levando o cursor para o ponto em que se quer
fazer a inserção, selecionar no mesmo menu Editar o item Colar e, então,
clicar. Ou fazer o mesmo trajeto clicando nos ícones correspondentes
eventualmente presentes na barra de ferramentas.
Se se quer transferir de um outro arquivo, de um outro texto, alguma
parte que será enxertada no novo texto, então procede-se de maneira
análoga, mas comandando agora copiar e não mais
103 recortar, lembrando-se de que recortar apaga o texto selecionado,
que fica pouco tempo disponível na área de transferência.
Salvando os textos…
T- logo iniciada a digitação, o usuário deve dar início ao salva to do
texto, evitando risco de perda das partes já digitadas. Ao mesmo tempo,
isto permite dar um título ao arquivo, título que deve ser discretamente
registrado ao final do texto, para que se possa, mais tarde, identificar
a localização do arquivo nos diretórios e discos onde ficará gravado. O
comando para salvar um texto encontra-se no menu Arquivo, sob a
designação Salvar como. É este o comando que deve ser usado quando se
tratar do primeiro salvamento do texto e toda vez que se vai gravar pela
primeira vez num disquete. Quando se tratar de ir salvando as demais
partes do texto, à medida que forem sendo digitadas, basta servir-se do
comando Salvar ou do correspondente ícone (fig. 11). 104
Observe-se que no campo superior deve ser informado o disco em que vai
ser gravada a matéria, o diretório ou subdiretório. Convencionalmente, o
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
disco rígido é designado por ‘C”, enquanto os disquetes podem ser “A” ou
“B”. Os diretórios são setores desses discos que permitem classificar as
matérias gravadas, de acordo com algum critério de sistematização
adotado pelo usuário. Assim, se tiver aberto um diretório, no disco C,
chamado “Aulas”, ele gravará todos os arquivos relacionados a esse
assunto nesse diretório. Toda vez que esse diretório é aberto, ele
mostrará a relação dos arquivos que lá se encontram. Em seguida, no
penúltimo campo, inscreve-se o nome que se quer dar ao arquivo. No
último campo, escolhe-se o tipo do arquivo, clicando na setinha e
escolhendo-se esse tipo da relação que lá se encontra, leinbrando-se de
que os arquivos de textos devem ser do tipo “documentos do word”. Isso
feito, é só apertar o botão “Salvar”, no alto à direita, que o texto
será salvo no diretório e no disco indicados.
Fechando e abrindo um arquivo
A qualquer momento pode-se interromper a agitação e fechar o arquivo.
Deve-se então salvar o documento que está sendo digitado no estágio em
que se encontra. Isso feito, basta dar o comando “Fechar”, no menu ou no
ícone. Caso o autor tenha se esquecido de salvar o trabalho, o próprio
Word abrirá uma caixa perguntando se deseja salvar as últimas alterações
feitas no texto.
Toda vez que for necessário voltar à digitação, pode-se retomar o
texto, reabrindo o arquivo. Dá-se o comando “Abrir”, no menu ou na barra
padrão, e vai-se informando o disco, o diretório e finalmente o arquivo,
que com dois toques será exibido na tela
(fig, 12).
A impressão do texto
Uma vez terminada a digitação do trabalho, feitas as devidas correções e
ajustes que couberem, o texto está pronto para ser impresso. A
impressora deve então ser ligada, e no menu Arquivo vai-se usar o
comando Imprimir. Se o autor quiser ter uma visão antecipada de como
ficará o resultado do trabalho impresso, no mesmo menu Arquivo deve
clicar o comando Visualizar impressão;
105
Figura 12
Comandos para abertura de arquivo o Word mostrará, então, de forma
reduzida, como se distribui o texto nas diversas páginas. Em seguida,
pode dar o comando Imprimír. Será aberta então a caixa de impressão,
onde estão os campos para indicação de que páginas devem ser impressas e
em quantas cópias. Toda vez que se tratar de uma primeira impressão,
após ter sido ligada a impressora é preciso apertar o botão
“Propriedades” dessa caixa para que se possa cornpatibilizar a
configuração da impressora com aquela do texto digitado (figs. 13 e 14).
2.3. As Citações
As citações são os elementos retirados dos documentos pesquisados
durante a leitura de documentação e que se revelam úteis para corroborar
as idéias desenvolvidas pelo autor no decorrer do seu raciocínio. Tais
citações são transcritas a partir das fichas
106
Figura 13 Caixa de comandos de impressão
de documentação, podendo ser transcrições literais ou então apenas
alguma síntese do trecho que se quer citar. Em ambos os casos, é
necessário indicar a fonte, transpondo os dados já presentes na ficha.
Note-se que as citações bem escolhidas apenas enriquecem o trabalho; o
que não se pode admitir em hipótese alguma é a a transcrição literal de
uma passagem de outro autor sem se fazer a devida referência.
Como no caso da ficha, a citação, quando literal, deve ser copiada ao
pé da letra e colocada entre aspas. Caso haja no texto citado algo que
se julgue dever ser corrigido, algo que cause estranheza, coloca-se logo
em seguida à palavra um (sic!), entre parênteses, para indicar que
estava assim mesmo no texto de origem.
Quando no corpo de uma passagem citada literalmente já se encontram
trechos entre aspas, estas se transformam em apóstrofos; para indicar a
omissão de trechos inclusos na passagem citada, mas que não interessam à
transcrição, usain-se reticências: entre espaços duplos, no início e no
fim das passagens citadas e entre
107 parênteses quando o trecho a omitir se encontrar no meio da
passagem citada: “… na casa onde morava aquele pensador, ( …)
faltavam as condições-necessárias para que realizasse a sua missão…”
Quando se pretende dar ênfase a alguma passagem de uma citação
literal, costuma-se grifá-la, sublinhá-la. Esta alteração deve ser
assinalada com a expressão o grifo é meu ou o grifo é nosso – seja
colocada entre parênteses no próprio texto, seja em nota de rodapé,
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
referida por chamada posta logo após a passagem grifada.
No caso de síntese das idéias, a transcrição é livre, devendo,
contudo, traduzir fielmente o sentido do texto original. A indicação da
fonte, neste caso, vem em seguida a um Cf., confira. Ex. Cf. SILVA,
Pedro A. A descoberta científica, p. 15.
Regra geral, os textos em língua estrangeira que aparecem no texto
são traduzidos no corpo do trabalho. Em casos especiais, podem ser
mantidos no original, como nos estudos lingüísticas
108
especializados. Porém, é bom ter presente que uma tese, uma dissertação
uma monografia devem ser escritas numa única língua. Assim sendo, ainda
quando a versão original tenha algum particular interesse, ela pode
muito bem figurar em nota de rodapé.
Alguns autores recomendam que a citação que ultrapassar três linhas
seja colocada em parágrafo especial, dispensando-se as aspas, já que,
colocada recuada e em corpo menor, teria maior realce. Terminada a
citação, coloca-se o número de chamada, indicativo da nota de referência
do rodapé. O número virá após os sinais de pontuação, acima da metade da
linha. Os números de chamada seguem a ordem crescente no interior de
cada capítulo, evitando-se asteriscos e a repetição de numeração em cada
página, ou uma numeração só para todo o trabalho.
2.4. As Notas de Rodapé
As notas de rodapé têm tríplice finalidade:
1. Indicam a fonte de onde é tirada uma citação, permitem uma eventual
comprovação por parte do leitor e fornecem pistas para uma retomada do
assunto, revelando, por fim, o âmbito de pesquisa do autor.
2. Inserem no trabalho considerações complementares que, por extenso,
onerariam desnecessariamente o desenvolvimento
do texto, mas que podem ser úteis ao leitor caso queira aprofundar o
assunto.
3. Trazem a versão original de alguma citação traduzida no texto quando
se fizer necessária e importante à comparação dos textos.
Normalmente, as notas de rodapé são datilografadas em espaço simples,
começando a 1 cm da margem inferior e logo após o correspondente número
de chamada, na mesma linha da margem esquerda. Apenas o número tem uma
pequena entrada de 1 cm. É desaconselhável colocar as notas no fim do
capítulo ou no fim do trabalho.
No caso de notas de citação bibliográfica, observar o seguinte:
elas devem conter apenas a referência do autor, o título da obra e o
número da página, elementos suficientes para a localização da passagem
citada.
109
Os demais dados da obra são encontrados na bibliografia final, sendo,
portanto, ocioso repeti-los a cada instante.
Quanto à elaboração da citação de rodapé, seguir as normas
semelhantes às que presidem às referências bibliográficas, mas com
algumas modificações. Além da eliminação dos elementos indicativos do
livro (cidade, editora, data etc.), fazer a entrada pelo nome e não pelo
sobrenome do autor, separando-se com uma virgula os vários elementos.
Ex.: S. Lucien COLDMANN, Ciências humanas e filosofia, p. 36. Quando
se tratar de uma citação de alguma obra de referência geral ou de obra
citada através de outro escrito, então os dados bibliográficos completos
podem constar da nota de rodapé, ficando entre parênteses.
Quando várias notas de rodapé se referem a uma mesma obra de um mesmo
autor, variando-se apenas a página, usa-se a expressão latina abreviada:
ibíd. Ex.: 4. Lucien COLDMANN, Ciências humanas efilosofia, p. 10.
5. Ibíd., p. 16.
6. Ibid., p. 89.
7. André DARTIGUES, O que é fenomenologia, p. 50.
8. Lucien COLDMANN, Ciências humanas e filosofia, p. 32. 9. Ibid., p.
33. Igualmente, se a nota 6 caísse em nova página, seria necessário
fazer a citação completa.
É muito praticado e recomendado por muitos autores o uso da expressão
abreviada op. cit. (= na obra citada), seguindo o nome do autor,
indicando-se com isto que se está referindo à obra deste autor citada
pela última vez no capítulo ou no trabalho.
Apesar de consagrado, o uso dessa expressão tem vantagens limitadas,
podendo criar confusão quando se trabalha com várias obras do mesmo
autor e, às vezes, forçando a voltar atrás para se procurar qual foi a
obra citada, sobretudo quando o texto não é familiar ao leitor. Seu uso,
contudo, não é errado. A expressão IDEM substitui só o autor e é em seu
lugar que deve aparecer nas notas sucessivas quando estão sendo citadas
obras diferentes de um mesmo autor.
Ex.: S. Martin BUBER, Eu e tu, p. 150.
110 6. IDEM, O socialismo utópico, p. 300. 7. IDEM, O problema do
homem, p. 56.
Quando se quer citar passagens não identificadas em determinadas
páginas, mas fazer referência genérica a várias passagens do texto nas
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
quais um elemento é abordado, em vez de indicar a numeração dessas
páginas, usa-se a expressão latina passim, que significa “em diversas
passagens” do texto referido.
6. Martin BUBER, Eu e Tu, passim.
A nota de rodapé com referência bibliográfica de passagens de
publicações periódicas contém o nome do autor, o título do artigo, o
nome da publicação, seu número e a página. Os demais dados de
identificação são encontrados na bibliografia final, que deverá
assinalar todos os artigos citados ou-consultados e não apenas os
títulos desses periódicos. A essas notas se aplicam as mesmas regras
relativas às expressões abreviadas, pontuação, forma de citar, ordem de
citação etc.
Ex.: Francisco de PAULA SOUZA, O pensamento contemporâneo e a
definição clássica de verdade, Reflexão, 1 (2) – 91.
Na bibliografia final constará, no devido lugar, a citação completa
do artigo, da seguinte forma: PAULA SOUZA, Francisco de. O pensamento
contemporâneo e a definição clássica de verdade, Reflexão, Campinas.
Instituto de Filosofia e Teologia. PUC. 1 (2)- 89-100, abr. 1976.
Quando há necessidade de se citar alguma passagem a partir de outra
fonte, isto é, citação de segunda mão, é preciso declará-lo.
111
Contudo, esse recurso nos trabalhos científicos só é usado em caso de
real necessidade, na falta de possibilidade de acesso à fonte primeira.
A fonte segunda é precedida da expressão apud.
2.5. Referências no Corpo do Texto
São ainda adotadas outras maneiras de fazer citações no corpo do próprio
trabalho, dispensando-se as notas de rodapé. Partindo do fato de que as
obras na bibliografia final estejam numeradas, quando se quiser indicar
a situação de uma passagem basta indicar o número da obra citada e a
página; o nome do autor, não constando do corpo do texto, pode ser
acrescentado. Outra maneira usada que dispensa igualmente a referência
ao número sob o qual a obra aparece na bibliografia final: insere-se no
texto, entre parênteses, no fim da passagem citada, o nome do autor, o
ano e a página, acrescentando-se a inicial ao título do documento
citado, quando o autor citado publicou vários trabalhos no mesmo ano.
Essas indicações (Buber, 1914, p. 31) remetem à obra escrita por esse
autor, no ano de 1914, cujos dados completos se encontram na
bibliografia final.
Também nestes casos, quando se tratar apenas de síntese da passagem
que se quer citar, coloca-se um Cf. inicial. (Cf. Silva, 1970, p. 45)
Em síntese: supondo-se que na bibliografia final de um trabalho se
encontra indicada determinada obra, as citações de suas passagens no
corpo do trabalho são feitas de três maneiras:
1. BIBLIOGRAFIA: 34. SERVICE, Elman R. Os caçadores. Rio de janeiro,
Zahar, 1971. Trad. Álvaro Cabral. Rev. Francisca Isabel Vieira (Col.
Curso de Antropologia Moderna). 152 p.
2. CITAÇOES: ‘É evidente, em primeiro lugar, que a mais estreita
relação de parentesco é aquela que também admite a mais generalizada
forma de reciprocidade.” (34, 29), ou
112
‘É evidente, em primeiro lugar, que a mais estreita relação de
parentesco é aquela que também admite a mais generalizada forma de
reciprocidade.” (Service, 1971, p. 29), ou ‘É evidente, em primeiro
lugar, que a mais estreita relação de parentesco é aquela que também
admite a mais generalizada forma de reciprocidade.”‘
Sobretudo em decorrência dos processos de informatização para a
edição de textos, esta forma de colocar as indicações das fontes no
interior do texto está se tornando cada vez mais comum. Pode portanto
ser adotada, ficando a critério do autor do texto esta escolha. Nesta
hipótese, as notas de rodapé serão usadas apenas para considerações
complementares, para transcrição de passagens em língua estrangeira ou
outros esclarecimentos.
4. Elman R. SERVICE, Os caçadores, p. 29.
2.6. A Técnica Bibliográfica
A bibliografia levantada quando da elaboração do trabalho é transcrita,
inicialmente, nas Fichas de Documentação Bibliográfica (p. 44).
Concluído o trabalho, com a conseqüente seleção das fontes aproveitadas,
transcreve-se esta bibliografia, colocando-a no final do texto do
trabalho.
Sua finalidade é informar o leitor a respeito das fontes que serviram
de referência para a realização da pesquisa que resultou no trabalho
escrito. Essa bibliografia deve conter a indicação de todos os
documentos que foram citados ou consultados para a realização do estudo,
fornecendo ao leitor não só as coordenadas do caminhar do autor, mas
também um guia para uma eventual retomada e aprofundamento do tema ou
revisão do trabalho, por parte do leitor.
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
A designação dessa parte final do trabalho deve ser simplesmente
Bibliografia, preferencialmente à expressão, que muitas vezes é
utilizada, de Referências Bibliográficas, uma vez que esta se reporta
antes ao modo de se fazer tecnicamente o registro documental. No
entanto, quando se usar esta designação, a relação de títulos deve
conter apenas os documentos que foram efetivamente
113
consultados e citados. Por outro lado, usa-se a designação Biblíografia
quando se fazem levantamentos genéricos de fontes sobre um determinado
tema, independentemente de sua vinculação direta a um trabalho escrito
em particular.
As orientações sobre a forma técnica de elaboração de registros
bibliográficos apresentadas aqui têm o objetivo de fornecer aos alunos
um mínimo de diretrizes para a confecção adequada da bibliografia quando
da redação de seus trabalhos acadêmicos e científicos. Por isso, elas se
atêm aos elementos essenciais da referência bibliográfica, entendidos
como aqueles que são imprescindíveis para a identificação do documento
referenciado.
Com relação aos parâmetros para a elaboração de uma referência
bibliográfica, há muitas divergências entre os autores. No entanto, a
tendência atual é tomar como referência fundamental as normas
estabelecidas pela ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, que,
através do Projeto NBR 6023, estabelece os critérios oficiais da
referenciação bibliográfica. Embora discorde da pertinência de algumas
diretrizes propostas por essa entidade, buscarei segui-Ia no sentido de
investir na necessária padronização desses procedimentos.
Para os fins propostos, uma referência bibliográfica deve conter os
seguintes dados: autor, título do documento, edição, local da
publicação, editora e data. Estes são os elementos mais importantes, os
elementos essenciais, inclusive de acordo com norma da ABNT. Esta
considera elementos complementares aqueles que caracterizam melhor o
documento que integra uma bibliografia: indicação de responsabilidade
(organização, tradução, revisão), descrição física do documento (número
de páginas, ilustrações, tamanho ete.), indicação de série ou de
coleção, notas especiais, número de registro de ISSN ou de ISBN. Assim,
o autor do trabalho deverá cuidar para que todos os dados essenciais
constem de sua referência, ficando a seu critério acrescentar alguns ou
todos os dados opcionais.
Eis um exemplo das duas situações: VIGOTSKI, Liev S. Teoria e método
em psicologia. São Paulo: Martins Fontes, 1996. VIGOTSKI, Liev. S.
Teoria e método em psicologia. Trad. Claudia Berliner; revisão Elzira
Arantes. São Paulo: Martins Fontes, 1996. (Col. Psicologia e Pedagogia).
Bibliografia. ISBN 85-336-0504-8.
114
Observe-se que o sobrenome do autor e o título do documento têm um
destaque gráfico, ou seja, o sobrenome do autor que abre a referência
deve vir em maiúsculas ou caixa alta, enquanto o título principal deve
vir em itálico (grifado, quando o texto é datilografado). Além disso, as
linhas seguintes à primeira devem se deslocar à direita, iniciando-se
sob a terceira letra da primeira linha. Esta é a orientação da ABNT.
Atualmente, com a utilização dos recursos inforrnáticos para a
composição dos textos, esse deslocamento já vem padronizado nos
programas editores, sendo estabelecido em centímetros (1,27 cin no Word,
ficando a critério do autor ajustá-lo à proposta da ABNT, reduzindo o
deslocamento para 0,5 cm (cf. p. 96, fig. 5).
Todos os elementos da referência bibliográfica são separados por
pontos. O sobrenome de entrada do autor é separado dos demais elementos
de seu nome completo por vírgula; o nome completo do autor é separado do
título do documento por ponto final; o subtítulo é separado do título
por dois-pontos; o título é separado dos elementos seguintes por ponto
final; a editora é separada da cidade, de acordo com norma da ABNT, por
dois-pontos;i todos os sinais de pontuação são seguidos de dois espaços
vazios; datas e páginas ligam-se por hífen; separam-se por barras
transversais os elementos de períodos cobertos por fascículo
referenciado.
Quando um dos dados bibliográficos não é identificável no documento,
ele pode ser substituído pelas seguintes abreviações: s.l. = sem local
de publicação; s.ed. = sem editor; s.d. = sem data; s.n.t. = sem notas
tipográficas, quando faltam todos os elementos.
Por outro lado, quando o elemento não é identificado dire- tamente
mas pode ser estimado por outros indícios, ele pode ser registrado na
referência entre colchetes. Assim, [19901 quer dizer que o texto foi
publicado nessa data, embora a informação não se encontre no lugar
adequado; se a data for apenas provável, acrescenta-se um sinal de
interrogação: [1990?1, se a data for aproximada: [ca. 19931.
Registradas estas orientações gerais, tratar-se-á em seguida de
situações particulares referentes aos vários elementos de uma referência
bibliográfica.
1. Esta diretriz da ABNT não me parece justificável, uma vez que a
separação por vírgula é muito mais lógica, não se entendendo bem o
porquê do uso dos dois-pontos. Mas é esta a orientação oficializada. 115
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
2.6.1. OBSERVAÇOES REFERENTES À INDICAÇÃO DO AUTOR
1. Norma geral
Normalmente a referência bibliográfica é iniciada com o sobrenome do
autor, a ser transcrito em maiúsculas; os outros nomes vêm em
minúsculas, adotando-se o critério, em se tratando de nomes portugueses
e brasileiros, de transcrever integralmente o primeiro nome e abreviar
os demais sobrenomes:
Ex.: SALVADOR, Angelo D.
SANTOS, Boaventura de S.
2. Autores estrangeiros, de sobrenomes compostos Às vezes, conforme
índole das várias línguas, o sobrenome do autor contém mais de um
elemento. Isto se deve à herança de sobrenomes tanto paternos como
maternos, sendo o penúltimo o sobrenome herdado do pai e que, por isso,
abre a referência.
É o que ocorre com muitos autores espanhóis e italianos: Ex.: ASTI
VERA, Armando ACOSTA HOYOS, Luis E.
3. Autores brasileiros, de sobrenomes compostos Esta exceção se aplica
também a alguns casos de autores brasileiros cujos sobrenomes são
compostos seja por formarem unidade semântica, seja por estarem ligados
por hífen.
Ex.: CASTELO BRANCO, Camilo OLIVEIRA LIMA, Lauro de FREIRE-MAIA, N.
FROTA-PESSOA, O. ESPIRITO SANTO, M. de
4. Autores com sobrenomes designativos de parentesco
Os elementos de designação de parentesco, tais como júnior, Filho, Neto
e outros, fazem parte integrante do sobrenome, não podendo abrir a
referência bibliográfica.
116
Ex.: PFROMM NETTO, Samuei
LOURENÇO FILHO, M. B. JORDÃO NETO, Antônio
5. Autores de sobrenomes compostos, consagrados pela literatura
Em alguns casos, apesar de não haver unidade semântica ou outro motivo
intrínseco, certos autores tiveram seus sobrenomes compostos pelo uso na
literatura específica de seus escritos. E é como tais que devem aparecer
na entrada das referências bibliográficas.
Ex.: MACHADO DE ASSIS, José M.
MONTEIRO LOBATO, José B.
6. Autores com sobrenome especial privilegiado pelo uso
Igualmente há casos em que um dos elementos do sobrenome, que nem sempre
é o último, acaba ficando mais conhecido e consagrado pelo uso; nesses
casos, inicia-se a entrada por este elemento, podendo-se inclusive
omitir o último sobrenome. Ex.: PORCHAT PEREIRA, Oswaido e não PEREIRA,
Oswaldo Porchat ou ainda PORCHAT, Oswaido.
7. Autores com sobrenomes portadores de partículas
Nos sobrenomes em que entram partículas, portuguesas ou estrangeiras –
de, do, das, del, de Ias, von, van, della ete. -, essas partículas são
colocadas depois do nome, fazendo-se a entrada pelo sobrenome simples.
Ex.: STEENBERCHEN, Fernand van Quando a partícula faz parte do
sobrenome, vem geralmente em maiúsculas. Ex.: VON ZUBEN, Newton A.
117 MAC DOWELL, João A.
8. Caso de váríos Autores
Quando a obra é escrita até por três autores, são assinalados os três,
na ordem em que aparecem na publicação, sendo ligados por vírgula.
Ex.: SILVEIRA, Paulo, ALMEIDA, Ernesto de, SOUSA, José de.
b) Quando o texto é de autoria de mais de três autores, inicia-se a
referência pelo primeiro autor, acrescentando-se //e outros’ ou “et
alii”. Ex.: NACEL, E. e outros NACEL, E. et alii ou et al.
c) no caso de obras coletivas, com vários autores, mas organizadas ou
coordenadas por um deles, faz-se a entrada pelo nome deste,
acrescentando-se, entre parênteses, essa indicação. Ex.: FRIGOTTO,
Caudêncio (org.). Educação e trabalho.
9. Tradução de nomes de autores estrangeiros
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
Note-se que, em todos os casos, os nomes e sobrenomes dos autores são
mantidos em suas línguas e grafias originais, não se permitindo a
tradução; só há exceções para autores clássicos cujos nomes já foram
aportuguesados pela tradição literária ou científica. Trata-se de
escrever sempre nas referências bibliográficas: MARX, Karl e nunca:
MARX, Carlos. SARTRE, Jean-Paul e nunca: SARTRE, João Paulo.
Usa-se, porém, MAQUIAVEL, Nicolau.
10. Casos de obras sem autor declarado
Às vezes, os escritos não contêm indicação de autor. Neste caso,
indica-se o editor ou, na falta também deste, considera-se o escrito de
autor anônimo. Neste caso, entra-se pelo título, como ocorre também em
se tratando de obras clássicas, de cunho coletivo. Nessas entradas pelo
título, a primeira palavra vem grafada em maiúsculas.
118 Ex.: MORGAN, Walter (ed.). O trabalho humano… A BÍBLIA
sagrada… Se o autor é identificado por via indireta, colocar seu nome
entre colchetes. Ex.: [DIAS, Gonçalves] Poemas obscuros…
11. Obras publicadas por entidades coletivas
a) Obras publicadas por entidades coletivas, tais como associações,
institutos e semelhantes, têm o nome delas no lugar do nome do autor.
Ex.: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Normalização da
documentação no Brasil.
b) Quando as entidades estiverem ligadas a órgãos públicos, devem
constar, nesta ordem, os seguintes elementos: país, órgãos, repartição.
Ex.: BRASIL. Ministério da Educação e Cultura, Plano… SÃO PAULO.
Departamento de Educação. Chefia do Ensino Básico, Normas… MARANHÃO.
Superintendência do Desenvolvimento do Maranhão. Departamento de
Estatística. Programa Integrado de Pesquisa, Pesquisa
socioeducacional…
2.6.2. OBSERVAÇÕES QUANTO AO TFTULO DOS ESCRrrOS
1. Normas gerais
a) O título de livros é transcrito integralmente, em grifo,
sublinhando-o quando datilografado.
b) Nos títulos e subtítulos todas as palavras, com exceção da palavra
inicial, são escritas em minúsculas, exceto quando nomes próprios.
c) Os subtítulos são igualmente transcritos quando contiverem informação
essencial para o entendimento do conteúdo do livro. Separam-se dos
títulos por dois-pontos, não tendo destaque gráfico.
Ex.: SALOMON, Deleio Vieira. Como fazer uma monogra fia; elementos de
metodologia do trabalho científico.
119 2. Os títulos de obras sem autores identificados iniciam a
própria referência; a primeira palavra vem em letra maiúscula. Esta
norma se aplica igualmente a documentos, tais como leis, portarias ete.
Terminada a identificação do documento, indica-se sua eventual fonte.
Exs.: PROCESSO de evolução política… DECRETO n? 70.067, de 26 de
janeiro de 1972. Adm. & Legisl. 1 (6): 35. fev. 1972. RELATÓRIO de grupo
de trabalho para a reforma do ensino de 1′ e 2′ graus. LEI ri’ 5.766, de
20 de dezembro de 1971.
3. Títulos de periódicos
a) Quando se indica uma publicação periódica seriada, procede-se da
seguinte maneira:
REFLEXÃO. Campinas. Instituto de Filosofia e Teologia. PUC. 1975.
b) Se a publicação estiver encerrada, fecham-se as datas: 1967-1976.
c) Quando se indica volume determinado de uma publicação seriada, sem
que esse volume tenha título específico, procede-se da seguinte maneira:
PRESENÇA FILOSÓFICA. Rio de janeiro, v. 2, n’ 3, jan. 1976.
d) Quando o volume tem título, este é acrescentado: VOZES. Concretismo.
Petrópolis, v. 71, n’ 1, jan.lfev. 1977.
4. Títulos de artigos de revistas
a) No caso de artigos assinados., a sequencia e a seguinte: autor,
título do artigo em redondo, título da revista em itálico, local da
publicação, volume ou tomo em itálico, fascículo em redondo, páginas
inclusivas, data, com a seguinte pontuação: FERRAZ JR., Tércio Sampaio.
Curva de demanda, tautologia e lógica da ciência. Ciências Econômicas e
Sociais, Osasco, 6 (1): 97-105, jan. 1971.
b) No caso de separata: faz-se a citação do artigo destacado, com
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
cidade, editora e data. Após um ponto, acrescentar
120 Separata da revista Vozes… seguida dos dados acima indicados.
5. Títulos de artigos de jornal
Citar autor, título do artigo, título do jornal, cidade, data completa,
número ou título do caderno, seção ou suplemento, indicação da página e
eventualmente da colunaa)
Tratando-se de artigo assinado: PINTO, J. N. Programa explora tema
raro na TV. O Estado de S.Paulo, 8.2.1975, P. 7, e. 2.
b) Tratando-se de artigo não assinado: ECONOMISTA recomenda investimento
no ensino. O Estado de S.Paulo, 24.5.1977, P. 21, 4-5 col.
c) Artigo em suplemento, caderno especial, após a data acrescentar o
título do suplemento, número pagina e coluna.
Ex.: Correio da Manhã, Rio de Janeiro, 20.6.1968. Caderno
Internacional P. 3, 6
d) Tratando-se de suplementos muito especiais, como é o caso do
Suplemento Cultural de O Estado de S.Paulo, tal suplemento é assimilado
a um periódico e passa a ser citado como tal. Ex.: SIMOES, Gilda Naécia.
A educação da vontade. Suplemento Cultural de O Estado de S.Paulo, 1
(3): 35, 31 out. 1976.
6. Títulos de escritos inseridos em publicações mais amplas
Neste caso, os dois textos devem ser indicados com os respectivos dados
bibliográficos de forma que fiquem perfeitamente identificáveis:
a) Caso de referência de parte de um texto do mesmo autor: COLDMANN,
Lucien. Expressão e Forma. ln: Ciências humanas efilosofia. 2. ed. São
Paulo, Difel, 1970. p. 104-10.
b) Caso de referência de contribuição de um autor em obra de outro
autor. Neste caso, procede-se da seguinte maneira: KUHN, Thomas S. A
função do dogma na investigação científica. in: DEUS, Jorge Dias de
(org.). A crítica da ciência: sociologia e ideologia da ciência. Rio de
janeiro, Zahar, 1978 (Col. Textos Básicos de Ciências Sociais), p.
53-80.
121
c) Tratando-se de referência de contribuição assinada em enciclopédias,
dicionários etc., indicar o autor.
d) Tratando-se de contribuição não assinada em enciclopédias,
dicionários etc.: Indução: ln: ABBAGNANO. N. Dicionário de filosofia.
São Paulo, Mestre jou, 1970. p. 529-33.
2.6.3. OBSERVAÇOES QUANTO À EDIÇÃO DO DOCUMENTO
1. Só é indicada a partir da 2 edição, sempre imediatamente após o
título do documento da seguinte forma: 2. ed. 3. ed. rev. CERVO, Amado
L. & BERVIAN, Pedro A. Metodologia científica. 2. ed. rev. ampl. São
Paulo, Mc(;raw-Hill do Brasil, 1977.146 p.
2. Reimpressões de uma mesma edição não precisam ser indicadas em
trabalhos acadêmicos, uma vez que nesses casos riao ocorrem alterações
substanciais no texto como tal.
2.6.4. OBSERVAÇOES QUANTO AO LOCAL DE PUBLICAÇÃO
1. Dado importante para a identificação do texto, o nome da cidade em
que o documento é editado é indicado como aparece no texto. São Paulo,
Stuttgart, New York. Em referências bibliográficas de trabalhos
científicos não se aportuguesarn os nomes de cidades estrangeiras mesmo
que existam correspondentes em português, nomes aportuguesados que podem
ser usados no corpo do texto ou em referências de divulgação.
2. Ocorrendo nomes homônimos de cidades, acrescenta-se abreviado o nome
dos respectivos países, na mesma língua: San juan, Chile. San Juan,
Puerto Rico.
3. Ocorrendo duas ou mais cidades, cita-se apenas o nome da primeira;
contudo, citam-se todas quando em cada cidade situar-se uma editora
diferente. Porto Alegre-São Paulo, Globo-Edusp.
4. Não constando explicitamente o local da publicação, usa-se a
expressão s.l. (sem local) para assinalar tal fato; sendo possível
122 identificar de alguma maneira o local, deve constar da
referência, entre colchetes.
2.6.5. OBSERVAÇÕES QUANTO À EDITORA
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
1. O nome da editora consta da referência tal como se apresenta no
documento, eliminando-se os elementos desnecessários à sua
identificação. Em alguns casos mantém-se a abreviação Ed.: Anhembi. Ed.
da Universidade de São Paulo. Civilização Brasileira. Cortez Editora.
2. Havendo mais de uma editora, pode-se indicar apenas a primeira;
contudo, é preferível indicar ambas. Isto ocorre também quando a obra é
publicada em co-edição ou com participação de outras instituições:
LÉVI-STRAUSS, Claude. As estruturas elementares do parentesco.
Petrópolis, vozes-EDUSP, 1976. 542 p. MORAIS, João Francisco Regis de.
Ciência e tecnologia: uma introdução metodológica e crítica. São
Paulo-Campinas, Cortez & Moraes, Instituto de Filosofia e Teologia.
PUCC. 1977.
3. Mesmo não constando explicitamente da obra, a editora, se
identificada por alguma via indireta, pode ser citada entre colchetes;
não sendo identificada”coloca-se o nome do impressor; faltando também
este, colocar: s.e.
2.6.6. OBSERVAÇOES QUANTO À DATA
1. No caso de publicações em que se indica apenas o ano, usar algarismos
arábicos seguidos: 1977 e não 1977, 1.977 ou MCMLXXVII.
2. Não sendo identificada a data, indica-se: s.d. Se a identificação for
indireta, colocar a data entre colchetes: [19201. 3. Nas citações de
publicações periódicas, os meses são resumidos pelas três primeiras
letras, excetuando-se “maio”, que mantém as quatro letras; quando se
unem vários meses para se indicar um período, ligá-los por uma barra,
conforme exemplo: jan./mar.
123
2.6.7. OBSERVAÇÕES QUANTO A INDICAÇÃO DO NÚMERO DE PÁGINAS
1. O número total de páginas é a última informação de uma referência
bibliográfica, número que vem acompanhado da abreviatura p.
Ex. 350 p.
2. O número de páginas de um texto é indicado da seguinte maneira: p.
25-30.
3. No segundo número usa-se suprimir os algarismos comuns: p. 230-53.
2.6.8. OBSERVAÇÕES GERAIS. SOBRE ALGUNS CASOS ESPECIAIS
1. Enciclopédias, publicações de congressos etc.
Quando se quer citar a obra como um todo, a entrada da referência é pelo
próprio título, eliminando-se eventuais artigos ou partículas:
ENCICLOPÉDIA DELTA-LAROUSSE ANAIS DO III CONGRESSO NACIONAL DE
FILOSOFIA.
2. Teses não publicadas
Segue-se a mesma caracterização do livro, indicando-se, porém, sua
natureza, instituição, entre parênteses, ao final: BUFFA, Ester. Crítica
histórica das ideologias subiacentes ao conflito escola
particular-escola
pública (1956-1961), 1975. 154 p. (Tese de mestrado. Universidade
Metodista de Piracicaba)
3. Escritos mimeografados
São citados em trabalhos científicos desde que suficientemente
identificados, pressupondo-se seu valor intrínseco: ROXO, Roberto M.
História dafilosofia: pré-socráticos e Sócrates. São Paulo, Faculdades
Associadas do lpiranga, s.d. 53 p, (Mimeografado)
124
4. Citação de volume de uma coleção
Quando se quer citar um volume com título específico de uma coleção de
vários volumes, proceder da seguinte maneira: BOUVERESSE, J. e outros. O
século XX. ln: CHATELET, François, História da filosofia: idéias e dou.
Rio de Janeiro, Zahar, 1974. v. 8, 324 p.
Se o volume a ser citado não tiver título próprio, sendo ou não do
mesmo autor, proceder do seguinte modo: ABBAGNANO, Nicola. História da
filosofia. Lisboa, Editorial Presença, 1970. v. S. 320 p. 5. Citação de
trabalhos publicados em Anais ou Atas de Congressos etc.
Proceder assim-
MORAIS, João Francisco Regis de. Cultura, contracultura e educação.
ln: 11 SEMANA INTERNACIONAL DE FILOSOFIA. Petrópolis. 1974. Atas.
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
Filosofia e realidade brasileira. v. 2. Rio de janeiro, Sociedade
Brasileira de Filósofos Católicos, 1976. p. 122-130.
2.6.9. REFERENCIAÇÃO BIBLIOGRÁFICA DE DOCUMENTOS REGISTRADOS
EM FONTES
ELETRÔNICAS
Os meios tecnoeletrônicos e informáticos só podem ser usados e citados
como fontes de documentação científica quando produzidos de forma
pública. Assim, um disquete particular; um vídeo, quando produzidos
privadamente, não podem ser citados como fontes, pois sem as referências
públicas os outros pesquisadores não teriam como localizá-los e
acessá-los. Toda fonte de referenciação científica precisa ser acessível
aos demais pesquisadores.
Os dados constantes da referência devem ser aptos a fornecer a
localização completa da fonte. Por isso, mensagens constantes de
e-mails, analogamente ao que acontece com as cartas pessoais, não devem
ser referenciadas diretamente pelos pesquisadores: o texto tem de ser
impresso e anexado ao trabalho, quando for o caso.
Embora não existam ainda, no país, normas oficiais que regulamentem
tecnicamente essa referenciação, pode-se proceder, sem prejuízo da
precisão e da qualidade informativa, da seguinte forma, nos diversos
casos.
125
1. Documentos e dados da Rede Internet Indicar o site, os links e as
especificações do trabalho. A entrada deve ser pelo nome do autor da
matéria, quando existe. A data deve constar do documento ou então
deve-se indicar a data em que ele foi acessado. Para se evitar fusão da
data ao endereço, aconselha-se colocá-la logo após o nome do autor ou da
própria matéria, deixando o endereço da localização na rede para o fim.
Exemplos: CARLOS, Cássio S. (1997) As idéias do Norte.
http.-Ilwww.uol.com.brlfsplmaisl fs121004.htm MOURA, Cevilacio A. C. de.
(1996) Citações e referências a documentos eletrônicos.
httpllwww.elogíca.com.brluserslgmouralreferelhtml.
Observações:
I. As referências, quando feitas ao longo do texto, devem ser
registradas de modo análogo ao que se aplica quanto de fontes impressas:
(Moura, 1996. p. 5). Isto remete o leitor para a Bibliografia final,
onde o texto de Moura deve aparecer junto aos títulos das outras fontes.
2. Para referenciar uma Home Page, como tal, sem estar-se citando uma
matéria em particular, deve-se dar a entrada seja pelo nome da entidade
a que se liga a página, seja pelo assunto geral da página. Exemplos:
C;T-CURRICULO/ANPED. httpllwww.ufrgs.brlfacedlgtcurric. ANSWER SUPPORT
SOLUTIONS.AWR. httpllwww.awr.com.br EDUCAÇÃO.
http.-Ilwww.cortezeditora.com.br
Em ambos os casos, o pesquisador poderá localizar a referida home
Page.
3. Documentos podem ser referenciados quando disponíveis nas Listas de
Discussão, pois embora tendo a forma de correio eletrônico, estas listas
são coletivas e públicas e podem ser divulgadas. Exemplo: OLIVEIRA,
Avelino da R. Filosed funcionando. 7110/1997. filosed@uf- pel. tche. br
4. Em referências desta natureza, onde as fontes se assemelham mais a
jornais do que a livros ou periódicos, é melhor registrar a data
completa, indicando dia, mês e ano.
126
2. Material gravado em CD-ROM
2.1. Quando se trata do conjunto do material gravado no CD: CD
Timbalada. Carlinhos Brown e Wesley Rangel. ri’ 518068-2
Philips/Polygram. s/i, sld. CD-ROM Anped. São Paulo, Anped/lnep/Ação
Educativa, 1996.
2.2. Quando se trata de citar apenas uma parte, uma música, por exemplo:
Maria Bonita. Caetano Veloso. CD Fina Estampa. Faixa 3, n’ 522745-2
Polygram. s/d.
3. Material gravado em disquete
3.1. Quando se trata de uma unidade completa: DQ Anped / 20′ Reunião
Anual. CT-17 Filosofia da Educação. Caxambu-MG, 1997.
3.2. Quando se trata de parte de gravação:
CALLO, Silvio. Subjetividade, ideologia e educação. DQ Anped 1 20′
Reunião Anual. GT 17. Filosofia da Educação. 1997. Diretorio: CT-17 1
Trabalhos Callo.doc.
4. Material gravado em vídeo
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
Exemplos: O enigma de Kaspar Hauser. Dir. Werner Herzog. Cinematográfica
Fj. São Paulo, 1990. FJ-101.
Conimbriga: ao encontro da história. Conimbriga, Portugal. Duvideo,
junho 1993. n’ 353293E.
O Piano. Dir. Jane Carnpion. França/Austrália. Videoteca Folha, ri’
3. São Paulo, 1992.
5. Material gravado em fita cassete
5.1. Quando se deve indicar a fita no seu conjunto: Maria Bethânia e
Caetano Veloso ao vivo. N’ 7128265. Philips. s/d.
127 5.2. Quando se trata de citar apenas uma faixa: Caetano Veloso.
Careará. ln: Maria Bethânía e Caetano Veloso ao vivo. N’ 7128265.
Philips. s/d.
3. FORMAS DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
As diretrizes metodológicas apresentadas neste capítulo, em- bora
bastante práticas, são gerais e podem presidir a qualquer trabalho de
natureza científica. Como tais, são universais e devem ser seguidas por
todos os escritos que se destinam à comunicação das descobertas de
informações científicas. Todavia, apesar do caráter universal de
estruturação lógica e de organização inetodológica, os trabalhos
científicos diferenciam-se em função principalmente de seus objetivos e
da natureza do próprio objeto abordado, assim como em função de
exigências específicas de cada área do saber humano.
Após a exposição destas normas para qualquer trabalho científico, é
conveniente fazer rápida referência aos principais tipos de trabalhos
científicos comumente solicitados nos vários momentos da vida do
estudioso e aos quais as várias normas, sobretudo as de natureza
técnica, devem adaptar-se adequadamente.
3.1. Trabalho Científico e Monografia
O termo monografia designa um tipo especial de trabalho científico.
Considera-se monografia aquele trabalho que reduz sua abordagem a um
único assunto, a um único problema, com um tratamento especificado.
Por isso, o uso deste termo para designar uma série de trabalhos
escolares, ainda que resultantes de investigação científica, testemunha
a incorreta generalização do conceito.
Os trabalhos científicos serão monográficos na medida em que
satisfizerem à exigência da especificação”, ou seja, na razao
9. Deleio V. SALOMON, Como fazer uma monografia, p. 219. 10. Ibid., p.
219.
128 direta de um – tratamento estruturado de um único tema,
devidamente especificado e delimitado. O trabalho monográfico
caracteriza-se mais pela unicidade e delimitação do tema e pela
profundidade do tratamento do que por sua eventual extensão,
generalidade ou valor didático.”
A tese de doutorado e a dissertação de mestrado, no contexto da vida
acadêmica, e os trabalhos resultantes de pesquisas rigorosas são
exemplos de monografias científicas. Contudo, como são trabalhos
desenvolvidos quase sempre no âmbito de cursos de pós-graduação, serão
abordados no capítulo seguinte.
No momento, são abordadas aquelas formas de trabalho exigidas dos
alunos durante os cursos de graduação e mesmo de pós-graduação, mas como
partes das atividades do processo didático, integrantes do processo de
escolaridade. É a estes trabalhos que devem ser aplicadas as diretrizes
metodológicas, técnicas e lógicas de que se tratou até agora. Tais são
os assim chamados “trabalhos de pesquisa”, ‘trabalhos de
aproveitamento”, os relatórios de estudo, os roteiros de seminários, os
resumos de capítulos ou de livros e as resenhas ou recensões
bibliográficas. Esses trabalhos são exigíveis e exigidos durante os
cursos de graduação, como parte do próprio processo didático, ao
contrário das dissertações, teses e ensaios que, embora possam ser
trabalhos acadêmicos, são resultados de uma pesquisa ampla, profunda,
rigorosa, autõnoma e pessoal.
3.2. Os Trabalhos Didáticos
Exigidos sobretudo nos cursos de graduação como tarefas da própria
escolaridade, são relatórios científicos dos estudos realizados pelos
alunos. Ainda fazem parte intrínseca da formação técnica ou científica
do estudante, já que levam os alunos a buscar, nas devidas fontes,
elementos complementares àqueles adquiridos no próprio curso. Esses
trabalhos didáticos não podem ser deixados à pura espontaneidade
criativa do aluno. Nesta fase, a exploração do património cultural e da
realidade contextual é uma exigência imprescindível do processo
didático-pedagógico do ensino superior.
Como já se insistiu bastante neste capítulo, é através desse tipo
———– 11. Ângelo D. SALVADC)R, Métodos e técnicas de pesquisa
bibliográfica, p. 167-8.
129
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
de trabalho que o estudante, além de ampliar seus conhecimentos, se
iniciará no método da pesquisa e da reflexão. Um dos intuitos deste
livro e, principalmente, deste capítulo é fornecer diretrizes para o
“trabalho de aproveitamento”, “trabalho de pesquisa”, minimonografias’,
tão solicitados nas escolas superiores, mas que, por falta de orientação
adequada, não passam de colagens malfeitas de textos alheios.
Dependendo do nível em que se encontra o estudante, dos objetivos do
curso e do próprio trabalho, ele poderá ser mais ou menos monográfico.
Não se exige originalidade nestes trabalhos: são geralmente
recapitulativos, com síntese de posições encontradas em outros textos ou
em outras pesquisas. O que qualifica este tipo de trabalho é o uso
correto do material preexistente, a maneira adequada de tratá-lo para
que traga alguma contribuição inteligente à aprendizagem. Nesta
categoria são incluídos os chamados ‘comunicados científicos”,”
trabalhos baseados em pesquisas de campo ou experimentais. Com a mesma
finalidade didática, terão variados níveis de profundidade e o mesmo
rigor na expressão. Igualmente, as “memórias” de fim de curso são
trabalhos científicos de maior nível de aprofundamento e de pesquisa que
retomam a temática estudada durante um curso de formação específica.
3.3. O Resumo de Textos
Outro tipo de trabalho didático comumente exigido em escolas superiores
é o resumo ou síntese de textos, seja de toda uma obra ou de um único
capítulo. É o que se faz, muitas vezes, quando do fichamento de livro.
Não se trata propriamente de um trabalho de elaboração, mas de um
trabalho de extração de idéias, de um exercício de leitura que nem por
isso deixa de ter enorme utilidade didática e significativo interesse
científico.
O resumo do texto é, na realidade, uma síntese das idéias e não das
palavras do texto. Não se trata de uma “miniaturização’ do texto.
Resumindo um texto com as próprias palavras, o estudante mantém-se fiei
às idéias do autor sintetizado.
———- 12. Ângelo D. SALVADOR, Métodos e técnicas de pesquisa
bibliográfica, p. 161.
130
Não se deve confundir este resumo/síntese, muitas vezes exigido como
trabalho didático, com o resumo técnico-científico de que se tratará
mais adiante (p. 172, item 5.l.). Com aquele formato, o resumo é
solicitado em situações acadêmicas e científicas especiais.
3.4. A Resenha Bibliográfica
Resenha, recensão de livros ou análise bibliográfica é uma síntese ou um
comentário dos livros publicados feito em revistas especializadas das
várias áreas da ciência, das artes e da filosofia.
As resenhas têm papel importante na vida científica de qualquer
estudante e dos especialistas, pois é através delas que se toma
conhecimento prévio do conteúdo e do valor de um livro que acaba de ser
publicado, fundando-se nesta informação a decisão de se ler o livro ou
não, seja para o estudo seja para um trabalho em particular. As resenhas
permitem, como já se VIU13 operar uma triagem na bibliografia a ser
selecionada quando da leitura de documentação para a elaboração de um
trabalho científico.
Igualmente, são fundamentais para a atualização bibliográfica do
estudioso e deveriam, numa vida científica organizada, passar para o
arquivo de documentação bibliográfica ou geral da área de especialização
do estudante.
Uma resenha pode ser puramente informativa, quando apenas expõe o
conteúdo do texto; é crítica quando se manifesta sobre o valor e o
alcance do texto analisado; é crítico-ínformativa quando expõe o
conteúdo e tece comentários sobre o texto analisado.
A resenha estrutura-se em várias partes lógico-redacionais. Abre-se
com um cabeçalho, no qual são transcritos os dados bibhográficos
completos da publicação resenhada; uma pequena informação sobre o autor
do texto, dispensável se o autor for muito conhecido; uma exposição
sintética do conteúdo do texto, que deve ser objetiva e conter os pontos
principais e mais significativos da obra analisada, acompanhando os
capítulos ou parte por parte. Deve passar ao leitor uma visao precisa do
conteúdo do texto,
——– 13. Cf. p. 79. 14. Cf. p. 38-40.
131
de acordo com a análise temática, destacando o assunto, os objetivos, a
idéia central, os principais passos do raciocínio do autor.” Finalmente
deve conter um comentário crítico. Trata-se da avaliação que o
resenhista faz do texto que leu e sintetizou. Essa avaliação crítica
pode assinalar tanto os aspectos positivos quanto os aspectos negativos
do mesmo. Assim, pode-se destacar a contribuição que o texto traz para
determinados setores da cultura, sua qualidade científica, literária ou,
filosófica, sua originalidade etc.; negativamente, pode-se explicitar as
falhas, incoerências e limitações do texto.
Esse comentário é normalmente feito como último momento da resenha,
após a exposição do conteúdo. Mas pode ser distribuído difusamente,
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
junto com os momentos anteriores: expõe-se e comenta-se simultaneamente
as idéias do autor.
As críticas devem ser dirigidas às idéias e posições do autor, nunca
a sua pessoa ou às suas condições pessoais de existência. Quem é
criticado é o pensador/autor e suas idéias, e não a pessoa humana que as
elabora.
É sempre bom contextuar a obra a ser analisada, no âmbito do
pensamento do autor, relacionando-a com seus outros trabalhos e com as
condições gerais da cultura da área, na época de sua produção.
Na medida em que o resenhista expõe e aprecia as idéias do autor, ele
estabelece um diálogo com os mesmos. Nesse sentido, o resenhista pode
até mesmo expor suas próprias idéias, defendendo seus pontos de vista,
coincidentes ou não com aqueles do autor resenhado.
———- 15. Cf. p. 53-55.
132
Capítulo Vi
A INTERNET COMO FONTE DE PESQUISA
A Internet, rede mundial de computadores, tornou-se uma indispensável
fonte de pesquisa para os diversos campos de conhecimento. Isso porque
representa hoje um extraordinário acervo de dados que está colocado à
disposição de todos os interessados, e que pode ser acessado com extrema
facilidade por todos eles, graças à sofisticação dos atuais recursos
informacionais e comunicacionais acessíveis no mundo inteiro.
As diretrizes para sua utilização como tecnologia de acesso a
valiosos bancos de dados científicos, aqui apresentadas, são apenas
indicações operacionais para um usuário comum, não entrando nas questões
técnicas, nem mesmo naquelas mais simples que certamente todo usuário da
informática já tem condições de manusear. Pretende-se apenas trazer
algumas indicações gerais que servirão de subsídios para as abordagens
iniciais desse poderoso equipamento. Seu próprio uso levará o
pesquisador a dominar cada vez mais seus significativos recursos
técnicos.
A Internet é um conjunto de redes de computadores interligados no
mundo inteiro, permitindo o acesso dos interessados a milhares de
informações que estão armazenadas em seus Web Sítes. Permite a esses
interessados navegar por essa malha de computadores, podendo consultar e
colher elementos informativos, de toda ordem, aí disponíveis. Permite
ainda aos pesquisadores
133
de todo o planeta trocar mensagens e informações, com rapidez
estonteante, eliminando assim barreiras de tempo e de espaço. É como um
conjunto desse tipo que a Internet desenvolveu a WWW (World Wide Web,
rede mundial de computadores), que pode ser acessada através do
protocolo HTTP (protocolo de transporte de hipertexto), que é uma
técnica utilizada pelos servidores da rede mundial de computadores para
passarem informações para os Programas rastreadores (browsers web).
Assim, entidades e pessoas interligam-se a essa rede mediante Web
Sites, que se encontram alocados em “provedores”, que são grandes
centros que articulam as redes de computadores, aos quais se articulam,
por sua vez, os “servidores”, bem como os computadores pessoais dos
usuários.
Para que o usuário possa navegar na Internet, seu micro precisa estar
conectado a ela, e para isso ele necessita de um fax-modem, ou seja,
deve conter uma placa com um programa software que o liga
telefonicamente com seu provedor. O usuário deve contratar os serviços
de um provedor, tornando-se um assinante, e ter instalado em seu micro
um programa de navegação (browsers). Entre nós, os mais usados são o
Internet Explorer, da Microsoft, e o Netscape Navigator, da Netscape.
Estes são programas cujo acesso pode ser desencadeado pelos seus ícones
de atalho eventualmente exibidos na área de trabalho do Windows ou então
pela seqüência normal de comandos através do menu Iniciar (fig. 1).
Antes de conectar-se ao provedor, o usuário deve criar/instalar uma
conexão “dial up’ dentro da pasta “Acesso à rede dial UP do Windows.
Dessa forma, quando abrir um dos programas de navegação, será aberta uma
janela de conexão. Assim que clicar no botão ‘Conectar”, o ffiicro vai
processar a discagem e realizar a conexão, que se dá abrindo a página
inicial do provedor. No exemplo a seguir, o provedor é.o Universo
Online, o UOL. No caso do Netscape, vai abrir-se inicialmente a Caixa do
Cerenciador de Perfil, onde consta a identificação da inscrição do
usuário, uma vez que o mesmo micro pode atender vários usuários.
Selecione o seu nome e clique o botão “Start communicator”. Entrará
então a tela inicial padrão do Navegador Netseape e a Caixa de Conexão.
Clicando no botão “Conectar”, tem ifficio a discagem para o número do
telefone do provedor.
134
Se a operação se realizar a contento, abre-se a página inicial do
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
provedor, como campo da URL (Localizador Universal de Recurso)
indir-ando-o. A efetivação e a manutenção da conexão ficam assinaladas
por um pequeno ícone, de uma dupla de computadores, que fica pulsando no
canto direito da barra inferior da tela (fig. 3).
Uma vez na tela inicial do Navegador, é só digitar o endereço
procurado e pressionar Enter. Ao fim de alguns segundos, abrir-se-á a
página inicial do site procurado, que terá vários ‘links/atalhos’,
indicando outros arquivos que podem ser acessados mediante simples
comando com a seta do mouse, botão esquerdo.
136
Todo endereço inicia-se com os prefixos http://, seguido de uma
especificação particular que indica sua localização numa rede, num
servidor, num domínio e numa determinada’Home Page, que é o documento
central do Web Site. Uma vez acessado um Web Site, seu endereço fica
arquivado numa agenda oculta sob o campo da URL. Para nova pesquisa no
mesmo Web Site, basta clicar na setinha que fica no final direito do
campo e selecioná-lo, deslocando-o para o campo.
Uma vez acessado o site, basta circular por suas páginas, seguindo as
orientações fornecidas pelos ícones ou denominaçoes textuais,
interagindo com as informações que vão sendo dadas. Pode-se passar de um
site para outro através de links, palavras ou ícones quê, uma vez
acionados, levam o browser a uma nova página ou endereço. A navegação
permite um roteiro em cascata, um site indicando muitos outros,
complementares em relação ao domínio pesquisado. Para ir de uma página a
outra, basta usar
137
os comandos icônicos constantes da barra superior da tela: avançar,
voltar, voltar à página inicial etc.
1. A PESQUISA CIENTÍFICA NA INTERNET
O que se pode pesquisar na Internet? Como se trata de uma enorme rede,
com um excessivo volume de informações, sobre todos os domínios e
assuntos, é preciso saber garimpar, sobretudo dirigindo-se a endereços
certos. Mas quando ainda não se dispõe desse endereço, pode-se iniciar o
trabalho tentando exatamente localizar os endereços dos sites
relacionados ao assunto de interesse. Isso pode ser feito através dos
Web Sites de Busca, assim designados programas que ficam vinculados à
própria rede e que se encarregam de localizar os sites a partir da
indicação de palavras-chave, assuntos, nomes de pessoas, de entidades
etc. Entre os mais correntes e poderosos, citam-se o Yahoo
(www.yahoo.com), o Alta Vista (www.altavista.com), o Infosek, o Lycos, o
Weber Crawler, o Excite, o Miner e o Cadê?.
De particular interesse para a área acadêmica são os endereços das
próprias bibliotecas das grandes universidades, que colocam à
disposição, assim, informações de fontes bibliográficas a partir de seus
acervos documentais. Cabe assinalar que esses catálogos são encontrados
também em CDs que podem ser consultados diretamente pelo usuário seja
nos equipamentos de outras bibliotecas, seja em seu equipamento
particular, uma vez que tais CDs são comercializados como se fossem
livros. Desse modo, está ocorrendo uma complementaridade entre os
acervos informatizados e os acervos tradicionais das bibliotecas.
Assim, a USP tem seu site no seguinte endereço: http://www.usp.br/
sibilsibílhtml (Sistema Integrado de Bibliotecas da Universidade de São
Paulo), que permite consulta aos acervos de todas as suas bibliotecas.
Também são acessíveis, via Internet, os catálogos das editoras. Por
exemplo, o endereço http://www.booknet.com.br/ fornece informações
sobre os lançamentos editoriais, permitindo identificação de fontes
bibliográficas.
138
Igualmente, jornais e revistas, instituições de pesquisas e entidades
culturais possuem seus endereços e podem ser acessados para os mesmos
fins.
Para copiar os resultados da pesquisa julgados relevantes e que
precisam ser guardados para ulterior exploração, basta clicar no comando
correspondente. O programa de navegação vai perguntar se quer salvar ou
abrir o arquivo. Basta escolher a opção “Salvar em disco”, e indique a
pasta onde ele deve ser arquivado.
Procede-se da mesma maneira quando se trata de copiar arquivos que
chegam ‘atachados”, via e-mail. Gravados em disquete, esses arquivos
poderão ser abertos e impressos, posteriormente, com mais calma.
O registro bibliográfico das fontes localizadas na rede Internet é
feito de acordo com normas específicas de referenciação, conforme
indicação na página 125-26.
2. O CORREIO ELETRÔNICO
já,muito conhecido e utilizado, o Correio Eletrônico é um sistema de
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
comunicação via Internet, por meio do qual podemos trocar mensagens
escritas com interlocutores espalhados pelo mundo inteiro. O nosso
endereço pessoal funciona como uma especie de caixa postal, que vai
recebendo e guardando as mensagens que recebemos e que ficam arquivadas
a nossa disposição para consulta oportuna.
O correio eletrônico é geralmente formado por um nome indicando o
usuário, seguido do símbolo @ (arroba), da indicação do provedor de
acesso à Internet, de uma designação o onurao(???) sob o qual ela se
insere na rede. Assim, em maria@uol.com.br: limaria” é a identificação
do usuário; “@’ é o símbolo que indica tratar-se de um endereço
eletrônico; ‘uol” é a identificação do provedor de acesso (no caso,
Universo Online); “com” indica tratar-se do domínio “comercial’ e “br” é
a indicação do país, no caso Brasil. Todos os países são designados por
apenas duas letras.
Quando se entra na Internet, pela via do Netscape, abre-se a página
central desse navegador, como se vê a seguir.
139
Trabalhando com o browser da Netscape, uma vez acessada a Internet, o
usuário deve clicar no ícone correspondente a “Inbox’. Será aberta uma
nova caixa, com janela e campo para digitar a senha. Digitada esta, e
sendo aceita, começa o processo de carregamento das mensagens que lhe
foram enviadas e que se encontram na caixa postal, sendo repassadas do
provedor para o computador do usuário. As novas mensagens vão sendo
carregadas e registradas na relação, aparecendo em negrito. Uma vez aí,
é só ir clicando uma a uma e elas irão se abrindo (fig. 4). As mensagens
recebidas, uma vez abertas, podem ser gravadas ou impressas. Os arquivos
que vêm “atachados” às mensagens podem igualmente ser abertos ou
gravados. Recomenda-se que sejam gravados em disquete, procedimento mais
seguro. O processo se inicia clicando-se duas vezes no ícone do arquivo.
Surgirá um box com indicação das opções. Para gravar, basta seguir os
procedimentos comuns para salvar um documento: ‘Salvar em’.
140
Para enviar uma mensagem, clica-se em “Nova mensagem”, preenchendo, nos
campos correspondentes, o endereço eletrônico do destinatário, com
cópias para eventuais outros destinatários, se for o caso, o assunto e,
na janela principal, o texto da mensagem. Havendo arquivos para ser
enviados, clicar em “Attach”, seguindo as solicitações de escolha do
arquivo no disco em que se encontra e mandando “Abrir”. Tudo isso feito,
dá-se o comando “Send ou Enviar” (fig. 5).
A operação tendo êxito, a mensagem enviada fica armazenada no setor
“Sent’, onde pode ser recuperada a qualquer momento, ficando registrada
assim a comprovação da remessa. Caso, por algum motivo, a mensagem não
possa ser recebida pelo usuário, esta informação é devolvida sob a forma
de mensagem vinda do provedor. Qualquer mensagem, enviada ou recebida,
pode ser repassada a outros destinatários, bastando para tanto abri-Ia,
em seguida clicar em “Avançar/Forward”, indicar os novos destinatários
e, ao final, dar o comando “Send/Enviar”.
141
No setor ‘Draft ou Rascunho”, pode-se guardar mensagens para remessa
oportuna. No setor “Trash ou Lixeira’, ficam armazenadas as mensagens
que se quer descartar. Mesmo aí elas ficam guardadas, sendo
recuperáveis, se necessário. As mensagens só são eliminadas de vez
quando apagadas na própria lixeira.
No caso do Internet Explorer (fig. 6), abertas suas telas, o usuário
deve clicar, na barra superior, o comando “Correio”, em seguida ‘Enviar
e Receber”, que contém todas as informações sobre sua correspondência.
No campo “Inbox”, ficam armazenadas as mensagens que foram enviadas ao
usuário. Para carregar e acessar estas mensagens, o usuário deverá
digitar sua senha na janela que aparece assim que dá o comando para
abrir a janela “Correio”. Reconhecida sua senha, o programa passa a
carregar suas mensagens, listando-as na relação geral. Terminado este
processo, basta ir selecionando na relação a mensagem que se quer abrir,
clicando, com o mouse, uma única vez, sobre a linha correspondente.
142
METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO: ANTONIO JOAQUIM
SEVERINO
Capítulo ViI
OBSERVAÇOES METODOLOGICAS REFERENTES AOS TRABALHOS DE
POS-GRADUAÇÃO
Nos últimos vinte anos intensificou-se o desenvolvimento dos cursos de
pós-graduação no Brasil, nos moldes da legislação específica.
Regulamentada a matéria pelas várias instituições, observa-se que, em
todos os modelos adotados, se faz presente particular atenção às tarefas
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
de pesquisa em sentido abrangente. A pós-graduação foi instituída com o
objetivo de criar condições para a pesquisa rigorosa nas várias áreas do
saber, desenvolvendo a fundamentação teórica, a reflexão, o levantamento
rigoroso de dados empíricos da realidade, objetivo das várias ciências,
assim como o melhor conhecimento desta realidade. Enfim, a ciência se
faz em todas as frentes e não apenas se transmite. Com isto se visa
fundamentalmente à qualificação do corpo docente de 3′ grau, assim como
a preparação de pesquisadores e profissionais de alto nível.
Aos colegas de trabalho em programas de pós-graduação: Estefânia
Canguçu Fraga, Geraldo Pinheiro Machado, Leila Bárbara, Maria Luiza
Santos Ribeiro e Yolanda Cintrão Forghicri; aos dedicados
pós-graduandos: Élide Rugai Bastos, FranMca E. Santos Severino,
jefferson Ildefonso da Silva e Mariângela Belfiore, quero agradecer pela
leitura critica que fizeram deste capítulo, enriquecendo-o com valiosas
sugestões, nascidas de sua experiência e prática de ensino, estudo e
pesquisa.
143
A legislação básica para pós-graduação no Brasil encontra-se nos
pareceres 977/65 e 77/69, do Conselho Federal de Educação.
Tanto no mestrado como no doutoramento, a pós-graduação, stricto
sensu como é aqui considerada, exige, além do cumprimento de determinada
escolaridade, a realização de uma pesquisa que se traduza,
respectivamente, na dissertação e na tese. Trata-se de concretizar os
objetivos justificadores deste nível de ensino: abordar determinada
problemática mediante exigente trabalho de pesquisa e de reflexão,
apoiado num esforço de fundamentação teórica a ser assegurada através
dos instrumentos fornecidos pela escolaridade.
A ciência se faz através de trabalhos de pesquisa especializada,
própria das várias ciências; pesquisa que, além do instrumental
epistemológico de alto nível, exige capacidade de manipulação de um
conjunto de métodos e técnicas específicos às várias ciências. A
escolaridade de pós-graduação, em todas as áreas, via de regra, oferece
cursos de “métodos e técnicas de pesquisa”, aplicados às várias áreas,
além da orientação metodológica fornecida pelos professores orientadores
e pelos exercícios e seminários de preparação de tese.
Este capítulo visa tão-somente apresentar considerações metodológicas
referentes aos trabalhos científicos deste nível, sem sair do espírito
do texto, intencionalmente didático. Aplica-se, pois, o que já foi dito
a respeito do trabalho científico em geral, nos capítulos anteriores,
aos trabalhos normalmente solicitados nos cursos de pós-graduação.
As tarefas de estudo, de pesquisa e de elaboração, solicitados nos
cursos de pós-graduação, constituindo formas por excelência de trabalhos
científicos, geram exigências maiores de disciplina, de rigor, de
seriedade, de metodicidade e de sistematização de procedimentos.
Ademais, pressupõem, da parte do pós-graduando, maturidade intelectual e
autonomia em relação às interferências dos processos de ensino. Em
decorrência disso, as diretrizes apresentadas neste livro aplicam-se,
com maior razão, a essas atividades.
Consideram-se aqui apenas algumas exigências metodológicas
específicas aos trabalhos monográficos a serem realizados durante a
pós-graduação, trabalhos em que estas exigências se tornam palpáveis e
conseqüentemente caracterizáveis de um ponto de vista técnico.
144
1. QUALIDADE E FORMAS DOS TRABALHOS EXIGIDOS NOS CURSOS DE
PÓS-GRADUAÇÃO
Tais são os assim chamados trabalhos de grau, uma vez que resultam em
trabalhos que visam também à aquisição de um grau acadêmico, de um
título universitário: a dissertação de mestrado, a tese de doutoramento
e a tese de livre-docência. A esses podem ser equiparados, dado o nível
comum de exigências, o ensaio teórico e as monografias científicas
especializadas.
Neste último caso, está-se referindo a trabalhos monográficos
resultantes de pesquisas elaboradas com finalidades não necessariamente
acadêmicas. E óbvio que não é só nas universidades que se fazem
trabalhos científicos de alto nível. Como sempre, na linha de uma rica
tradição histórica, trabalhos de grande valor, tanto em termos de
pesquisa como em termos de reflexão, são realizados em instituições não
universitárias e até por pensadores isolados.
A insistência intencional em se referir aos trabalhos acadêmicos
decorre apenas da preocupação didática.
1.1. Características Qualitativas
Quaisquer que sejam as distinções que se possam fazer para caracterizar
as várias formas de trabalhos científicos, é preciso afirmar
preliminarmente que todos eles têm em comum a necessária procedência de
um trabalho de pesquisa e de reflexão que seja pessoal, autônomo,
criativo e rigoroso. Trabalho pessoal no sentido em que “qualquer
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
pesquisa, em qualquer nível, exige do pesquisador um envolvimento tal
que seu ob etivo de investigação passa a fazer parte de sua vida”;’ ser
realmente uma problemática vivenciada pelo pesquisador, ela deve lhe
dizer respeito. Não, obviamente, num nível puramente sentimental, mas no
nível da avaliação da relevância
e da significação dos problemas abordados para o próprio pesquisador,
em vista de sua relação com o universo que o envolve. A escolha de um
tema de pesquisa, bem como a sua realização, necessariamente é um ato
político. Também, neste âmbito, não existe neutralidade.
——— 1. A. M. M. CUÇTRA, Determinação do tema de pesquisa.
Ciência da informação, 11 (2): 15. 2. Ibid., p. 14. 145
Ressalte-se que o caráter pessoal do trabalho do pesquisador tem uma
dimensão social, o que confere o seu sentido político. Esta exigência de
uma significação política englobante implica que, antes de buscar-se um
objeto de pesquisa, o pós-graduando pesquisador já deve ter pensado no
mundo, indagando-se criticamente a respeito de sua situação, bem como da
situação de seu projeto de seu trabalho, nas tramas políticas da
realidade social. Trata-se de saber bem, o mais explicitamente possível,
o que se quer, o que se pretende no mundo dos homens.
Trabalho autônomo quer dizer que ele é fruto de um esforço do próprio
pesquisador. Autonomia esta que nao significa desconhecimento ou
desprezo da contribuição alheia mas, ao contrário, capacidade de um
inter-relacionamento enriquecedor, portanto dialético, com outros
pesquisadores, com os resultados de outras pesquisas, e até mesmo com os
fatos. Este inter-relacionamento é dialético na medida em que ele nega,
ao mesmo tempo que afirma, a relevância da contribuição alheia. Esta só
é válida quando incrementa a instauração da autonomia de pensamento do
pesquisador. É reconhecendo e assumindo, mas simultaneamente negando e
superando o legado do outro, que o pensamento autônomo se constitui.
Aqui se coloca o complicado problema das relações com o orientador,
no caso das pesquisas feitas para os fins acadêmicos dos cursos de
pós-graduação, do qual se tratará no item seguinte. Com relação,a esta
questão de autonomia, o orientando deve se convencer de que é preciso
ter até mesmo um pouco de audácia, ou seja, arriscar-se a avançar idéias
novas, eventualmente nascidas de suas intuições pessoais, sem que se
autocensure por medo das críticas quer do orientador quer de seus
examinadores, quer ainda de seus futuros leitores. É preciso soltar-se,
criar, avançar e não ficar apenas num eterno repetir de idéias e
descobertas já feitas. Tem-se visto trabalhos de pós-graduação que não
passam de meros conjuntos rearranjados de transcrições ou de repetição
de idéias já conhecidas. Como já se disse no capítulo V, a citação e a
transcrição são válidos instrumentos de trabalho científico desde que se
constituam na manifestação de um diálogo crítico com os autores e dos
autores entre si, ao relatarem os resultados de suas pesquisas. Com
referência ao aproveitamento das idéias ou contribuições de autores,
sobretudo quando pertencentes a escolas diferentes e
146
concretizadas através das citações, é preciso estar atento para não
misturar posições divergentes. Em posições divergentes, não há como
fundamentar argumentações. As citações dos autores podem ser trazidas em
abono às posições defendidas pelo pesquisador. Mas é preciso ter
presente que este apoio não pode decorrer de um posicionamento
contraditório. Mesmo quando, apesar das oposições entre os autores,
alguma colocação vem a ser aproveitada, é preciso explicitar esta
contradição. Tal deve ser o critério para o aproveitamento da
bibliografia, de modo a que não se apóie incoerentemente em autores e
obras cujas posições vão em direção incompatível com a direção seguida
pelo pesquisador.
Deste ponto de vista, cabe ressaltar uma certa diferenciação entre o
trabalho do mestrando e do doutorando, pelo menos em nossas condições
brasileiras. O mestrando está ainda numa fase de iniciação à pesquisa, à
vida científica. Está vivenciando uma experiência nova e dele não se
pode exigir a plenitude da criação original, justificando-se, de sua
parte, ainda uma certa cautela, uma atitude de prudência ao evitar
precipitação. Já o doutorando, pressupõe-se, já passou por esta escola,
já deve ter plena autonomia intelectual, cabendo-lhe, pois, maior
audácia e maior capacidade de originalidade e de inventividade, bem como
maior clareza e firmeza quanto às significações assumidas no âmbito de
um projeto político-existencial. Pressupõe-se igualmente maior
elaboração no que se refere ao domínio teórico. Enquanto o mestrando
pode ainda estar se apoiando na teoria constituída, o doutorando já
deveria estar interagindo com a teoria constituinte. Suas relações com o
orientador serão, necessariamente, ainda mais igualitárias e livres. De
qualquer modo cabe ao pós-graduando em geral, e com maior razão ao
doutorando, desenvolver seu trabalho de reflexão e pesquisa do interior
deste projeto político-existencial, em consonância com o momento
histórico vivido pela sua sociedade concreta. Projeto que revela a
sensibilidade do pós-graduando às condições que sua sociedade vive e às
exigências de sua transformação, em vista de seu crescimento constante.
Estas considerações já antecipam mais uma característica do trabalho
científico, em nível de pós-graduação: ele deve cada vez mais ser
críatívo. Não se trata mais de apenas aprender, de apropriar-se da
ciência acumulada, mas de colaborar no desenvolvimento da ciência, de
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
fazer avançar este conhecimento aplicando-se
147
o instrumental da ciência aos objetos e situações, buscando-se seu
desvendamento e sua explicação. Embora não se possa falar de
criatividade sem um rigoroso domínio do instrumental científico, uma vez
que o conhecimento humano não se dá por espontaneidade ou por acaso, é
bem verdade também que não basta conhecer técnicas e métodos. É preciso
uma prática e uma vivência que façam convergir estes dois vetores, de
modo que os resultados possam ser portadores de descobertas e de
enriquecimento. Aqui, conseqüência fecunda da correlação entre razão e
paixão, parafraseando Rousseau. A descoberta científica é, sem dúvida,
provocada pela tensão gerada pelo problema. Daí a necessidade de se
estar vivenciando uma situação de problematização.
É bom esclarecer que originalidade não quer dizer novidade. A
originalidade diz respeito à volta às origens, explicitando assim um
esclarecimento original ao assunto, até então não percebido. A
descoberta original lança novas luzes sobre o objeto pesquisado,
superando, assim, seja o desconhecimento seja então a ignorância. Mas o
trabalho científico em nível de pós-graduação deve ser ainda
extremamente rigoroso. Esta exigência não se opõe à exigência da
criatividade, antes a pressupõe. Não há lugar, neste rúvel, para o
espontaneísmo, para o diletantismo, para o senso comum e para a
mediocridade. Aqui se define a exigência da logicidade e da competência.
Além da disciplina imposta pela metodologia geral do conhecimento e
pelas metodologias particulares das várias ciências, exige-se ainda a
disciplina do compromisso assumido pela decisão da vontade. Não se faz
ciência sem esforço perseverança e obstinação. Ao pós-graduando, como a
qualquer pesquisador, impõem-se um empenho e um compromisso inevitáveis,
sem os quais não há ciência e nem resultado válido. Assim sendo, a
realização de um trabalho de pós-graduação exigirá muita dedicação ao
estudo, à reflexão, à investigação. Exigirá muita leitura, muita
participação nos debates, formal ou informalmente promovidos. Ele só se
concretizará e amadurecerá na medida em que o pós-graduando criar um
contexto de vida científica sistemática, mantida com insistente
perseverança, sempre em busca de uma imprescindível fundamentação
teórica, tanto científica como filosófica.
———– 3. Cf. p. 74
148
2. Ciência, Pesquisa e Pós-graduaÇão
Neste capítulo são mencionados, ainda que esquematicamente, como tipos
de trabalhos científicos apenas aqueles desenvolvidos em função de sua
vinculação às exigências acadêmicas dos cursos de pós-graduação. Tais
são a tese de doutoramento e a dissertação de mestrado. Obviamente,
trabalhos científicos, de menor porte, são exigidos e realizados no
decorrer dos cursos de pós-graduação; mas não são específicos deste
nível e se regem pelas diretrizes gerais da elaboração do trabalho
científico.
Mas qualquer que seja a forma do trabalho científico, é preciso
relembrar que todo trabalho desta natureza tem por objetivo intrínseco a
demonstração, o desenvolvimento de um raciocínio lógico. Ele assume
sempre uma forma dissertativa, ou seja, busca demonstrar, mediante
argumentos, uma tese, que é uma solução proposta para um problema. Fatos
levantados, dados descobertos por procedimentos de pesquisa e idéias
avançadas, se articulam justamente como portadores de razões
comprovadoras daquilo que se quer demonstrar. E é assim que a ciência se
constrói e se desenvolve.
Entretanto, são vários os modos de se levantar os fatos, de se
produzir as idéias e de se articular uns aos outros. Várias são as
formas de procedimento técnico e lógico do raciocínio científico. Por
isso mesmo, são também vários os caminhos para se desenvolver um
trabalho científico como uma tese.
A ciência, enquanto conteúdo de conhecimentos, só se processa como
resultado da articulação do lógico com o real, da teoria com a
realidade. Por isso, uma pesquisa geradora de conhecimento científico e,
conseqüentemente, uma tese destinada a relatá-la, deve superar
necessariamente o simples levantamento de fatos e coleção de dados,
buscando artictúá-los no nível de uma interpretação teórica. Por isso,
fazer uma tese implica dois movimentos, com uma única significação, uma
vez que são dialeticamente unificados.
Com efeito, a ciência depende da confluência dos dois que,
considerados isoladamente, só têm sentido formal. Só a teoria pode dar
‘valor” científico a dados empíricos, mas, em compensação, ela só gera
ciência se estiver em interação articulada com esses dados empíricos.
Vários são os recursos utilizáveis para o levantamento e a
configuração dos dados empíricos; os métodos e as técnicas empíricas de
pesquisa, cuja aplicação possibilita as várias formas de
149
investigação científica. Assim, a pesquisa experimental, a pesquisa
bibliográfica, a pesquisa de campo, a pesquisa documental, a pesquisa
histórica, a pesquisa fenomenológica, a pesquisa clínica, a pesquisa
lingüística etc. já no plano desta elaboração dos processos
metodológicos e técnicos para o levantamento dos dados empíricos, bem
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
como na sua aplicação concreta, se faz ativa a intervenção da atividade
teórica. Mas é sobretudo mediante o processo de interpretação destes
dados empíricos que se faz presente e significativa esta atividade
teórica. Trata-se do momento principal de articulação e de confluência
do lógico com o real, quando ocorre a efetivação do conhecimento
científico.
Mas do mesmo modo como existem vários processos de levantamento de
dados empíricos, existem igualmente vários modos de interpretação lógica
destes dados. Trata-se dos vários métodos epistemológicos utilizáveis
para a compreensão significativa dos dados reais. Por isso, a ciência
não pretende mais atingir uma verdade única e absoluta: suas conclusões
não são consideradas como verdades dogmáticas mas como formas de
conhecimento, conteúdos inteligíveis que dão um sentido a determinado
aspecto dá realidade.
A multiplicidade de aspectos pelos quais a realidade se manifesta
abre igualmente uma multiplicidade de métodos de configuração dos dados
fenomenais, bem como uma multiplicidade de métodos epistemológicos. Só
para registrar os mais gerais e presentes no momento atual do
desenvolvimento das teorias científicas, pode-se referir às metodologias
epistemológicas mais gerais: as metodologias positivista,
neopositivista, estruturalista, fenomenológica e dialética, cada uma com
principios e leis lógicas e com seus fundamentos filosóficos próprios,
dando delimitações características às explicações científicas que geram.
Explanações sobre estes processos técnicos e sobre estas metodologias
epistemológicas se encontram nas obras de metodologias de pesquisa
científica e em obras de filosofia.
1.3. A Tese de Doutorado
A tese de doutorado é considerada o tipo mais representativo do trabalho
científico monográfico. Trata-se da abordagem de um único tema, que
exige pesquisa própria da área científica em que se situa, com os
instrumentos metodológicos específicos. Essa
150
pesquisa pode ser teórica, de campo, documental, experimental,
histórica ou filosófica, mas sempre versando sobre um tema único,
específico, delimitado e restrito. Com maior razão do que no caso dos
demais trabalhos científicos, uma tese de doutorado deve realmente
colocar e solucionar um problema demonstrando hipóteses formuladas e
convencendo os leitores mediante a apresentação de razões fundadas na
evidência dos fatos e na coerência do raciocínio lógico.
Além disso, exige-se da tese de doutorado contribuição
suficientemente original a respeito do tema pesquisado. Ela deve
representar um progresso para a área científica em que se situa. Deve
fazer crescer a ciência. Quaisquer que sejam as técnicas de pesquisa
aplicadas, a tese visa demonstrar argumentando e trazer uma contribuição
nova relativa ao tema abordado.
1.4. A Dissertação de Mestrado
Também a dissertação de mestrado deve cumprir as exigências da
monografia científica. Trata-se da comunicação dos resultados de uma
pesquisa e de uma reflexão, que versa sobre um tema igualmente único e
delimitado. Deve ser elaborada de acordo com as mesmas diretrizes
metodológicas, técnicas e lógicas do trabalho científico, como na tese
de doutoramento.
A diferença fundamental em relação à tese-de doutorado está no
caráter de originalidade do trabalho. Tratando-se de um trabalho ainda
vinculado a uma fase de iniciação à ciência, de um exercício diretamente
orientado, primeira manifestação de um trabalho pessoal de pesquisa, não
se pode exigir da dissertação de mestrado o mesmo nível de originalidade
e o mesmo alcance de contribuição ao progresso e desenvolvimento da
ciência em questão. É difícil eliminar da dissertação de mestrado o seu
caráter demonstrativo. Também ela deve demonstrar uma proposição e não
apenas explanar um assunto. Esta parece ser uma exigência
——- 4. Ângelo D. SALVADOR, Métodos e técnicas de pesquisa
bibliográfica, p. 169. Sebastian A. MATCZAK, Research and composition in
philosophy, p. 16. 5. Ibid., p. 17. 6. Quanto a isto aqui há divergência
com a posição de Ângelo D. SALVADOR, Métodos e técnicas de pesquisa
bibliográfica, p. 169.
151
lógica de todo trabalho desde que tenha objetivos de natureza científica
bem definidos. Tanto a tese de doutorado como a dissertação de mestrado
são, pois, monografias científicas que abordam temas únicos delimitados,
servindo-se de um raciocínio rigoroso, de acordo com as diretrizes
lógicas do conhecimento humano, em que há lugar tanto para a
argumentação puramente dedutiva, como para o raciocínio indutivo baseado
na observação e na experimentação.’ Às vezes, a dissertação de mestrado
e até mesmo as teses de doutorado são reduzidas a um levantamento
puramente experimental de dados observados e quantitativos, fundados em
procedimentos prioritária ou unicamente estatísticos. Mas sem uma
reflexão interpretativa que procede inclusive por dedução, não se prova
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
nada e não há nenhuma hipótese demonstrada. Com esta afirmação não se
quer negar o valor de uma série de pesquisas, sobretudo referentes a
temas pouco explorados em teses acadêmicas. É válido aceitar esses tipos
de trabalhos justamente por permitirem a formação de um material básico
de documentação de onde partirão outros estudos interpretativos.1 Apenas
quer-se insistir que toda monografia científica deve ser necessariamente
interpretativa, argumentativa, dissertativa e apreciativa. Pesquisa
experimental e reflexão racional complementam-se necessariamente na
elaboração da ciência. Afinal, o objetivo de uma pesquisa é
fundamentalmente a análise e interpretação do material coletado. É na
consecução desse objetivo que se podem aferir os resultados da pesquisa
e avaliar o avanço que ela representou para o crescimento científico da
área.
1.5. O Ensaio Teórico
O trabalho científico pode ainda assumir a forma de ensaio. Em nossos
meios, este tipo de trabalho é concebido “como um estudo bem
desenvolvido, formal, discursivo e concludente”,9 con- sistindo em
exposição lógica e reflexiva e em argumentação rigorosa
——– 7. Cf. o próximo capítulo. 8. C£ Dermeval SAVIANI,
Filosofia da educação brasileira (Rio de janeiro, Civilização
Brasileira, 1983), p. 43-44, onde tece considerações sobre a importância
e o significado destas monografias de base cujo lugar natural são os
cursos de pós-graduação. 9. Ângelo D. SALVADOR, Métodos e técnicas de
pesquisa bibliográfica, p. 163.
152
com alto nível de interpretação e julgamento pessoal. No ensaio há maior
liberdade por parte do autor, no sentido de defender determinada posição
sem que tenha de se apoiar no rigoroso e objetivo aparato de
documentação empírica e bibliográfica, como acontecia nos tipos
anteriores de trabalho. Às vezes, são encontradas teses, sobretudo de
livre-docência e mesmo de doutorado, com características de ensaio que
são bem aceitas devido a seu rigor e à maturidade do autor. De fato, o
ensaio não dispensa o rigor lógico e a coerência de argumentação e por
isso mesmo exige grande informação cultural e muita maturidade
intelectual. Daí muitos dos grandes pensadores preferirem esta forma de
trabalho para expor suas idéias científicas ou filosóficas.
1.6. Caráter Monográfico e Coerência do Texto
Com relação à natureza dos trabalhos de pós-graduação, cabem ainda duas
observações:
1. Na elaboração de uma tese ou dissertação, não se deve pretender
falar de tudo, de todos os aspectos envolvidos pela problemática
tratada. O caráter monográfico do trabalho é um significativo aval de
sua qualidade e de sua contribuição ao desenvolvimento científico da
área. O importante é ater-se ao substancial da pesquisa, não se perdendo
em grandes retomadas históricas, em repetições, em contextuações muito
amplas. Não se pode falar de tudo ao mesmo tempo numa mesma tese. A
estes aspectos pode-se referir, citando-se as fontes competentes, sem
necessidade de reproduzi-las a cada novo trabalho visando ao mesmo tema.
2. A coerência interna do texto é imprescindível e ela se impõe em
dois níveis-. primeiro, a coerência lógico-estrutural da articulação do
raciocínio, as etapas do processo demonstrativo se sucedendo dentro de
uma seqüência da articulação lógica;” segundo, a coerência com as
premissas metodológicas adotadas. Este aspecto da opção metodológica
reencontra a questão do referencial teórico do trabalho,” pois este
implica igualmente uma opção epistemológica básica. Adotada esta, é
preciso que as várias etapas do raciocínio sejam coerentes com estas
estruturas epistemológicas
———- 10. C£ p. 184-7. 11. Cf. p. 162.
153
do método: por exemplo, se o método adotado é estruturalista, não se
pode argumentar diretamente de forma fenomenológica.
2. O PROCESSO DE ORIENTAÇÃO
No item anterior, ao tratar da exigência de autonomia do pós- graduando
na elaboração de seu trabalho, já se anunciou o problema da relação
orientando-orientador nos cursos de pós-graduação. Este item visa
abordar diretamente o assunto tratando de alguns aspectos relativos ao
proprio processo de orientação da tese.
O fundamental é observar que o processo de orientação deveria ser um
processo que efetivasse uma relação essencialmente educativa. Com
efeito, o orientador desempenha o papel de um educador, cuja experiência
mais amadurecida ihterage com a experiência em construção do orientando.
Não se trata de um processo de ensinamento instrucional, de um conjunto
de aulas particulares, mas de um diálogo em que as duas partes
interagem, respeitando a autonomia e a personalidade de cada uma.
Contudo, nem sempre é claramente entendido o relacionamento entre o
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
orientador e o orientando. Há várias posições assumidas perante este
relacionamento: alguns entendem que o orientando deve pesquisar sobre o
assunto de interesse do orientador e trabalhar sob um rígido esquema por
ele determinado; outros já deixam o orientando totalmentesolto, numa
situação de total independência, até mesmo perdido. É fundamental
entender-se devidamente esta relação, levando-se em consideração
inclusive a distinção entre a orientação em nível de mestrado e a
orientação em nível de doutorado, reconhecida a base de formação de cada
nível.
O papel do orientador não é o papel de pai, de tutor, de protetor, de
advogado de defesa, de analista, como também não é o de feitor, de
carrasco, de senhor de escravos ou de coisa que o valha. Ele é um
educador, estabelecendo, portanto, com seu orientando uma relação
educativa, com tudo o que isto significa, no plano da elaboração
científica, entre pesquisadores. A verdadeira relação educativa
pressupõe necessariamente um trabalho conjunto em que ambas as partes
crescem. Trata-se de uma relação de enriquecimento recíproco. É
necessário que ocorra uma interação dialética em que esteja ausente
qualquer forma de opressão ou de submissão.
154
O orientando não pode provocar no orientador uma atitude paternalista,
com sua insegurança. Impõe-se-lhe a necessária maturidade e segurança
para que seja suficientemente autônomo no exercício de sua criatividade,
não arrastando seu orientador num processo de deterioração, de
autoritarismo intelectual, do poder de aplicação do saber. Portanto,
desde a delimitação do tema e do problema de sua pesquisa, durante o
desenvolvimento de seu trabalho, até a conclusão de sua dissertação ou
tese, ele precisa assumir competência, segurança e autonomia para sua
criação intelectual. A definição do tema deve ser sua obra. Não se
procura um orientador enquanto se estiver de posse apenas de idéias
vagas e propostas genéricas, na esperança de que ele defina as coisas e
imponha os caminhos. Não se espera do orientador que ele reescreva
capítulo por capítulo, que ele indique a bibliografia, informe as
bibliotecas e as fontes. A contribuição do orientador será tanto mais
enriquecedora, quanto mais informado e problematizado estiver o
orientando, quanto mais alto for o nível de provocação intelectual
suscitada pelo orientando. Por isso, antes de procurar seu orientador, o
pós-graduando deve estudar e aprofundar suas propostas iniciais,
mediante leitura, seminários, debates, até que devidamente instrumentado
consiga amadurecer um projeto, elaborando-o por escrito. Só então cabe
iniciar sua discussão com o orientador.
Neste momento e nestas condições, o orientador estará sugerindo
pistas, testando opções feitas e posições assumidas, esclarecendo os
caminhos seguidos, ajudando a clarear a proposta da pesquisa e a
descobrir possíveis pontos fracos. O diálogo se inicia então
possibilitando ao orientador sentir a segurança, o grau de autonomia, a
perseverança e demais condições intelectuais do orientando para a
continuidade da pesquisa e do próprio processo de orientação.
Por mais que a autonomia do orientando seja condição imprescindível,
não se pode desconsiderar a importância do diálogo e da discussão entre
o orientador e o orientando. No processo de construção e crescimento
intelectual do aluno, este diálogo será um elemento de definição e
amadurecimento desta própria autonomia de que o orientando necessita
para desenvolver com segurança sua pesquisa, e assim ousar avançar.
Mas cabe igualmente referir-se ao risco que correm os orientadores
que, no afã de dar segurança e apoio ao orientando, acabam assumindo as
tarefas que cabem a este, revelando não
155
confiar suficientemente na sua maturidade e capacidade, abafando-o,
impedindo seu crescimento intelectual e praticando igualmente o
paternalismo. O orientador não pode assumir estas tarefas, por maiores
que ffiam as dificuldades que encontre o orientando, que deve, ao
contrário, ser levado a superar lacunas de sua formação, bem como
eventuais tendências à acomodação e à hesitação.
Pode-se dizer então que o processo de orientação consiste basicamente
numa leitura e numa discussão conjuntas, num embate de idéias, de
apresentação de sugestões e de críticas, de respostas e argumentações,
em que não será questão de impor nada mas eventualmente, de convencer,
de esclarecer, de prevenir. Tanto a respeito do conteúdo como a respeito
da forma.
Só assim o orientador pode assumir seu papel de interlocutor crítico
e exercer a autoridade legítima junto ao orientando, decorrente do
próprio processo.
Ao orientando cabe construir o seu projeto de dissertação ou tese,
após ter definido seu tema, definido seu problema e as hipóteses que
pretende demonstrar. já se viu que este projeto deve ser obra do próprio
orientando, que o amadurecerá a partir de sua própria experiência
intelectual e científica, construída com dedicação e trabalho
sistemático. Cabe a ele também elaborar e desenvolver o raciocínio que
demonstrará na estrutura lógica e redacional de seu texto. São estes
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
resultados que ele irá discutindo com seu orientador, na sua totalidade
ou em partes, pela análise de capítulo por capítulo.
É exatamente no momento em que o orientando apresenta o seu projeto,
ainda que em forma inicial, que a contribuição do orientador começa a se
realizar na medida em que discute com o orientando a consistência e a
viabilidade do projeto, sugerindo eventuais direcionamentos novos, novas
leituras, novos campos bibliográficos, que poderão ampliar os horizontes
do trabalho. O orientando explorará, testando as sugestões,
reorganizando o projeto, retomando à discussão num momento seguinte.
Conquistadas conjuntamente as etapas, o trabalho de pesquisa, reflexão e
redação continuará. E durante todo o seu curso, o orientador estará
então chamando a atenção para a exigência de coerência que o trabalho
deve ter: se ele está alcançando os objetivos propostos; estará
criticando também a presença de generalidades vagas e retóricas no
texto, a imprecisão e ambigüidade dos conceitos que precisam ser
devidamente definidos e explicitados.
156
3. O PROJETO DE PESQUISA
A realização das várias etapas de um trabalho monográfico pressupõe,
naturalmente, certo amadurecimento. Esse amadurecimento é fruto de uma
experiência de vida intelectual, de vida científica, construída quer
mediante a realização de estudos, quer através de participação em
pesquisas. Portanto, ao se propor a realização de um trabalho
monográfico, seja ele didático ou científico, é necessário se inserir
antes num “universo familiar de problemas”, para que se possa então
determinar um tema, definir um problema específico etc. Fica claro,
então, que leituras, cursos, participação em seminários e em outras
atividades são condições e contextos para a formação do universo de
problematização.
Posteriormente, voltar-se-á à exigência, como já foi adiantado, de se
levantar uma bibliografia especializada, mas mesmo para isso é preciso
estar de posse de algumas diretrizes norteadoras, ou seja, ter em mente
o que se pretende fazer, pelo menos em suas grandes linhas. O curso de
pós-graduação, enquanto comporta ainda escolaridade, tem o ob etivo de
criar esse contexto, fornecendo instrumentos, levantando dúvidas que
façam germinar esses problemas que serão posteriormente pesquisados e
cujo tratamento se transformará na dissertação ou na tese.
As considerações até aqui feitas sobre as condições para a adequação
e eficiência do processo de orientação suscitam a questão do papel dos
cursos de pós-graduação. Na realidade, constata-se um grande abismo
entre o momento vivido pelos pós-graduandos enquanto cursam as
disciplinas do regime curricular dos programas e o momento seguinte em
que deveriam dar andamento a sua pesquisa com a ajuda do seu orientador.
A falta de pontes entre estes dois momentos é a explicação das
dificuldades que grande número de pós-graduandos encontram para
desencadear suas pesquisas e da elevada taxa de evasão daqueles que,
embora terminando os créditos, abandonam o programa e desistem da
dissertação.
Era de se esperar que a estrutura acadêmica e curricular dos cursos
de pós-graduação fornecesse um instrumental teórico e metodológico que
propiciasse ao aluno condições de uma adequada escolha do problema de
sua pesquisa, de acordo com seus interesses,
———— 12. Cf. p. 76 ss.
157
encaminhando-o ao levantamento preliminar de fontes e dados necessários
à pesquisa, para testar sua viabilidade. Inclusive deveria orientar o
aluno para o levantamento bibliográfico, predispondo-o e habilitando-o
ao diálogo com os autores que trataram do assunto.
Não se trata – não basta – de fornecer um certo domínio de técnicas
de pesquisa: é preciso toda uma imersão num universo teórico e
conceitual, onde se encontram necessariamente as coordenadas
epistemológicas e antropológicas de toda discussão relevante e crítica
que hoje qualquer área científica possa desenvolver. Espera-se, pois, do
conteúdo programático uma proposta provocadora de
reflexão e de pesquisa, mediante um processo contínuo de
problematização das temáticas, em interação permanente com os textos
significativos de outros pensadores.
A pós-graduação, mais que um conjunto de cursos, deveria
constituir-se num espaço onde se desdobrasse um constante debate de
idéias, de troca de conhecimentos, de reflexão, de estudo, de leitura e
de discussão. Não só nas salas de aula mas também em grupos informais
interessados em temas afins, em reuhiões extracurriculares, em encontros
culturais e científicos, em defesas de tese etc.
Mas estas observações têm o seu reverso. Não há estrutura acadêmica
que possa garantir a eficiência do processo, se os próprios
pós-graduandos não o assumirem com uma postura crítica e comprometida
decorrente de uma opçao prévia, de dimensão político-existencial,
cientes de sua responsabilidade social. A integração, participação e
atuação no processo de produção científica, como já se disse, só se
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
viabilizam e se justificam se se vincularem ao projeto político e ao
projeto existencial do pós-graduando pesquisador. Estes projetos
implicam necessariamente um irredutível compromisso com a seriedade
científica, com o trabalho dedicado e persistente, com o estudo
sistemático, com o enfrentamento, de todas as dificuldades estruturais e
conjunturais, com a busca incessante de informações, deixando-se de lado
todas as motivações alheias ao significado profundo que educação e
ciência têm numa sociedade tão pobre e carente como a brasileira. Os
problemas e fracassos da pós-graduação brasileira não decorrem apenas de
suas limitações estruturais mas também de limitações da opção
político-existencial dos pós-graduandos nem sempre crítica e
competentemente comprometida com um projeto de transformação da
sociedade e de superação das suas carências.
158
Do que já se disse sobre o sentido político da pesquisa conclui-se
claramente que a escolha e a delimitação de um tema de pesquisa
pressupõem sua relevância não só acadêmica mas sobretudo social. Na
sociedade brasileira, marcada por tantas e tão graves contradições, a
questão da relevância social dos temas de pesquisa assume então um
caráter de extrema gravidade. É neste contexto da pós-graduação que se
coloca a questão da elaboração do projeto de pesquisa. Essa elaboração
exige, tendo-o como premissa, um universo epistemológico e político.
Mas, de um ponto de vista prático e científico, embora logicamente
implícito no próprio desenvolvimento do trabalho, o projeto deve ser
explicitado da perspectiva técnica, levando-se em conta certas
exigências acadêmicas postas pelas instituições para as quais são feitos
os trabalhos.
Um projeto bem elaborado desempenha várias funções:
1. Define e planeja para o próprio orientando o caminho a ser seguido
no desenvolvimento do trabalho de pesquisa e reflexão, explicitando as
etapas a serem alcançadas, os instrumentos e estratégias a serem usados.
Este planejamento possibilitará ao pós-graduando/pesquisador impor-se
uma disciplina de trabalho não só na ordem dos procedimentos lógicos mas
também em termos de organização do tempo, de seqüência de roteiros e
cumprimentos de prazos.
2. Atende às exigências didáticas dos professores, tendo em vista a
discussão dos projetos de pesquisa em seminários, freqüentes sobretudo
em cursos de doutorado. Cada pesquisador submete sua proposta à
apreciação dos colegas, com os quais a discute.
3. Permite aos orientadores que aquilatem melhor o sentido geral do
trabalho de pesquisa e seu desenvolvimento futuro, podendo discutir
desde o início, com o orientando, suas possibilidades, perspectivas e
eventuais desvios.
4. Subsidia a discussão e a avaliação pela banca examinadora das
possibilidades do pós-graduando com vistas à elaboração de sua
dissertação ou tese por ocasião do exame de qualificação.
5. Serve de base para solicitação de bolsa de estudos ou de
financiamento junto a agências de apoio à pesquisa e à pós-graduação.
159
6. Serve de base para a coordenação de programas de pós- graduação
decidir quanto à aceitação das matrículas de candidatos, sobretudo aos
cursos de doutoramento.
O projeto de pesquisa deverá conter vários elementos, que comporão o
seguinte roteiro:
Título do projeto
Delimitação do tema e do problema
Apresentação das hipóteses
Explicitação do quadro teórico
Indicação dos procedimentos metodológicos e técnicos
Cronograma de desenvolvimento
Referências bibliográficas básicas
3.1. Quanto ao Título do Projeto
Trata-se de indicar, mediante um título, o assunto do trabalho. É uma
nomeação do tema da pesquisa. Pode-se distinguir entre o título geral e
um título técnico, este geralmente aparecendo como um subtítulo que
especifica a temática abordada, ao passo que o título geral indica mais
genericamente o teor do trabalho.
3.2. Determinação,e Delimitação do Tema e do Problema da Pesquisa
Trata-se do momento fundamental do projeto de pesquisa. Com efeito, é o
momento de se caracterizar de maneira mais desdobrada o conteúdo da
problemática que vai se pesquisar e estudar.
Como já se viu anteriormente,13 o tema da pesquisa deve ser
problematizado. Antes de se partir para a pesquisa propriamente dita, é
preciso ter-se uma idéia bem clara do problema a se resolver. Trata-se
de definir bem os vários aspectos da dificuldade, de mostrar o seu
caráter de aparente contradição, esclarecendo devidamente os limites
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
dentro dos quais se desenvolverão a pesquisa e o raciocínio
demonstrativo.
———- 13. Cf. p. 74-6 p. 183
160
Esta etapa do projeto pode-se iniciar com uma apresentação em que se
coloca inicialmente a genese do problema, ou seja, como o autor chegou a
ele, explicitando-se os motivos mais relevantes que levaram à abordagem
do assunto; em seguida, pode ser feita uma contraposição aos trabalhos
que já versaram sobre o mesmo problema, elaborando-se uma espécie de
estado da questão, inclusive mediante rápida referência à literatura
relativa ao tema com base num balanço crítico da bibliografia, já feito
nos estudos preparatórios. Passa-se então à etapa fundamental da
colocação própria do problema pelo autor, como se esclareceu logo acima.
Esclarecido o tema e delimitado o problema, o autor deve apresentar as
justificativas, não apenas mas sobretudo aquelas baseadas na relevância
social e científica da pesquisa proposta. A seguir, o autor expõe os
objetivos que o trabalho visa atingir relacionados com a contribuição
que pretende trazer. Após isto, pode explicitar suas hipóteses.
3.3. A Fórmulação das Hipóteses
Colocando o problema, em toda sua amplitude, o autor deve enunciar suas
hipóteses: a tese propriamente dita, ou hipótese geral, é a idéia
central que o trabalho se propõe demonstrar. Toda monografia científica,
de caráter dissertativo, terá sempre a forma lógica de demonstração de
uma tese proposta hipoteticamente para solucionar um problema. As
hipóteses particulares são idéias cuja demonstração permite alcançar as
várias etapas que se deve atingir para a construção total do raciocínio.
14 Obviamente, esta formulação de hipóteses leva em conta o quadro
teórico em que se funda o raciocínio. É preciso não confundir hipótese
com pressuposto, com evidência prévia. Hipótese é o que se pretende
demonstrar e não o que já se tem demonstrado evidente, desde o ponto de
partida. Muitas vezes, ocorre esta confusão, ao se tomar como hipóteses
proposições já evidentes no âmbito do referencial teórico ou da
metodologia adotados. E, nestes casos, não há mais nada a demonstrar, e
não se chegará a nenhuma conquista e o conhecimento não avança.
———— 14. Cf. p. 74-6 e p. 183
161
3.4. Explicitação do Quadro Teórico
O quadro teórico constitui o universo de princípios, categorias e
conceitos, formando sistematicamente um conjunto logicamente coerente,
dentro do qual o trabalho do pesquisador se fundamenta e se desenvolve.
Tenha-se contudo bem presente que ele serve antes como diretriz e
orientação de caminhos de reflexão do que propriamente de modelo ou de
forma, uma vez que o pensamento criativo não pode escravizar-se mecânica
e formalmente a ele. É importante frisar que este quadro teórico precisa
ser consistente e coerente, ou seja, ele deve ser compatível com o
tratamento do problema e com o raciocínio desenvolvido e ter
organicidade, formando uma unidade lógica. Não se pode agregar, num
único quadro, elementos teóricos incompatíveis entre si, ainda quando
modelos diferentes pudessem ser mais úteis para a solução de diferentes
processamentos de raciocínio ou de diferentes aspectos do problema.
Fusões artificiais de modelos teóricos incoerentes levam necessariamente
ao sincretismo lógico-filosófico, de pouca validade para o trabalho
científico.
3.5. Indicação dos Procedimentos Metodológicos e Técnicos
Nesta fase do projeto, bem caracterizada a natureza do problema, o autor
deve anunciar o tipo de pesquisa que desenvolverá. Trata-se de
explicitar aqui se se trata de pesquisa empírica, com trabalho de campo
ou de laboratório, de pesquisa teórica ou de pesquisa histórica ou se de
um trabalho que combinará, e até que ponto, as várias formas de
pesquisa. Diretamente relacionados com o tipo de pesquisa serão os
métodos e técnicas a serem adotados. Entende-se por métodos os
procedimentos mais amplos de raciocínio, enquanto técnicas são
procedimentos mais restritos que operacionalizam os métodos, mediante
emprego de instrumentos adequados.
3.6. Estabelecimento do Cronograma de Pesquisa
Assim, os vários momentos e etapas do desenvolvimento da pesquisa devem
ser distribuídos no tempo. O que se materializa
162
mediante a elaboração de um cronograma, ou seja, a distribuição das
tarefas nos períodos do calendário. undamenta
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
3.7. Indicação da Bibliografia
Esta é a bibliografia básica, constituída daqueles textos fundamentais
em que se aborda a problemática em questão. Geralmente, esta
bibliografia já foi até abordada para a elaboração do próprio projeto:
leituras que ajudaram à familiarização com o tema e ao amadurecimento do
problema. Naturalmente, ela será ennquecida depois, no decorrer do
próprio desenvolvimento da pesquisa: donde se vê que a bibliografia do
projeto não é ainda tão completa como a que constará do trabalho, à qual
se acrescentarão novos elementos descobertos e explorados durante a
própria pesquisa. Este item pode ser desdobrado em duas partes,
constando da primeira a bibliografia consultada e, da segunda, aquela
bibliografia que, embora ainda não tenha sido explorada com vistas à
elaboração do projeto, refere-se à sua temática, sugerindo possível
contribuição para o desenvolvimento do trabalho.
Observações:
1. O projeto, em seus vários pontos, pode ser alterado no decorrer da
pesquisa. Isto é normal e até positivo, uma vez que revela eventuais
descobertas de dados novos e aprofundamento das idéias pelo autor.
2. Também os itens deste roteiro podem ser reduzidos, ampliados ou
estruturados em outra ordem, de acordo com a natureza da pesquisa a ser
desenvolvida. A estruturação é flexível e seus elementos devem ser
distribuídos de conformidade com as exigências lógicas da própria
pesquisa.
3. Por outro lado, projeto de pesquisa não deve ser confundido com
plano de trabalho, de que já se falou às p. 78 ss. Apesar do caráter de
provisoriedade de ambos, neste último caso trata-se da própria estrutura
lógica da monografia, dividindo esquematicamente, como um sumário, os
vários momentos do discurso, do ponto de vista de seu conteúdo.
4. Resta lembrar ainda a distinção entre o projeto e o próprio
trabalho – dissertação ou tese. No projeto, o pesquisador deve
163
ter muito claro o caminho a ser percorrido, as etapas a serem vencidas,
os instrumentos e as estratégias a serem utilizadas’ É para isto que, em
última análise, ele é feito, esta é a sua finalidade intrínseca. Mas não
é o projeto que vai ser publicado e sim a dissertação ou a tese. E aí o
que está em jogo é o resultado do trabalho desenvolvido de acordo com o
projeto. Distinguem-se, pois, um do outro, plano de pesquisa e plano de
exposição. Assim, nem sempre é necessário escrever um capítulo para
explicar qual é o quadro teórico: o importante é basear-se nesse quadro
teórico de maneira coerente. O leitor dar-se-á conta em qual quadro
teórico o autor se apoiou.
4. OBSERVAÇÕES TÉCNICAS ESPECÍFICAS
As monografias científicas a serem desenvolvidas nos cursos de
pós-graduação, seja a dissertação de mestrado, seja a tese de
doutoramento ou demais trabalhos de alto nível, seguem as normas
metodológicas gerais que foram apresentadas para o trabalho científico,
no capítulo V. Assim, por exemplo, a técnica bibliográfica a ser seguida
é a mesma, mas sempre com maior exigência de rigor e completude. A
bibliografia deve ser mais rica e mais bem explorada. Todavia, algumas
características técnicas são específicas desses trabalhos e é importante
realçá-las, uma vez que, também no que diz respeito à forma, se cobra
sempre maior rigor e precisão na sua apresentação. Quanto à apresentação
geral do trabalho, a monografía científica que se elabora como
dissertação ou tese contém as seguintes partes:
Capa
Página de rosto
Página de dedicatória
Página de aprovação
Sumário
Lista de tabelas e/ou figuras
Resumo
Corpo do trabalho com:
164
– Introdução
– Desenvolvimento
– Conclusão
o Apêndices
o Anexos
o, Bibliografia
Página de créditos do autor
Capa São mantidas as partes principais dos trabalhos científicos em
geral, sendo específicas a estas monografias acadêmicas, em
contraposição aos trabalhos didáticos comuns, as seguintes partes, a
página de dedicatória, a página de aprovação e o resumo. Quase todas as
dissertações e teses contêm tabelas e quadros, às vezes figuras, e na
maioria dos casos contêm igualmente apêndices e anexos.
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
A capa inicial das teses de dissertações traz a indicação da natureza
do trabalho, de seu objetivo acadêmico, da instituição a que está sendo
apresentada e do nome do orientador. Do ponto de vista material, as
capas são de cartolina diferente do papel usado para o resto do
trabalho. No alto, o nome do autor, no centro, o título do trabalho,
mais abaixo, à direita, a explanação da natureza do trabalho e, embaixo,
a instituição, a cidade e a data.” A página de rosto retoma os dados da
capa inicial; caso esta já tenha especificado a natureza do trabalho,
faz-se desnecessário repeti-Ia nessa página.
As páginas de dedicatória aparecem em teses acadêmicas de mestrado,
de doutoramento, de livre-docência e em trabalhos a serem publicados,
desde que se queira prestar alguma homenagem ou manifestar algum
agradecimento a outra pessoa. Nas teses de mestrado e de doutoramento é
praxe agradecer pelo menos ao orientador. Evitam-se exageros na
manifestação de homenagens e agradecimentos.
A página de aprovação aparece nas teses acadêmicas: é preciso prever
espaço com tantas linhas quantos forem os membros da
———- 15. Cf. n-todelo à página seguinte.
165
Comissão julgadora” que assinarão alguns exemplares da tese.
Na parte inferior da página: Em geral, dada a natureza dessas
monografias, elas contêm quadros, tabelas, apêndices e anexos. Todos
esses elementos constam do sumário sob forma de listas, e ainda são
organizadas em sumários especiais: lista de tabelas, lista de figUraS.17
Apêndices e anexos só se acrescentam quando exigidos pela natureza do
trabalho; os apêndices geralmente constituem desenvolvimentos autônomos
elaborados pelo próprio autor, para complementar o raciocínio, sem
prejudicar a unidade do núcleo do trabalho; já os anexos são documentos,
nem sempre do autor, que servem de complemento ao trabalho e fundamentam
sua pesquisa e outros instrumentos de trabalho usados na pesquisa, como
os questionários.
Quanto aos índices especiais, convém observar que não há necessidade
de elaborá-los para os trabalhos acadêmicos em geral, sendo, contudo, de
extrema importância nos trabalhos científicos publicados, pois facilitam
bastante a pesquisa.
O índice de assuntos tem por objetivo facilitar a localização no
texto dos temas principais tratados pelo trabalho; os temas vêm em ordem
alfabética; o mesmo se dá com o índice de autores que classifica os
nomes dos autores citados no decorrer do trabalho, tanto no corpo do
texto, como nas notas de rodapé e na bibliografia.
Observações semelhantes devem ser feitas no que se refere ao
prefácio, a respeito do qual cumpre ressaltar preliminarmente: não deve
aparecer nos trabalhos didáticos nem é necessário nos
—— 16. São três examinadores nas defesas de dissertação de
mestrado e cinco nas defesas de tese de doutorado e de livre-docência.
17. Cf. p. 169.
166 MIRIAN JORGE WARDE OS CONDICIONANTES SO, OPOSIÇÃO
ENTRE
TEORIA, NA EDUCAÇÃO BRASI] A POLITICA DE PROFISSIOP DO ENSINO DE
20 Gi ~
Dissertação apresentada como exigência parcial para obtenção do grau de
Mestre em Educação (Filosofia da Educação) à Comissão Julgadora da
Universidade Católica de São Paulo, sob a orientação do Prof. Dr.
Dermeval Saviani. ~ Pontifícia Universidade Católica São Paulo – 1976
Modelo de página de rosto e de capa
167 Modelo de sumário SUMÁRIO INTRODUÇÃO
…………………………………………… 01 1 – O PENSAMENTO
EDUCACIONAL DE LUBIENSKA ……………. 07 1. Visão de Homem
……………………………………….. 07 1.1 A atividade
………………………………………… 07 1,2 A consciência
……………………………………….. 14 1.3 A relação
corpo-alma-espírito ………………………….. 19 1.4 A concepção
religiosa de homem ………………………. 24 2. Postulados
pedagógicos ………………………………….. 32 2.1 Objetivos
da educação ……………………………….. 35 2.2 O mestre e o
discípulo ……………………………….. 46 2.3 O ambiente
…………………………………………. 55 2.4 A instituição
escolar …………………………………. 63 2.5 Concepção
didática ………………………………….. 67 2.5.1 Educação
religiosa ………………………………. 70 2.5.2 Educação
corporal ………………………………. 71 2.5.3 Educação
intelectual ……………………………… 73 2.5.4 Educação
volitiva ……….. . …………………….. 75 11 – INFLUÊNCIA DE
LUBIENSKA NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA …… 80 1. Clima educacional
brasileiro por volta de 1950 ………………. 82 2. O método
Montessori no Brasil …………………………… 86 2.1 Difusão do
pensamento rnontessoriano ………………….. 86 2.2 As
semanas-pedagógicas ……………………………… 88 2.3 As
classes experimentais ……………………………… 94 2.3.1
Funcionamento e organização das classes experimentais .. 97 2.3.2
Resultado da experiência …………………………. 102 2.3.3 As
classes infantis ………………………………. 105 2.4 O
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
Instituto Pedagógico Montessori-Lubienska …………….. 109 111 –
LUBIENSKA E MONTESSORI ………………………………. 112 1.
Visão antropológica ……………………………………… 112 2.
Educação religiosa ………………………………………. 122 3.
Normalização …………………………………………… 126 Da
dissertação de mestrado de Cersofina Antônia de AVELAR. O pensamento
educacional de Lubienska e sua influência na educação brasileira. São
Paulo, PUC-SP. 1977, p. 161.
168 LISTA DE TABELAS TABELAS (CAP. 11): PÁGS. 1 – História da
Educação Brasileira: estudos realizados, 1812-1973 (Classifi- cação
Geral) ……………………………………………… 12 11 –
História da Educação Brasileira: estudos realizados, 1812-1973
(Classifí- cação Metodológica)
……………………………………….. 12 TABELAS (CAP. IV): 1
– Números de escolas segundo a dependência administrativa ……… 38
11 – Discriminação das despesas dos poderes públicos pelos serviços de
educação ………………………………………………… 40
111 – Receita e despesa efetuada pela União (distribuição percentual)
….. 41 IV – Distribuição percentual das despesas da União
……………….. 42 V – Despesas fixadas pelos Estados
…………………………….. 43 VI – Despesas municipais totais e
com a educação ………………… 44 VII – Número total das unidades
escolares de todo o país ………….. 45 VIII – Crescimento real da
rede escolar …………………………… 45 IX – Matrícula em
todas as escolas do país ………………………. 46 X – Crescimento
da população total do país e da matrícula geral …… 46 XI – Matrícula
geral segundo os graus de ensino ………………….. 47 XII –
Unidades escolares segundo os graus de ensino ………………. 47
Modelo de lista de tabelas LISTA DE TABELAS TABELAS (CAP. 11): PÁGS. 1 –
História da Educação Brasileira: estudos realizados, 1812-1973
(Classifi- caçao Geral)
……………………………………………… 12 11 -História
da Educação Brasileira: estudos realizados, 1812-1973 (Classifí- caçao
Metodológica) ……………………………………….. 12 TABELAS
(CAP. IV): 1 – Números de escolas segundo a dependência administrativa
……… 38 11 – Discriminação das despesas dos poderes públicos pelos
serviços de educação
………………………………………………… 40 111 –
Receita e despesa efetuada pela União (distribuição percentual) ….. 41
IV – Distribuição percentual das despesas da União ………………..
42 V – Despesas fixadas pelos Estados
…………………………….. 43 VI – Despesas municipais totais e
com a educação ………………… 44 VII – Número total das unidades
escolares de todo o país ………….. 45 VIII – Crescimento real da
rede escolar …………………………… 45 IX – Matrícula em
todas as escolas do país …………… 1 …………. 46 x –
Crescimento da população total do país e da matrícula geral …… 46 XI
– Matrícula geral segundo os graus de ensino ………………….. 47
XII – Unidades escolares segundo os graus de ensino ……………….
47 Tese de Mestrado de Maria Luisa Santos RIBEIRO. O método diabético na
investigação hwórica da educação brasileira. São Paulo, PUC-SP, 1975, p,
S. to
169
Modelo de bibliografia FUNDAÇÃO CETÚLIO VARCAS. A crise do ensino:
coletânea de artigos da revista El Correo de Ia UNESCO, de abril de 1969
e janeiro de 1970. Rio de janeiro, 1971. 96 p. FURTER, Pierre. Educação
permanente e desenvolvimento cultural. Petrópolis, Vozes. 1974. 222 p.
-. A formação do homem inacabado – ensaio de andragogia. Revista
Brasileira de Estudos Pedagógicos, Rio de janeiro, INEP, 60 (134):
129-39 abr./jun. 1974. CADOTTI, Moacir. Léducation contre 1’éducation;
L’oubli de 1’éducation au travers de I’Education Permanente. Tese de
doutoraniento. Université de Génève, Faculté de Psychologie et des
Seiences de I’Education, 1977. 211 p. – Acompanha anexo: Éducation
Pern-tanente: présentation, choix de textes, bibhographie. 63 p. CARCIA,
Pedro Benjamin (org.). Educação hoje. Rio de Janeiro, Eldorado S.d. 182
P. CILBERT, Roger. As idéias atuais em pedagogia. Santos, Martins
Fontes, 1974. 275 p. GOOD~, Paul. La contre éducation obligatoire.
Paris, Fleures, 1973. 191 p. HOZ, Vitor Carcia. A educação hoje como
processo de personalização. Lisboa, Fundação Calouste-Culbenkian. 1967.
107 p. HUBERMAN, A. M. ‘Como se realizam as mudanças em educação. São
Paulo, Cultrix. 1976. 121 p. ILLICH, Ivan. Como educar –@ern escolas?
Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de janeiro, INEP, 60
(134): 196-207, abr./jun. 1974. De Ia necéssíté de déscouriser Ia
société. Paris, UNESCO. 1971. 12 p. Une société sans école. 4. ed.
Paris. Seuil, 1971. 221 p. Apêndice. Extraído da dissertação de mestrado
de jefferson Ildefonso da SILVA. Os pressupostos antropológicos da
cidade educativa no Relatório Apprendre à Être. São Paulo, Pontifícia
Universidade Católica, 1978, p. 116. Editado na Coleção Educação
Universitária com o título Cidade Educatíva: um modelo de renovação da
educação. São Paulo, Cortez & Moraes, 1979. 128 p.
170 trabalhos de grau. Sua importância é grande nos textos que são
publicados, dados ao público. No que diz respeito ao conteúdo, o
prefácio (ou proêmio, exórdío, advertência, apresentação, isagoge), como
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
a introdução, contém observações preliminares a respeito do tra balho.
Mas, enquanto a introdução é essencialmente temática, trata do assunto
específico do trabalho, o prefácio trata do trabalho como que
extrinsecamente, considerando-o como uma obra completa,
independentemente de seu conteúdo. E como que uma apresentação ao
público leitor, em que o autor fala de suas intenções, de suas
dificuldades, de suas expectativas, do histórico da realização do
trabalho e pode ainda agradecer a seus colaboradores. Em trabalhos
acadêmicos, o prefácio é desnecessário.
O prefácio, sobretudo quando escrito por alguém que não seja o
próprio autor, pode ser usado para estabelecer um debate com o autor ou
para apresentar idéias que criem contexto teórico mais amplo para o
texto que se seguirá.
Quando houver um prefácio escrito por um especialista, o autor fará,
se quiser, breve apresentação de seu trabalho, do seu ponto de vista
próprio.
Quanto aos demais aspectos técnicos, os trabalhos de grau seguem as
normas gerais para a elaboração da monografia científica, expostas no
capítulo V.
Acrescente-se ainda que esses trabalhos devem vir acompanhados de um
resumo a ser elaborado de acordo com o que se estabelece no item 5.1, à
p. 173: a dissertação de mestrado com um resumo com cerca de 300
palavras; no caso da tese de doutorado o resumo terá cerca de 500
palavras. Tais resumos, além de serem escritos em português,
eventualmente podem ser também escritos em francês e em inglês. Uma
cópia desses resumos, com a respectiva identificação bibliográfica, deve
ser encadernada no começo do trabalho, logo após o sumário. Tais resumos
devem anunciar o objetivo do trabalho a contribuição que pretende dar
assim como fornecer uma síntese dos resultados obtidos.
Nas universidades, costuma-se distribuir aos assistentes das defesas
públicas das teses separatas com esses resumos, para que possam
acompanhar as argüições.
O número de exemplares da dissertação e da tese varia de instituição
para instituição. Cada uma define esse número em seu Regimento, devendo
o pós-graduando se informar das exigências específicas de seu Programa.
171
Quanto à apresentação gráfica, levando-se em conta o seu possível uso
pelas bibliotecas, sugere-se que as dissertações e teses sejam
encadernadas em forma de brochura, num tamanho-padrão de 21,5 x 29,5 cm.
Capas de cartolina branca são recomendadas.
É de grande utilidade a impressão do título do trabalho na lombada da
brochura.
Impõe-se criar o hábito de se incluir nas dissertações e teses uma
pequena síntese da biografia de seu autor, contendo os dados mais
significativos de sua formação acadêmica, de suas atividades
profissionais e de sua produção bibliográfica, registrando assim os
créditos do autor, bem como o endereço para contato por parte de outros
pesquisadores.
Além da exigência puramente técnica de que todo trabalho impresso
devesse trazer os créditos pessoais de seu autor, a presença dessas
informações é de grande relevância, não só para o conhecimento do autor
do trabalho, mas sobretudo no sentido de facilitar eventuais contatos e
intercâmbios por parte de outros pesquisadores que estarão investigando
temáticas afins. Aliás, cabe aqui uma crítica e uma cobrança a algumas
editoras nacionais que publicam livros, às vezes, sem uma mínima
referência à pessoa do autor. Essa notícia sobre o autor deveria se
constituir, sobretudo para o leitor que com ele está tomando um primeiro
contato, uma importante via de acesso para a contextuação e apreensão de
seu pensamento.
A tradição dos programas de pós-graduação parece não ter consagrado
essa prática. No entanto, ela precisa ser instaurada, tanto mais que,
quase sempre, dissertações e teses são as primeiras publicações dos
pós-graduandos, autores ainda não conhecidos fora de seu ambiente de
trabalho e que, portanto, precisam ser divulgados. As dissertações e
teses acabam alcançando um círculo mais amplo de leitores pesquisadores
eventualmente interessados em estabelecer contatos com seus autores.
Dadas as condições geográficas do país e a localização dos pólos de
pós-graduação em poucos centros urbanos, ocorre uma grande dispersão
desses autores.
Sugere-se, então, que na última página da dissertação ou da tese seja
incluída essa síntese biobibliográfica do autor, da qual conste
igualmente um endereço para contatos. É bem verdade que a divulgação das
teses é um problema muito mais complexo, mas a prática sugerida já é uma
contribuição com vistas a sua superação.
172
5. OUTRAS EXIGÊNCIAS ACADÊMICAS
O pós-graduando se defrontará ainda, vez por outra, com algumas outras
exigências acadêmicas que, embora tradicionais, nem sempre freqüentam
seu cotidiano: é o caso dos Resumos Técnicos, dos Relatórios de pesquisa
e do Memorial, de cuja preparação se falará um pouco, visando subsidiar
aqueles que venham a ter que elaborá-los.
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
5.1. Resumos Técnicos de Trabalhos Científicos
O Resumo em questão consiste na apresentação concisa do conteúdo de um
trabalho de cunho científico (livro, artigo, dissertação, tese etc.) e
tem a finalidade específica de passar ao leitor uma idéia completa do
teor do documento analisado, fornecendo, além dos dados bibliográficos
do documento, todas as informações necessárias para que o
leitor/pesquisador possa fazer uma primeira avaliação do texto analisado
e dar-se conta de suas eventuais contribuições, justificando a consulta
do texto integral.
O que deve conter o Resumo? Atendo-se à idéia central do trabalho, o
Resumo deve começar informando qual a natureza do trabalho, indicar o
objeto tratado, os objetivos visados, as referências teóricas de apoio,
os procedimentos metodológicos adotados e as conclusões/resultados a que
se chegou no texto. Responde assim às questões: De que natureza é o
trabalho analisado (pesquisa empírica, pesquisa teórica, levantamento
documental, pesquisa histórica etc.)? Qual o objeto pesquisado/estudado?
O que se pretendeu demonstrar ou constatar? Em que referências teóricas
se apoiou o desenvolvimento do raciocínio? Mediante quais procedimentos
metodológicos e técnico-operacionais se procedeu? Quais os resultados
conseguidos em termos de atingimento dos objetivos propostos?
Qual o perfil do Resumo? O texto do Resumo deve ser composto de um
único parágrafo, com uma extensão entre 200 e 250 palavras, ou seja, de
1400 a 1700 caracteres, computando-se todos os seus elementos.
Limitando-se a expor objetivamente o conteúdo do texto, não deve conter
opiniões ou observações avaliativas, nem conter desdobramentos
explicativos. Inicia-se com a referenciação bibliográfica do documento e
se encerra com a indicação dos cinco unitermos temáticos mais
significativos do texto. A formatação do texto (indicação da fonte, do
tipo de letra, seu tamanho, espaço interlinear, margens etc.) fica a
critério dos
173
organizadores e na dependência do tipo de publicação em que os Resumos
serão divulgados.
5.2. Os Relatórios Técnicos de Pesquisa
Muitas vezes, no decorrer de sua vida acadêmica, o pesquisador é instado
a apresentar Relatório de andamento ou de conclusão da pesquisa que vem
fazendo ou que então está concluindo. Trata-se comumente de exigência
institucional, oriunda, seja de agências de fomento – no caso de bolsas
ou de financiamento de projetos -, seja de órgãos da própria instituição
a que o pesquisador é vinculado. Pode ser solicitado também em função de
exames de qualificação, no caso de alunos de cursos de pós-graduação.
Os Relatórios de pesquisa, assim como os Relatórios de outras
atividades, não devem ser confundidos com o Memorial. O Relatório, além
de se referir a um projeto ou a um período em particular, visa pura e
simplesmente historiar seu desenvolvimento, muito mais no sentido de
apresentar os caminhos percorridos, de descrever as atividades
realizadas e de apreciar os resultados – parciais ou finais – obtidos.
Obviamente deve sintetizar suas conclusões e os resultados até então
conseguidos, sem, no entanto, a necessidade de conter análises e
reflexões mais desenvolvidas, como e o caso no Memorial.
O Relatório pode se iniciar com uma retomada dos objetivos do próprio
projeto, passando, em seguida, à descrição das atividades realizadas e
dos resultados obtidos. Se couber, como no caso dos Relatórios de
andamento, deve ser encerrado com a programação das próximas etapas da
continuidade da pesquisa. E não basta dizer que a pesquisa terá
prosseguimento, é preciso detalhar e discriminar as várias atividades
distribuídas nas várias etapas desse prosseguimento.
Cópias dos produtos parciais – como transcriçoes de entrevistas,
capítulos já elaborados, dados registrados e tabulados – podem ser
anexadas ao Relatório, no qual devem ter sido sintetizados, não sendo,
pois, necessário que tais produtos integrem o texto do Relatório em si.
5.3. O Memorial
O Memorial tem importante utilidade na vida acadêmica, tanto em termos
de uso institucional para fins de concursos
174
de ingresso e promoção na carreira universitária, de exames de seleção
ou de qualificação em cursos de pós-graduação, de concursos de
livre-docência – como em termos de retomada e avaliação da trajetória
pessoal no âmbito acadêmico-profissional.
O Memorial é uma retomada articulada e intencionalizada dos dados do
Curriculum Vitae do estudioso, no qual sua trajetória
acadêmico-profissional fora montada e documentada, com base em
informações objetiva e laconicamente elencadas. É claro que tal registro
é também muito importante e suficiente para multas finalidades de sua
vida profissional. Mas o Memorial é muito mais relevante quando se trata
de se ter uma percepção mais qualitativa do significado dessa vida, não
só por terceiros, responsáveis por alguma avaliação e escolha, mas
sobretudo pelo próprio autor. Com efeito, o Memorial tem uma finalidade
intrínseca que é a de inserir o projeto de trabalho que o motivou no
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
projeto pessoal mais amplo do estudioso. Objetiva assim explicitar a
intencionalidade que perpassa e norteia esses projetos. Por exemplo,
quando é o caso de se preparar um Memorial para um exame de
qualificação, é o momento apropriado para se explicitar e se justificar
o significado da pesquisa que está culminando na dissertação ou tese, e
que tem a ver com um determinado resultado que está sendo construido em
função de uma proposta mais ampla que envolve todo o investimento que o
estudioso vem fazendo, no contexto de seu projeto existencial de vida e
de trabalho científico e educacional.
O Memorial constitui, pois, uma autobiografia, configurando-se como
uma narrativa simultaneamente histórica e reflexiva. Deve então ser
composto sob a forma de um relato histórico, analítico e crítico, que dê
conta dos fatos e acontecimentos que constituíram a trajetória
acadêmico-profissional de seu autor, de tal modo que o leitor possa ter
uma informação completa e precisa do itinerário percorrido. Deve dar
conta também de uma avaliação de cada etapa, expressando o que cada
momento significou, as contribuições ou perdas que representou. O autor
deve fazer um esforço para situar esses fatos e acontecimentos no
contexto histórico-cultural mais amplo em que se inscrevem, já que eles
não ocorreram dessa ou daquela maneira só em função de sua vontade ou de
sua onussao “mas também em função das determinações entrecruzadas de
muitas outras variáveis. A história particular de cada um de ntretece
numa história mais envolvente da nossa coletividade.
175
É assim que é importante ressaltar as fontes e as marcas das
influências sofridas, das trocas realizadas com outras pessoas ou com as
situações culturais. É importante também frisar, por outro lado, os
próprios posicionamentos, teóricos ou práticos, que foram sendo
assumidos a cada momento. Deste ponto de vista, o Memorial deve
expressar a evolução, qualquer que tenha sido ela, que caracteriza a
história particular do autor.
O Memorial deve cobrir a fase de formação do autor, sintetizando
aqueles momentos menos marcantes e desenvolvendo aqueles mais
significativos; depois deve destacar os investimentos e experiências no
âmbito da atividade profissional, avaliando sua repercussão no
direcionamento da própria vida; o amadurecimento intelectual pode ser
acompanhado relacionando-o com a produção científica, o que pode ser
feito mediante a situação de cada trabalho produzido numa determinada
etapa desse esforço de apreensão ou de construção do conhecimento e
mediante sua avaliação enquanto tentativa de compreensão e de explicação
de uma determinada temática.
O Memorial se encerra, então, indicando os rumos que se pretende
assumir ou que se está assumindo no momento atual, tendo como fundo a
história pré-relatada. Quando elaborado para um exame de qualificação,
trata-se de situar o projeto de dissertação ou tese enquanto meta atual
e a curto prazo, articulando-o com os investimentos até então feitos e
com aqueles que ele oportunizará para o futuro imediato.
Enquanto texto narrativo e interpretativo, recomenda-se que o
Memorial inclua em sua estrutura redacional subdivisões com
tópicos/títulos que destaquem os momentos mais significativos. No
mínimo, aqueles mais gerais, como os momentos de formação, da atuação
profissional, da produção científica etc. Melhor ficaria, no entanto, se
esta divisão já traduzisse uma significação temática que realçasse a
especificidade daquele momento.
Resta dizer ainda que o Memorial não deve se transformar nem numa
peça de auto-elogio nem numa peça de autofiagelo: deve buscar retratar,
com a maior segurança possível, com fidelidade e tranqüilidade, a
trajetória real que foi seguida, que sempre é tecida de altos e baixos,
de conquistas e de perdas. Relatada com autenticidade e criticamente
assumida, nossa história de vida é nossa melhor referência.
176
6. ATIVIDADES CIENTÍFICAS EXTRA-ACADÊMICAS
A vida científica de professores e estudantes universitários não se
limita às atividades curriculares que se desenvolvem no interior das
faculdades. Muitos eventos acontecem em outros contextos culturais e
institucionais, em que estudiosos e pesquisadores, independentemente de
sua origem acadêmica, apresentam e discutem teses de suas áreas,
promovendo assim a divulgação e o debate de suas idéias.
Tem-se assim os Congressos, as Conferências, os Encontros, as
Reuniões, os Seminários, os Simpósios, as jornadas etc. Todos estes
eventos são entendidos como reuniões extraordinárias, congregando
pessoas interessadas em algum campo temático das diversas áreas de
conhecimento e da cultura, que se dispõem a discutir temas específicos,
de uma forma sistemática e durante um certo período de tempo.
Em nossos meios acadêmicos atuais, nem sempre se distingue bem o
significado específico de cada tipo de evento e, na linguagem comum, os
termos são muitas vezes tomados uns pelos outros. No entanto, pode-se
identificar algumas características peculiares que deram origern à
designação, as quais, embora possam ter se perdido, indicam a idéia
geratriz do evento. As caracterizações que seguem pretendem apenas
delimitar um pouco os seus significados, levando-se em consideração as
práticas mais comuns em nosso meio.
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
No âmbito desses eventos, os trabalhos científicos dos participantes
são apresentados e debatidos sob diversas condições: de forma, de tempo,
de aprofundamento. Dentre esses eventos são mais comuns em nosso meio os
seguintes: congressos, conferências, palestras, simpósios,
mesas-redondas, painéis, seminários, cursos, comunicações etc. De modo
geral, em todas estas atividades abre-se um espaço de tempo para que os
participantes/assistentes possam também se manifestar entrando no
debate.
177
Assim, Congresso é uma reunião, um encontro para fins de discussão e
debate de idéias, promovido em geral por entidades e associações de
especialistas das várias áreas, interessados em acompanhar, disseminar e
debater as teses que expressam a evolução do conhecimento dessas áreas.
Como este tipo de debate parece ter-se desenvolvido antes no âmbito das
associações políticas, registra-se a marca inicial de que o congresso
era destinado apenas a delegados, especificamente indicados para dele
participarem, levando posições previamente discutidas e eventualmente
acertadas pelas entidades que se faziam representar. Hoje sua
significação já se estendeu, abrangendo qualquer evento, de certa
proporção, em que se debatem questões de interesse dos participantes.
Resta ainda a marca de que os congressos são organizados e promovidos
por entidades de classe ou então por associações científicas.
já a Conferência, enquanto evento geral, se aproxima muito do
significado do congresso. No entanto, a conferência conota uma abordagem
mais ampla do que o congresso, não partindo de uma entidade em
particular, mas de todas as entidades de uma determinada área. A
Conferência tende a ser um evento promovido dentro de uma certa
periodicidade. Exemplo, a Conferência Brasileira de Educação, a CBE,
evento convocado por várias entidades de educadores e que, até 1991,
acontecia de dois em dois anos.
Mas conferência é termo usado, num sentido mais restrito e mais
conhecido, como sinônimo de palestra. Trata-se de uma palestra numa
perspectiva mais solene! Esta atividade tem caráter bem amplo e
geralmente se dá num contexto não informal. Trata-se da fala de um único
expositor, geralmente figura de destaque na área e no contexto
sociocultural. Nem sempre sua fala é seguida de debates, limitando-se à
exposição de suas idéias.
A Palestra é uma conferência feita em condições menos solenes,
inserida no contexto de um evento maior ou mesmo pronunciada
isoladamente. Também pronunciada por um único expositor, sua fala pode
ser seguida de debates com os ouvintes.
O Encontro designa um evento de menor porte que um Congresso e mais
abrangente do que uma simples reunião. Também se destina ao debate
aberto de temas predeterminados, sob diversas formas de sessão.
A Reunião, em princípio, deveria designar um evento mais restrito; no
entanto, às vezes é tomada como Encontro ou Congresso.
178
A jornada é um encontro que faz referência a um certo tempo, em
termos de dias. Mas é também tomada no sentido de Encontro.
O Simpósio, em princípio, é uma reunião destinada apenas a
especialistas, que se reúnem para discutir tema previamente determinado.
Em geral versa sobre um único tema que vem sendo pesquisado por
estudiosos, em instituições diferentes, que sao convidados por uma
entidade, para debatê-lo, numa perspectiva de troca de informações, de
idéias e de conclusões. O debate é presidido por um coordenador.
O Seminário é uma reunião mais restrita, como se fosse um grupo de
estudos, em que se discute um tema a partir da contribuição de todos os
participantes. No âmbito acadêmico, seminário é tomado muitas vezes como
uma forma de atividade didático-científica, que é objeto de uma
apresentação específica em outra parte deste livro, dada sua relevância
no processo de ensino-aprendizagem (cf. cap. IV).
Em encontros de grande porte, realizam-se as Sessões de Comunicações,
destinadas sobretudo a que pesquisadores apresentem, de forma abreviada
e sintética, resultados de pesquisas que vêm realizando. Tanto podem
tratar de uma temática predeterminada (fala-se então de Sessão de
Comunicação Coordenada), ou sobre temas variados (fala-se de Sessão de
Comunicações Orais). A comunicação relata estudos, resultados de
pesquisa, experiências, de iniciativa pessoal. Trata-se de uma exposição
mais sucinta, uma vez que, em geral, pouco tempo lhe é reservado nos
encontros.
A Mesa-Redonda visa à apresentação de pontos de vista diferentes
sobre uma mesma questão, mas a’Partir da exposição de um dos
participantes. Em princípio, os demais participantes tomam conhecimento
prévio do texto do expositor, apresentando então comentário crítico às
suas posições. Após esses comentários, a palavra volta ao expositor,
podendo ser aberta também aos assistentes. Dado esse formato da
mesa-redonda, é conveniente que se limite a apenas dois o número de
debatedores.
O Painel é a apresentação de trabalhos sobre um mesmo tema, abordado
sob pontos de vista diferentes, todos expostos livremen’te, sem
referência a colocação prévia de qualquer dos participantes, que podem
ser três ou mais. O que caracteriza o painel é que ele abre espaço para
um maior número de exposiçoes, embora com tempo reduzido para cada uma.
Estão se tornando comuns as designações Oficinas e Workshops.
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
Trata-se de reuniões mais restritas em termos de número de
179
expositores e de participantes, destinadas a apresentação de trabalhos,
de experiências, de pesquisas, propiciando oportunidade de divulgação e
debate. Elas podem ocorrer tanto no âmbito de eventos mais amplos quanto
como atividades autônomas. Têm um caráter de uma realização participada,
ou seja, com a preocupação de levar os participantes a vivenciarem
experiências, projetos, programas etc.
Igualmente vêm se tornando comum nos diversos encontros as
Apresentações de Pôsteres, que são apresentações de trabalhos via
cartazes, com fotos, figuras, esquemas, quadros e textos concisos,
referentes a alguma experiência, atividade ou proposta. Estes posteres
ficam expostos ao público participante, o autor dos mesmos colocando-se
à disposição para fornecer eventuais esclarecimentos que forem
solicitados pelos observadores.
É bom lembrar que os trabalhos enviados para participação em eventos
científicos, em geral, devem ser acompanhados de um resumo contendo em
média de 200 a 300 palavras. As comissões organizadoras dos eventos
informam previamente, através de suas circulares, as condições de
participação e o formato dos trabalhos e resumos. Algumas orientações
para o feitio do resumo já foram apresentadas neste texto.”
7. AS EXIGÊNCIAS ÉTICAS DA PESQUISA
As pesquisas que envolvem seres humanos, além de dever cumprir as
exigências éticas gerais de toda atividade científica e aquelas ligadas
à ética profissional da área de atuação profissional do pesquisador,
devem atender ainda a aspectos éticos específicos, tais como estão
especificados na Resolução 196, do Conselho Nacional de Saúde. Desse
modo, ao preparar o seu projeto de pesquisa, quando envolvendo sujeitos
humanos, o pesquisador deve pautar-se igualmente nas diretrizes e normas
dessa Resolução, uma vez que o seu projeto passará por apreciação de um
Comitê de Ética autônomo, criado nas Instituições para esse fim. O
estabelecimento dessas diretrizes e a criação dos comitês têm em vista
‘defender os interesses dos sujeitos de pesquisa em sua integridade e
dignidade e contribuir no desenvolvimento da pesquisa dentro de padrões
éticos” (Resolução 196, item 11, 14),
——— 18. Cf. p. 130.
180
De acordo com os termos da Resolução, a eticidade da pesquisa implica
os seguintes quesitos: 1. autonomia: consentimento livre e esclarecido
dos indivíduos-alvo e a proteção a grupos vulneráveis e aos legalmente
incapazes, de modo que sejam tratados com dignidade, respeitados em sua
autonomia, e defendê-los em sua vulnerabilidade; 2. beneficência:
ponderação entre riscos e benefícios, tanto atuais como potenciais,
individuais ou coletivos, comprometendo-se com o máximo de benefícios e
o mínimo de danos e riscos; 3. não-maleficência: garantir que danos
previsíveis serão evitados; 4. justiça e eqüidade: fundar-se na
relevância social da pesquisa.
As instituições de qualquer natureza, nas quais se realizam pesquisas
envolvendo pessoas, deverão constituir seu Comitê de Ética em Pesquisa.
Caso ainda não esteja instalado, o pesquisador deve recorrer a Comitê de
outra Instituição congênere. Inclusive as agências de financiamento
passarão a exigir que os projetos sejam acompanhados de parecer de
aprovação por Comitê de Ética.
De sua parte, os pesquisadores – seja quando da realização de suas
pesquisas para obtenção de títulos acadêmicos, seja quando fazendo
investigações institucionais – que envolvam pessoas humanas como
sujeitos pesquisados devem providenciar o encaminhamento de seus
projetos para apreciação por parte do Comitê de ética da instituição
onde a pesquisa se realizará.
181
Capítulo Viii
OS PRE-REQUISITOS LOGICOS DO TRABALHO CIENTIFICO
O trabalho científico em geral, do ponto de vista lógico, é um discurso
completo. Tal discurso, em suas grandes linhas, pode ser narrativo,
descritivo ou dissertativo. No sentido em que é tratado neste texto, o
trabalho científico assume a forma dissertativa, pois seu objetivo é
demonstrar, mediante argumentos, uma tese, que é uma solução proposta
para um problema, relativo a determinado tema.
A demonstração baseia-se num processo de reflexão por argumentação,
ou seja, baseia-se na articulação de idéias e fatos, portadores de
razões que comprovem aquilo que se quer demonstrar. Essa articulação é
conseguida mediante a apresentação de argumentos. Esses argumentos
fundam-se nas conclusões dos raciocínios e nas conclusões dos processos
de levantamento e caracterização dos fatos.
O raciocínio é um processo de pensamento pelo qual conhecimentos são
logicamente encadeados de maneira a produzirem novos conhecimentos. Tal
processo lógico pode ser dedutivo ou indutivo. Dedução e indução são,
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
pois, processos lógicos de raciocínio.
183
O levantamento e a caracterização de fatos são realizados mediante o
processo de pesquisa, sobretudo da pesquisa experimental, de acordo com
técnicas específicas.
1. A DEMONSTRAÇÃO
Uma monografia científica deve ir a forma lógica pois, assume de
demonstração de uma tese proposta hipoteticamente para solucionar um
problema.
O problema é formulado sob a forma de uma enunciação de determinado
tema, proposta de maneira interrogativa, pressupondo, portanto, pelo
menos uma alternativa como resposta: é assim ou de outra maneira?; ou
seja, pressupõe sempre a ruptura de harmonia existente numa afirmação
assertiva. O problema, como já se viu levanta uma dúvida, coloca um
obstáculo que precisa ser superado; opta-se, então, por uma das
alternativas, na busca de uma evidência que está faltando.
Para se colocar o problema, é preciso que seja formulado de maneira
clara em seus termos, definida e delimitada. É preciso esclarecer os
termos, definindo-os devidamente. Daí a importância da definição. Os
limites da problematização devem ser determinados, pois não se pode
tratar de tudo ao mesmo tempo e sob os mais diversos aspectos.
A demonstração da tese é realizada mediante uma seqüência de
argumentos, cada um provando uma etapa do discurso. A demonstração, de
modo geral, utiliza-se mais do processo dedutivo. Na demonstração de uma
tese, pode-se proceder de maneira direta, quando se argumenta no sentido
de provar que uma proposta de solução é verdadeira, sendo as demais
falsas. E isto por decorrência das premissas. Nesse caso, trata-se de
encontrar
———– 1. Cabe à metodologia da pesquisa científica
estabelecer os procedimentos técnicos a serem utilizados para tal
investigação. Ademais, cada ciência delimita a aplicação das normas
gerais do método científico ao objeto específico de sua pesquisa. Cf. L.
LIARD, Lógica, p. 104-74. 2. Cf. p. 74-6. 3. Paolo CAROSI, Curso de
Filosofia, 1, p. 383. 4. C£ p. 187, ainda L. LIARD. Lógica, p. 24; Othon
M. CARCIA, Comunicação em prosa moderna, p. 304.
184
as premissas verdadeiras, objetivamente verdadeiras, e depois
aplicar-lhes os procedimentos lógicos do raciocínio. A demonstração,
porém, pode proceder de maneira indireta quando se demonstra ser falsa a
alternativa que se opõe contraditoriamente à tese proposta. Assim
acontece quando se demonstra que da falsidade de uma tese decorrem
conseqüências falsas; sendo o conseqüente falso, o antecedente também é
falso.
Também se demonstra a falsidade de um enunciado quando se mostra que
ele se opõe diretamente ao princípio de não-contradição ou a outro
princípio evidente. E o caso da redução ao absurdo. Note-se que os
termos dissertação, demonstração, argumentação e raciocínio são tomados,
muitas vezes, como sinônimos. Neste caso, toma-se a parte pelo todo,
considerando-se de maneira generalizada um processo parcial desenvolvido
durante o discurso. E, pois, lícito dizer que o discurso é, na
realidade, um raciocínio ou ainda uma argumentação.
Contudo, o sentido desses termos, no presente capítulo, é mais
restrito. Dissertação é a forma geral do discurso e quer dizer que o
discurso está pretendendo demonstrar uma tese mediante argumentos;
demonstração é, pois, o conjunto seqüenciado de operações lógicas que de
conclusão em conclusão chega a uma conclusão final procurada;
argumentação é entendida como uma operação, uma atividade executada
durante a demonstração pelo uso dos argumentos; já raciocínio é um
processo lógico de conhecimento, operação mental específica que pode
servir inclusive de argumento para a demonstração.
A argumentação, ou coa, a operação com argumentos, apresentados com
objetivo de comprovar uma tese, funda-se na evidência racional e na
evidência dos fatos. A evidência racional, ju por sua vez” stifica-se
pelos princípios da lógica. Não se pode buscar fundamentos mais
primitivos. A evidência é a certeza manifesta imposta pela força dos
modos de atuação da própria razão. Surge veiculada pelos princípios
epistemológicos e lógicos do conhecimento humano, tanto por ocasião do
desdobramento do raciocínio, como por ocasião da presentificação dos
fatos.
A apresentação dos fatos é a principal fonte dos argumentos
científicos. Daí o papel das estatísticas e do levantamento experimental
————- 5. Paolo CAROSI, Curso de Filosofia, 1,
387. 6. Ibid., p. 387-9.
185
dos fatos; no campo ou no laboratório, a caracterização dos fatos é
etapa imprescindível da dissertação científica. A argumentação formal
que se desenvolve no discurso filosófico ou científico pressupõe
devidamente analisadas as suas proposições em todos os elementos,
devendo se ter sempre proposições afirmativas bem definidas e
devidamente limitadas. De fato, é com as proposições que se formam os
argumentos.
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
Argumentar consiste, pois, em apresentar uma tese, caracterizá-la
devidamente, apresentar provas ou razões que estão a seu favor e
concluir, se for o caso, pela sua validade. Para evitar que fiquem
abertas margens para dúvidas, devem ser examinadas eventualmente as
razões contrárias, tentando-se refutar a tese e prevenindo-se de
objeções.
Esse processo é continuamente retomado e repetido no interior do
discurso dissertativo que se compõe, com efeito, de etapas de
levantamento de fatos, de caracterização de idéias e de fatos, mediante
processos de análise ou de síntese, de apresentação de argumentos
lógicos ou tatuais, de configuração de conclusões.
O trabalho científico, do ponto de vista de seus aspectos lógicos,
pode ser representado, esquematicamente, da seguinte forma: D Racioe 2.
O RACIOCÍNIO O raciocínio é, pois, um dos elementos mais importantes da
argumentação, porque suas conclusões fornecem bases sólidas para os
argumentos.
186
Trata-se de um processo lógico de pensamento pelo qual de conhecimentos
adquiridos se pode chegar a novos conhecimentos com o mesmo coeficiente
de validade dos primeiros. Quanto à sua estrutura, o raciocínio é um
todo complexo, formado que é por um encadeamento de vários ‘ ‘ que são,
JUIZOS/ igualmente, conjuntos formados por vários conceitos.
De maneira geral, como já se viu,’ uma monografia científica pode ser
considerada como um complexo de raciocinios que se desdobram num
discurso lógico, do qual o texto redigido é simplesmente uma expressão
lingüística.
Neste sentido, a redação do texto mediante signos lingüísticas é um
simples instrumento para a transmissão do pensamento elaborado sob a
forma de raciocínios, juízos e conceitos. A com- posição do texto é um
processo de codificação da mensagem. O texto-linguagem é o código que
cifra a mensagem pensada pelo autor.
Decorre daí a prioridade lógica do raciocínio sobre a redação. Por
outro lado, porém, o leitor não pode ter acesso ao raciocínio a não ser
através dos textos. Por isso, na composição do texto, no trabalho de
codificação da mensagem pensada, todo o empenho deve ser posto no
sentido de se garantir a melhor adequação possível entre a mensagem e o
texto-código que servirá de intermédio entre o pensamento do autor e o
pensamento do leitor.
Em função da importância do raciocínio, é necessário tratar de alguns
pontos básicos referentes à natureza dos processos lógicos do pensamento
e do conhecimento, subjacentes à expressão lingüística dos textos. Os
aspectos gramaticais escapam aos limites deste trabalho.
2.1. A Formação dos Conceitos
O raciocínio é o momento amadurecido do pensamento; raciocinar é
encadear juízos e formular juízos é encadear conceitos.
————– 7. Cf. p. 73 ss. ,a S. Voltar ao
fluxograma da p. 50. 9. Para os aspectos tratados pelas gramáticas,
recomenda-se o texto de Othon M. CARCIA, Comunicação em prosa moderna.
187
Por isso, pode-se dizer que o conhecimento humano inicia-se com a
formação dos conceitos. O conceito é a imagem mental por meio da qual se
representa um objeto, sinal imediato do objeto representado. O conceito
garante uma referência direta ao objeto real. Esta referência é dita
intencional no sentido de que o conceito adquirido por processos
especiais de apreensão das coisas pelo intelecto, que não vêm a pósito
aqui, se refere a coisas, a objetos, a seres, a idéias, de pro maneira
representativa e substitutiva. Este objeto passa então a existir para a
inteligência, passa a ser pensado. Portanto, o conceito representa e
“substitui” a coisa no nível da inteligência. O conceito, por sua vez, é
simbolizado pelo termo ou palavra, no nível da expressão lingüística. Os
termos ou palavras são os sinais dos conceitos, suas imagens acústicas
ou orais. Por extensão, tudo o que se disser dos conceitos, no plano da
lógica, pode ser dito também dos termos ou palavras.
Assim, conceitos e termos podem ser logicamente considerados tanto do
ponto de vista da compreensão, como do ponto de vista da extensão. A
compreensão do conceito é o conjunto das propriedades características
que são específicas do objeto pensado. São os aspectos, as dimensões, as
notas que constituem um ser ou um objeto, um fato ou um acontecimento,
que fazem deste ser ou objeto, deste fato ou acontecimento que ele seja
o que é e se distinga dos demais; já a extensão é o conjunto dos seres e
dos objetos que realizam determinada compreensão, ou seja, a classe dos
indivíduos portadores de um conjunto de propriedades caraterísticas.
Observe-se que quanto mais limitada for a compreensão de um conceito,
tanto mais ampla será a sua extensão e vice-versa. Assim,
considerando-se os conceitos “brasileiro” e ‘paulista’, a extensão do
conceito ‘brasileiro” é mais ampla do que a do conceito ‘paulista”, isto
porque a compreensão de “brasileiro’ é mais limitada, mais pobre do que
a compreensão de ‘paulista” ‘ ou seja, para ser paulista, um indivíduo,
além de possuir todas as características exigidas para ser brasileiro,
tem ou possui outra característica específica para se definir como
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
paulista.”
——– 10. O estudo aprofundado desta questão é objeto da
teoria do conhecimento, guoseologia ou epistemologia, disciplina
filosófica que aborda os processos do conhecimento humano. 11. Paolo
CAROSI, Curso de filosofia, 1, p. 257-9.
188
Essas considerações não são bizantinas, levando-se em conta que é a
compreensão do conceito que permite a elaboração da definição e a
extensão que permite elaborar a divisão ou a classificação. A definição
é um termo complexo e, como tal, destina-se a desdobrar todas as notas
que compõem a compreensão do conceito.” À divisão cabe expressar a
extensão dos conceitos, classificando-os, organizando-os em suas
classes, de acordo com critérios determinados pela natureza dos objetos.
A definição, embora tomando quase sempre a forma de uma proposição,
de um juízo, é apenas um termo complexo, plenamente equivalente ao
conceito definido. Para ser correta, não deve ser maior nem menor que o
termo que pretende definir, não deve ser negativa. Deve ser uma
equação.” A relevância da definição para o trabalho científico em geral
está no fato de ela permitir exata formulação das questões a serem
debatidas. Discussões sem clara definição dos temas discutidos não levam
a nada. Aprender a bem definir as coisas de que se trata no trabalho é
uma exigência fundamental. Observa-se que nosso vocabulário – conjunto
de termos ou palavras que designam as coisas ou objetos através dos
conceitos – pode encontrar-se em vários níveis: o primeiro é o nível do
vocabulário corrente, comum, que é o usado para nossa comuni cação
social. Assimilado pela experiência pessoal da cultura, esse
vocabulário, embora o mais usado, não é adaptado à vida científica. De
fato, o conhecimento científico exige um vocabulário de segundo nível,
ou seja, um vocabulário técnico. Para o pensamento teórico da ciência ou
da filosofia, não bastam os significados imediatos da linguagem comum.
Conceitos e termos adquirem significado unívoco, preciso e delimitado.
Às vezes são mantidos os mesmos termos, mas as significações são
alteradas, com uma compreensão bem definida. Em certo sentido, estudar,
aprender uma ciência é, de modo geral, aceder ao vocabulário técnico,
familiarizando-se com ele, habilitando-se a manipulá-lo e superando
assim o vocabulário comum.
——
luza., p. p. 24. Sean BE 9; Othon M. GARCIA, AN@ omunicação em ebate,
p. 8 moderna, p ,IARD,
189
O vocabulário pode ainda atingir um terceiro nível: é o caso de
conceitos que adquirem um sentido específico no pensamento de
determinado autor ou sistema de idéias. Isto é muito comum nos trabalhos
dos pensadores teóricos, na ciência e na filosofia. Um trabalho
científico de alta qualidade exige, portanto, o uso adequado de um
vocabulário técnico e, eventualmente, de um vocabulário específico. A
percepção de tais significações diferenciadas é também condição
essencial para a leitura científica e para o estudo aprofundado. 14 Na
composição de um trabalho científico, o vocabulário técnico e o
vocabulário específico ocupam os pontos nevrálgicos da estrutura lógica
do discurso, ao passo que o vocabulário comum serve para as ligações das
várias partes. De fato, mesmo para expor idéias teóricas de nível
técnico ou específico, é preciso servir-se das idéias mais simples, do
nível corrente, traduzindo as idéias de nível técnico de maneira
acessível e gradativa. O conceito é, pois, o resultado das apreensões
dos dados e das relações de nossa experiência global, é o conteúdo
pensado pela mente, o objeto do pensamento. É simples resultado dessa
apreensão, não contendo ainda nenhuma afirmação. Elencando uma série de
notas correspondentes à sua co – o conceito mpreensao, e o termo se
exprimem pela definição.”
2.2. A Formação dos juízos
Para pensar e conhecer não é suficiente “conceber conceituando”. O
conhecimento só se completa quando se formula um juizo que é “o ato da
mente pelo qual ela afirma ou nega alguma coisa, unindo ou separando
dois conceitos por intermédio de um verbo O juízo é enunciado
verbalmente através da proposição, sinal do juízo mental. A proposição
é, pois, a vinculação entre um sujeito e um predicado através de um
verbo, que são os termos da proposição.
——- 14. Cf. diretrizes para a leitura analítica,
especialmente a análise textual, p. 47. 15. Jacques MARITAIN, Ugíca
menor, p. 20-5. 16. Ibíd., p. 38.
190
Algumas proposições derivam da experiência, enunciam fatos dados na
experiência externa ou interna, que elas expressam diretamente; outras
são formadas pela análise do conceito-sujeito e o predicado é descoberto
enquanto é uma nota da compreensão desse conceito.
Nos períodos compostos, encontram-se várias proposições; esses
períodos são formados por coordenação ou por subordinação. Na
coordenação, as proposições estão em condições de igualdade, ao passo
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
que na subordinação uma oração está em relação de dependência para com
outras.
Essas várias relações têm importância à medida que fornecem matéria
para o desenvolvimento da argumentação. A análise das proposições é
tarefa prévia da argumentação formal. O raciocínio que constitui o
trabalho é uma seqüência de juízos e de proposições que precisam ser bem
elaborados, tanto do ponto de vista sintático-gramatical como do ponto
de vista lógico.
2.3. A Elaboração dos Raciocínios
O discurso científico é fundamentalmente raciocínio, ou seja, um
encadeamento de juizos feito de acordo com certas leis lógicas que
presidem a toda atividade do pensamento humano.
Também no raciocínio pode-se distinguir a operação mental, o
resultado desta operação e o sinal externo desta operação, embora se use
o mesmo termo para designar essas três dimensões: raciocínio.
Como último ato de conhecimento da inteligência, o raciocínio é
precedido pela apreensão, que dera lugar aos conceitos, e pelo juizo,
que dera lugar às proposições. O raciocínio é, portanto, a ordenação de
juízos e de conceitos.19
O raciocínio consiste em obter um novo conhecimento a partir de um
antigo, é a passagem de um conhecimento para outro.
———————- 17. Othon M. CARCIA,
Comunicação em prosa moderna, p. 132. 18. Paolo CAROSI, Curso
defilosofia, 1, p. 287-324. 19. Ibid., p. 325.
191
Portanto, mostra a fecundidade do pensamento humano. Comporta sempre
duas fases: a primeira, em que se tem algum conhecimento, e uma segunda,
em que se adquire outro conhecimento. Os lógicos chamam essas duas
fases, respectivamente, antecedente e conseqüente: entre elas deve
existir um nexo lógico cognoscitivo necessário.” O antecedente é uma
razão lógica que leva ao conhecimento do conseqüente, como uma
decorrência daquela razão. O antecedente compõe-se de uma ou várias
premissas e o conseqüente constitui-se de uma conclusão. A afirmação da
conclusão é feita à medida que decorre ou depende das premissas. A
relação lógica de conhecimentos prévios a conhecimentos até então não
afirmados é uma relação de conseqüência. O raciocínio divide-se,
basicamente, em duas grandes formas: a dedução e a indução. O raciocínio
dedutivo é um raciocínio cujo antecedente é constituído de princípios
universais, plenamente inteligíveis; através dele se chega a um
conseqüente menos universal. As afirmações do antecedente são universais
e já previamente aceitas: e delas decorrerá, de maneira lógica,
necessária, a conclusão, a afirmação do conseqüente.
Deduzindo-se, passa-se das prenussas à conclusão. São exemplos
clássicos do raciocínio dedutivo os silogisrnos da lógica formal
clássica,” assim como as formas de explicação científica de estrutura
tipo explans-explanandum, da lógica simbólica moderna. 22 A indução ou o
raciocínio indutivo é uma forma de raciocínio em que o antecedente são
dados e fatos particulares e o conseqüente uma afirmação mais universal.
Na realidade, há na indução uma série de processos que não se
esquematizam facilmente. Enquanto a dedução fica num plano meramente
inteligível, a indução faz intervir também a experiência sensível e
concreta, o que elimina a simplicidade lógica que tinha a operação
dedutiva. Da indução pode aproximar-se o raciocinio por analogia.
trata-se, então, de passar de um ou de alguns fatos a outros fatos
——–
20. Ibid., p, 326. 21. Ibid., p. 338 ss. 22. Brinu LAMBERT, Introdução
à filosofia da ciência. São Paulo, Cultrix; Kari HEMPEL, Filosofia da
ciência natural. Rio de Janeiro, Zahar.
192 1 @, mporta semelhantes. No caso da indução de alguns fatos
julgados característicos e representativos, generaliza-se para a
totalidade dos fatos daquela espécie, aüngindo-se toda a sua extensão.
O resultado desse processo de observação e análise dos fatos lógico
concretos é uma norma, uma regra, uma lei, um princípio universal, ca
que que constitui sempre uma generalização. A indução parte, pois,
rrência de fatos particulares conhecidos para chegar a conclusões gerais
até então desconhecidas. PROCESSOS LÓGICOS DE ESTUDO
O trabalho científico implica ainda outros processos lógicos para a
realização de suas várias etapas. Assim, para abordar determinado tema,
objeto de suas pesquisas, reflexão e conhecimento, o autor pode
utilizar-se de processos analíticos ou sintéticos. A análise é um
processo de tratamento do objeto – seja ele um objeto material, um
conceito, uma idéia, um texto etc. – pelo qual este objeto é decomposto
em suas partes constitutivas, tornando-se simples aquilo que era
composto e complexo. Trata-se, portanto, de dividir, isolar,
discriminar. A síntese é um processo lógico de tratamento do objeto pelo
qual este objeto decomposto pela análise é recomposto reconstituindo-se
a sua totalidade. A síntese permite a visão de conjunto, a unidade das
partes até então separadas num todo que então adquire sentido uno e
global.
A análise é pré-requisito para uma classificação. Esta se baseia
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
em caracteres que definem critérios para a distribuição das partes em
determinadas ordens. Não é outra coisa que se manifesta faz quando um
texto é esquematizado, estruturado: as divisões seguem determinados
critérios que não podem ser mudados arbitrariamente. Para se descobrir
tais caracteres procede-se analiticamente.
Análise e síntese, embora se oponham, não se excluem. Pelo contrário,
complementam-se. A compreensão das coisas pela inteligência humana
parece passar necessariamente por três momentos, ou seja, para se chegar
a compreender intencionalmente um objeto, é preciso ir além de uma visão
meramente indiferenciada de sua unidade inicial, tal como a temos na
experiência comum, uma consciência do todo sem a consciência das partes;
é preciso dividir,
193
pela análise, o todo em suas partes constitutivas para que, então, num
terceiro momento, se tenha consciência do todo, tendo-se plena
consciência das partes que o constituem: é a síntese. E o que afirma
Saviani ao declarar que a análise é a mediação ent estrutura e sistemas,
P. 28-9.
194
Percorridas estas diretrizes para as várias tarefas do trabalho
científico, tais como devem ser planejadas e executadas durante toda a
vida universitária, é preciso relembrar que somente um ininterrupto
exercício levará à formação de hábitos de estudo definitivos e
espontâneos que o estudante continuará então sempre aplicando nas suas
seguidas atividades intelectuais. Um primeiro trabalho didático
bem-feito, apesar das dificuldades encontradas e do eventual excesso de
mão-de-obra, é uma garantia de que o próximo será ainda mais bem-feito,
mas, ao mesmo tempo, mais fácil e mais agradável de se fazer, apesar de
o próprio estudante tornar-se mais exigente quanto ao nível de rigor do
mesmo. Frise-se, porém, que não se trata de se perder em questiúnculas
formais de detalhes, de pormenores de citação, de redação e outras
semelhantes. O que importa é adquirir capacidade para organizar e
estruturar logicamente a atividade pensante desenvolvida, seja ela qual
for, e saber expressá-la numa linguagem igualmente apta a transmitir o
conteúdo pensado. Não é preciso que o estudante “ritualize”
mecanicamente a forma de se apresentar um seminário só por fidelidade a
estas orientações didáticas. Como em todos os momentos da vida, o que
importa são os fins, os objetivos e não os meios. E estas diretrizes
metodológicas, como instrumental didático, querem ser apenas um caminho
para a liberdade de ação do espírito em seu desenvolvimento intelectual.
Cumpre ressaltar que “diretrizes metodológicas” como as veiculadas
por este manual não têm valor intrínseco, transcendental e universal.
Plenamente consciente disso, o autor não pretende de maneira alguma, nem
mesmo por insinuação, apresentá-las como as únicas ou como as melhores.
Elas nasceram de uma
195
experiência particular que naturalmente se preocupou em discilinar e
apoiar-se em várias fontes, mas nem por isso deixa de er bastante
particular. Ademais, não existe – nem precisaria xistir – uniformidade
neste assunto. O que como dos alunos, é a preocupação om a disciplina
intelectual como guia da vida científica. Disso inguém pode se eximir. O
descaso com a correção das posturas intelectuais [e estudo em nossas
escolas superiores é digno de lástima, levando-se em conta as
conseqüências negativas que tem causado. Ia opinião do autor deste
livro, aos professores cabe exigir e cobrar dos alunos, após a devida
orientação, a organização da rida de estudos, sem as falsas ilusões da
facilidade de processos Didáticos de eficiência duvidosa e sem a
racionalização creditada nuitas vezes a mal interpretadas filosofias da
educação. Sem recusar de maneira alguma a importância dos conteúdos Ia
informação teórica, é preciso insistir, durante todo o período da
formação universitária, sobre a metodologia adequada das várias
ciências, ipós se insistir sobre a metodologia da vida
didático-cíentífica em geral. Observa-se muitas vezes que as disciplinas
encarregadas de ensinar a manipulação do instrumental metodológico de
determinada área do saber acabam transformando-se em mais um conjunto de
informações ou de sofisticadas técnicas que o estudante deve digerir
mesmo que não consiga realmente utilizá-las. O que verdadeiramente
importa, ou seja, o método como desencadeador de uma prática viva e
atuante da ciência, não é conseguido. O estudante sai da universidade
sem saber aplicar o método próprio de sua especialidade, sem saber
pesquisar em sua área. Como já se frisou repetidas vezes, este texto não
tem por objetivo iniciar à pesquisa científica como tal. Existem muitas
obras didáticas especializadas sobre o assunto. O objetivo deste livro é
apresentar diretrizes que ajudem o nosso universitário a disciplinar o
seu trabalho de estudo. Sem isso, o aproveitamento de seu estudo e de
suas pesquisas ficará muito prejudicado. Nas condições universitárias
brasileiras, em que a grande maioria dos estudantes não dispõe de tempo
integral para seus cursos, exige-se deles rígida organização do pouco
tempo disponível para o estudo ‘em casa’, indispensável para um
aproveitamento inteligente do curso de graduação; exige-se deles um
mínimo de capacitação qualificativa para as etapas posteriores tanto na
seqüência eventual de seus estudos, como para o exercício de suas
atividades profissionais.
196
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
Anexo
REVISTAS, DICIONARIOS ESPECIALIZADOS E BIBLIOGRAFIAS E
METODOLOGIA
DA PESQUISA
Estão indicados aqui alguns instrumentos de trabalho acessíveis ao
estudante brasileiro. Ênfase especial é dada às revistas, cujo uso mais
sistemático e intensivo precisa ser instaurado no meio universitário.
Também já existem no Brasil alguns repertórios bíbliográfícos de boa
qualidade, mas, em geral, pouco conhecidos e utilizados. O mesmo se diga
dos dicionários especializados, que, embora sejam traduções, na sua
maioria, são instrumentos de grande utilidade para o estudante
universitário.
197
AS REVISTAS CIENTÍFICAS BRASILEIRAS
Quando se aborda a questão das revistas científicas brasileiras, dois
fatos constantes causam perplexidade: primeiro, num país com mais de um
milhão de universitários, sem falar dos profissionais já formados, a
maior parte das revistas científicas tem segundo, é impressionante o
número de periódicos cuja publicação foi interrompida. O primeiro
paradoxo explica o segundo: como não há hábito generalizado de assinar
revistas, elas acabam deixando de existir por injunções de ordem
econômica. A revista nacional, porém, é um instrumento de baixo custo
para o estudioso, pois o valor da assinatura da grande maioria das
revistas trimestrais é sempre pequeno. A questão maior é, pois, de
mentalidade e não de ordem financeira e econômica, como ocorre em
relação aos periódicos estrangeiros, cujas assinaturas ficam realmente
caras. Cabe lembrar que o papel das revistas científicas é
fundamentalmente a comunicação dos resultados dos trabalhos de pesquisa
à comunidade científica e à própria sociedade como um todo. Elas
promovem normas de qualidade na condução da ciência e na sua
comunicação. Consolidam critérios para a avaliação da qualidade da
ciência e da produtividade dos indivíduos e instituições. Consolidam
áreas e subáreas de conhecimento. Garantem a memória da ciência.
Representam o mais importante meio de disseminação do conhecimento em
escala. São instrumentos de grande importância na constituição e
institucionalização de novas disciplinas e disposições específicas. A
indicação de revistas não seguiu nenhum critério especial: limitou-se,
porém, aos periódicos brasileiros ainda “vivos”, isto é, que circulam
regularmente e sem muito atraso. Não se prendeu a nenhuma apreciação de
ordem ideológica, uma vez que é necessário instaurar o uso dessas
revistas para garantir-lhes condições de alcançarem sempre uma melhor
qualidade. Ademais, trata-se de uma indicação para estudantes
universitários, para os quais importa muito o uso da revista como
instrumento de trabalho ainda nesta fase eminentemente didática de sua
vida intelectual. Por outro lado, a lista apresentada não está completa,
dadas as muitas dificuldades encontradas para se fazer um levantamento
atualizado. Caberá aos professores das várias áreas esclarecer os
estudantes sobre as possíveis vantagens de uma ou de outra revista,
indicar outras, assim como incentivar incisivamente o seu uso.
198
É de observar que são indicadas apenas revistas especializadas em
áreas, não se elencando aquelas de alta especialização. Estas deverão
ser utilizadas posteriormente à medida que o estudante definir melhor
seu interesse e aperfeiçoamento intelectual. Destas revistas de áreas o
estudante pode tirar grande proveito para sua formação. Com a evolução
de suas tendências pessoais e de sua vida intelectual, ocorrerá,
provavelmente, uma delimitação mais precisa de suas especializações e
passará a assinar os periódicos correspondentes a essas especializações.
ADMINISTRAÇÃO Caderno Fundap FUNDAP/Centro de Apoio Editorial e
Documentação Rua Cristiano Viana, 428 05411-902 São Paulo-SP Tel. (11)
851-3311 Fax. (11) 881-9082 Cada número trata de assunto relativo à
administração pública, tendo como objetivo exercer uma ação
modernizadora junto aos órgãos públicos. Dirige-se a instituições,
técnicos, administradores e pessoas ligadas à atividade pública em
geral. (Trimestral) Estudos Fundap FUNDAP/Centro de Apoio Editorial e
Documentação Rua Cristiano Viana, 428 05411-902 São Paulo-SP Tel. (11)
851-3311 Fax. (11) 881-9082 Publica números especiais sobre temas de
administração pública, com estudos e trabalhos de maior profundidade e
também textos de maior volume. Temas já abordados: a questão urbana e os
serviços públicos; o processo administrativo disciplinar; a residência
médica etc. Estudos e Pesquisa em Administração Programa de
Pós-Graduação em Administração da UFPB Campus Universitário 58059-900
João Pessoa-PB Tel. (83) 216-7200 Fax. (83) 216-7454 Revista abrigando
trabalhos de pesquisa e artigos versando sobre recursos humanos,
marketing, finanças, planejamento, gestão tecnológica e gerência de
informações. Apresenta também resumo das dissertações defendidas no
curso e informações sobre eventos da área. (Quadrimestral)
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
199
Gestão e Desenvolvimento Universidade São Francisco Avenida São
Francisco de Assis, 218 12900-000 Bragança Paulista-SP Tel. (11)
7844-8443 Fax (11) 7844-1825 E-mail: usfbib@eu.ansp.br Revista destinada
a veicular a produção científica e intelectual dos professores das áreas
de administração, econorrúa e ciências contábeis da Universidade São
Francisco, acolhendo igualmente trabalhos de profissionais de outras
instituições, desde que inéditos. Visa discutir temas ligados à gestão e
ao desenvolvimento das condições produtivas e empresariais. (Semestral.
ISSN 1413-828X) Revista de Administração Instituto de Administração da
FEAJUSP ‘@Caixa Postal 11.498 05422-970 São Paulo-SP Tel. (11)
814-5500/818-5922 Fax. (11) 814-0439 Tem como objetivo divulgar estudos
e pesquisas nas áreas de marketing, finanças, produção, recursos humanos
e adirúnistração em geral. Para tanto, está aberta à colaboração de
professores e estudiosos da administração de todo o país. Quer se tituir
em veículo de divulgação da cultura administrativa brasileira.
(Trimestral. cons ISSN 0080-2100)
Revista de Administração de EmpresasIRAE Fundação Cebibo Vargas
Avenida Nove de Julho, 2029 – 10′ andar 01313-902 São Paulo-SP Tel. (11)
284-2311, rs. 241, 249 Fax. (11) 284-1789 Publica trabalhos na área de
administração, entendida esta num sentido abran- gente, incluindo todas
as disciplinas afins. Os trabalhos se apresentam sob a forma de artigos,
traduções-, notas, comentários e resenhas, bem como dois informativos:
um sobre o mercado de ações e outro sobre atualização bibliográfica.
(Trimestrap Revista de Administração Pública Fundação Getúlio Vargas
Praia de Botafogo, 190 2.2257-970 Rio de janeiro-Rj Tel. (21) 536-9100
Fax. (21) 551-4349 Propõe-se a apresentar unia visão prospectiva da
problemática administrativa e temas afins, com análise crítica das
teorias e práticas da administração pública. (Trimestral)
Temática Departamento de Adnúffistração da Universidade Estadual de
Londrina Caixa Postal 6001 86051-970 Londrina-PR Tel. (43) 371-4000
Veículo de divulgação de estudos em administração elaborados por
professores e especialistas da área. Apresenta as seguintes seções:
temas em debate, o empresário e a conjuntura, estudos de caso e
resenhas. (Semestral)
200
************************
AGRONOMIA Científica: revista de agronomia Faculdade de Filosofia e
Ciências da UNESP Rodovia Carlos Tonini, s/n? 14870-000 jaboticabal-SP
Tel. (16) 323-2500 Publica trabalhos originais desenvolvidos na área de
ciências agrárias. (Semestral. ISSN 0101-3 Postal 5 13990-000 Espírito
Santo do Pinhal-SP Tel. (19) 651-3579 Fax. (19) 651-3654 Destinada a
especialistas e estudantes de agronomia, agropecuária e zootecnia,
publica artigos científicos nessas áreas, bem como notas, revisões e
trabalhos de divulgação, procurando divulgar sobretudo o que é
pesquisado e produzido pela e Faculdade. Revista Brasileira de Ciências
do Solo Sociedade Brasileira de Ciência do Solo Caixa Postal 28
13001-970 Campinas-SP Telefax. (19) 232-8937 Publica artigos
relacionados com física, química, mineralogia, biologia, fertilidade,
manejo e conservação, poluição dos solos, bem como notas diversas
pertinentes à temática agrária. (Quadrimestral. ISSN 0100-0683) ,a s:
ANTROPOLOGIA Pesquisa UNISINOS/Instituto Anciúetano de Pesquisas Caixa
Postal 275 93001-970 São Leopoldo-RS Telefax. (51) 592-1611, rs. 147,
130 ra É especializada em antropologia, publicando nos campos de
arqueologia, botânica a. e zoologia. (Anual) Revista de Antropologia
Departamento de Antropologia da FFLCH/USP Caixa Postal SIOS 05508-900
São Paulo-SP Tel. (11) 818-3779 es Fax. (11) 818-3163 io Publica
artigos, comunicações, resenhas, bibliografia e noticiário sobre
assuntos da área. (ISSN 0034-7701)
201
Revista do Museu de Antropologia Universidade Federal de Goiás Caixa
Postal 131 74001-970 Coiânia-GO Tel. (62) 205-10001202-1322 Divulga os
trabalhos científicos realizados pelos grupos de pesquisa que atuam nos
diversos setores do Museu. ARQUITETURA Cadernos de Arquitetura e
Urbanismo Departamento de Arquitetura e Urbanismo da PUC/MG Caixa
Postal 2686 30535-610 Belo Horizonte-MG Tel. (31) 319-1220 Fax. (31)
319-1225 Destina-se a registrar e divulgar trabalhos de pesquisas e
propostas desenvolvidos pelos especialistas do Departamento. No
primeiro número, relata pesquisa feita em área-piloto, na Vila N. Sra.
Aparecida, na área marginal urbana de Belo Horizonte. ARTE Arteunesp
Av. Rio Branco, 1210 01206-904 São Paulo-SP Tel. (11) 223-7088 Fax. (11)
223-9560 Publicação destinada àdiseussão de temas relacionados com
problemas teóricos da arte, com experiências concretas neste campo, com
as várias tendências estéticas. (Trimestral) BIBLIOTECONOMIA Boletim
Bibliográfico Fundação IBGE Avenida Franklin Roosevelt, 166 20021-120
Rio de janeiro-Rj Tel. (21) 234-2043 Publicava referências
bibliográficas e resumos indicativos de artigos de periódicos e de obras
especializadas nas áreas de atuação do IBGE, índices alfabéticos de
autores, de assuntos e de locais. As principais áreas cobertas eram:
administração, agricultura, bibliotecononúa, comércio, documentação,
demografía, direito, legislação, ecologia, economia, energia,
estatística, fotogrametria, geografia, geologia, geomor- fologia,
indústria, recursos naturais, saúde, sociologia, política, trabalho,
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
transporte e urbanismo. (Suspenso)
202
Ciência e Informação Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e
Tecnologia/IBICT SCN. Quadra 2. Bloco K. 70070-914 Brasília-DF Telefax.
(61) 321-4888 Publica trabalhos inéditos de pesquisadores brasileiros e
estrangeiros nos campos teórico e prático da ciência da informação e
áreas correlatas. Além de artigos assinados, divulga comunicações,
cartas, depoimentos, notícias sobre sistemas e serviços, conferências,
congressos, cursos, resenhas de livros, de periódicos e outros tipos de
documentos de âmbito nacional ou internacional, de interesse para os
profissionais da informação. (Semestral) Revista de Biblíoteconomia de
Brasí7ia Associação dos Bibliotecários do Distrito Federal SCRN. 702-3.
Bloco C. Entrada 49 Sobreloja 79710-750 Brasília-DF Tel. (61) 224-3825
Fax. (61) 224-3499 Publica trabalhos inéditos com o objetivo de
divulgar idéias, experiências e realizações, não só da comunidade
científica da Biblioteconon-áa mas também para aquelas das áreas afim,
dentro da sua perspectiva transffisdplinar. (Semestral) Revista da
Escola de Biblioteconomia Universidade Federal de Nlinas Gerais Caixa
Postal 1606 30161-970 Belo Horizonte-MG Tel. (31) 448-5227 Fax. (31)
448-5200 Publica artigos tratando de temas e aspectos de
Biblioteconon-áa e de Ciência da Informação. (Semestral) Sumários de
Periódicos Correntes IBGE/SEPLAN Avenida Franklin Roosevelt, 166
20021-120 Rio de janeiro-Rj Tel. (21) 297-3911 Os SuWrios traziam a
reprodução das páginas que relacionam o conteúdo dos periódicos
chegados à Biblioteca Central do IBGE. Usuários externos podiam
adquirir, mediante pagamento de taxa, cópias dos artigos referidos.
(Suspenso) Transinformação Departamento de Pós-Graduação em
Biblioteconorrúa da PUCCAMP Rua Waldemar César da Silveira, 105 – Swift
13020-904 Campinas-SP Tel. (19) 232-0981 Fax. (19) 232-3163 Publica
artigos inéditos, resenhas e comunicações de pesquisa, documentos e
informações sobre as dissertações apresentadas no curso de
Pós-Graduação. (Qua- árimestral. ISSN 0103-3786) 903
203
kBIOLOGIA Naturalía UNESP Av. Rio Branco, 1210 01206-904 São Paulo-SP
Tel. (11) 223-7088 Fax. (11) 223-9560 Publica artigos originais e
revisões de temas de interesse no campo das ciências biológicas.
(Anual) Salusvita Faculdades do Sagrado Coração Caixa Postal 511
17400-160 Bauru-SP Tel. (14) 223-2311 Publicação da área de ciências
biológicas e da saúde, visando divulgar os trabalhos de pesquisa
desenvolvidos pelos docentes da Instituição. CIÊNCIAS I-IUMANAS: ENFOQUE
MULTIDISCIPLINAR Ciência e Cultura Sociedade Brasileira para o
Progresso da Ciência/SBPC Rua Maria Antônia, 294 01222-010 São Paulo-SP
Tel. (11) 259-2766 Fax. (11) 606-1002 Revista mensal publicada pela
SBPC, dando guarida a trabalhos culturais e científicos em geral,
abrangendo todas as áreas do conhecimento, inseridos nas seguintes
modalidades: relatos de observações ou experiências originais, análises
de temas de interesse dos cientistas e do público, pequenos
comentários, noticiário e debate sobre arti os já publicados. Acompanha
a vida científica no país e no g mundo. (Mensal) Ciências Humanas
Universidade Cama Filho Rua Manoel Vitorino, 625 20748-900 Rio de
janeiro-Rj Tel. (21) 599-72721599-7184 Fax. (21) 591-4448 Os temas
abordados pela revista, de caráter rnultidisciplinar, situam-se nos
campos da filosofia, estética, psicologia, ciências sociais, política e
direito. (Trimestrao Ciências Humanas em Revista Instituto de Ciências
Humanas e Letras da UFGO ICHL 11 – Sala 7 Caixa Postal 131 74001-970
Coiânia-GO Tel. (62) 205-IOW, rs. 130 e 134 Fax. (62) 205-1063 Publica
alternativamente volumes de Filosofia, História e Ciências Sociais, buscando
travar debates sobre o homem e a sociedade. (ISSN 0104-3587) 204
Diógenes Universidade de Brasfiia SCS. Qd. 02. Bloco C, n. 78 – 2′ and.
70330-500 Brasília-DF Tel. (61) 226-7043 Fax. (61) 225-5611 Revista
internacional publicada com o apoio do Conselho Internacional de
Filosofia e Ciências Humanas e da UNESCO. Aborda assuntos de política,
educação, filosofia, cultura e comunicação. (Semestral) E@t.d@, A.@çd.
d@ .- @. USP @@ “., -,. j, .. ., é”- , @, .. ,@@ (“) 2@@ “. 1.1.d. ..
,.b,, … d@ -.,@ @ @, .@ d@ @. .@ Estudos Leopoldenses UNISINOS –
Divisão de periódicos Av. Unisinos, 950 93022-000 São Leopoldo-RS Tel.
(51) 592-0333 Fax. (51) 592-1035 Revista de cultura geral, tratando de
assuntos da área de linguagem, !iteratma lingüística, lústória,
filosofia, pedagogia. (Bimestral) Horizontes Universidade de São
Francisco Avenida São Francisco de Assis, 218 12900-000 Bragança
Paulista-SP Tel. (11) 404-1500 Fax. (11) 404-1825 Revista de ciências
humanas para a divulgação dos trabalhos produzidos pelos docentes da
Universidade. Humanídades Universidade de Brasflia SCS. Qd. 02. Bloco C,
n. 78 – 2′ and. 70300-500 Brasilia-DF Tel. (61) 226-7043 Fax. (61)
225-5611 Revista de ciências humanas, abordando temas políticos,
históricos e filosóficos em diálogo com os pensadores clássicos e
contemporâneos. (Trimestrao
205
Idéias Revista do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UNICAMP
Departamento de publicações do IFCH Caixa Postal 6110 13081-970
Campinas-SP Tel. (19) 239-7365 Èax. (19) 239-3327 1 Criada em 1994, a
Revista acolhe as idéias provindas das pesquisas e debates eri@ curso no
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
IFCH e em outras unidades da UNICAMP, ficando contudo aberta a
contribuições externas. A Revista publica também traduções de textos
estrangeiros considerados relevantes para o pensamento histórico, social
e filosófico. Abriga ainda depoimentos, entrevistas, anotações inéditas
de interesses histórico ou teórico. Dá especial ênfase a resenhas
críticas. Leopoldianum UNISAN’ROS Rua Eucli4es da Cunha, 241 11065-902
@antos-SP Tel. (13) 237@.7122 Fax. (13) 237-2149 Revista
multidisciplinar de comunicação e cultura, publica artigos de interesse
atual nas áreas de história, filosofia, ciênciais humanas, literatura,
economia, arte, educação e teologia, bem como noticiários e resenhas
bibliográficas. (Quadrimestra0 Revista de Ciências Humanas Universidade
Federal da Paraíba Campus Universitário/CCHLA/Bloco 4 58059-900 João
Pessoa-PB Tel. (83) 216-7300 Fax. (83) 216-7064 Publica trabalhos nas
áreas de serviço social, filosofia, psicologia, letras, artes,
comunicação e história, sempre numa perspectiva de
interdisciplinaridade. (Anua4 Revista de Cultura’Vozes Rua Luis Coelho,
295 01309-001 São Paulo-SP Tel. (11) 258-6910 Fax. (11) 258-7070 Publica
artigos das diversas áreas relacionadas com a cultura, com destaque
para as ciências humanas, comunicação, arte, literatura e filosofia.
(Bimestral. ISSN 0100-7070) Revista do IEB Instituto de Estudos
Brasileiros da USP Av. Prof. Mello Moraes, Trav. 8 n. 140 05508-900 São
Paulo-SP Tel. (11) 818-3199 Fax. (11) 818-3143 de um núcleo temático,
abordado em cada número, publica artigos, Além comunicações,
documentos, resenhas, destinando ainda uma seção para divulgação do
acervo do IEB.
206
Revista USP Coordenadoria de Comunicação Social da USP Av. Prof.
Luciano Gualberto, Trav. j, s. 303-4 OSSOS-900 São Paulo-SP Tel. (11)
818-4403 Fax. (11) 818-4309 Continua a Revista da Universidade de São
Paulo. Trata-se de periódico multidis- ciplinar das várias áreas de
ensino da USP, visando manter a ligação entre a Universidade e a
sociedade. Assim, além de artigos científicos de fundo, informa sobre as
publicações da Editora da Universidade, bem como sobre as dissertações
e teses defendidas nas várias unidades. (Trimestral. ISSN 0103-9989)
Signum Núcleo de Estudos e Pesquisas Multidisciplinares da PUC/MG Caixa
Postal 2686 30535-610 Belo Horizonte-MG Tel. (31) 319-1144 Caderno do
Núcleo, publicando artigos, dossiês, abrindo espaço de reflexão para a
produção do saber, mediante relatos de pesquisa, trabalhos de revisão,
resenhas, notícias, comentários, comunicações e cartas sobre temas
multidisciplinares. Verítas Pontifícia Universidade Católica do Rio
Grande do Sul Caixa Postal 1429 90001-970 Porto Alegre-RS Tel. (51)
339-1511 Revista multidisciplinar, trata de assuntos científicos e
culturais, abrangendo as áreas de ciências, filosofia, letras, artes,
educação e teologia. (Trimestral) CONTABILIDADE, CIÊNCIAS CONTÁBEIS
Caderno de Contabílidade Departamento de Contabilidade da PUCIMG Caixa
Postal 2686 3053M10 Belo Horizonte-MG Tel. (31) 319-1220 Fax. (31)
319-1225 Procura ser o registro e a expressão da produção dos
professores, transcrevendo o resultado de suas atividades de ensino,
destacando a importância do trabalho didático na área. Enfoque: R.-f7
Contábil .,.exão Departamento de Ciências Contábeis da Universidade
Estadual de Maringá Avenida Colombo, 5790 87020-900 Maringá-PR Tel. (44)
226-2727, r. 310 Fax. (44) 226-3711 207
CIÊNCIAS SOCIAIS Boletim Informativo e Bíbliográ fico de Ciências
SociaisIBIB ANPOCS – Associação Nacional de Pós-graduação em Ciências
Sociais Avenida Prof. Luciano Gualberto, 3151 s. 116 05508-900 São
Paulo-SP Tel. (11) 818-4664 Fax. (11) 813-5043 Publica artigos,
acompanhados de bibliografia atualizada e especializada sobre os temas
abordados; elabora resenhas bibliográficas e divulga eventos e
atividades relevantes na área das ciências sociais. (Semestral. ISSN
0100-199X) Caderno de Ciências Sociais Departamento de Sociologia da
PUC/MG Caixa Postal 2686 30535-610 Belo Horizonte-MG Tel. (11) 319-1220
Fax. (11) 319-1225 Publica artigos e polêmicas elaborados pelos
docentes do Departamento, (ISSN 0104-0782) Dados IUPERJ Rua da Matriz,
82 22260-100 Rio de janeiro-Rj Tel. (21) 286-0996 Fax. (21) 286-7146
Publica artigos científicos no âmbito das ciências sociais, em geral,
voltados sobretudo para a discussão dos aspectos econômicos e políticos
da realidade brasileira contemporânea. (ISSN 0011-5258) Estudos CEDHAL
Centro de Estudos de Demografía Fbstórica da América Latina/USP Caixa
Postal 8105 05508-900 São Paulo-SP Telefax. (11) 815-5273 Margem
Faculdade de Ciências Sociais da PUCISP-EDUC Rua Monte Alegre, 984
05014-001 São Paulo-SP Tel. (11) 263-0211 Fax. (11) 62-4920 Revista da
Faculdade de Ciências Sociais e do Programa de Pós-Graduação da mesma
área, da PUC/SP, que se propõe, numa perspectiva de abertura às
fronteiras das ciências sociais, a estabelecer diálogo no interior do
universo acadêmico, explorando assuntos e enfoques a partir de uma
temática nucicadora. (ISSN 0103-8915)
208
Novos Estudos Cebrap Centro Brasileiro de Análise e Planejamento/CEBRAP
Rua Morgado Mateus, 615 04015-902 São Paulo-SP Tel. (11) 574-0399 Fax.
(11) 574-5928 Publicação destinada à pesquisa nos campos da economia
política, da sociologia, da antropologia, da ciência política, da
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
comunicação, da literatura e da produção artística. (Quadrimestral.
ISSN 0101-3300) Perspectivas Instituto de Letras, Ciências Sociais e
Educação da UNESP Estrada Araraquara/jaú, km 1 Caixa Postal 174
14800-901 Araraquara-SP Tel. (16) 232-0444 Fax. (16) 232-0698 Estudos e
investigações da comunidade acadêmica da UNESP, visando à publicação e
divulgação de contribuições no âmbito da fundamentação teórica das
ciências sociais e da reflexão crítica sobre a realidade brasileira.
(Anual. ISSN 0101-3459) Reforma Agrária Associação Brasileira de
Reforma Agrária/ABRA Rua Cândido Gon-úde, 333 – Jd. Guanabara Caixa
Postal 1396 13070-200 Campinas-SP Telefax. (19) 242-7993 Debate a
situação fundiária do país, as condições de vida do trabalhador rural,
as questões referentes à posse e ao uso da terra, no Brasil. Informa
sobre a legislação agrária, sobre jurisprudência e sobre acontecimentos
relacionados à problemática fundiária. Revista Brasileira de diências
Sociais Associação Nacional de Pós-Graduação em Ciências Sociais/ANPOCS
Av. Prof. Luciano Gualberto, 315, s. 116 05508-900 São Paulo-SP Tel.
(11) 818-4664 Fax. (11) 815-4172 Publica artigos e resenhas, de autores
nacionais e estrangeiros, divulgando os trabalhos dos pesquisadores da
Associação. (ISSN 0102-6909) COMUNICAÇ,ÃO Comunicação & Sociedade
Instituto Metodista de Ensino Superior Rua Sacramento, 230 – Rudge
Ramos 09735-460 São Bernardo do Campo-SP Tel. (11) 457-3733, r. 1034
Fax. (11) 455-3349 Revista semestral de estudos de comunicação, editada
pela comissão de pós- graduação em Comunicação Social do Instituto
Metodista de Ensino Superior, publica trabalhos científicos voltados
para a problemática da comunicação social. (Trimestral) 209
Comunicarte
Instituto de Artes e Comunicações da PUCCAMP
Caixa Postal 317
13020-904 Campinas-SP
Tel. (19) 252-0899, r. 176
Fax. (19) 255-6376
Divulga produção acadêmica dos professores do Instituto mediante artigos,
resumos, aprofundando reflexões e apontando caminhos. (Anual. ISSN 0102-
0242)
Enfoque
Centro de Ciências da Comunicação da UNISINOS
Divisão de periódicos
Av. Unisinos, 950
93022-000 São Leopoldo-RS
Tel. (51) 592-0333
Fax. (51) 592-1035
OrdemIDesordem
Departamento de Comunicação Social da PUC/MC.
Caixa Postal 2686
30161-970 Belo Horizonte-MG
Tel. (31) 319-1220
Fax. (31) 319-1225
Publica estudos relacionados com ensino e pesquisa em comunicação,
debatendo
questões referentes aos meios de comunicação.
DIREITO
Caderno de Direito Tributário
Editora Revista dos Tribunais
Rua Conde do Pinhal, 78
01501-060 São Paulo-SP
Tel. (11) 607-2433
Fax. (11) 607-5802
Contém: doutrina (nacional e estrangeira), pareceres, conferências e debates,
“prudência, decisões administrativas, legislação e atos administrativos, comentários
sobre jurisprudência e legislação, além da resenha bibliográfica.
(Trimestra@
Direito & justiça
Faculdade de Direito da PUC-RS
Caixa Postal 1429
90619-900 Porto Alegre-RS
Tel. (51) 3391511
Fax. (51) 339-1564
Revista acadêmica destinada a publicar artigos específicos na área de Direito,
buscando fornecer elementos de contribuição ao ensino mediante o
desenvolvimento
da pesquisa responsável, atenta e criadora. Através dos artigos estará veiculando
as opiniões, os èstudos, as pesquisas dos professores de Direito da PUC/RS.
Publica
recensões, notas e informações. (Semestral)
210
DireitolUSF
Avenida São Francisco de Assis, 218
12900-000 Bragança Paulista-SP
Tel. (11) 7844-8443
Fax. (11) 7844-1825
Divulga a produção científica na área das ciências jurídicas, mediante a
publicação
de artigos de pesquisa, de artigos teóricos, de comunicações, de resenhas, de
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
informativos e de jurisprudência comentada. (Semestral. ISSN 0104-1118)
Estudos jurídicos
Centro jurídico da UNISINOS
Av. Unisinos, 950
9322-000 São Leopoldo-RS
Tel. (51) 592-0333
Fax. (51) 592-1035
Publicação especializada em assuntos jurídicos: direito criminal, direito do
trabalho, direito civil e direito internacional. (Quadrimestrao
Revista do Direito Imobiliário
Instituto de Registro Imobiliário do Brasil
Av. Paulista, 273, Horsa 1, 12′ and., cj. 1201
01311-000 São Paulo-SP
Tel. (1 1) 287-2906
Fax. (11) 284-6958
Publicação especializada em direito imobiliário. (Semestral)
Revista de Direito do Trabalho
Editora Revista dos Tribunais
Rua Conde do Pinhal, 78
01501-060 São Paulo-SP
Tel. (11) 607-2433
Fax. (11) 607-5802
Abrange direito do trabalho em geral, previdência social e infortunística, contendo
seção de debates, doutrina, questões práticas; jurisprudência e legislação
comentadas,
além de comentários bibliográficos e entrevistas. (Bimeàtral)
Revista Forense
Editora Forense
Caixa Postal 269
20020-000 Rio de janeiro-Rj
Tel. (21) 533-5537
Fax. (21) 533-4752
Revista instrumental do direito, apresenta permanentemente doutrina, pareceres,
jurisprudência civil e comercial, jurisprudência criminal, jurisprudência do trabalho,
crônica, notas e comentários, bibliografia; legislação e um minucioso índice
alfabético
e remissivo, além de indispensável índice geral. (Trimestral)
Revista jurídica
Faculdade de Direito da PUCCAMP
Caixa Postal 317
13020-904 Campinas-SP
Telefax. (19) 236-7001
Estudos e resenhas na área. (ISSN 0101-5622)
211
Revista jurídica Mineira
Editora Jurídica Interlivros
Rua Commbá, 204
30710-280 Belo Horizonte-MG
Tel. (31) 278-13001278-1202
Fax. (31) 226-7196
Publicação especializada de doutrina, jurisprudência e legislação civil comercial,
criminal e trabalhista. (Mensap
Revista lustitia
Procuradoria Geral da justiça/Ministério Público de São Paulo
Subárca de publicação e divulgação
Fórum João Mendes, 16′ and., s. 1623
01501-000 São Paulo-SP
Tel. (11) 223-M22
Publicada pela Procuradoria Geral da Justiça, em convênio com a Associação
Paulista do Ministério Público do Estado de São Paulo, foi fundada em 1939.
Trata
de temas estritamente técnico-jurídicos, registrando e divulgando doutrina,
pareceres,
legislação e noticiário da área. (Trimestral)
Revista de Processo
Editora Revista dos Tribunais
Rua Conde do Pinhal, 78
01501-060 São Paulo-SP
Tel. (11) 607-2433
Fax. (11) 607-5802
Publicação abordando todos os ramos do processo, contendo artigos de doutrina
(nacional e estrangeira), atualidades, conferências, pareceres, jurisprudência na
íntegra,
comentada, e ementário, além de bibliografia. (Trimestral)
Revista dos Tribunais
Editora Revista dos Tribunais
Rua Conde do Pinhal, 78
01501-060 São Paulo-SP
Tel. (11) 607-2433
Fax. (11) 607-5802
Mensário de jurisprudência (publicação oficial) dos principais tribunais brasileiros.
Abriga também doutrina, pareceres, legislação e n-únucioso índice remissivo.
Oitenta
anos de publicação ininterrupta. (Mensao
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
Revista Trimestral de Direito Público
Malheiros Editores Ltda.
Rua Libero Badaró, 277, 0. 2306
01074-900 São Paulo-SP
Tel. (11) 37-8505
Fax. (11) 239-1938
órgão do IDEPE (Instituto Internacional do Direito Público e Empresarial) e do
IDAP (Instituto do Direito Adnúfflstrativo Público). Trabalha com questões jurídicas
pertinentes à área.
212
RT Informa
Editora Revista dos Tribunais
Rua Conde do Pinhal, 78
01501-060 São Paulo-SP
Tel. (11) 607-7865
Fax. (11) 607-5802
reial Publicação de atualização sobre assuntos fiscais,
comerciais, trabalho e previdência
social, instituições financeiras, jurisprudência ete. (Quinzena@
Seqüência
Editora da Universidade Federal de Santa Catarina
Caixa Postal 476
88010-970 Florianópolis-SC
Tel. (48) 231-9408
Fax. (48) 231-9680
ação Revista de estudos jurídicos e políticos, órgão do
curso de pós-graduação em
@rata Direito, da UFSC, cujos trabalhos visam contribuir para
a reconstituição da memória
cres, jurídico-política nacional e das manifestações do poder
constituinte, para o repensamento
das instituições jurídico-políticas com preocupações Prospectivas e para
a
investigação sobre os fundamentos epistemológicos que se encontram na base
dos
pontos anteriores. (Semestral)
Tribuna da Ordem dos Advogados do Brasil
Conselho Federal da OAB
Avenida Marechal Câmara, 187 – 7′ andar
20020-080 Rio de janeiro-Rj
Tel. (21) 221-0021
.nna
@gra, Publicação destinada à discussão de temas jurídicos,
bem como à apresentação
de informações da organização, de interesse dos associados e dos
advogados em
geral.
ECONOMIA
Conjuntura Econômica
Fundação Getúlio Vargas/Instituto Brasileiro de Economia
Praia de Botafogo, 190, s. 607
iros.
22253-900 Rio de janeiro-Rj
@nta Tel. (21) 551-1542
Fax. (21) 536-9100
Apresenta análises da economia nacional, o perfil das contas do
país, índices,
preços em diversos setores e a pesquisa na área econômica. (Mmsal. ISSN
0100-5945)
Economia & Sociedade
Instituto de Economia da UNICAMP
Caixa Postal 6135
13081-100 Campinas-SP
do Tel. (19) 239-8295
icas Fax. (19) 239-1522
Publica artigos e resenhas voltados para a realidade econôn-úca brasileira.
(Semestral)
213
Estudos Econômicos
Instituto de Pesquisas Econômicas da FIPE/USP
Caixa Postal, 11474
05422-970 São Paulo-SP
Tel. (11) 818-5867
Fax. (11) 818-6073
Continua a revista Teoria e Pesquisa Econômica. Publica estudos teóricos e
históricos,
da área bem como resenhas de livros de interesse da mesma. (Bimestral)
Informações Econômicas
Instituto de Economia Agrícola
Av. Miguei Stefano, 3900
04301-903 São Paulo-SP
Tel. (11) 276-9266, r. 354
Fax. (11) 276-4062
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
Revista técnica do Instituto de Economia Agrícola (IEA), da Secretaria da
Agricultura do Estado de São Paulo. Publica artigos, com estudos e propostas,
dados econômicos e legislação sobre a agricultura. Dentre seus temas,
destacam-se
as políticas de desenvolvimento agrícola, a gestão da empresa agrícola,
financiamento
e investimento públicos nos empreendimentos agrícolas, estatísticas da produção
e de preços, a agroindústria, o trabalho rural e o uso da informática na agricultura.
(Mensal. ISSN 0100-4409)
Perspectiva Econômica
Núcleo de Publicações – UNISINOS
Av. Unisinos, 950
93022-000 São Leopoldo-RS
Tel. (51) 592-0333
Fax. (51) 592-1035
Revista especializada em assuntos econôn-úcos e administrativos, publicando
trabalhos na área de ecologia, estatística e cooperativisino. (Quadrimestrao
Revista Brasileira de-Economia
Fundação Getúlio Vargas
Praia do Botafogo, 190, @. 104
22253-900 Rio de Janeiro-Rj
Tel. (21) 551-1542
Publicação especializada em economia, sob a orientação do núcleo de econon-úa
da Escola de Pós-Graduação em Econoirúa, da FGV. Informa sobre o
comportamento
econômico nacional e sobre o desenvolvimento do pensamento econômico no
país.
(Trimestral)
Revista de Economia Política
Centro de Econoirúa Política
Avenida Jorge João Saad, 104
05218-000 São Paulo-SP
Tel. (11) 844-3196
Fax. (11) 844-6137
Publicação que aborda assuntos referentes à econon-úa, tratando de questões
econômicas nacionais e internacionais através de artigos, notas, comentários e
resenhas.
Publica também documentos importantes para a área. (Trimestral. ISSN 0101-
3150)
214
EDUCAÇÃO
Cadernos CEDES
CEDES/Papirus
Rua Dr. Cabriei Penteado, 253
13035-451 Campinas-SP
OS, Tel. (19) 231-3500
Fax. (19) 236-2578
Dentro do objetivo geral de reanimar o debate e a crítica da educação brasileira
contemporânea, visa, em cada número, aprofundar um tema específico,
resumindo,
sempre que possível, diversas perspectivas. (Trimestral)
Cadernos de Educação
Faculdade de Educação/Universidade Federal de Pelotas
Rua Ain-úrante Barroso, 1734
96010-280 Pelotas-RS
da Tel. (53) 222-7981
as, Fax. (53) 225-4573
-Se E-mail: oliveira”el.tche.br
ito Publica trabalhos sobre a educação em geral, sob a forma
de artigos referidos
;ão a pesquisas, estudos teóricos e a experiências práticas no
campo educacional.
rã. (Semestral. ISSN 0104-1371)
Cadernos de Pesquisa
Fundação Carlos Chagas/Cortez Editora
Rua Bartira, 387
05009-000 São Paulo-SP
Tel. (11) 864-0111
Fax. (11) 8644290
Publica trabalhos direta ou indiretamente relacionados com a educação, apresentados
sob a forma de relatos de pesquisa, ensaios técnicos, artigos, relatos de
ido experiência, revisões, resenhas e debates. (Trimestral)
Caderno Linhas Críticas
Faculdade de Educação/Universidade de Brasilia
Campus Universitário/Asa Norte
70910-900
Brasília-DF
Tel. (61) 348-2124
nia E-mail: rvlinha@unb.br
nto Publicação voltada para os principais debates
contemporâneos acerca do fenômeno
educativo, divulgando relatos de pesquisa, dossiês sobre temáticas especiais,
ensaios
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
apresentados em conferências. (Semestral)
Cadernos de História e Filosofia da Educação
Faculdade de Educação/USP
Avenida da Universidade, 308 Butantã
05508-900
São Paulo-SP
Tel. (11) 818-3195
Fax (11) 815-0194
ões A revista divulga estudos e pesquisas realizados por
docentes e discentes das
ias. áreas de Filosofia da Educação e História da Educação, da
Faculdade de Educação
0) da Universidade de São Paulo. Os trabalhos têm a forma de
relatos de pesquisas,
ensaios e resenhas. (Semestral)
215
Comunicações
Programa de Pós-Graduação em Educação
Universidade Metodista de Piracicaba
Caixa Postal, 68
13400-911 Piracicaba-SP
Tel. (19) 430-1609
Fax (19) 430-1617
E.inail: posgrad~mep.br
Trata-se de caderno de produções acadêmico-científicas do Programa de Pós-
Graduação em Educação da UNIMEP, embora aberto às contribuições de pesquisadores
externos. Aborda temáticas que vêm sendo objeto de pesquisa no campo
educacional, refletindo assim o trabalho investigativo dos programas de pós-graduação
da área. (Semestral. ISSN 0104-8481)
Educação & Linguagem
Centro de Ciências da Educação/Universidade Metodista de São Paulo
Rua do Sacramento, 230
09735-460 São Bernardo do Campo-SP
Tel. (11) 7664-7655
Fax (11) 7664-7728
E-mail: biblioteca@unesp.com.br
Destina-se à publicação de trabalhos de interesse da educação e suas interfaces,
adotando um caráter en-únentemente multidisciplinar, distribuídos nas seções
Artigos,
Entrevista, Reportagem, Depoimentos, Resenhas, Informes. (Semestral. ISSN
1415-9902)
Educar em Revista
Setor de Educação/Universidade Federal do Paraná
Caixa Postal, 19651
81531-990
Curitiba-PR
A revista tem por objetivos principais a divulgação, a análise e a crítica das
idéias e das experiências educacionais. Parte do periódico destina-se ao
tratamento
de temática específica da área educacional, previamente definida pelo Conselho
Consultivo, enquanto a outra parte publica artigos que, selecionados pelo Con-útê
Editorial, abordem temas diversos relacionados à educação. (Anual. ISSN 0100-
6932)
Inter-Ação
Faculdade de Educação/Universidade Federal de Goiás
Rua Delenda Rezende de Meio, s/n Setor Universitário
Caixa Postal, 131
74605-050 Goiânia-GO
Publica artigos relacionados com a educação, resultantes de estudos teóricos,
pesquisas, reflexões sobre práticas concretas, discussões polêmicas, distribuídos
nas
seções artigos, conferência, texto didático e ponto de vista. (Anual. ISSN 0101-
7136)
216
Interface, Comunicação, Saúde, Educação
Fundação Uni Botucatu
Campus UNESP/Distrito de Rubião junior
Caixa Postal, 592
1861M00 Botucatu-SP
Tel. (14) 821-2121
Fax (14) 821-3133
Email: intface@&fmb.unesp.br
Publicação da coordenadoria das disciplinas pedagógicas do curso de pós-graduação
em Medicina da UNESP, campus Botucatu. Trabalha com números
temáticos,
de unia perspectiva multidisciplinar, buscando cruzamentos e implicações entre
diversos discursos. Traz as seções de ensaios, artigos e relatos, debates,
resenhas
de livros e teses, notas breves, espaço aberto e informes. (Semestral. IS5N1414-
3283)
Reflexão e Ação
Departamento de Educação/Universidade de Santa Cruz do Sul
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
Rua Coronel Oscar jost, 1551
96815-010 Santa Cruz do Sul-RS
Tel. (51) 713-1011
A revista busca publicar trabalhos que reflitam a educação a partir de teorias
mais gerais, bem como abordem questões mais específicas do campo
educacional.
(Anual. LSSN 0103-8842)
Revista de Educação
APEOESP
Praça da República, 282
01045-000 São Paulo-SP
Tel. (11) 222-8200
Fax (11) 220-8939
Publicação do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São
Paulo, sob a responsabilidade da Secretaria de Assuntos Educacionais e
Culturais
da entidade. A revista busca subsidiar os docentes do ensino fundamental e
médio
da rede pública do Estado de São Paulo, com elementos teóricos e legais, para o
desenvolvimento de sua prática pedagógica e de sua participação política nos
assuntos da categoria.
Revista de Educação CEAP
Centro de Estudos e Assessoria Pedagógica/CEAP
Avenida Leovigildo Filgueiras, 683
40100-000 Salvador-BA
Tel. (71) 237-4933
Fax (71) 267-0521
E-mail: ceap@bahianet.com.br
Está aberta à publicação de textos relevantes para a educação brasileira, criando
espaço para a socialização de experiências pedagógicas e para a divulgação de
dissertações, teses, livros e artigos, buscando subsidiar o trabalho pedagógico
dos
educadores. Aborda temas variados como avaliação da aprendizagem, novas tecnologias,
LDB, educação popular, metodologia de ensino, currículo, arte e
educação.
(Trimestral. ISSN 1413-6880)
aa
217
Revista Educação e EnsinolUSF
Universidade São Francisco
Avenida São Francisco de Assis, 218
Educação em Questão
Departamento de Educação – C. C. S. Aplicadas
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Campus Universitário – Lagoa Nova
59072-970 Natal-RN
Tel. (84) 231-1266, r. 450
Fax. (84) 231-0066
Revista semestral do Departamento de Educação da UFRN, publicando artigos,
entrevistas, resenhas, relatos de pesquisas e experiências, resumos de teses e
dissertações da área educacional. (Bimestral)
Educação e Realidade
Faculdade de Educação da UFRGS
Avenida Paulo Cama, s/n – Prédio 12201
90046-900 Porto Alegre-RS
Tel. (51) 228-1633, r. 3268
Fax. (51) 225-4932
Publicação, abrigando artigos científicos da área educacional e privilegiando, em
cada número, uma seção de tema em destaque, bem como uma resenha crítica.
C)s
trabalhos relatam pesquisas e desenvolvem abordagens teóricas sobre temas
atuais
da educação. (Semestral)
Educação & Sociedade
CEDES/Papirus
Rua Dr. Cabriei Penteado, 253
13035-451 Campinas-SP
Tel. (19) 231-3500
Fax. (19) 236-2578
Revista de ciências da educação, debate os aspectos macroeducacionais da
educação brasileira. Educação e prática político-social. Publicada pelo CEDES
(Centro
de Estudos Educação e Sociedade), Campinas, SP. (Quadrimestral)
Perspectiva
Revista do Centro de Ciências da Educação
Núcleo de Publicações da UFSC
Campus Universitário Trindade
88040-970 Florianópolis-SC
Tel. (48) 231-9586
Iniciando agora uma nova fase, a Revista se encontra em seu 19’ número, e
passa a publicar também números ternáticos, visando contribuir para a discussão
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
de questões contemporâneas. Continua abrigando artigos, bem como resumos de
teses, divulgando a produção científica do Centro de Educação da UFSC.
(Semestral.
ISSN 0102-5473)
Proposta
FASE – Federação de órgãos para Assistência Social e Educacional
R. Bento Lisboa, 58 – Catete
22221-011 Rio de Janeiro-Rj
Tel. (21) 285-2998
Fax. (21) 205-3099
Busca promover o debate sobre experiências de educação popular e sobre a
realidade brasileira atual, enfocando sobretudo os temas de maior interesse para
as organizações e movimentos populares. (Trimestral)
219
Revista ANDE
Associação Nacional de Educação
Rua Bartira, 387 – sala 5
05009-000 São Paulo-SP
Tel. (11) 864-0111
Fax. (11) 864-4290
A proposta desta revista é contribuir para o debate de qual seria a educação
voltada para os interesses da maioria de nosso povo. Uma educação justa, que
amplie as condições de acesso e permanência à educação e à escola, da maioria
da população. A escola, e a educação que nela se faz, com suas falhas e
contradições,
com seu papel reprodutor e legiffimdor das desigualdades sociais, com seus
resultados
contraditoriamente negados desse social, constitui objeto primeiro. Examinar
assuntos
como a avaliação da aprendizagem, o planejamento curricular, a interação professor-
aluno, o livro didático ete., numa ótica política, é o seu cantinho. (Semestral)
Revista Brasileira de Educaçao
ANPEd/Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação
Avenida Higienópolis, 901
01238-001 São Paulo-SP
Tel. (11) 825-5544
Fax. (11) 825-7861
Veículo próprio de divulgação da produção científica da ANPED, destinada a
trazer o aporte da pesquisa e da reflexão sistemática sobre as questões da
educação.
Além dos artigos, publica resenhas e notas de leitura.
Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos
INEP – Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos
Campus da UnB – Acesso Sul – Asa Norte
70910-900 Brasilia-DF
Telefax. (61) 273-3233
Publica estudos e pesquisas sobre educação e áreas afins, documentos técnicos
e de legislação, bem como trabalhos relacionados com a teoria e a prática
educacional.
(Trimestral)
Revista do Centro de Educação
Universidade Federal de Santa Maria
Campus Universitário
97119-900 Santa Maria-RS
Tel. (55) 226-1616
Fax. (55) 226-2125
Sua finalidade é divulgar atividades didáticas, experiências de aula e trabalhos
de pesquisas realizadas pelos docentes do Centro de Educação da UFSM.
Revista de Educação AEC
Associação de Educação Católica do Brasil
SPN – Quadra 1 – Bloco H, Loja 40
70040-000 Brasilia-DF
Tel. (61) 223-2947
Fax. (61) 226-3081
De inspiração católica, a revista se propõe promover uma educação libertadora,
fornecendo elementos para análise da educação de hoje e para a solução de sua
problemática, pressupondo ‘uma visão de educação encarnada na trama da
sociedade,
(…) consciente da realidade, comprometida com sua transformação’.
Publica
artigos e resenhas. (Trimestral)
220
Revista de Educação e Filosofia
Departamento de Pedagogia – Universidade Federal de Uberlândia
Campus Santa Mônica – Bloco C
38400-902 Uberlândia-MG
Tel. (34) 232-6944
Destina-se a publicar trabalhos que priorizem temáticas de educação e de
io filosofia, tanto de professores da Universidade de Uberlândia
como de outros
Lie centros apresentados sob a forma de artigos científicos, de
debates e de resenhas.
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
ia (Semestral)
@s, Revista da Faculdade de Educação
os Faculdade de Educação Universidade Federal Fluminense
os Rua Visconde do Rio Branco, 882 – Campus de Gragoatá
24020-000 Niterói-Rj
Tel. (21) 719-9009
Tem por finalidade expor e discutir questões relativas à área educacional e
divulgar assuntos que concorram para a renovação científica do trabalho
pedagógico
e atividades desenvolvidas pela faculdade. (Semestrap
Revista de Psicopedagogía
Rua Deputado Lacerda Franco, 86 – 2′ and., s. 213
a 05418-000 São Paulo-SP
ío. Tel. (11) 212-0392
Publica artigos originais, relatos de pesquisa, resumos de conferências, resenhas
e notícias pertinentes à área da Psicopedagogia. (Quadrimestral)
Tecnologia Educacional
Associação Brasileira de Tecnologia Educacional
Rua jornalista Oriando Dantas, 56
22231-010 Rio de janeiro-Rj
,os Tel. (21) 551-7295
,al. Fax. (21) 522-3801
Divulga trabalhos referentes às possibilidades abertas pela tecnologia
educacional,
notícias sobre avanços mais recentes no campo, reportagens sobre experiências,
encontros, cursos e conferências e resenhas de livros e publicações de interesse
para a área. Objetiva, primordialmente, expor a tecnologia educacional a um
permanente processo de reflexão. (Bimestral)
los
EDUCAÇAO FISICA
Discorpo
Centro de Educação da PUC/SP
Rua Monte Alegre, 984
05014-001 São Paulo-SP
@ra, Tel. (11) 263-0211
iua Fax. (11) 62-4920
-ic- Publicação do Departamento de Educação Física e Esportes
da PUCISP. Publica
ica artigos e ensaios, com maior enfoque nas áreas socioctútural
e pedagógica da
Educação Física. (Semestral)
221
Motriz: Revista de Educação Física
Avenida 24/A, n. 1515
13506-900 Rio Claro-SP
Tel. (19) 534-0244, r. 160
Publicação do Departamento de Educação Física do Instituto de Biociências, da
UNESP, campus de Rio Claro. Veículo de difusão científica e cultural, p lica
trabalhos originais na área de Educação Física, em suas seções: artigos, pontos
de
vista, resenhas, resumos de t~s e dissertações e cartas do leitor. É editada em
versão impressa e em disquete. (Semestrap
Revista Brasileira de Ciências do Esporte
Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte
Universidade Federal do Espírito Santo
Campus Universitário Goiabeiras
29060-900 Vitória-ES
Tel. (27) 227-4733
Publicação do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte, divulgando trabalhos
relacionados com temas e problemas relevantes enfrentados pela Educação
Física,
na atualidade, através das seguintes seções: cartas do leitor, pontos de vista,
resenhas, entrevistas e debates, relatos de experiências, artigos e resumos de
dissertações e teses. (Quadrimestran
Revista de Educação Física
Universidade Estadual de Maringá
Campus Universitário
Caixa Postal 331
87020-900 Maringá-PR
Tel. (44) 226-2727, r. 315
Publicação do Departamento de Educação Física da Universidade Estadual de
Maringá. A revista divulga artigos, ensaios, comunicações e resenhas.
(Semestrao
Revista Paulista de Educação Física
Escola de Educação Física/USP
Av. Prof. Mello Moraes, 65 – Cidade Universitária
OSSOS-900 São Paulo-SP
Tel. (11) 818-3093
Publicação semestral da Escola de Educação Física, da Universidade de São
Paulo. Divulga investigações originais, artigos de revisão e ensaios da área.
ENFERMAGEM
Ars Curandí Hospitalar
ELEÁ – Projetos Gráficos & Editoriais Ltda.
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
Rua Barão de Ubá, 4711481
20260-050 Rio de janeiro-Rj
Tel. (21) 273-1186/273-24881273-2590
Abordagem técnica e prática de problemas do trabalho médico-hospitalar e de
enfermagem. (Bimestral)
292
Motriz: Revista de Educação Física
Avenida 24/A, n. 1515
13506-900 Rio Claro-SP
Tel. (19) 534-0244, r. 160
Publicação do Departamento de Educação Física do Instituto de Biociências, da
UNESP, campus de Rio Claro. Veículo de difusão científica e cultural, publica
trabalhos originais na área de Educação Física, em suas seções: artigos, pontos
de
vista, resenhas, resumos de teses e dissertações e cartas do leitor. É editada em
versão impressa e em disquete. (Semestral)
Revista Brasileira de Ciências do Esporte
Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte
Universidade Federal do Espírito Santo
Campus Universitário Goiabeiras
29060-900 Vitória-ES
Tel. (27) 227-4733
Publicação do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte, divulgando trabalhos
relacionados com temas e problemas relevantes enfrentados pela Educação
Física,
na atualidade, através das seguintes seções: cartas do leitor, pontos de vista,
resenhas, entrevistas e debates, relatos de experiências, artigos e resumos de
dissertações e teses. (Quadrimestra4
Revista de Educação Física
Universidade Estadual de Maringá
Campus Universitário
Caixa Postal 331
87020-900 Maringá-PR
Tel. (44) 226-2727, r. 315
Publicação do Departamento de Educação Física da Universidade Estadual de
Maringá. A revista divulga artigos, ensaios, comunicações e resenhas.
(Semestra@
Revista Paulista de Educação Física
Escola de Educação Física/USP
Av. Prof. Mello Moraes, 65 – Cidade Universitária
05508-900 São Paulo-SP
Tel. (11) 818-3093
Publicação semestral da Escola de Educação Física, da Universidade de São
Paulo. Divulga investigações originais, artigos de revisão e ensaios da área.
ENFERMAGEM
Ars Curandi Hospitalar
ELEÁ – Projetos Gráficos & Editoriais Ltda.
Rua Barão de Ubá, 4711481
20260-050 Rio de janeiro-Rj
Tel. (21) 273-1186/273-2488/273-2590
Abordagem técnica e prática de problemas do trabalho médico-hospitalar e de
enfermagem. (Bimestral)
222
Enfermagem – jornal Brasileiro de Enfermagem
Cidade – Editora Científica Ltda.
Rua México, 90, 2′ andar
20031-141 Rio de janeiro-Rj
Tel. (21) 240-45781240-4728
Cobre a área de enfermagem no Brasil com assuntos científicos e matérias
à socioeconônúcas e culturais, abrangendo todos os assuntos de
saúde e paramédicos.
(Bimestral)
Revista da Escola de Enfermagem da USP
Avenida Dr. Enéias de Carvalho Agular, 419 – Cerqueira César
05403-000 São Paulo-SP
Telefax. (11) 852-8922
Publica trabalhos específicos na área de enfermagem, no âmbito da assistência,
ensino e pesquisa. (Quadrimestra4
ENGENHARIA
Estudos Tecnológicos
Núcleo de Publicações UNISINOS
Caixa Postal 275
93022-000 São Leopoido-RS
Tel. (51) 592-0333
Fax. (51) 592-1035
Publica estudos que abrangem as áreas técnico-temológicas, engenharia e arquitetwa.
(Semestral)
Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico
Escola Federal de Engenharia de Itajubá
Avenida BPs, 1303
37500-000 Itajubá-MG
Tel. (35) 622-1510
Publica as seguintes modalidades de trabalhos relativos à área de engenharia
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
e afins: artigos que relatam observações ou experiências originais; artigos que
relatam resultados de trabalhos desenvolvidos na área científica; artigos
destinados
à divulgação de conhecimentos técnicos e científicos; artigos na área técnica que
contribuam para o desenvolvimento do ensino; resumo de teses.
Pesquisa e Tecnología FEI
Faculdade de Engenharia Industrial
Avenida Humberto de Alencar Castelo Branco, 3972
Caixa Postal 721
09850-901 São Bemardo do Campo-SP
Tel. (1 1) 419-0200
Fax. (11) 419-5994
Veículo de divulgação do ensino e das atividades de pesquisa realizados na
FEI e no Instituto de Pesquisas e Estudos Industriais. Artigos, noticiário e
resenhas
bibliográficas.
223
Tecnologia
Centro de Tecnologia da Universidade Federal de Santa Maria
Comissão de Pesq@úsa e Divulgação
Campus Universitário
97119-900 Santa Maria-RS
Tel. (55) 226-1616
Fax. (55) 226-2083
Publica artigos científicos sobre temas dos campos da engenharia e da tecnologia
em geral, decorrentes da produção de pesquisas dos docentes dos vários
departamentos
do Centro de Tecnologia. (Anual)
FARMÁCIA
Lecta
Universidade São Francisco
Avenida São Francisco de Assis, 218
12900-000 Bragança Paulista-SP
Tel. (11) 7844-8443
Fax. (11) 7844-1825
E-inail: usfbib@eu.ansp.br
Revista de farmácia e biologia publicando trabalhos nessas áreas, mediante
artigos, comunicações e resenhas. (Semestral. ISSN 0104-0987)
Revista de Ciências Farmacêuticas
UNESP
Av. Rio Branco, 1210
01206-904 São Paulo-SP
Tel. (11) 223-7088
Fax. (11) 223-9560
Visa publicar artigos originais, notas prévias, técnicas, revisões, casos e demais
temas de interesse da área das ciências farmacêuticas. (Anual)
FILOSOFIA
Cadernos de História e Filosofia da Ciência
Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência da UNICAMP
Caixa Postal 6133 – Barão Geraldo
13100-970 Campinas-SP
Tel. (19) 239-7374
Fax. (19) 239-3269
Além de artigos e notas originais de pesquisadores nacionais e estrangeiros,
resenhas e informações bibliográficas, os Cadernos publicam regularmente
trabalhos
de traduções de textos concernentes aos temas mais centrais da reflexão
filosófica,
metodológica e histórica sobre a ciência, bem como traduções comentadas de
textos
mercantes do de@envavimento histórico dessa reflexão. Dispõem-se a servir de
canal para divulgação s, -teses, cursos, simpósios, congressos que se
realizem no Brasil, em benefício do desenvolvimento daquelas áreas.
ba224
Cadernos de Textos
Revista do Núcleo de Filosofia Sônia Viegas
Avenida Raja Cabaglia, 285
30380-090 Belo Horizonte-MG
Tel. (31) 335-5675
Conjectura
iologia Departamento de Filosofia da Universidade Caxias do
Sul
eparta- Caixa Postal 1352
95001-970 Caxias do Sul-RS
Tel. (54) 222-4133, r. 2156
Fax. (54) 222-8223
Editada pelos professores do Departamento de Filosofia, reúne artigos,
entrevistas,
conferências e ensaios no âmbito da filosofia com vistas ao diálogo e ao debate
crítico na área. Seu primeiro número foi lançado em junho de 1987. (Semestrao
Convivium
Convívio Sociedade Brasileira de Cultura
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
Alameda Eduardo Prado, 705
01218-010 São Paulo-SP
Tel. (11) 826-7577
Fax. (11) 825-9883
Revista de investigação e cultura, publicada pela Editora Convívio. Aborda
!diante assuntos filosóficos, políticos, sociais e culturais em
geral. (Bimestral)
Díseurso
Departamento de Filosofia da USP
Av. Prof. Luciano Gualberto, 315
05508-900 São Paulo-SP
Telefax. (11) 211-2431
Revista do Departamento de Filosofia da Faculdade de Filosofia, Letras e
Ciências
Humanas da USP. Aborda temas cpistemológicos, históricos, políticos e culturais
lemais em geral. (Semestral. ISSN 0103-328X)
Fílosofia
Departamento de Filosofia da PUC/PR
Rua Imaculada Conceição, 1155
Caixa Postal 670
81611-970 Curitiba-PR
Tel. (41) 330-1515
Fax. (41) 330-1618
Criada em 1988 pelo Departamento de Filosofia da PUC do Paraná, visa
incentivar a pesquisa e divulgação da produção filosófica. Publica artigos,
resenhas
e informes bibliográficos.
Manuscríto
Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência – UNICAMP
geiros, Caixa Postal 6133 – Barão Geraldo
balhos 13100-970 Campinas-SP
@sófíca, Tel. (19) 239-7374
textos Fax. (19) 239-3269
vir de Revista de filosofia, editada pelo Centro de Lógica,
Epistemologia e História da
4ue se Ciência da UNICAMP. Publica trabalhos filosóficos
principalmente de natureza
epistemológica. (Semestral)
225
Presença Filosófica
Sociedade Brasileira dos Filósofos Católicos
Rua Manoel Vitorino, 625
20740-280 Rio de janeiro-Rj
Tel. (21) 242-9507
Publicação especializada em filosofia, abordando temas éticos, epistemológicos
e metafísicos. (Trinwstrao
Reflexão
Instituto de Filosofia da PUCCAMP
Rua Marechal Deodoro, 1099 – Centro
13020-904 Campinas-SP
Tel. (19) 236-7001, r. 229
Revista especializada em filosofia, publica artigos, noticiários de eventos havidos
na área, informações científicas e culturais, re~s e boletins bibliográficos com
resumo do conteúdo dos títulos de filosofia. Cada número tem uma temática
básica
em torno da qual versam os vários artigos. (Qudrimestra4
Revista Brasileira de Filosofia
Instituto Brasileiro de Filosofia
Rua Capote Valente, 540 – Térreo
05409-001 São Paulo-SP
Tel. (11) “6674
Fax. (11) W-9397
órgão oficial do Instituto Brasileiro de Filosofia. Publica trabalhos de todas as
áreas da filosofia, tanto de uma perspectiva histórica quanto técnica, acolhendo
contribuições das várias escolas filosóficas. (Trimestral)
Sofia: Revista de Filosofia
Departamento de Filosofia
Universidade Federal do Espírito Santo
Rua Fernando Ferraii, s/n Goiabeiras
29060-900 Vitória-ES
Tel. (27) 335-2513
Abriga trabalhos versando sobre as ten-táticas das diversas áreas do campo
filosófico, seu cultivo e ensino.
Tempo Brasilei .ro
FISICA
Rua Cago Couffiiho, 61
22221-070 Rio de janeiro-Rj
Tel. (21) 205-5949
Fax. (21) 225-9382
Revista de cultura editada por Edições Tempo Brasileiro tratando de assuntos
na área de ciências humanas e filosofia. Em geral organiza números
monográficos
sobre temas da atualidade. Cada número constitui-se, assim, numa coletânea de
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
artigos especializados sobre o tema abordado. (Trimestra4
@@@co ——–
EF@
Presença Filosi
.fica
Sociedade Brasileira dos Filósofos Católicos
Rua Manoei Vitorino, 625
20740-280 Rio de janeiro-Rj
Tel. (21) 242-9507
Publicação especializada em filosofia, abordando temas éticos, cpistemológicos
e metafísicos. (Trimestral)
Re
.flexão
Instituto de Filosofia da PUCCAMP
Rua Marechal Deodoro, 1099 – Centro
13020-904 Campinas-SP
Tel. (19) 236-7001, r. 229
Revista especializada em filosofia, publica artigos, noticiários de eventos havidos
na área, informações científicas e culturais, resenhas e boletins bibliográficos com
resumo do conteúdo dos títulos de filosofia. Cada número tem uma temática
básica
em torno da qual versam os vários artigos. (Quadrimestra4
Revista Brasileira de Filosofa
Instituto Brasileiro de Filosofia
Rua Capote Valente, 540 – Térreo
05409-001 São Paulo-SP
Tel. (11) 884-6674
Fax. (11) 885-9397
órgão oficial do Instituto Brasileiro de Filosofia. Publica trabalhos de todas as
áreas da filosofia, tanto de unia perspectiva histórica quanto técnica, acolhendo
contribuições das várias escolas filosóficas. (Trimestral)
Sofia: Revista de Filoso
.fia
Departamento de Filosofia
Universidade Federal do Espírito Santo
Rua Fernando Ferrari, s/n Goiabeiras
29060-900 Vitória-ES
Tel. (27) 335-2513
Abriga trabalhos versando sobre as teniáticas das diversas áreas do campo
filosófico, seu cultivo e ensino.
Tempo Brasileiro
FÍSICA
Rua Cago Coutinho, 61
22221-070 Rio de janeiro-Rj
Tel. (21) 205-5949
Fax. (21) 225-9382
Revista de cultura editada por Edições Tempo Brasileiro tratando de assuntos
na área de ciências humanas e filosofia. Em geral organiza números
monográfícos
sobre temas da atualidade. Cada número constitui-se, assin-i, numa coletânea de
artigos especializados sobre o tema abordado. (Trimestral)
TransIFormIAção: revista de filoso
UNESP fia
Av. Rio Branco, 1210
01206-904 São Paulo-SP
Tel. (11) 223-7088
Fax. (11) 223-9560
Publica entrevistas e artigos originais. Os entrevistados são filósofos ou
cientistas,
estes escolhidos por sua preocupação com questões que interessam à filosofia.
Os
artigos originais tratam obrigatoriamente de temas filosóficos ou que tenham
relação
explícita com a filosofia.
226
ológicos
FÍSICA
Revista Brasileira de Ensino de Física
Sociedade Brasileira de Física/instituto de Física da UFRGS
Caixa Postal 15051
91501-970 Porto Alegre-RS
Tel. (51) 226-1343
Periódico voltado para a melhoria do ensino de Física em todos os níveis,
mediante
a publicação de artigos sobre materiais e métodos instrucionais, desenvolvimento
de currículo, pesquisa em ensino, história e filosofia da Física, política
educacional
e outros temas pertinentes ao interesse da comunidade da área. (ISSN 0102-
4744)
Revista Brasileira de Física
Sociedade Brasileira de Física
Caixa Postal 20553
01498-970 São Paulo-SP
Telefax. (11) 816-2063
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
Publica artigos descrevendo resultados de pesquisas originais em Física, com
análise
abrangente e avaliação crítica dos progressos em detemúnados tópicos. (ISSN
0374@4922)
Revista de Física Aplicada e Instrumentação
Sociedade Brasileira de Física/UNICAMP
Caixa Postal, 6165
13081-970 Campinas-SP
Telefax. (19) 239-2421
Publica artigos experimentais e teóricos de pesquisa original em Física e sua
aplicação a outras ciências, à engenharia e à indúsffia, bem como eventualmente
resultados de pesquisas.
havidos
,os com
a básica
odas as
)lhendo
~
;suntos
;ráficos
.ica de
FONOAUDIOLOGIA
Distúrbios da Comunicação
Centro de Educação da PUC/SP Rua Monte Alegre, 984
05014-001 São Paulo-SP
Tel. (11) 263-0211
Fax. (11) 62-4920
Publica artigos teniáticos e críticos, comunicaçoes, resenhas, matérias voltadas
para o debate na área. (Trimestral. ISSN 0102-762X)
Pro-Fono
Pro-fono Divisão Editorial
Caixa Postal 7
06315-270 São Paulo-SP
Telefax. (11) 429-3250
Revista de atualização científica no campo fonoaudiológico.
!ntistas,
)fia. Os
relação
1
~
227
GEOGRAFIA E GEOLOGIA
Geocíências
Av. Rio Branco, 1210
01206-904 São Paulo-SP
Tel. (11) 223-7088
Fax. (11) 223-9560
Visa divulgar trabalhos inéditos relacionados com a investigação no campo das
ciências da terra e revisões significativas que representem contribuição efetiva
para
a área. (Anuap
Revista Brasileira de Geogra
fia
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
Avenida Brasil, 15671
21241-250 Rio de janeiro-Rj
Tel. (21) 391-7788
Fax. (21) 481-1602
Tem por objetivo difundir o conhecimento técnico-científico geográfico e socioeconôn-
úco, no país e no exterior. (Trimestrao
Revista de Geografia
UNESP
Av. Rio Branco, 1210
01206-904 São Paulo-SP
Tel. (1 1) 223-7088
Fax. (11) 223-9560
Visa publicar preferencialmente trabalhos de pesquisas originais e inéditos,
versando sobre assuntos de interesse geográfico, elaborados por docentes da
UNESP,
geógrafos acadêmicos e não-acadêmicos, bem como outros especialistas,
quando de
relevante interesse. (Anuao
HISTÓRIA
Estudos Ibero-Americanos
Departamento de História do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da
PUC/RS
Caixa Postal 1429
90619-900 Porto Alegre-RS
Tel. (51) 339-1511
Fax. (51) 339-1564
Tem por objetivo o estudo da história e da literatura do mundo ibero-americano,
através da crítica e da investigação. Busca apoiar e divulgar pesquisas e
trabalhos
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
que contribuam para o melhor conhecimento desse mundo. (Semestral)
Horizontes
Universidade São Francisco
Avenida São Francisco de Assis, 218
12900-000 Bragança Paulista-SP
Tel. (11) 7844-8443
Fax (11) 7844-1825
E-mail: usfbib@eu.ansp.br
Periódico da área de História, voltado para a publicação de produções dos
principais centros de pesquisa historiográfíca do país, na seção Dossiê. Tem
ainda
a seção Pontos de Vista, destinada a apresentar as opiniões de autores
convidados
sobre um determinado tema. (Anual. ISSN 0103-7706)
228
Resgate
Centro de Memória da UNICAMP
R. Sérgio Buarque de Holanda, n. 800
Cidade Universitária Zeferino Vaz
Caixa Postal 6023
13083-970 Campinas-SP
Tel. (19) 239-8216
Fax. (19) 239-4717
Revista interdisciplinar do Centro de Memória da UNICAMP, abordando temas
histórico-antropológicos, com vistas ao resgate da memória nacional.
Revista de História
Departamento de I-listória da USP
Av. Prof. Linneu Prestes, 338
OSSOS-900 São Paulo-SP
Tel. (11) 818-3760
Fax. (11) 818-3150
Tem por finalidade publicar e divulgar trabalhos inéditos da área de história,
elaborados por docentes da USP e por especialistas não vinculados a esta
universidade,
a critério da Comissão de Redação. (Semestral)
LETRAS, LÍNGUAS, LINGÜÍSTICA, LITERATURA
Alfa: revista de língiifstica
UNESP
Av. Rio Branco, 1210
01206-904 São Paulo-SP
Tel. (11) 223-7088
5 Fax. (11) 223-9560
Publicação destinada à divulgação de artigos e resenhas inéditos nos vários
níveis da análise lingüística, fonética, morfologia, sintaxe e semântica, elaborados
por docentes da UNESP e por outros especialistas da área. Além de um tema
central, traz seções de tema livre, documentos e índices.
Boletim Abralin
Associação Brasileira de Lingüística Instituto de Letras da UFBA
Rua Barão de Ceremoabo, s/n.
40170-290 Salvador-BA
Tel. (71) 336-8355
Fax. (71) 336-0790
Publica trabalhos apresentados nos encontros promovidos pela Abralin ou nas
reuniões anuais da SBPC, com temática variada, abrangendo todas as áreas da
lingüística, sejam elas as teóricas básicas (fonética, fonologia, morfologia,
sintaxe,
,a semântica, análise do discurso), as teóricas interdisciplinares
(psicolingüística, ”
os ciolingüística) ou as aplicadas (ensino de línguas, ensino de
leitura, alfabetização).
Dá especial atenção às línguas indígenas brasileiras. (Anual. ISSN 0102-7158)
229
Cadernos de Letras
Núcleo de Estudos Lingüísticos – DEALC
Instituto de Letras e Artes
Universidade Federal de Pelotas
Rua Barão de Santa Tecla, 408
96010-140 Pelotas-RS
Destinada a alunos e professores da área de letras e lingüística, publica relatos
de experiências didáticas, traduções, trabalhos literários e trabalhos de lingiiística,
elaborados por docentes da universidade.
Clássica
Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos
Av. Prof. Luciano Gualberto, 403, s. 28
05508-900 São Paulo-SP
Tel. (11) 818-4294
Fax. (11) 825-4230
Publicação destinada a estudos sobre a Antiguidade em diversas linhas de
pesquisa. Veículo próprio da Sociedade, está aberta a colaborações sujeitas ao
Conselho editorial. (Anuap
Ilha do Desterro: a joumal of lang-uage and literature
Universidade Federal de Santa Catarina/UFSC
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
Caixa Postal 476
88040-900 Florianópolis-SC
Tel. (48) 231-9455
Revista de Língua e Literatura Inglesas destinada à publicação dos trabalhos
dos docentes e especialistas do Programa de Pós-Graduação em Inglês da
UFSC.
Leitura: Teoria e Prática
Associação de Leitura do Brasil (ALB)
Faculdade de Educação da UNICAMP
13081-970 Campinas-SP
Tel, (19) 239-4166
Veicula reflexões sobre diferentes aspectos da leitura, principalmente aqueles
relacionados com o contexto escolar. Seções: entrevista, artigos voltados à teoria
e
prática da leitura, resenhas, atualização e pesquisas (em andamento e
concluídas).
Tem como propósito básico a transformação da prática da leitura na sociedade
brasileira. (Semestral)
Letras
Curso de Pós-Graduação em Letras da PUCCAMP
Rua Barreto Leme, 1225
13020-904 Campinas-SP
Tel. (19) 236-7001, r. 60 e 61
Fax. (19) 234-6540
Veicula a produção científica dos docentes e pesquisadores do Instituto de Letras
e respectivo programa de Pós-Graduação, nas áreas de Lingüística teórica,
Lingüística
aplicada, Literatura e áreas afins, por meio de artigos e outros escritos que
atendam
principalmente as necessidades dos estudantes de Letras.
230
Letras de Hoje
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Pós-graduação em Letras
Avenida lpiranga, 6681
Caixa Postal 1429
90619-900 Porto Alegre-RS
Tel. (51) 339-1511
@latos Fax. (51) 339-1564
@tica, Publica trabalhos que versam sobre pesquisas
lingüísticas e literárias; sobre
metodologia de ensino de língua portuguesa e da literatura; tem abordado
também
temas monográficos como literatura infantil e literatura rio-grandense. (Trimestrao
Língua e Literatura
Seção de Publicações da FFLCH/USP
R. do Lago, 717
OSSOS-900 São Paulo-SP
Tel. (11) 818-4591
s de Fax. (11) 825-4230
is ao Revista interdepartamental da Faculdade de
Filosofia, Letras e Ciências Hun-ianas
da USP, é feita pelos docentes da unidade. Apresenta várias seções com eixos
temáticos ou livres. (Anual)
Revista de Letras
UNESP
Av. Rio Branco, 1210
01206-904 São Paulo-SP
alhos Tel. (11) 223-7088
FSC. Fax. (11) 223-9560
Tem por finalidade publicar e divulgar trabalhos inéditos sobre literatura,
elaborados por docentes da UNESP e por outros especialistas no assunto.
(Anuao
Signótica
Curso de Pós-Graduação em Letras e Lingüística
reles ICHL 111. Campus Samambaia
ria e 74001-970 Coiârúa-GO
das). Tel. (62) 205-1000, r. 138
dade Divulga a produção acadêmico-científica dos
professores do curso e de especialistas
de outras instituições. (Semestral)
Trabalhos em Lingüística Aplicada
Instituto de Estudos da Linguagem-IEL/UNICAMP
Caixa Postal 6045
13081-970 Campinas-SP
Tel. (19) 239-7605
etras Publicação do Departamento de Lingüística Aplicada
do IEL. Aceita colaborações
stica de pesquisadores de outras instituições, em português,
espanhol, inglês e ftancês.
dam Os volumes se organizam em torno de temas,
abordados mediante artigos, notas,
resenhas, questões e problemas.
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
231
Traditerme
Centro interdepartamental de tradução e tem-únologia – CITRATIUSP
Av. Prof. Luciano Gualberto, 403, s. 269
OSSOS-900 São Paulo-SP
Telefax. (11) 818-3764
Publica Trabalhos relativos a tradução e teminologia, em português e inglês.
(Anual)
Travessia
Editora da Universidade Federal de Santa Catarina
Campus Universitário Trindade
Caixa Postal 476
88010-970 Florianópolis-SC
Tel. (48) 231-9408
Fax. (48) 231-9680
Revista de literatura brasileira. (Semestral)
Uníletras
Departamento de Letras
Universidade Estadual de Ponta Grossa
Caixa Postal 99213
Praça Santos Andrade, sln
84010-330 Ponta Grossa-PR
Tel. (42) 225-2121
Fax. (42) 223-7708
Tem por objetivo a publicação de trabalhos relacionados com a área de letras,
enfocando, sob a forma de ensaios, artigos, resenhas e relatos de pesquisa,
temas
ligados à lingüística, filosofia, literatura e educação; divulga também contos e
poesias inéditos. (Semestral)
MATEMÁTICA
Matemática Universitária
Sociedade Brasileira de Matemática
Estrada Dona Castorina, 110
22460-320 Rio de janeiro-Rj
Telefax. (21) 259-4143
Destinada ao público universitário, divulga e investiga temas matemáticos
voltados para o seu ensino e estudo. (Semestral. ISSN 0102-8545)
Revista de Matemática e Estatística
Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias
Rodovia Carios Tonanni, km 5
14870-000 jaboticabal-SP
Tel. (16) 232-3250
Publica artigos originais de matemática e estatística, bem como trabalhos de
física teórica.
232
MEDICINA
Ars Curandí
ELEÁ – Projetos Gráficos & Editoriais Ltda.
Rua Barão de Ubá, 471/481
20260-050 Rio de janeiro-Rj
Te. 21) 273-1186/273-2488/273-2590
Publicação médico-científíca voltada para o clínico geral, abordando assuntos
práticos e atuais na clínica médica. (Dez números anuais. ISSN 0571-1320).
Ars Curandi em Castro
ELEÃ – Projetos Gráficos & Editoriais Ltda.
Rua Barão de Ubá, 471/481
20260-050 Rio de Janeiro-Rj
Tel. (21) 273-1186/273-24881273-2590
Revista da Sociedade de Castroenterologia do Rio de Janeiro, publica artigos
científicos e seções de alto teor prático para os especialistas da área. (Bimestral)
Femina
Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia
Av. Armando Lombardi, 800, s. 233
22640-000 Rio de janeiro-Rj
Telefax. (21) 493-4705
Revista destinada a médicos e a estudantes de medicina. Além dos artigos
científicos, publica notas de interesse geral. (Mensal)
A Folha Médica
Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de janeiro/Editora Científica Ltda.
Rua México, 90, 2′ and.
20031-141 Rio de janeiro-Rj
Tel. (21) 240-4578/240-4728
Publica artigos científicos originais da área médica, cursos, revisão, atualização,
traduções de artigos do exterior (literatura internacional) e farmacologia clínica,
salientando-se como importante publicação no setor de ensaios clínicos. (Mensal.
ISSN 0015-5454).
jornal Brasileiro de Ginecologia
UFRJ/Editora Científica Ltda.
Rua México, 90, 2′ andar
20031 – Rio de janeiro-Rj
Tel. (21) 240.4578/240,-4728
órgão oficial do Centro de Estudos Maternidade-Escola da Universidade Federal
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
do Rio de Janeiro, publica artigos originais na área da especialidade e diversas
seções de interesse dos tocoginecolootas brasileiros, inclusive de farmacologia
clínica. (Mensal. ISSN 0368-1416)
jornal Brasileiro de Medicina
Academia Nacional de Medicina
Editora de Publicações Científicas
Rua Major Suckow, 30
20911-160 Rio de janeiro-Rj
Tel. (21) 201-3722/261-2893
Publica trabalhos científicos, debates, painéis, noticiário, atigos de atualização e
revisão. (Mensal. ISSN 0047-2077)
233
MedicinalUSF
Universidade São Francisco
Avenida São Francisco de Assis, 218
12900-000 Bragança Paulista-SP
Tel. (11) 7844-8443
Fax (11) 7844-1825
Publica artigos, relatos de pesquisa, relatos de caso, resumos de teses, artigos
de revisão e atualizações terapêuticas. Adota uma perspectiva de abrangência,
procurando traduzir a diversidade cultural e profissional na área do conhecimento
médico. (Anual. ISSN 0103-8656)
Revista da Associação Médica Brasileira
Rua São Carlos do Pinhal, 324
01333-903 São Paulo-SP
Tel. (11) 289-3511
Fax. (11) 289-6002
Publica artigos originais, artigos de revisão, artigos especiais, discussão de casos
e comunicações referentes às várias áreas da medicina, com o objetivo de
fornecer
aos médicos educação específica continuada, discutindo problemas de interesse
geral. (Bímestral)
Revista Brasileira de CiruT .a
Sociedade de Medicina e unwgia do Rio de Janeiro
Editora Científica Ltda.
Rua México, 90, 2′ andar
20031-141 Rio de janeiro-Rj
Tel. (21) 240-4578/240-4728
Publica trabalhos científicos originais desta área, bem como seções de interesse
dos cirurgiões gerais e cirurgiões plásticos. (Bimeçtral)
Revista Brasileira de Ginecologia & Obstetrícia – RBGO
Federação Brasileira das Sociedãdes de Ginecologia e Obstetrícia
Av. Armando Lombardi, 800, s. 233
22640-000 Rio de janeiro-Rj
Telefax. (21) 493-4705
Publica trabalhos,científicos originais especializados na área, bem como breves
comunicações. (Bimestral. ISSN 0100-7203)
Revista de Ciências Biomédicas
UNESP
Av. Rio Branco, 1210
01206-904 São Paulo-SP
Tel. (11) 223-7088
Fax. (11) 223-9560
Publica artigos originais de investigação experimental, clínica ou epidemiológica
na área de biologia médica. (Anual. ISSN 0101-322X)
Revista de Ciências da Saúde
Centro de Ciências da Saúde
Editora da Universidade Federal de Santa Catarina
Caixa Postal 476
88040-900 Florianópolis-SC
Tel. (48) 233-9408
Revista do Centro de Ciências da Saúde da UFSC, do qual é o órgão de
divulgação de trabalhos científicos, com vistas ao estabelecimento de intercâmbio
entre os estudiosos da área. Aborda, em seus artigos, todos os assuntos
abrangidos
pelas ciências da saúde, de uma perspectiva multidisciplinar. (Semestral)
234
órgão oficial da Associação Paulista de Hospitais e da Associação Brasileira de
Hospitais, publica artigos técnicos, didáticos e científicos, relacionados com a
problemática da saúde, da medicina, da enfermagem e da administração
hospitalar.
(Mensal. ISSN 0048-7864)
Revista do Hospital das Clínicas
Faculdade de Medicina da USP
Caixa Postal 8091
01065-970 São Paulo-SP
Tel. (11) 282-2811, r. 4235
Fax. (11) 67-2336
Publicação especializada cuja finalidade é a divulgação da pesquisa médicocientífica
realizada no Hospital das Clínicas e na Faculdade de Medicina da USP.
(Bimestral. ISSN 0041-8781)
Revista Paulista de Hospitais
Associação Paulista de Hospitais
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
Avenida Rebouças, 1205
05401-150 São Paulo-SP
Tel. (11) 576-4280
~
ODONTOLOGIA
Odontálogo Moderno
Editora de Publicações Científicas
Rua Major Suckow, 30
20911-160 Rio de janeiro-Rj
Tel. (21) 201-3722/261-2893
Revista científica e socioeconôn-úca que focaliza assuntos eminentemente
práticos.
Revista dos cursos, publica também artigos de revisão e de atualização. Traz
sempre
trabalhos de interesse socioeconôn-deo, com enfoque dos problemas vividos cotidianamente
pela classe odontológica. Inclui ainda uma seção de natureza
cultural.
(Mensal. ISSN 0100-0187)
235
OdontologíalUSF
Faculdade de Odontologia/Universidade São Francisco
Avenida São Francisco de Assis, 218
-000 Bragança Paulista-SP 12900
Tel. (11) 7844-8443
Fax (11) 7844-1825
Tem como objetivo a divulgação de conhecimento científico na área de
odontologia
e áreas afins, mediante a publicação de artigos de pesquisa, de artigos teóricos,
comurneaçoes e resenhas. (Anual. ISSN 0103-7870)
Odonto-Ciência
Faculdade de Odontologia da PUCIRS
Avenida lpiranga, 6681 Prédio 33
90610-001 Porto Alegre-RS
Tel. (51) 399-1511
Revista Brasileira de Odontologia
Associação Brasileira de Odontologia – Seção do Rio de janeiro
Avenida 13 de maio, 13 – 10′ andar, 0. 1001/6
20031-000 Rio de janeiro-Rj
Tel. (21) 240-3485
Publica artigos científicos, relata experiências, divulga eventos na área.
(Bimestral)
Revista de Odontologia da UNESP
UNESP/Crupo de Estudos Indígenas
Av. Rio Branco, 1210
01206-904 São Paulo-SP
Tel. (11) 223-7088
Fax. (11) 223-9566
Publicação oficial da Universidade Estadual Paulista destinada à divulgação de
artigos originais de investigação na área de odontologia, apresentados por
docentes
da universidade ou outros pesquisadores. (Semestral)
POLÍTICA
Comunicação e Política
Editora Paz e Terra
R. do Triunfo, 177 – Santa Ifígênia
01212-010 São Paulo-SP
Tel. (11) 223-6522
Fax. (11) 223-6290
Porta-voz do Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos, objetiva desenvolver
uma reflexão e análise sobre a realidade latino-americana e adianta
propostas
de transformação desta realidade. Apresenta depoimentos, artigos originais e comunicações.
(Trimestral)
236b
Lua Nova
CEDEC – Centro de Estudos de Cultura Contemporânea/Brasiliense
Rua Airosa Calvão, 64
05002-070 São Paulo-SP
Tel. (11) 871-2966
Fax. (11) 871-2123
A revista propõe uma plataforma pluralista de discussão, aberta a todas as
posições, bem como a retomada de desafios culturais, políticos e sociais do diaa-
dia,
debatendo, de maneira acessível, as questões da mulher, dos negros, dos índios,
do movimento sindical e dos movimentos populares. (Trimestral)
Revista Brasileira de Estudos Políticos
Conselho Uráversitário/Faculdade de Direito da UFMG
R. Álvares Cabra), 211, s.1206
Caixa Postal 1301
30170-000 Belo Horizonte-MG
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
Tel. (31) 224-8507
Publica estudos de ciência política, direito constitucional, teoria geral do Estado
e história política do Brasil, dando destaque a notas sobre os livros da área.
(Semestral. ISSN 0034-7191)
Teoria e Debate
Fundação Perseu Abramo
Revista de assuntos políticos abordando suas teniáticas nas seguintes seções:
Memória, Nacional, Opinião, Sociedade, Internacional, Cultura, Comportamento,
Videvídeo, Pesquisa, Resenhas, Crônicas. (Quadrimestra@
PSICOLOGIA
Cadernos de Subjetividade
Núcleo de Estudos e Pesquisas da Subjetividade
Programa de Psicologia Clínica da PUC/SP
Rua Monte Alegre, 984
05014-001 São Paulo-SP
Tel. (11) 263-0211
Fax. (11) 871-1416
Registra os resultados de pesquisas e estudos realizados pelos professores e
alunos, investigadores do Núcleo, consubstanciados em artigos, crônicas,
resenhas,
notícias, com o objetivo de um constante questionamento das relações entre
sujeito
e conhecimento e demais aspectos da subjetividade. (Semestral. ISSN 0104-
1231)
Estilos da Clínica
Instituto de Psicologia/USP
Av. Prof. Lúcio Martins Rodrigues. Tv 4. Bloco 17
São Paulo-SP
Tel. (11) 818-4172/818-4386
Fax (11) 818-4475)
Publicação especializada sobre a infância com problemas, divulgando estudos
de diferentes especialidades, preferencialmente com o eixo da Psicanálise.
Apresenta
dossiês com temas especiais e artigos. (Semestral)
237
Estudos de Psicologia
Instituto de Psicologia da PUCCAMP
Curso de Pós-Graduação em Psicologia
Rua Waldemar César da Silveira, 105 Swift
13020-904 Campinas-SP
Tel. (19) 230-3163/230-5298
Fax. (19) 230-4501
Publica artigos, resenhas, comunicações, informações, veiculando o
conhecimento
psicológico. (Semestral. ISSN 0103-166X)
Interações
Progran-ia de Mestrado em Psicologia
Universidade São Marcos
Rua Clovis Bueno de Azevedo, 176
04266-040 São Paulo-SP
Tel. (11) 914-4488
Fax. (11) 63-6877
Revista de estudos e pesquisas em Psicologia, publica artigos científicos, artigos
de revisão, resenhas, entrevistas e informações relacionadas prioritariamente
aos
campos da Psicologia Social e do Desenvolvimento. (Semestral)
funguiana
Sociedade Brasileira de Psicologia Analítica
Rua do Livramento, 133
04008-030 São Paulo-SP
Tel. (11) 884-4180
Fax. (11) 884-0344
Psicanálise e Universidade
Núcleo de Pesquisa em Psicanálise
Programa de Estudos Pós-graduados em Psicologia Clínica da PUCISP
Rua Monte Alegre, 984
05014-001 São Paulo-SP
Tel. (11) 263-0211
Fax. (11) 871-1416
Divulga a produção do Núcleo.
Psico
Instituto de Psicologia da PUC/RS
Caixa Postal 1429
90001-970 Porto Alegre-RS
Tel. (51) 339-1511
Destinada a psicólogos e estudantes de Psicologia, publica estudos teóricos,
pesquisas, resumos de teses, monografias, comunicações versando sobre
assuntos
de interesse da área. Embora priorize a produção dos cursos de pós-graduação e
de graduação do Instituto, é aberta à contribuição externa.
238
PsicolUSF
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
Universidade São Francisco
Avenida São Francisco de Assis, 218
12900-000 Bragança Paulista-SP
Tel. (11) 7844-8443
Fax (11) 7844-1825
E-mail: usfbib@eu.ansp.br
Publicação da área da Psicologia da Universidade São Francisco, publicando
matérias a ela pertinentes, sob a forma de artigos originais de pesquisa, de
artigos
técnicos e teóricos, de artigos de revisão da literatura, de relatos de experiência
técnica e profissional, de resenhas de livros, de comunicações de experiências
em
andamento. (Semestral. ISSN 1413-8271)
Psicologia Argumento
Instituto Paranaense de Psicologia/Departamento de Psicologia da PUCIPR
Rua Imaculada Conceição, 1155
80215-901 Curitiba-PR
Tel. (41) 366-2323
Divulga estudos teóricos, relatos de experiência profissional, relatos de
pesquisas,
resenhas, revisões críticas, visando contribuir para o desenvolvimento da
Psicologia
como ciência e profissão. (Semestrao
Psicologia & Práticas Sociais
Instituto de Psicologia da UERJ
Rua São Francisco Xavier, 524 – Bloco B – 10′ and. – si. 1009
20550-013 Rio de janeiro-Rj
Tel. (21) 284-8322
Publica artigos inéditos de autores de todas as especialidades, buscando
estabelecer
vínculos entre a Psicologia e as demais teorias da individualidade e do social.
(ISSN 0104-2572)
Psicologia e Sociedade
Ass. Bras. de Psicologia Social/ABRAPSO
Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social/PUCSP
Rua Monte Alegre, 984 – Prédio Novo – 4′ and.
05014-901 São Paulo-SP
Telefax. (11) 873-2385
Publica trabalhos específicos à área de Psicologia Social. (Semestral)
Psicologia: R–R xão e Crítica
Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UFRGS
Programa de Pós-Graduação em Psicologia
Rua Ranúro Barcelos, 2600
90053-003 Porto Alegre-RS
Tel. (51) 330-5500, rs. 5246, 5066
Artigos inéditos, relatos de pesquisa, ensaios de revisão de literatura. (Semestral.
ISSN 0102-7972)
239
Psicologia: Teoria e Pesquisa
Instituto de Psicologia da UnB
Ed da Universidade de Brasília
SCS. Qd. 02. Bloco C, n. 78 – 2′ and.
79910-500 Brasilia-DF
Tel. (61) 226-7043
Fax. (61) 225-5611
Publica relatos de pesquisa – investigações baseadas em dados empíricos,
utilizando metodologia científica -, estudos teóricos – análises de construtos
teóricos levando ao questionamento de modelos existentes e à elaboração de
hipóteses para futuras pesquisas -, relatos de experiência profissional, revisões
críticas da literatura relativa a assuntos de interesse para o desenvolvimento da
Psicologia. Lança os números com destaque para uma temática central.
(Quadrimestral.
ISSN 0102-3772)
Psicologia USP
Instituto de Psicologia da USP
Av. Prof. Lúcio Martins Rodrigues, Trav. 4, 399 BI. 23
05508-900 São Paulo-SP
Tel. (11) 818-4452
Fax. (11) 813-8895
Publica artigos, informes, comentários, resenhas, em números temáticos, sob
uma perspectiva interdisciplinar. (ISSN 0103-6564)
Revista Brasileira de Pesquisa em Psicologia
Faculdade de Educação e Cultura do ABC – FEC/ABC
Rua Amazonas, 2000
09540-203 São Caetano do Sul-SP
Tel. (11) 441-3233
Publica trabalhos que se inserem nas seguintes seções: artigos originais, artigos
de revisão, arquivo cultural e agenda.
Revista Brasileira de Psicodrama
Federação Brasileira de Psicodrama
Rua Cardoso de Almeida, 25, @. 106
05013-000 São Paulo-SP
Telefax. (11) 263-3674
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
Publica artigos inéditos, originais, que tragam contribuição expressiva para a
discussão e compreensão do trabalho com psicodranu, abrindo possibilidades de
crítica metodológica, artigos de revisão, artigos comentados, notas prévias –
artigos
curtos que notificam temas a serem estudados -, resenhas, notas bibliográficas,
carta ao Editor e Sala de Aula. Lida com o psicodrama em suas variadas
vertentes,
teorias e práticas. (Semestral. ISSN 0104-5393)
Revista Brasileira de Sexualidade Humana
Sociedade Brasileira de Sexualidade Huniana/SBRASH/Igl
Rua Pedro Ortiz, 40
05440-010 São Paulo-SP
Tel. (11) 813-4307
Fax. (11) 873-0227
Divulga trabalhos cujo objeto de estudo seja qualquer das facetas da sexualidade
humana. Trabalhos de atualização ou opinativos, trabalhos de pesquisa, estudos
de casos, resumos comentados. (Semestral)
240
Boletim de Psicologia
Sociedade de Psicologia de São Paulo
Av. Prof. Mello Morais, 1721 – Cid. Uríiversitária
05508-900 São Paulo-SP
Telefax. 813-8627
Publica artigos originais, pontos de vista, resenhas, com interesses voltados para
a educação e para a clínica.
Temas em Psicologia
Sociedade Brasileira de Psicologia
Rua Florêncio de Abreu, 681 – sl. 1105
Caixa Postal, 1006
14015-060 Ribeirão Preto-SP
Tel. (16) 625-9366/635-4530
Fax. (16) 636-8206
Destina-se a divulgar os trabalhos apresentados nas reuniões da Sociedade,
abrangendo todos os campos da Psicologia. (Semestral)
Temas sobre desenvolvimento
Memnon Edições Científicas Ltda.
Avenida Irerê, 618
04064-001 São Paulo-SP
Telefax. (11) 577-6633
Publicação, de caráter interdisciplinar, destinada a profissionais da Saúde e
Educação que trabalham com o desenvolvimento de crianças e adolescentes,
abrigando
artigos inéditos de investigação científica, artigos de natureza didática,
relatos
de experiência elou casos clínicos, revisões e comunicações, no âmbito das
relações
da Psicologia com os campos da educação, da fisioterapia, da terapia
ocupacional,
da fonoaudiologia e da intervenção médica. (Bimestral)
Vertentes
Departamento de Psicologia Evolutiva, Social e do Escolar
Faculdade de Filosofia e Letras de Assis/UNESP
Caixa Postal, 335
19800-000 Assis-SP
Espaço aberto a abordagens e pontos de vista no âmbito do enfoque multidisciplinar
de uma psicologia comunitária, problematizando as relações entre sujeito
do conhecimento nos campos da Filosofia, da Política, da Psicologia e da
Educação.
PSIQUIATRIA
Revista de Psiquiatria
Centro de Estudo da Casa de Saúde Dr. Eiras
Rua Assunção, 2 – Botafogo
22251-030 Rio de janeiro-Rj
Tel. (21) 551-8442
Fax. (21) 552-0222
Destinada às associações de psiquiatria, às faculdades de medicina e aos
médicos
psiquiatras, publica e divulga atividades científicas, culturais e sociais
psiquiátricas
desenvolvidas por autores nacionais e estrangeiros. (Semestral)
241
Revista de Psiquiatria Clínica
Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP
R. Ovídio Pires de Campos, s.n., 1′ and. – Cerqueira César
05403-010 São Paulo-SP
Telefax. (11) 852-9029
(Trimestral. ISSN 0101-6083)
Temas, Teoria e Prática do Psiquiatra
Grupo de Estudos Psiquiátricos
Hospital do Servidor Público do Estado
R. Pedro de Toledo, 1800
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
04039-901 São Paulo-SP
Tel. (11) 574-0211 r. 1811
Revista que se propõe a discussão de temas psiquiátricos e afins, destinando-se
aos profissionais e instituições da área psiquiátrica e afins. (Semestrao
QUÍMICA
Eclética Química
Instituto de ~ca/UNESP
Av. Rio Branco, 1210
01206-904 São Paulo-SP
Tel. (11) 223-7088
Fax. (11) 993-9560
Publica artigos originais e notas prévias, artigos de revisão e de divulgação,
resumos de teses nas áreas de quín-úca, física e matemática. (Anual. ISSN 0100-
4670)
Química Nova na Escola
Sociedade Brasileira de Química Modema/Instituto de Química/USP
Caixa Postal 20779
01452-990 São Paulo-SP
Tel. (11) 210-2299
Fax. (11) 814-3602
órgão de divulgação de trabalhos da área publicados sob a forma de artigos
de pesquisa, de revisão, bem como de questões educacionais referentes à área.
(Semestral)
Química Industrial
Associação Brasileira de ~ca
Rua Alcindo Guanabara, 24, s. 1606 – Cinelândia
20031-130 Rio de janeiro-Rj
Tel. (21) 262-1837
Fax. (21) 262-6044
242
SERVIÇO SOCIAL
Serviço Social & Sociedade
Cortez Editora
Rua Bartira’ 317
05009-000 São Paulo-SP
Tel. (11) 864-0111
Fax. (11) 864-4290
Revista de serviço social redigida por especialistas desta área e publicada pela
Cortez Editora. Tem por objetivo “repensar a teoria e a prática do Serviço Social,
desencadeando um amplo processo de reflexão e debate dentro da categoria
profissional sobre questões básicas do Serviço Social, contribuir para o
fortalecimento
da categoria profissional incentivando a reflexão, a crítica e o confrontamento de
posições’. (Quadrimestral. ISSN 0101-6628)
TECNOLOCIA
Dynamis: revista tecno-científica
Universidade Regional de Blumenau/FURB
Caixa Postal, 1507
89010-900 Bl=enau-SC
Tel. (48) 321-0200
Publica trabalhos de pesquisa e de revisão produzidos por docentes e discentes
dos vários cursos da Universidade. (ISSN 0104-0405)
TEOLOGIA
Concilíum
Editora Vozes
Rua Frei Luís, 100
25689-900 Petrópolis-Rj
Tel. (242) 43-5112
Fax. (242) 42-0692
Revista internacional de teologia, editada em dez línguas. Publica trabalhos
sobre as linhas mais avançadas da pesquisa teológica e assuntos religiosos
atuais.
(Bimestral)
Cultura e Fé
Instituto de Desenvolvimento Cultural
Av. Alberto Dins, 467 – Centro
90030-142 Porto Alegre-RS
Tel. (51) 224-2586
Fax. (51) 224-0496
órgão do Instituto de Desenvolvimento Cultural, é uma publicação que busca,
de uma perspectiva cristã, “analisar problemas teológicos, filosóficos,
educacionais,
médicos, jurídicos e artísticos”. (Trimestral)
econon-ucos,
243
Faculdade de Teologia do Centro de Estudos Superiores da Companhia de Jesus
Avenida Cristiano Guimarães, 2127 – Planalto
Caixa Postal 5047
31611-970 Belo Horizonte-MG
Tel. (31) 441-0233
Fax. (31) 441-7227
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
Publicação destinada a colaborar na pesquisa teológica latino-americana, tendo
em vista a opção pastoral das conferências episcopais de Medellín e Puebla. Sua
temática: teologia sistemática, teologia e exegese bíblica, teologia moral, teologia
pastoral. São trabalhos originais de pesquisa científica e trabalhos mais
acessíveis.
Recensões bibliográficas de livros da área. (Quadrimestra@
Revista Eclesiástica Brasileira
Editora Vozes
Rua Frei Luís, 1 00
25689-900 Petrópolis-Rj
Tel. (242) 43-5112
Fax. (242) 42-0692
Trata-se de revista de cultura teológica e pastoral. Aborda assuntos de teologia
atual, pontos controvertidos, pastoral, direito canônico, comentário aos textos
bíblicos
dos domingos. (Trimestral)
SEDC)C
Editora Vozes
Rua Frei Luís, 100
25689-900 Petrópolis-Rj
Tel. (242) 43-5112
Fax. (242) 42-0692
Reúne os documentos que expressam a vida da Igreja. Publica a palavra do
Papa, os documentos da Santa Sé, da CNBB, da CRB, cartas pastorais e atos do
poder público relacionados com a Igreja. (Mensal)
Teocomunicação
Instituto de Teologia’e Ciências Religiosas da PUCIRS
Caixa Postal 1492
90001-970 Porto Alegre-RS
Revista de teologia publicada pelo Instituto de Teologia e Ciências Religiosas
da PUC do Rio Grande do Sul. Cada número estuda um tema especial da
teologia.
(Trimestral)
URBANISMO
Espaço e Debates
NERU – Núcleo de Estudos Regionais e Urbanos
Caixa Postal 11028
05499-970 São Paulo-SP
Revista de estudos regionais e urbanos, publica artigos inéditos de autores
estrangeiros e brasileiros, depoimentos e debates sobre a diversidade de
temas que
compõem as questões urbanas e regionais: planejamento, ecologia, geografia, arquitewra,
economia, sociologia e antropologia urbana. (QuadrimestraL ISSN
0101-5621)
244
Revista SPAM
Emplasa – Empresa Metropolitana de Planejamento da Grande São Paulo
Avenida Brigadeiro Faria Lima, 533
01451-000 São Paulo-SP
Tel. (11) 283-7577
Fax. (11) 251-4887
Revista especializada em assuntos ligados ao planejamento regional e urbano,
referentes sobretudo à Grande São Paulo. Publica também ensaios teóricos
pertinentes
à temática do planejamento urbano. (Trimestral)
2. DICIONÁRIOS ESPECIALIZADOS
Todas as áreas do saber científico moderno, dada a grande
especialização de seus conceitos, acabam criando um vocabulário
próprio. Faz-se necessária então a existência de obras especializadas
que se destinem a explicar sistematicamente esses conceitos, delimitando
sua compreensão e seu significado dentro dos vários
contextos em que são usados: tais obras podem ser de três espécies:
os vocabulários, os dicionários e as enciclopédias.
Vocabulário, ou léxico, é uma obra que apresenta de maneira
sistemática o conjunto de palavras ou termos especializados em
algum campo do conhecimento, da ciência ou de área de atividade.
A sua finalidade é traduzir a significação desses termos de modo
conciso e imediato, explicando o conteúdo conceitual de cada
termo, definindo-os adequadamente.
O Dicionário especializado, além de explicitar a significação dos
conceitos técnicos e específicos, visa aprofundar e debater esta
significação. Traz mais elementos para a elucidação do sentido
dos termos, faz relacionamentos entre conceitos e referências a
autores e doutrinas.
A Enciclopédia é uma verdadeira obra de síntese dos conhecimentos
de todas as áreas do saber humano ou de uma área em
particular. Ela se compõe de artigos, que abordam os vários verbetes
temáticos. Estes “artigos” são verdadeiros ensaios sobre os temas,
noções ou teorias analisadas, debatendo-se as várias posições que
se apresentam sobre os vários assuntos.
Estas obras são muito importantes sobretudo durante a vida
acadêmica, pois toda leitura e todo estudo que o universitário
fizer têm apreensão do significado específico do conceito em cada
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
contexto. As ciências e a filosofia possuem conceitos próprios, com
b245
siignificados específicos, situados num nível muito diferente dos
da linguagem comum. E não é possível entender o discurso
científico ou filosófico sem ultrapassar o sentido espontâneo do
vocabulário corrente, quase sempre pré-científico. Mesmo quando as
palavras são as mesmas, nem sempre os significados são idênticos.
Entre as obras desta espécie que existem no Brasil em língua
portuguesa assinalam-se as seguintes:
ADMINISTRAÇÃO
BENN, A. E. Dicionário de administração. Belo Horizonte, Itatiaia,
1964. 242 p.
ANTROPOLOGIA
BRANI)ÃO, junito de Souza. Dicionário mítico-etimológico; mitologia
e religião romana. 2. ed. Petrópolis/Brasília, Vozes/
EdUnB, 1993.
. Mitologia. Petrópolis, Vozes, 1991. 2 v.
BUCKLANI), A. R. Dicionário bíblico universal. s.I., Ed. Vida,
s.d.
CACCIATORE, Olga Gudolia. Dicionário de cultos afro-brasileiros.
São Paulo, Forense Universitária, 1988.
CASCUDO, Luis da Câmara. Dicionário do folclore brasileiro.
São Paulo/Belo Horizonte, USP/Itatiaia, 1988.
CHEVALIERE, J. & CHEER, Brant. Dicionário de símbolos;
mitos, sonhos, costumes. 7. ed. Rio de janeiro, José
io, 1993.
ELIADE, Mircea & COULIANO, 1. P. Dicionário das religiões.
São Paulo, Martins Fontes, 1995.
FONSECA jr., Eduardo. Dicionário antológico da cultura afrobrasileira.
São Paulo, Maltese, 1995.
GRIMAL, Pierre. Dicionário de mitologia grega e romana. São
Paulo, Bertrand Brasil, 1993.
GUIMARÃES, Rute. Dicionário de mitologia grega. São Paulo,
Cultrix, 1992.
KURY, Mário da Gama. Dicionário de mitologia grega e romana.
Rio de janeiro, Zahar, 1990.
246
RIBEIRO, Berta C. Dicionário de artesanato indígena. Belo Horizonte,
Itatiaia, 1988.
SPALDING, Tassilo Orfeu. Dicionário de mitologia egípcia. 2.
ed. São Paulo, Cultrix, 1983.
… Dicionário de mitologia germânica. São Paulo, Cultrix,
1983.
SPALDING, Tassilo Orfeu. Dicionário de mitologia greco-latina.
Belo Horizonte, Itatiaia, 1965.
. Dicionário de mitologia latina. São Paulo, Cultrix, 1987.
ARTES E ARQUITETURA
CORONA & LEMOS. Dicionário de arquitetura brasileira. São
Paulo, Edart, 1972.
FARO, A. J. & SAMPATO L. P. Dicionário de ballet e dança.
Rio de janeiro, Zahar, 1989.
HALE, J. R. (org.). Dicionário do Renascimento italiano. Rio de
janeiro, Zahar, 1988.
KOCH, Wilfried. Dicionário dos estilos arquitetõnicos. São Paulo,
Martins Fontes, 1994.
MEDEIROS, João. Dicionário dos pintores do Brasil. Rio de
janeiro, Irradiação Cultural, 1988.
MONTEIRO, Jaci (org.). Dicionário de pintura moderna. São
Paulo, Hemus, 1981.
REAL, Regine M. Dicionário de Belas-Artes; termos técnicos e
matérias afins. Rio de janeiro, Fundo de Cultura, 1962.
2 v.
ROSAY, Madeleine. Dicionário de ballet. 3. ed. Rio de janeiro,
Nórdica, 1980. 167 p.
VASCONCELLOS, Luis Paulo. Dicionário de teatro. Porto Alegre,
L&PM, 1987.
BIOLOGIA
BUERCER, Siegmundo. Dicionário geral de ciências biológicas.
CRUZ, C. L. Dicionário das plantas úteis do Brasil. Rio de
Janeiro, Civilização Brasileira, 1985.
247
CIÊNCIAS SOCIAIS
BIROU, Alain. Dicionário de ciências sociais. 5. ed. Lisboa, Dom
Quixote, 1982. 454 p.
BIROU, Alain. Dicionário de sociologia. Porto Alegre, Globo,
1963. 280 p.
BOBBIO, Norberto et alii. Dicionário de política. 2. ed. Brasilia,
Universidade de Brasflia, 1986.
BOUDON, Raymond & BOURRICAUD, F. Dicionário crítico
de sociologia. São Paulo, Ática, 1993.
. Dicionário de sociologia. Porto Alegre, Globo, 1963. 280
P.
FUNDAÇÃO CETÚLIO VARGAS. Dicionário de ciências sociais.
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
2. ed. Rio de janeiro, Editora FGV, 1987.
PIMENTA, E. Orsi. Dicionário brasileiro de política. Belo Horizonte,
Ed. Lê, 1982. 192 p.
COMUNICAÇÃO
ERBOLATO, Mario L. Dicionário de propaganda e jornalismo.
Campinas, Papirus, 1986. 344 p.
EWALDO FILHO, Rubens. Dicionário de cineastas. Porto Alegre,
L&PM, 1988.
KATZ, C.; DORIA, F. & LIMA, L. C. Dicionário básico de
comunicação. Rio de janeiro, Paz e Terra, 1975. 459 p.
MELO, Manoel Rodriguez de. Dicionário da imprensa; RN
1909-1987. São Paulo, Cortez, 1987.
RABAÇA, Carlos A. & BARBOSA, Custavo. Dicionário de
comunicação. São Paulo, Ática, 1987.
CONTABILIDADE
SÁ, Lopes de. Dicionário de contabilidade. S. ed. São Paulo,
Atlas, 1990. 432 p.
DIREITO
ACQUAVIVA, Marcus Claudio. Dicionário básico de Direito
Acquaviva. 3. ed. São Paulo, Ed. Jurídica Brasileira, 1994.
248
BONFIM, B. C. & SANTOS, S. dos. Dicionário de decisões
trabalhistas. 24. ed. São Paulo, Ed. Trabalhistas, 1994.
CABRAL, Adelmo de Almeida. Dicionário de súmulas precedentes
do Tribunal Superior do Trabalho. São Paulo, LTR, 1994.
CARDONE, Marly A. Dicionário de direito previdencial. São
Paulo, LTR, 1989.
CARVALHO, Carlos Comes de. Dicionário jurídico do ambiente.
São Paulo, Letras & Letras, 1992.
CRETELLA JR., José. Dicionário de direito administrativo. 3. ed.
Rio de janeiro. Forense, 1988.
CUSMÃO, Paulo Dourado de. Dicionário de direito da fami7ía.
Rio de janeiro, Forense, 1987.
LEITE, lara Muller. Dicionário de ações e procedimentos judiciais.
São Paulo, Saraiva, 1984.
MELO, Osvaldo Ferreira de. Dicionário de direito político. Rio
de janeiro, Forense, 1978.
NUNES, Pedro dos Reis. Dicionário de tecnologia jurídica. Rio
de Janeiro, Freitas Bastos, 1982. 2 v. 1358 p.
PERES, Alcides C. Vocabulário do código do processo civil. Rio
de Janeiro, Forense, 1978. 708 p.
PLÁCIDO e SILVA. Vocabulário jurídico. Rio de janeiro, Forense,
1982. 5 v. 2143 p.
RODRIGUES, Dirceu A. Victor. Dicionário de brocardos jurídicos.
10. ed. São Paulo, Ateniense, 1994.
SAMPAIO, Aluysio. Dicionário de direito do trabalho. 4. ed. São
Paulo, LTR, 1993.
SIDON, J. M. Othon (org.). Dicionário jurídico. Academia Brasileira
de Letras Jurídicas. São Paulo, Forense, 1991.
ECONOMIA
COTTA, Alain. Dicionário de economia. 4. ed. Lisboa, Dom
Quixote, 1978. 414 p.
SANDRONI, Paulo (org.). Novo dicionário de economia. São
Paulo, Best-seller, 1989.
SELDON, A. & PENNANCE, F. G. Dicionário de economia. Rio
de janeiro, Bloch, 1983. 488 p.
249
EDUCAÇAO
DUARTE, Sergio Guerra. Dicionário brasileiro de educação. São
Paulo/Rio de janeiro, Nobel/Antares, 1986. 175 p.
LAENG, Mauro. Dicionário de pedagogia. Lisboa, Dom Quixote,
1973. 274 p.
LEIF, J. Vocabulário técnico e crítico da pedagogia.e das ciências
da educação. Lisboa, Editorial Notícias, 1976.
SOARES, Moacir Bretas. Dicionário de legislação do ensino. 19.
ed. Rio de janeiro, FGV, 1981. 270 p.
ZELTNER, Brunnere. Dicionário de psicopedagogia e psicologia
educacional. Petrópolis, Vozes, 1994.
EDUCAÇÃO FÍSICA
BARBANTI, V. J. & GUISELINI, M. A. Dicionário de educação
física e do esporte. São Paulo, Manole, 1994.
ESTATÍSTICA
RODRIGUES, Milton da Silva. Dicionário brasileiro de estatística.
2. ed. Rio de Janeiro, IBGE, 1970.
FILOSOFIA
ABBAGNANO, N. Dicionário de filosofia. São Paulo, Mestre
jou, 1982. 976 p.
BRUGGER, Walter. Dicionário de filoso
.fia. São Paulo, EPU,
1987. 574 p.
io de filoso DIDIER, julien. Dicionár fia. Rio
de Janeiro, Larousse
do Brasil, 1969.
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
DONATO, Hernani. Dicionário de mitologia asteca. 2. ed. São
Paulo, Cultrix, 1983.
DLTROZOI, Cerard & ROUSSEL, André. Dicionário de filosofia.
Campinas, Papirus, 1993.
CILES, Thomas Ransom. Dicionário de filosofia; termos e filósofos.
São Paulo, EPU, 1993.
JAPIASSU, H. F. & MARCONDES, Danilo. Dicionário básico
de filosofia. Rio de Janeiro, Zahar, 1990.
250
MORA, José Ferrater. Dicionário de filosofia. São Paulo, Martins
Fontes, 1994.
ROSENTHAL, M. Pequeno dicionário filosófico. São Paulo, Exposição
do Livro, 1959. 602 p.
RUSS, facqueline. Dicionário de filosofia. São Paulo, Scipione,
1994.
SANTOS, Mário Ferreira dos. Dicionário de filosofia e ciências
culturais. São Paulo, Maltese, 1963. 4 v.
FISICA
MACEDO, Horácio. Dicionário deffsica. Rio de janeiro, Nova
Fronteira, 1976. 363 p.
TEIXEIRA JR., A. Souza. Dicionário de física. São Paulo, Melhoramentos,
1980.
GEOGRAFIA
FLORENZANO, Everton. Dicionário de termos geográficos. Rio
de janeiro, Freitas Bastos, s.d.
FORTES, Amyr Borges. Dicionário geográfico brasileiro. Porto
Alegre, Globo, 1967. 599 p.
GUERRA, Antônio Teixeira. Dicionário geológico-geomorfológíco.
Rio de janeiro, IBGE, 1972.
LEINZ, V. & LEONARDS, 0. Glossário geológico. São Paulo,
Nacional, s.d.
OLIVEIRA, Ceurio de. Dicionário cartográfico. São Paulo, IBGE,
1987. 447 p.
HISTÓRIA
AZEVEDO, Antonio Carlos Amaral. Dicionário de nomes, termos
e conceitos históricos. Rio de janeiro, Nova Fronteira, 1990.
BOTJRGUIERE, Andre (org.). Dicionário das ciências históricas.
São Paulo, Imago, 1993.
DONATO, Hernani. Dicionário das batalhas brasileiras. São Paulo,
Ibrasa, 1989.
251
FURET, François & OZOUF, Mona. Dicionário crítico da revolução
francesa. Rio de janeiro, Nova Fronteira, 1989.
LOYN, Henry R. (org.). Dicionário da Idade Média. Rio de
janeiro, Zahar, 1990.
OLIVEIRA, José Teixeira de (org.). Dicionário brasileiro de datas
históricas. Belo Horizonte, Itatiaia, 1992.
INFORMÁTICA
GLOBO (Ed.). Dicionário do computador. Rio de janeiro, 1987.
GOOKIN, Dan et al. Dicionário ilustrado de informática para
leigos. São Paulo, Berkeley, 1994.
WEISERT, Conrad. Dicionário de programação; inglês-port. e
port.-inglês. Rio de janeiro, Campus, 1994.
WOODCOOK, joanne et ai. Dicionário de informátíca; inglêsport.
e Port.-inglês. Rio de janeiro, Campus, 1993.
LITERATURA
CAMPOS, Ceir. Pequeno dicionário de arte poética. São Paulo,
Cultrix, 1978.
COELHO, Neily Novaes. Dicionário crítico literário infanto-juveníl
brasileiro. São Paulo, Quíron, 1983.
GONÇALVES, Augüsto F. Lopes. Dicionário históríco-literário
do teatro brasileiro. 4 v. Rio de Janeiro, Cátedra, v. 1, 1975,
v. 2, 1976, v. 3, 1979, v. 4, 1982.
HARVEY, Paul. Dicionário Oxford de literatura clássica; grega
e latina. Rio de janeiro, Zahar, 1987. 536 p.
LUFT, Celso P. Dicionário de literatura portuguesa e brasileira.
Porto Alegre, Globo, 1979. 410 p.
MENEZES, Raimundo de. Dicionário literário brasileiro. São
Paulo, LTR, 1978. 5 v.
MOISÉS, Massaud. Dicionário de termos literários. 4. ed. São
Paulo, Cultrix, 19$5. 520 p.
PAVITCH, Milorad. Dicionário Kazar; romance enciclopédico.
Edição Feminina. São Paulo, Marco Zero, 1989. 300 p.
REIS, C. & LOPES, A. C. M. Dicionário de teoria da narrativa.
São Paulo, Ática, 1988. 327 p.
b252
TODOROV-DUCROT. Dicionário enciclopédico das ciências da
linguagem. São Paulo, Perspectiva, 1977. 356 p.
LINGUISTICA
BORBA, Francisco da Silva. Pequeno vocabulário de lingüística
moderna. São Paulo, Nacional-EDUSP, 1971. 152 p.
CÂMARA JR., L. Mattoso. Dicionário de lingüística e gramática.
10. ed. Petrópolis, Vozes, s.d. 268 p.
CRYSTAL. David. Dicionário de lingüística e fonética. Rio de
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
janeiro, Zahar, 1988.
DUBOIS, jean et alii. Dicionário de lingüística. São Paulo,
Cultrix, 1986.
CREIMAS-COUTERS. Dicionário de semiótica. São Paulo, Cultrix,
s.d. 494 p.
VÁRIOS. Dicionário de lingüística. São Paulo, Cultrix, 1983. 654
P.
MATEMÁTICA
CHAMBADAL, Lucien. Dicionário de matemática moderna. São
Paulo, Nacional, 1978.
HEMUS (Ed.). Dicionário de matemática. São-Paulo, I-lemus, s.d.
MEDICINA
ANDREI (Ed.). Dicionário médico Blakiston. 3. ed. São Paulo,
Andrei, 1987. 1169 p.
OESP/MALTESE (Ed.). Grande Dicionário Brasileiro de Medicina.
São Paulo, Oesp/Maltese, 1987.
PACIORNIK, Rodolfo. Dicionário médico. Rio de janeiro, Guanabara/
Koogan, 1978. 903 p.
WINGATE, Piter. Dicionário de medicina. Lisboa, Dom Quixote,
s.d.
ZACARIAS, M. & ZACARIAS, E. Dicionário de medicina legal.
s.d. Educar, 1988.
253
MÚSICA
-DRADE, Mário de. Dicionário musical brasileiro. Belo Ho-
AN
rizonte, Itatiaia, 1989.
BORBA, Tomás. Dicionário de música. Lisboa, Cosmos, 1962.
2 v.
CHEDIAK, Almir. Dicionário de acordes cifrados. São Paulo,
Irmãos Vitale, 1984.
CONDE DE HAREWOOD (org.). Kobbé. O livro completo da
ópera. Rio de Janeiro, Zahar, 1991.
ISAACS, Alan & MARTIN, E. Dicionário de música Zahar. Rio
de janeiro, Zahar, 1984.
JACOBS. Dicionário de música. Lisboa, Dom Quixote, s.d.
MARCONDES, Marcos. Encíclopéília da música brasileira. São
Paulo, Art Editora, 1972. 2 v.
MARIZ, Vasco. Dicionário biográfico musical. Belo Horizonte,
Villa Rica, 1991. 286 p.
RIBEIRO, Carlos Alberto. Dicionário de acordes cifrados. s.d. Ed.
Cultura Musical, s.d.
POLÍTICA
BOBBIO, Norberto e outros. Dicionário de política. 3. ed. Brasilia,
EdUnB/Linha Gráfica Editora, 1991. 2 v.
BOTTOMORE, Tom. Dicionário do pensamento marxista. Rio de
janeiro, Zahar, 1988.
CHATELET, François et al. Dicionário das obras políticas. Rio
de Janeiro, Civilização Brasileira, 1993.
ELLIOT, Dicionário de política. 2. ed. Lisboa, Dom Quixote,
1982.
ROBERTS, Geoffrey K. Dicionário de análise política. Rio cle
Janeiro, Civilização Brasileira, 1972.
SOARES, Oswaldo. Pequeno dicionário burguês-proletário. Rio de
Janeiro, Civilização Brasileira, 1983.
PSICOLOGIA E PSICANÁLISE
ARNOLD, W.; EYSENK, H. J. & MEILI, R. Dicionário de
psicologia. São Paulo, Loyola, 1982. 3 v. 560 p.
254
BATTRO, Antonio M. Dicionário de terminologia lean Piaget.
São Paulo, Pioneira, 1978. 245 p.
CABRAL, Álvaro. Dicionário de psicologia e psicanálise. Rio de
Janeiro, Expressão e Cultura, 1971. 393 p.
CAMPBELL, Robert J. Dicionário de psiquiatria. São Paulo,
Martins Fontes, 1986. 644 p.
CHAPLIN, Peter. Dicionário de psicologia. Lisboa, Dom Quixote,
s.d.
CHEMAMA, Roland (org.). Dicionário de psicanálise. Porto
Alegre, Artes Médicas, 1995.
DORIN, E. Dicionário de psicologia. São Paulo, Melhoramentos,
1978. 306 p.
LAPLANCHE, J. & PONTALIS, J. B. Vocabulário da psicanálise.
7. ed. São Paulo, Martins Fontes Editora, 1983. 710 p.
MIELNIK, Isaac. Dicionário de termos psiquiátricos. São Paulo,
Roca, 1987. 272 p.
PIERON, Henri. Dicionário de psicologia. Porto Alegre, Globo,
1978. 533 p.
RYCROFT, Charles. Dicionário crítico de psicanálise. Rio de
janeiro, Imago, 1975. 262 p.
SAMUELS, Andrew et alii. Dicionário crítico de análise jungíana.
Rio de janeiro, Imago, 1988. 262 p.
STRATTON, Peter & HAYES, Nicky. Dicionário de psicologia.
São Paulo, Pioneira, 1994.
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
SERVIÇO SOCIAL
FERREIRA, Francisco P. Dicionário de bem-estar social. São
Paulo, Cortez, 1982. 364 p.
255
TEOLOGIA
BAUER, johannes B. Dicionário de teologia bíblica. 4. ed. São
Paulo, Loyola, 1979. 2 v. XXVII + 1773 p.
FRIES, Heinrich (coord.). Dicionário de teologia. São Paulo,
Loyola, 1983. 5 v.
MACKENZE, john. Dicionário bíblico. São Paulo, Paulinas,
1984.
SALVADOR, Carlos Corral (org.). Dicionário de direito canônico.
Rio de faneiro, Loyola, 1993.
VAN DEN BOM, A. et alii. Dicionário enciclopédico da Bíblia.
3. ed. Petrópolis, Vozes, 1977. 1587 p.
3. AS BIBLIOGRAFIAS ESPECIALIZADAS
As bibliografias ou repertórios bibliográficos são publicações
que se especializam em fazer levantamentos sistemáticos de todos
os documentos publicados em determinadas áreas de estudo ou
pesquisa. Por intermédio deles, torna-se possível ao estudioso
acompanhar a literatura especializada de sua área, tanto as publicações
de livros como de artigos de revistas. Inestimável é a
contribuição destes instrumentos para o levantamento bibliográfico
quando da elaboração de alguma pesquisa.
A estruturação dessas obras segue critérios de ordem lógica
de acordo com o tipo e as divisões das várias áreas e disciplinas.
Algumas bibliografias, além dos dados identificadores do documento
e de sua situação na sistemática da área, trazem ainda um
pequeno resumo de seu conteúdo, indicando seu objetivo e principais
tópicos, o que os torna ainda mais úteis ao trabalho científico.
Recomenda-se aos estudantes adquirirem sistematicamente repertórios
bibliográficos especializados de suas respectivas áreas.
Quanto aos de outras áreas, se a consulta se fizer necessária,
poderá ser feita nas bibliotecas.
No Brasil, o IBICT (Instituto Brasileiro de Informação em
Ciência e Tecnologia. SCN – Quadra 2 – Bloco K. 70070-914 –
Brasilia-DF. Tel. (61) 321-4888) edita a Bibliografia Brasileira de
Ciência da Informação, além de mais dois valiosos instrumentos de
trabalho, no campo da informação bibliográfica: o Guia de Publicações
256
Seriadas Brasileiras, que contém títulos, editores e endereços de
1577 revistas nacionais, e a publicação mensal Sumários Correntes
Brasileiros, com uma série para ciências exatas e biológicas e outra
para ciências humanas e sociais. Esta publicação reproduz de
forma fac-similar os sumários das principais revistas brasileiras,
permitindo ao consulente verificar rapidamente o que está sendo
publicado em seu campo de interesse.
O CENAGRI (Centro Nacional de Informação Documental
Agrícola, do Ministério da Agricultura) publica a Bibliografia Brasileira
de Ciências Agrícolas.
O Instituto Nacional de Tecnologia edita a Bibliogra a Brasileira
de Química.
O Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação, em
Ciências da Saúde publica o Index Medicus Latino-Americano. E de
autoria de Célia Ribeiro ZAHER o Guia de Literatura Médica e
Biológica, também publicado pelo IBBD, atual IBICT, em 1962.
Publicada pelo INEP, junto com a Revista Brasileira de Estudos
Pedagógicos, existe para a área de Educação a excelente Bibliogra
fia
Brasileira de Educação. Em 1959, o INEP publicou Fontes para o
Estudo da Educação no Brasil.
Para a área de filosofia e teologia, a revista Reflexão publica
em todos os números uma Bibliografia Brasileira de Filosofia e uma
Bibliografia Brasileira de Teologia, ambas elaboradas de acordo com
critério de sistematização de assuntos; contêm breve exposição do
conteúdo dos documentos assinalados.
A revista Dados faz o mesmo em sua seção Boletim Informativo
e Bibliográ
fico de Ciências Sociais.
Ainda na área da filosofia, a PUC de São Paulo, através de
sua Unidade Central de Documentação e Informação Científica –
CEDIC -, lançou a série ‘1000 títulos’, já tendo publicado dois
volumes de 1000 títulos de Autores Brasileiros de Filoso a, abrangendo,
no 1′ volume, 1000 livros e capítulos de livros e, no 2′ volume,
1000 artigos de revistas. Está se fazendo assim um levantamento
exaustivo e sistemático da produção filosófica no Brasil. Além da
classificação dos títulos por subáreas da filosofia, são indicados
também os autores aos quais os trabalhos se referem e as bibliotecas
onde os trabalhos podem ser encontrados.
Ainda no campo da filosofia, destacam-se duas publicações
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
significativas: a Bibliografia Filosó fica Brasileira
e o Catálogo de Obras
257
Filosóficas, preparadas e editadas pelo Centro de Documentação
do Pensamento Brasileiro, CDPB, de Salvador (Rua Alfredo Brito,
39 – Pelourinho – 40000 – Salvador-BA).
Registre-se também, da autoria do Prof. Antônio Paim, a
Bibliografia Fílosó
fica Brasileira (Edições GRD-INL-MEC, 1979). Foi
publicado pela ANPOF (Associação Nacional de Pós-Graduação
em Filosofia) um catálogo sistemático dos filósofos brasileiros, de
minha autoria, sob o título A Filosofia no Brasil (Rio, ANPOF,
1990).
já foram publicados pelo Centro de Informática do MEC
(CIMEC) quatro volumes do Catálogo do Banco de Teses (MEC-CNPq),
com dados bibliográficos e um resumo de teses de mestrado,
doutorado, pós-doutorado e livre-docência; abrangem todas as
áreas em que já se elaboraram teses, em vários centros culturais
brasileiros.
Também a (hoje extinta) Embrafilme publicou uma Bibliografia
do Cinema.
A Câmara Brasileira do Livro, através de seu centro de
catalogação-na-fonte, em São Paulo, publica excelente informativo
bibliográfico intitulado Oficina de Livros; novidades catalogadas na
fonte. Trata-se de um anuário que apresenta todos os lançamentos
editoriais do ano que vão sendo catalogados na fonte. Os livros
são indicados mediante reprodução de ficha catalográfica dos
mesmos, elassificadossistematicamente por áreas e subáreas. As
publicações são identificadas também através dos índices de autores,
editores e títulos.
Endereço da Câmara Brasileira do Livro:
Avenida lpiranga, 1267 – 10′ andar
01039-000 – São Paulo-SP.
4. A METODOLOCIA DA PESQUISA NAS DIVERSAS
ÁREAS CIENTÍFICAS
O presente livro, como adiantei na Introdução (p. 19), não é
um texto de iniciação à pesquisa aplicada, enquanto processo
metódico e sistemático de produção do conhecimento. Ele fornece
apenas as diretrizes gerais para o proceder científico, pressuposto
258
a toda atividade de pesquisa, indepc.d-te-e.te da á,ca a que
ela se plica. Assim, quado fo, desenvolve, .@ d@t.,.i..d.
proj@t. de pesquisa, o aluno deve recorrer a algum subsídio
a específico à -todologia da pesquisa e. sua área.
,i À guisa de contribuição para essa ekolha, indico, esta seção,
o alguns -amis disponíveis que conte. tê@.i@a, —
e pecíficas pa, . . . @.Ii.açã. da pesquisa -s dies.s áreas. Eles
wão úteis para a iniciação â prâtica da pesqisa os ârios
ca-pos do sabe,.
ASPECTOS GERAIS DA PESQUISA
s BARBOSA FILHO, Ma.uel. l@tod.ção à pesq.i@; -étodos, técjcas
s @ i@t@-etos. 2. ed. Rio de Jaei,o, Livros Técücos e
Científicos, 1978.
CASTRO, Clâ.di. de M. A prática da psq.i.. Sã. P..1., M@G,@@-
Hll, 1978.
ClfiZZOTTI, A.toio. Pesquisa em ciências humams e sociais. São
Paulo, C.,t@z, 1991.
CATTI, Be-ad@t@ A. & FERES, N.gib L. Estatística básica pa.
1 h..@n@s. São Paulo, Alfa-Ômega, 1975.
1 LODI, joã. B. A e@te@ista; teoria e prática. São Paulo, Pioneira,
9 1971.
MUCCMELLI, Roge,. O questionâ,io @a pe,q.is. psi,ossocial. Sã.
P..]., M.,ti- Fontes, 1978.
THIOLLENT, Mi@hel. Metodologia da pesq.i.-.ção. Sã. P..1., C.,t@.,
1985.
T’RWILLO FERRARI, Alfo@o. Metodologia da pesquisa cie@tífic@. São
P..1., 1982.
WITT, A,.cy. , p,sq.is@: q.estioná,io fo,.ulá,i@. 2. ed.
São Paulo, Rewha Tibutá,ia, 1973.
CIÊNCIAS SOCIAIS
BRUYNE, P..1 de Di@â.i,@ d. p,@q.i,@ . iê@,i@,
os pólos da prática -etodológica. 3. ed. Rio de jaeio,
Fa@eisco Al@es, s/d.
259
CIL, Antonio C. Métodos e técnicas da pesquisa social. São Paulo,
Atlas, 1987.
COODE, Willian J. & HATT, Paul K. Métodos em pesquisa social.
. São Paulo, Nacional, 1969.
HIRANO, Sedi (org.). Pesquisa social; projeto e planejamento. São
Paulo, T. A. Queiroz, 1979.
KERLINCER, F. N. Metodologia da pesquisa em ciências sociais; um
tratamento conceitual. São Paulo, EPU/EDUSP, 1980.
NOGUEIRA, Oracy. Pesquisa social; introdução às suas técnicas.
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
São Paulo, Nacional/EDUSP, 1968.
RICHARDSON, Robert J. Pesquisa social; métodos e técnicas. São
Paulo, Atlas, 1985.
SCHRADER, Achim. Introdução à pesquisa social empírica. Porto
Alegre, Globo, 1974.
SELLTIZ, Claire e outros. Métodos de pesquisa nas relações sociais.
São Paulo, Herder, 1967.
TRIVINOS, Augusto W. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais.
São Paulo, Atlas, 1987.
ECONOMIA
GIL, Antonio C. Técnicas de pesquisa em Economia. São Ilaulo, Atlas,
1991.
EDUCAÇAO
LÜDKE, Menga & ANDRÉ, Marli E. D. Pesquisa em educação;
abordagens qualitativas. São Paulo, EPU, 1986.
RUMMEL, J. Francis. Introdução aos procedimentos de pesquisa em
educação. 3. ed. Porto Alegre, Globo, 1977.
PSICOLOGIA
FESTINCER, Leon & KATZ, Daniei. A pesquisa na psicologia social.
Rio de janeiro, FGV, 1974.
MEGUICAN, Frank J. Psicologia experimental; uma abordagem metodológica.
São Paulo, EPU/EDUSP, 1976.
260
RODRIGUES ‘ A,@ld.. A
P@lôpli@, V.-@, 1975
01.
SE.1@ÇO SOCIAL
TRIVDI, T..y @ Máli@ d@ p,@.i.
d@ p’@’q@.
1175.
RODRIGUES, Aroldo. A pesquisa experimental em psicologia e em
educação. Petrópolis, Vozes, 1975.
SERVIÇO SOCIAL
TRIPODI, Tony e outros. Análise da pesquisa social; diretrizes para
o uso de pesquisa em Serviço Social e Ciências Sociais. Rio
de janeiro, Francisco Alves, 1975.
261
METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO: ANTONIO JOAQUIM SEVERINO
BIBLIOGRAFIA COMENTADA
1. Aspectos técnicos da elaboração da monografia
ACOSTA HOYOS, Luiz E. Guia práctica para Ia investigación y redacción de
informes.
2. ed. Buenos Aires, Paidós, 1972. (Biblioteca del Educador Conternporáneo,
146). 188 p.
Manual com orientações técnicas e gráficas para a elaboração de um escrito
de natureza científica.
ASSC)CIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. Normalização da
documentação no Brasil (PNB66). Rio de janeiro, IBBD.
Texto oficial a respeito da padronização das normas técnicas para a elaboração
dos trabalhos científicos. Fornece diretrizes e modelos para a bibliografia e
documentação dos escyitos científicos.
ASTI VERÁ, Armando. Metodología da investigação científica. Trad. Maria
Helena
Guedes e Beatriz Marques Magalhães. Porto Alegre, Globo, 1973. 224 p.
Texto dividido em três partes. Na primeira, o autor aborda a questão dos
métodos atuais de pesquisa, assim como sua aplicação nas várias ciências e
na filosofia; na segunda apresenta uma iniciação à pesquisa, tanto do ponto
de vista experimental como da técnica bibliográfica; na terceira conceitua
rnonografia e apresenta as normas técnicas de sua elaboração.
AZEVEDO, Israel B. de, O prazer da produção científica. Firacicaba, UNIMEP,
1992.
144 p.
O texto apresenta diretrizes para a elaboração de trabalhos acadêmicos. Assim,
após expor princípios gerais de uma boa comunicação, o autor apresenta
orientações para a elaboração de resenhas e revisões bibliográficas, de projetos
de pesquisa, de monografias, dissertações e teses, de artigos científicos, fornecendo
exemplos e modelos.
BANASS, Robert. Os cientistas precisam escrever. Trad. Leila Novaes
Hegenberg. São
Paulo, T. A. Queiroz/Edusp, s.d.
O autor expõe as exigências para se produzir um original tecnicamente bem
preparado. Em apêndice, as normas técnicas propostas pela ABNT sobre o
preparo de originais para serem publicados.
262
BARROS, Aidil P. de & LEHFELD, Neide Ap. de S. Fundamentos de metodologia;
um
guia para a iniciação científica. São Paulo, McGraw-Hill do Brasil, 1986. 132
P.
O livro apresenta diretrizes para o trabalho didático-científico da Universidade,
num quadro mais amplo de análise do ensino superior e da teoria da ciência.
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
Aborda assim o lugar da rnetodologia na Universidade, os métodos e estratégias
de estudo e de aprendizagem, a natureza do conhecimento humano, a
concepção
da ciência, seus métodos e a prática da pesquisa científica.
BASTOS, Lilia da Rocha e outros. Manual para a elaboração de projetos e
relatórios de
pesquisa, teses e dissertações. 3. ed. Rio de janeiro, Zahar, 1982. 188 p.
As diretrizes apresentadas por este livro aplicam-se ao planejamento de projetos
e à elaboração de relatórios de pesquisas científicas em geral. Divide-se em
três capítulos: a estrutura da dissertação, uniformização redacional e uniforrnização
gráfica. Além dos anexos ilustrativos da matéria desenvolvida, inclui
ainda: exemplo de um projeto de pesquisa, preparo de fichas de leitura e
glossário de termos básicos relacionados à pesquisa científica.
BECKER, Fernando; FARINA, Sérgio & SCHEID, Urbano. Apresentação de
trabalhos
escolares. Porto Alegre, Editora Formação, s.d. 52 p.
O livro apresenta, de maneira esquernática, diretrizes práticas sobre a construção
e redação de trabalhos escolares, sobre seu desenvolvimento e sobre seus
elementos complementares. Visa possibilitar aos estudantes a visualização e a
simultânea apreensão das diversas e numerosas normas de apresentação de
!to um trabalho científico.
CARVALHO, M. C. M. (org.). Construindo o saber; técnicas de metodologia
científica.
da Campinas, Papirus, 1988.
Escrito sob forma de antologia com as partes produzidas por diferentes autores,
o texto aborda os seguintes tópicos: a problemática do conhecimento; as relações
i e mito, rnetafísica, ciência e verdade; a explicação
científica; a construção do
saber científico; a ciência e as perspectivas antropológicas de hoje; o estudo
!na como forma de estudo; o estudo de textos
teóricos; técnicas de dinâmica de
grupo; e o trabalho monográfico como iniciação à pesquisa científica.
CASTRO, Cláudio de Moura. Estrutura e apresentação de publicações cientí
losficas. São
3 e Paulo, McGraw-Hill, 1976. 72 p.
rtto O livro discute a preparação de documentos
científicos, de organização e de
tua apresentação do material segundo as normas
internacionais e as da ABNT.
Apresenta sugestões sobre redação de trabalhos, sobre revisão de originais e
192. publicação de trabalhos científicos. Levanta
considerações que todo autor deve
fazer no sentido de avaliar o próprio trabalho e tece comentários a respeito
irn, das normas brasileiras de referências
bibliográficas.
nta -. A prática da pesquisa. São Paulo, McGraw-Hili do
Brasil, 1977. 156 p.
!tos O livro discute o lugar da pesquisa no universo
da prática científica, as
ne- questões referentes à rnetodologia científica, a
escolha do tema da pesquisa,
São a montagem, o roteiro e a gerência da pesquisa.
CERVO, A. L. & BERVIAN, P. A. Metodologia científica. 2. ed. rev. arnp. São
Paulo,
@em MeGraw-Hili, 1977. 146 p.
e o Manual didático introdutório ao trabalho científico
em geral com elementos
sobre a natureza do conhecimento científico, sobre o método científico e noções
263
sobre a pesquisa; apresenta as fases da pesquisa, indicando os modos de
proceder à investigação e de transmitir os conhecimentos adquiridos, momento
em que são expostas as normas rnetodológicas da elaboração da monografia
científica.
CINTRA, Anna Maria M. Determinação do tema de pesquisa. Ciência da
informação.
Brasilia, 11 (2): 13-16, 1982.
A autora defende a idéia de que, embora os juízos para pesquisas possam
ajudar a escolha de um tema, quanto aos aspectos formais, do ponto de vista
do conteúdo a escolha dependerá finalmente dos valores do pesquisador, de
sua relação com o universo. A pesquisa exige independência, criatividade e
a integração do tema na problemática do próprio pesquisador.
ECO, Umberto. Como se faz uma tese. São Paulo, Editora Perspectiva, 1983.
(Col.
Estudos XVI). 188 p.
Obra do renomado filósofo, ensaísta e cornunicólogo italiano que soube traduzir
em linguagem didática e extremamente agradável sua experiência de pesquisador
e sua perícia de professor. São de grande valia para os pós-graduandos
não só suas considerações sobre o ofício de se escrever uma tese como também
suas sugestões técnicas e práticas para a redação da mesma.
FENELON, Dea Ribeiro. 50 textos de história do Brasil. São Paulo, Hucitec, 1974.
(Col.
Textos, 2). 212 p.
Antes da apresentação de textos representativos da história brasileira, a autora,
na introdução, aborda o trabalho científico nas faculdades, apresentando di-
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
retrizes práticas concernentes às discussões em grupo, ao trabalho em classe
e aos seminários.
FERRARI, Alfonso Trujillo. Metodologia da ciência. 3. ed. Rio de Janeiro, Kennedy
Ed., 1974. 250 p.
Aborda a natureza do conhecimento científico, estuda os principais métodos
da pesquisa científica, tratando de questões de lógica, de linguagem e de
estrutura da ciência. Discorre, a seguir, sobre a aplicação da pesquisa científica,
sobre seu planejamento. Do ponto de vista metodológico, especial referência
ao cap. VIII, sobre pesquisa bibliográfica e pesquisa documental.
FIGUEIREDO, Laura Maia de & CUNHA, Lélia Calvão Caldas de. Curso de
bibliografia
geral; para uso dos alunos das escolas de biblioteconomia. Rio de Janeiro,
Distribuidora Record, [1967]. 144 p.
Apresentação indicativa e técnica da bibliografia como instrumento de trabalho
científico. Após conceituar bibliografia, as autoras apresentam as bibliografias
de bibliografias, os guias de referência, as bibliografias internacionais e nacionais,
as bibliografias de publicações periódicas. Aborda em seguida as bibliografias
especializadas de biblioteconornia e documentação, expõe o planejamento da
pesquisa bibliográfica e fala sobre normalização bibliográfica. Traz em apêndice
o texto da ABNT (PNB66) sobre referências bibliográficas.
FONSECA, Edson Nery da. Problemas da comunicação da informação cientí ca.
o
fi Sã
Paulo, Thesaurus, 1973. 140 p.
O autor discute problemas relacionados com a informação científica, abordando
orno documentação, bibliografia e outros afins, de inegável interesse
ternas e
para o aprofundarnento teórico e crítico do assunto.
264
FRAGATA, Júlio. Noções de metodologia; para a elaboração de um trabalho
científico,
Porto, Tavares Martins, 1967. (Col. Meridiano Universitário, 3). 136 p.
Após definir ciência, trabalho científico e método, o autor fala das qualidades
da escrita, da escolha do assunto para o trabalho, da heurística, da crítica dos
documentos, da tomada de apontamentos, da ordenação do material, da redação
e da apresentação dos trabalhos, de sua estrutura externa, cle seus aspectos
gráficos, da publicação, da catalogação, da documentação e das recensões
bibliográficas. Bastante completo e acessível.
CATES, jean K. Como usar livros e bibliotecas. Trad. Edmond Jorge. Rio de
janeiro,
Lidador, 1972. 258 p.
Depois de apresentar informações básicas sobre bibliotecas, assim corno sobre
o arranjo e a organização de seu material, o autor apresenta várias obras de
referência geral e de referência às principais áreas do saber, mostrando, por
fim, como se usa a biblioteca na elaboração de um trabalho de pesquisa. A
quase totalidade das obras referenciadas é de língua inglesa.
GIL, Antonio C. Como elaborar projetos de pesquisa. 3. ed. São Paulo, Atlas,
1994.
O livro traz as diretrizes sobre os procedimentos para a elaboração de projetos
referentes aos diversos tipos de pesquisa, tais como pesquisa bibliográfica,
pesquisa documental, pesquisa ex-post-facto, estudo de caso, pesquisa-ação e
pesquisa participante. Além dos aspectos técnicos, o autor se preocupa também
em esclarecer os significados teóricos dos procedimentos relacionados com a
lógica e a inetodologia da ciência.
GRANJA, Elza C. e outros. Normalização de referências bibliográficas: manual de
orientação.
3. ed. rev. e aum. São Paulo, Instituto de Psicologia/USP, 1997.
Estudo de apresentação das diretrizes de referenciação bibliográfica a partir
das normas da ABNT, com atualização e acréscimos decorrentes das inovações
no campo. Assim, orienta também quanto à referenciação de documentos de
fontes eletrônicas e informatizadas.
GRANJA, Elza C. e outros. Citações no texto e notas de rodapé: manual de
orientação.
São Paulo, Instituto de Psicologia/USP, 1997. 1
Estudo completo e minucioso abordando as diretrizes relacionadas às citações,
às notas de rodapé e aos métodos de chamadas de citações, fornecendo
exemplos e esclarecendo dúvidas.
GRANJA, Elza & GRANDI, Márcia E. C. de. Resumos; teoria e prática. São
Paulo,
Instituto de Psicologia/USP, 1993. 27 p.
Elaborado pelo Serviço de Biblioteca e Documentação do Instituto de Psicologia
da USP, este caderno traz orientações teóricas e práticas para a elaboração de
resumos, destacando os tipos indicativos, informativos e críticos.
GUSMÃO, Heloisa R. & CRUZ, Anamaria da C. Relatórios técnico-científicos.
NBR
10719. Niterói, Intertexto, 1999.
O trabalho retoma e explica as diretrizes fornecidas pela ABNT para a elaboração
de relatórios técnico-científicos. Trata-se de uma orientação exemplificada,
buscando esclarecer dúvidas e instruir melhor o seu uso.
HUBNER, M. Martha, Guia para elaboração de monografias e projetos de
dissertação de
mestrado e doutorado. São Paulo, Pioneira/Mackenzie, 1998.
O texto aborda regras para a elaboração de monografias e projetos de
dissertação
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
de rnestrado e de tese de doutorado. Após discutir o pensamento científico
265
como pré-requisito para a produção de textos acadêmicos e conceituar monografia,
a autora aborda os projetos de dissertação e de tese, concluindo O texto
com diretrizes sobre a elaboração do texto científico. Refere-se ainda aos
momentos da carreira docente, relacionados com a apresentação desses
trabalhos.
INACIO FILHO, Geraldo. A monwa
.fia nos cursos de graduação. Uberiândia, Ed. da
UFU, 1992. 108 p.
O texto foi elaborado com a finalidade de servir de subsídio às aulas da
disciplina Metodologia Científica nos cursos de graduação. Apresenta assim
diretrizes para o planejamento da pesquisa, para a elaboração do texto monográfico,
concluindo por urna apresentação e discussão das bases epistemológicas
dos vários métodos de investigação científica.
KOCHE, José Carios. Fundamentos de metodologia científica. 4. ed. Univ. Caxias
do
Sul – Esc. Sup. Teol. S. Lourenço de Brindes, Porto Alegre, 1980. (Coleção
Cicio). 83 p.
O texto aborda a questão do conhecimento científico, da ciência, do método
científico, das leis e teorias, das hipóteses e variáveis, do fluxograma da
pesquisa científica, da estrutura do trabalho científico, concluindo com as
normas técnicas de apresentação do relatório de pesquisa.
LAKATOS, E. M. & MARCONI, M. de A. Fundamentos de metodologia cientí ca.
São
Paulo, Atlas, 1985. 240 p.
O texto contém sugestões de procedimentos didáticos (leituras, análise de texto
e seminários), orientações sobre pesquisa bibliográfica e resumos. Discute a
questão da ciência, dos métodos científicos, dos fatos, leis, teorias, hipóteses
e variáveis, conceito, técnicas, projetos e relatórios de pesquisa, encerrando-se
com diretrizes para a elaboração do trabalho monográfico.
-. Metodologia científica. São Paulo, Atlas, 1986. 232 p.
O livro contém elementos de filosofia da ciência’ iniciando com o estudo da
natureza do conhecimento científico e da classificação das ciências. Discute a
seguir os vários aspectos. dos métodos científicos, em geral, abordando mais
especificamente as questões referentes aos fatos, leis, teorias, à constituição e
verificação das hipóteses.
LITTON, Caston. A pesquisa bibliográ
.fica; em nível universitário. Trad. Terezine Arantes
Ferraz. São Paulo, MeGraw-Hili, 1975. 188 p.
O autor apresenta de maneira didática e exemplificada as várias etapas de
urna pesquisa bibliográfica feita com vistas à elaboração de um trabalho
científico. Fornece indicações das principais obras de referência, expõe diretrizes
para utilização da biblioteca, para compilação, avaliação e organização das
informações, tratando igualmente da técnica bibliográfica,
LUFT, Celso Pedro. O escrito científico; sua estrutura e apresentação. 4 ed. Porto
Alegre, Lima Ed., 1974. 56 p.
De maneira direta e concisa, o autor expõe as non-nas práticas para a
apresentação dos trabalhos científicos, sobretudo do ponto de vista técnico e
gráfico.
LUNA, Sérgio V. de. Análise de dfflculdades na elaboração de teses e
dissertações a partir
da identidade de prováveis contingências que controlam essa atividade. São
Paulo,
PUC/SP, 1983. (Tese de doutorado).
~ ‘@l,
1 266
Trata-se de estudo rigoroso e objetivo, baseado em pesquisa ernpírica,
analisando
o processo de elaboração dos trabalhos de pós-graduação, a partir de entrevistas
com professores e alunos de cursos de Psicologia.
MACEDO, Neusa Dias. Normas para referência bibliográfica. Revista de
Pedagogia.
São Paulo, 12 (21): 71-130.
Excelente trabalho com diretrizes e normas para a redação de trabalhos
científicos no que diz respeito às referências bibliográficas. O texto sempre em
consonância com as normas oficiais brasileiras, apresentadas pela ABNT, é
enriquecido com numerosos exemplos, sendo de grande utilidade para aqueles
que sistematizam informações bibliográficas.
MANZO, Abelardo J. Manual para Ia preparación de monogra
.fias. Buenos Aires, Humanitas,
1973. 123 p.
Trata-se de um guia para a apresentação de informes e teses. É um texto
bastante completo no que diz respeito à elaboração da rnonografia científica,
explicitando pormenores técnicos e gráficos que dela devem constar.
MARTINS, joel & CELANI, A. Antonieta A. Subsídios para redação de tese de
mestrado
e de doutoramento. 2. ed. rev. e ampl. São Paulo, Cortez & Moraes, 1979.
38 p.
Contém este texto considerações gerais sobre as finalidades e formas de um
relato, buscando apresentar um modelo da mecânica a ser seguida num trabalho
científico e sistematizar princípios e regras a serem observadas na apresentação
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
formal final de um relato. Tem servido de guia para teses de rnestrado e de
doutoramento no pós-graduação da Universidade Católica de São Paulo.
MARTINS, J. M. A tese, seu assunto e forma. São Paulo, Obelisco, 1975. 88 p.
O autor apresenta urna série de considerações gerais e particulares a respeito
da ciência, da sociedade, da escola, da língua, da redação do trabalho intelectual.
Deste último, aborda os elementos essenciais, a forma, assim corno a parte
técnica. Em apêndice apresenta formas de exercício escolar oral e outras
maneiras de dialogar.
MATCZAK, Sebastian A. Research and composition in philosophy. 2. ed.
Louvain/Paris,
Béatrice/Neuwelaerts, 1971. 88 p.
Apesar de visar especificamente as monografias da área filosófica, as diretrizes
desse livro são generalizáveis para qualquer trabalho fundado em pesquisa
bibliográfica. Além dos aspectos técnicos, do último capítulo, apresenta as
principais fontes bibliográficas da filosofia, em várias línguas.
MEDEIROS, João B. Redação cientfflca: a prática de fechamentos, resumos,
resenhas. São
Paulo, Atlas, 1991.
O texto apresenta os diversos instrumentos para a realização de trabalhos de
pesquisa. Fornece orientação para a prática da leitura, para o estudo de modo
geral, para a pesquisa bibliográfica e documentação, para a elaboração de
ficharnentos, do resumo, da resenha, da paráfrase e das referências
bibliográficas.
Trata da natureza das diversas modalidades de publicações científicas e da
estrutura do texto dissertativo.
MIRANDA, J. Luis C. de & CUSMÃO, Heloisa R. Como escrever um artigo
científico.
Niterói, EDUFF, 1997.
Apresentação sintética da estrutura e da apresentação gráfica de trabalho que
tenha perfil de um artigo científico.
268
PEROTA, M. Luiza L. R. & CRUZ, Anamaria da Costa. Referências bibliográ cas
(NBR
6023): notas explicativas. 3. ed. Niterói, EDUFF, 1997.
O texto retoma e explica todos os elementos das normas de referenciação
bibliográfica, tais como estabelecidas pela ABNT, trazendo numerosos exemplos
e dirimindo dúvidas.
PRADO, Heloisa de Almeida. Organize sua biblioteca. 2. ed. São Paulo, Polígono,
1971. 184 p.
4 Todas as técnicas de organização, funcionamento e
administração das bibliotecas
são explicadas. Apresenta o sistema de classificação CDD e todas as técnicas
da catalogação bibliográfica.
O QUE está errado com os trabalhos científicos? O médico moderno, 10 (3): 74-
76,
jun. 1970.
Apresentação e comentário do Guia para a redação de artigos científicos,
publicado
pela Unesco com o objetivo de contribuir para a melhoria dos trabalhos
científicos. Retoma as recomendações do Guia referentes à necessidade de um
resumo que todo trabalho destinado a revistas deve conter e apresenta normas
para a elaboração do resumo e para a redação do artigo propriamente dito.
RAEYMAEKER, Louis de. Introdução àfilosofia. São Paulo, Herder, 1961. 228 p.
O artigo 11 desse livro versa sobre o trabalho filosófico em geral, traz vasta
informação sobre material bibliográfico geral da filosofia, assim como sobre a
vida científica no setor da filosofia.
TARGINO, M. das Graças. Citações bibliográficas e notas de rodapé; um gula
para
elaboração. Nova versão. Teresina, UFPI, 1993. (Col. Pesquisador, 1). 42 p.
Corri base nas normas vigentes da ABNT, a autora apresenta as orientações
para a elaboração de citações bibliográficas. O texto traz inicialmente conceitos
e tipos. de citações bibliográficas e de sua apresentação formal, concluindo
com as notas de rodapé e com o sistema de abreviaturas.
9. Aspectos redacionais da monografia
CARCIA, Othon M. Comunicação em prosa moderna. 2. ed. Rio de janeiro,
Fundação
Getúlio Vargas, 1975. 504 p.
Compõe-se de urna parte gramatical e de outra preocupada com os aspectos
lógicos do pensamento subjacentes à redação em português. Daí fornecer
eficientes subsídios para a redação de trabalhos científicos.
MOISÉS, Massaud. Guia prático de redação. S. ed. São Paulo, Cultrix, 1973. 144
p.
Texto didático e bastante acessível que vem trazer urna importante contribuição
para o uso correto da língua portuguesa na redação dos trabalhos acadêmicos.
Auxilio indispensável para os estudantes preocupados em redigir corretamente
os seus trabalhos.
RAMPAZZO, Lino. Metodología científica: para alunos dos cursos de graduação e
pósgraduação.
São Paulo, Editora Stiliano/Unisal, 1998.
Aborda conceitualrnente o sentido do conhecimento, do método científico e
da pesquisa. Trata em seguida das diretrizes para a pesquisa bibliográfica,
para a coleta, análise e interpretação dos dados na pesquisa descritiva,
concluindo
com a apresentação das características e tipos de trabalhos científicos.
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
268
REIS, José. Preparo de originais. Ciência e Cultura 24 (4): 339-348, abr. 1972.
Visando fornecer normas para os colaboradores da revista, o autor apresenta
diretrizes referentes à técnica de elaboração de artigos e demais trabalhos
científicos. Especial destaque merecem os esclarecimentos sobre as referências
bibliográficas e abreviaturas mais usadas.
REY, Luís. Planejar e redigir trabalhos cientí
.ficos. Rio de janeiro, Edgard Blucher/Fundação
Oswaldo Cruz, 1987. 240 p. ,
A primeira parte do livro contém discussão sobre o conhecimento científico,
envolvendo os temas da pesquisa, da metodologia da investigação, das técnicas
estatísticas para análise dos dados, da inferência estatística, da regressão e
correlação, do projeto e financiamento da pesquisa. A segunda parte trata dos
aspectos técnicos específicos da redação de textos científicos, particularmente
no campo das ciências biológicas e médicas, incluindo orientações para o
tratamento do texto em computadores.
RUIZ, João Alvaro. Metodologia científica; guia para eficiência nos estudos. São
Paulo,
Atlas, 1976. 168 p.
Texto didático que apresenta, para uso dos universitários, diretrizes técnicas
para o estudo eficiente e explanações epistemológicas sobre a natureza e o
método do conhecimento científico. Aborda os métodos, a economia e a
eficiência nos estudos, a leitura trabalhada e a elaboração de trabalhos de
pesquisa: os diferentes modos de conhecer, a verdade e a certeza, a natureza
da ciência e o espírito científico, o método científico e a legitimidade da
indução. Traz também o PNB 66, normas de referência bibliográfica da ABNT.
SALOMON, Délcio Vieira. Como fazer uma monografia; elementos de
metodologia do
trabalho científico. 3. ed. Belo Horizonte, Interlivros, 1973. 304 p.
Um dos mais complexos trabalhos sobre o assunto em pauta. Trata-se da
questão do estudo, da leitura, da elaboração de resumos e da documentação.
Analisa algumas formas de trabalhos científicos, finalizando com as diretrizes
para a elaboração da monografia científica.
SALVADOR, Angelo D. Métodos e técnicas da pesquisa bibliográfica; elaboração
e
relatório de estudos científicos. 2. ed. rev. amp. Porto Alegre, Sulina Editora,
1971. 236 p.
O trabalho do autor visa não só os aspectos técnicos da documentação
bibliográfica, mas também os processos da pesquisa e investigação das
soluções,
a análise dessas soluções, a integração sintetizadora, a estrutura, a redação e
a apresentação formal dos relatórios científicos. Apresenta também as várias
formas de trabalhos científicos.
SANTOS, Antonio R. dos. Metodologia científica: a construção do conhecimento.
Rio de
Janeiro, DP&A Editora, 1999.
O autor inicia tratando da natureza teórico-prática da pesquisa científica,
destacando os diversos tipos de pesquisa, segundo os objetivos, os
procedimentos
de coleta e segundo as fontes de informação. Aborda, em seguida, as formas
básicas de apresentação dos textos, as fases de desenvolvimento da pesquisa:
o pr&projeto, o projeto, a coleta de dados, a redação do texto científico e a
apresentação gráfica dos trabalhos científicos.
SPINA, Segisinundo. Normas gerais para os trabalhos de grau; breviário para o
estudante
de pós-graduação. São Paulo, Fernando Pessoa, 1974. 56 p.
Versando especificamente sobre as monografias científicas de pós-graduação,
aborda a questão do planejamento do trabalho, de suas fontes, do fichamento,
269
da tese e sua estrutura, da técnica bibliográfica e da apresentação formal do
trabalho.
STEENBRRGHEN, Fernand van. Directives pour ta confection d’une monographie
scientifique.
3. ed. rev. Louvain, Publications Universitaires, 1961. 69 p.
Embora com aplicação à pesquisa histórico-filosófica do período medieval, o
autor desenvolve diretrizes gerais válidas para a elaboração de qualquer
afia científica, do ponto de vista dá técnica metodológica.
TACHIZAWA, Takeshy & MENDES, Cildásio. Como fazer monogra.fia na prática.
3.
ed. Rio de janeiro, FGV Editora, 1999.
O livro traz orientações práticas para a elaboração de trabalhos de conclusão
de cursos, de iniciação científica, distinguindo os diferentes tipos de monografias.
Aborda o planejamento da monografia, a escolha e a delimitação do assunto,
referindo aos três tipos de monografia identificados pelos autores: a rnonografia
de análise teórica, a inonografia de análise teórico-empirica e a monografia
de estudo de caso. Traz orientações para a pesquisa na Internet e para a
redação final do texto.
VIEGAS, Waldyr. Fundamentos de metodologia cientí
.fica. Brasilia: Editora da UnB/Paraleio
15, 1999.
O texto inicia-se com a discussão da tipologia do conhecimento e com a
conceituação de metodologia científica; apresenta aspectos lógicos e inetodológicos
da investigação; aborda o ritual da pesquisa e os aspectos técnicos da
apresentação dos trabalhos científicos.
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
WLASEK FILHO, Francisco. Técnica de preparação de originais e revisão de
provas
tipográficas. 2. ed. rev. amp. Rio de Janeiro, Agir, 1977. 188 p.
Apresentação completa das técnicas de preparação de originais e de revisão
de provas tipográficas, elencando todos os símbolos e sinais usados nesses
trabalhos. Fornece orientações para todas as etapas dos trabalhos relacionados
com a atividade editorial, tanto de jornais corno de livros. São apresentados
exemplos referentes a todos os casos.
3. Orientações para o estudo
BASTOS, Cleverson & KELLER, Vicente. Aprendendo a aprender; introdução à
metodologia
científica. 3. ed. Petrópolis, Vozes, 1992.
Partindo da precária situação do ensino brasileiro, o autor propõe um retorno
às exigências expressas na lei 5.540 quanto à qualidade do ensino superior e
apresenta orientações para facilitar o estudo, para formar hábitos de estudo
sistemático, para a leitura proveito, para a realização de pesquisa científica e
para a elaboração dos respectivos relatórios, encerrando o texto com referências
epistemológicas ao pensamento científico.
FERNANDES, Maria Nilza. Técnicas de estudo; como estudar sozinho.
São Paulo,
EPU, 1979. 152 p.
O texto visa oferecer recursos para o estudo inteligente e criativo, estimulando
o estudante na formação de atitudes e habilidades fundamentais. Propõe
técnicas variadas de estudo independente referentes aos processos de leitura,
compreensão, memorização, esquernatização, problematização, pesquisa,
debate,
entrevista, bem como aos processos lógicos do conhecimento.
270
MADDOX, Harry. Como estudar. 2. ed. Trad. Liza Vieira. Porto, Livraria
Civilização,
1969. 340 p.
Este texto pretende analisar e apresentar os aspectos psicológicos e físicos
envolvidos na atividade de estudo. O autor sugere urna série de medidas para
que a vida intelectual do estudante seja mais produtiva. O cap. X, “Como
escrever português”, sugere algumas maneiras de aperfeiçoar o português
escrito, substituindo o capitulo original que versava sobre a redação do inglês.
MAGRO, Marina Celeste. Estudar também se aprende. São Paulo, EPU, 1979.
194 p.
O livro apresenta os requisitos e condições para o trabalho intelectual individual,
contendo sugestões úteis aos pais e professores para ajudarem o estudante a
melhorar seus métodos de trabalho. São indicados métodos de aprendizagem
e técnicas de trabalho didático-científico. O texto se coloca em três planos:
avaliação dos hábitos de estudo com fins de diagnóstico, planejamento da
atuação para a correção das deficiências e execução do plano.
MAIA, Ncily Aleotti. Técnica de trabalho em grupo; texto programado. São Paulo,
UFSC/Instituto de Tecnologia Educacional, s.d. 118 p.
Utilizando-se da própria técnica do ensino programado, a autora apresenta
informações concernentes ao ensino programado e ao trabalho em grupo,
técnicas com as quais se pretende atingir duas das importantes exigências do
ensino moderno: o hábito do trabalho em equipe e a individualização da
aprendizagem. Tópicos abordados: o trabalho em grupo, a problemática do
trabalho em grupo, a estruturação do grupo, rodízio de funções e ritmos do
grupo, avaliação.
MARSON, Fernando. Metodologia da análise de textos. Revista Tema 1 (1): out.
1974.
Orientações sucintas sobre a leitura e exploração dos textos, visando sobretudo
à aplicação da análise de textos nos cursos de 1′ e 2’ graus.
MEENES, Max. Como estudar para aprender. Trad. Jorge Escobar. Buenos Aires,
Paidós,
1965. (Biblioteca dei Educador Conternporáneo, 11). J12 p.
Abordagem dos aspectos psicológicos implicados no estudo. Assim, trata da
motivação do estudo, da conquista dos objetivos do estudo, dos processos de
aprendizagem e dos métodos de estudo, da retenção e do valor da
aprendizagem.
MIRA Y LOPES, Emilio. Como estudar e como aprender. 2. ed. Trad. José Carios
Corrêa
Pedroso. São Paulo, Mestre Jou, 1968. 98 p.
A contribuição desse trabalho está fundamentalmente na exposição das
condições
psíquicas e fisiológicas para um estudo proveitoso. O autor aborda a psicologia
do estudo, o aprendizado, a utilização dos textos, a questão do esquecimento
e da fadiga mental.
MORGAN, Clifford T. & DEESE, james. Como estudar. S. ed. Rio de janeiro,
Freitas
Bastos, 1972. 148 p.
Texto didático escrito em estilo coloquial com orientações práticas para o
o estudo pessoal no que diz respeito à disciplina do estudo, às
condições de
leitura, à tomada de apontamentos, à prestação de exames, à elaboração de
relatórios, ao estudo de línguas estrangeiras e ao estudo da matemática.
NERICI, Imídeo C. Metodologia do ensino superior. Rio de janeiro, Fundo de
Cultura,
1967 (Col. Estante de Pedagogia). 240 p.
271
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado
Embora se trate de um texto de didática do ensino superior, o autor aborda
os métodos de ensino, de preparação do material, fornecendo orientações para
o rendimento do trabalho acadêmico.
RANGEL, Mary. Dinâmicas de leitura para a sala de aula. Petrópolis, Vozes,
1960.
O livro apresenta para uso, sobretudo dos professores, um conjunto de 37
dinâmicas de leitura, entendidas corno técnicas, como procedimentos de trabalho
a serem utilizados para auxiliar e para fixar a aprendizagem, para introduzir
elementos que estimulem o trabalho de ler e aprender, para incentivar habilidades
necessárias ao estudo e para diversificar as atividades de classe.
4. Aspectos lógicos do trabalho científico
BASTOS, Cleverson & KELLER, Vicente. Aprendendo a aprender; introdução à
metodologia
científica. 3. ed. Petrópolis, Vozes, 1992.
S. Aspectos gerais de caráter acadêmico
CARVALHEIRO, J. da Rocha. O memorial nos concursos. Ciência e Cultura, 35
(11):
1983.
6. Bibliografia sobre referenciação de documentos eletrônicos
ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE BIBLI=CÁRIOS. Referências bíbliográjiw de
documentos
eletrônicos. 2 v. São Paulo, APA, s.d.
Diretrizes para apresentação de dissertações e teses. São Paulo, Politécnica,
S.d.
iso/lnternacional Standard Organization. 690-2. 1996. http://www.nicbne.ca/iso/
te46sc9/standard/690-2e.htm#7.12.1.
MOURA, Cevilacio A. C. de. Citações e referências a documentos eletrônicos.
25106/98.
http:/Ielogica,com.br/users/ginoura/refere/htrni. 10 p.
272
ANTÔNIO JOAQUIM SEVERINO – METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTIFICO – 21 Edição Revista e Ampliada – e-book digitalizado


15 respostas para “Metodologia do Trabalho Científico

Deixar mensagem para zinu Cancelar resposta